Tal como havíamos referido anteriormente, o comentário dos comentadores residentes nos principais órgãos de comunicação social e mesmo na blogosfera, sobre a tendência de subida do PSD nas sondagens, e consequente descida do PS estava errado.
Hoje, o Margens de Erro publica uma interessante leitura das sondagens já existentes e estabelece comparações entre sondagens do mesmo instituto referentes a cada partido. Se bem que Pedro Magalhães seja de alguma forma cauteloso, o que se compreende já que o seu muito crédito profissional assim o exige, podemos extrapolar a nossa própria leitura dos números apresentados e já por todos conhecidos. E a “nossa leitura” é que ambos os partidos apresentam subidas e descidas, sendo que quando o PS desce, o PSD desce ainda mais, e quando o PS sobe, o PSD sobe muito menos.
Acresce que o PSD desce nas sondagens de todos os institutos excepto no caso da Eurosondagem em que apresenta uma ligeiríssima subida de 0,4%. Isto quanto a nós significa uma coisa muito simples, que o desempenho da campanha foi inferior às expectativas iniciais. Significa ainda, como havíamos dito, que Paulo Rangel fez mal em abandonar o seu estilo natural e passar ao estilo truculento e populista que se viu. Eventualmente seria algo que necessitava de experimentar, mas que não correu bem.
Já relativamente ao PS, e dado que aparentemente manteve ou subiu ao longo da campanha pode-se atribuir isso às participações de José Sócrates, que realmente faz a diferença, porque com tantos casos a tendência seria baixar em relação às expectativas.
Interessante também é verificar como Marcelo Rebelo de Sousa andou completamente aos papeis nos seus comentários à evolução da campanha, sem perceber minimamente o que se estava a passar e sem conseguir mesmo “puxar a brasa à sua sardinha”
Quanto a nós, e independentemente dos resultados que se verificarem, há ainda duas importantes leitura a fazer: por um lado os resultados dos pequenos partidos, ditarão já muito da forma como o eleitorado se sente em relação à classe politica, por outro lado a distribuição regional e distrital dos votos dará fortes indicações dos resultados que se podem esperar das autárquicas. Aguardemos então para ver.
* com base no artigo do mesmo nome AQUI
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