quarta-feira, junho 07, 2006

Para si, faz sentido?


Esta história real foi-me contada pelo seu protagonista:
(eu sei que parece tirada das selecções do RD :-))

Esse, português, foi durante algum tempo, desempenhar funções na sede da uma multinacional, na Suécia.

Nos primeiros tempos, como não dispunha ainda de automóvel, recorreu à “boleia” de um colega de trabalho, sueco, que vivia perto do local onde estava alojado.

Esse colega prontificou-se a levá-lo diariamente para a empresa, tendo, todavia, avisado que habitualmente ia muito cedo para o trabalho.

Foi com alguma estranheza que esse português reparou que, apesar de haver muitos lugares vagos, mesmo junto aos portões de entrada da empresa, o seu colega sueco estacionava o carro sempre algo longe da entrada pelo que ainda tinham que efectuar um percurso apreciável a pé até ao portão de entrada.

Ao fim de alguns dias a verificar sempre este comportamento e, tendo já estabelecido um certo grau de confiança com o colega sueco, atreveu-se a questionar a razão de tal comportamento.

O sueco respondeu tão simplesmente que, já que chegava habitualmente cedo, não lhe fazia qualquer diferença deixar o carro algo mais longe e fazer um pequeno percurso a pé, sendo que, para os colegas que chegassem mais tarde seria decerto mais conveniente encontrar lugares mais próximos da entrada.

Há culturas para tudo...

António Moreira

13 comentários:

Anónimo disse...

Olha o palerma!
Quer dizer os tótós que chegavam tarde é que estacionavam ao pézinho?Pergunta-lhe se o gajo também ofereceu a mulher ao teu amigo

Anónimo disse...

Esta "história real" circula na net há mais de 2 anos.

Copy paste?....

AM disse...

Foi-me contada assim.

Quando faço "copy-paste" digo :-)

AM

Anónimo disse...

E a mulher tb tá na net?

Teófilo M. disse...

Claro que ainda há muita gente que não consegue entender a mentalidade de um país avançado, e por aqui se passeiam alguns.

Bom dia!

AM disse...

« À parte: Então o vosso querido presidente vai ser condecorado amanhã?
Porque carga de água?! Alguém sabe?»

O quê, o Pinto da Costa????
Não fazia ideia :-O

:):):)

Bom fim de semana
AM

AM disse...

Viva Teófilo

Bons olhos o leiam :)

AM

maloud disse...

Eu conhecia a história. Lamento ainda não ter atingido esse grau de civilidade. Dito isto, gostaria que os portugueses, pelo menos cumprissem os mínimos, mas ao que vou vendo ainda estamos muito longe.

AM disse...

Caro Atento

É claro que o Teófilo não se estava a referir a si, mas sim à "pardalada" que por aqui também pousa :-)

Quanto à história do "frei tomás" é evidentemente verdade, mas quase sempre por uma questão de sobrevivência, até porque não abundam os Ghandis, que, pelo menos no porto já teriam morrido todos, atropelados ao atravessar na passadeira...

(o condutor fugiu claro...)

AM

AM disse...

Mas a questão é muito mais profunda, Atento, e tem sobretudo a ver com a Cultura e com a influência que a Cultura de cada povo/nação influencia ou não o seu desenvolvimento, donde o seu bem estar geral.

É então um dado assente que os portugueses (e outros "latinos")são sempre muito mais espertos e desenrascados que os n´nós dos suecos e outros escandinavos.

Agora olhemos para os indicadores económicos, para os indicadores de desenvolvimento humano, se não chegarem os dois olhinhos para ver as evidências:

TEMOS IDO MUITO LONGE COM A NOSSA ESPERTEZA.

(e, assim, consegui, finalmente chegar ao ponto que queria, quando escrevi este post)

Os resultados práticos de uma cultura do chico espertimo, do desenrasca do lixa o parceiro e os de uma Cultura de solidariedade, de respeito, de rigor.

E os "liberais" que limpem as mãos à parede com as suas teorias :-)

AM

AM disse...

«AM:
E como é que explica que elas preferem os latinos. Ah pois é! :))) »

Caro Atento

E no Pai Natal, também acredita?

:):):)
AM

Teófilo M. disse...

Caro atento,

normalmente não ando de carro na cidade, prefiro os transportes públicos, normalmente o táxi que é cómodo, não muito caro, e dá direito a conversa curta e interessante... algumas vezes e é porta-à-porta.

Depois, raramente chego atrasado, pois lembro-me que isso pode perturbar os outros e por isso na generalidade espero que os outros cheguem a conta-gotas como geralmente é hábito.

Se me atraso, é porque algo de extraordinário aconteceu e a última coisa que utilizaria para me deslocar para o emprego ou local aprazado (se for num centro entupido de viaturas) é o carro particular.

Em tempos que já lá vão, e quando trabalhava na Baixa, estacionava-o ou no parque de estacionamento pago, na Fénix ou na Passos Manuel.

Quando estaciono, tenho o cuidado de ver se não estorvo ninguém, se não estou em cima de um passeio, rampa ou travessia para peões, à frente de uma porta ou janela, e por aí fora.

Enfim, para evitar grandes males procuro fazê-lo numa garagem ou parque, mesmo que isso signifique mais um pouco de despesa, pois quem não tem dinheiro não deve ter vícios.

Quanto à rebeldia latina, desde que ela não se confunda com falta de respeito, irresponsabilidade ou chico-espertice acho-a modelo a seguir, pois sou latino q.b..

Acredite que quando protesto o faço de molde a que as pedras que atiro não me caiam em cima do meu telhdo, até porque ele é de cristal finíssimo.

Cumprimentos

AM disse...

Meus Caros

Já que o tema vai tendo seguimento...

Estou 500% de acordo com o Teófilo no que respeita à utilização do automóvel particular na cidade (neste caso do Porto).

Eu uso automóvel particular por um conjunto de razões específicas mas causa-me mais transtorno do que comodidade dado entre a minha casa e o local de trabalho a distância ser de apenas cerca de 1.500 metros.

Vai valendo o facto de ter lugar de estaccionamento reservado quer em casa quer no trabalho...

A minha mulher, que trabalha na baixa (mesmo à saída de um certo túnel) obviamente utiliza os transportes públicos, por questões de rapidez, economia, comodidade e impossibilidade de estacionamento.

Mas o que me revolta, realmente me revolta é a impunidade com que todos nesta miseravel cidade estacionam em segunda fila, em cima dos passeios, nas passadeiras, etc. etc. etc. etc.

Tudo coma maior complacência da polícia.

A Av. da boavista, por exemplo, do cruzamento da fonte da moura para cima, em vez de duas passa a ter apenas uma faixa de rodagem, dada a quantidade de viaturas que, 24 horas por dia estão estacionadas em local proibido, impedindo a utilização de uma das faixas de rodagem.

Ora, se a polícia impuzesse e garantisse o cumprimento da lei e dos regulamentos, a mobilidade iria ser beneficiada de uma forma que nunca será alcançada com a construção de túneis viadutos ou outro tipo de obras que, parecem ter o objectivo de facilitar o transito, ams devem ter objectivos muito diferentes....

Para facilitar de uma forma dramática as condições do trânsito e da mobilidade no porto, bastava impor um TOLERÂNCIA ZERO, cujas receitas iriam suplantar largamente os custos em fiscalização e meios (reboques etc.)

A quem é que isto não interessa?

AM