quinta-feira, dezembro 29, 2005

Avelino's

O valor do nome!
Hoje o Jn brinda-nos com o destaque deste homem que, para minha infelicidade, conspurca o meu nome nas bocas e linguas ensalivadas deste País.
Confesso que me irrita que falem do "Avelino" em vez do "Ferreira Torrres", nome que o celebrizou devido às peripécias facistas e a um estranho assassínio do irmão.
Na verdade este Avelino, deve ter uma das mais divertidas estórias de autarca de todo o País, e quando digo divertidas refiro-me ao aspecto trágico da coisa, que de tão irracional e opaca, só pode dar para rir.


Como sobre o "Ferreira Torres" pouco mais existe a dizer, entretantro fiquem com outros "avelinos":

cidade de Pedro Avelino

cidade de Avellino

provincia de Avellino

Clube de futebol Union Sportiva Avellino

Pai de Álvaro Cunhal - Avelino Cunhal

Caves Avelino Vegas

Santo Andrea Avellino


terça-feira, dezembro 27, 2005

26 de Dezembro



Fez um ano que o Oceano Índico turvou a vida dos Homens. Fez um ano que lágrimas salgadas e grossas de pais, filhos, maridos, mulheres, irmãos e amigos se misturaram para sempre com o Mar. Um Mar que, de repente, perdeu as fronteiras e abalou definitivamente equilíbrios. A minha homenagem a Todos!
No meio desta imensa tragédia, também não consigo deixar de pensar naquela pequena ilha do Pacífico, mesmo na trajectória do Tsunami, onde todos se salvaram. Ali, a tradição ditava que, numa guerra de fronteiras entre mar e terra, ao recuo do mar se seguiria, por certo, uma nova investida. Sabendo de antemão que nessa guerra de mar e terra o Homem seria “sacrificado”, os habitantes da ilha decidiram refugiar-se na floresta. E com esta atitude de “mágica” sabedoria se salvaram.
O jogo de adaptação do Homem às mudanças da Natureza só pode ser por Ele ganho, e às vezes, se Ele reconhecer o ténue equilíbrio que rege este jogo. E foi isso que aconteceu naquela pequena e primitiva ilha do Pacífico.
Ali reconhece-se que entre terra e mar existem fronteiras bem definidas, ali reconhece-se que a mudança dessas fronteiras implica perder equilíbrios, ali reconhece-se que quando o mar recua ele vai avançar a seguir com mais força, ali reconhece-se que o Homem tem que agir depois de observar, ali reconhece-se que a sabedoria também passa por estar atento às pequenas diferenças e tentar perceber o Mundo como um Todo.
Nesta nossa adaptação à Natureza, o Equilíbrio é feito da constante atenção à Mudança.

Raquel Seruca

Olha, olha, olha



Este "rapaz", o puto das eleições presidenciais, lá vai mostrando a face.
Primeiro foi aquela vitória democratica, séria e esmagadora, nas eleições internas com 99,999% virgula 999 dos votos.
Agora já não está com meias medidas, e já diz à boca cheia que a menina Joana vai ver nas listas o resultado do seu apoio a Soares. Sim senhor! E dizem-se "de confiança".
Menina Joana,não se apoquente, que o rapaz não presta. Isso os homens são como os autocarros, quando se perde um, vem logo outro a seguir. Pelo menos os dos STCP. Os da Carris é outra estória.

Olha, olha



Este "jovem" ainda não foi eleito e já quer governar.
Secretarias de Estado, propostas de lei, não se terá ele enganado nas eleições, na candidatura.
Essas foram em Fevereiro passado.

"O Franco Atirador" tem pontaria


Mantendo a tradição do copy+paste e, apesar do tempo já passado, o que é tão bem escrito não perde (se calhar ganha) actualidade, assim, com a devida vénia ao "Da Literatura" permito-me transcrever este magnífico texto de Luis M. Jorge, publicado originalmente n"O Franco Atirador".
Obrigado
António Moreira:
Luís M. Jorge, O Franco Atirador. Eu não diria melhor:

«[...] Mário Soares é um homem com muitos defeitos.
É pouco rigoroso, inchado, agressivo e tem de Portugal a visão de uma coutada ao dispor da família Barroso e dos seus amigos de Macau.
Além disso, está rodeado de gente sem espírito crítico nem competência política, o que se paga caro quando é preciso alinhavar uma estratégia ou impôr alguma modéstia à feira de vaidades que é este país.
No entanto, creio que Mário Soares tem grandeza.
Ele combateu o Salazar, quando Cavaco combatia por medalhas de atletismo.
Ele criou um partido no exílio, quando Cavaco criava raízes em York.
Ele ajudou a fazer o 25 de Abril, lutou por uma democracia representativa, combateu os comunistas, calou os militares, e impôs algum juizo ao General Eanes quando ele se convenceu que era o General de Gaulle.
Aliou-se aos americanos, incorrendo no ódio mortal da nossa patética esquerda.
Impôs disciplina financeira a uma terra que ainda andava a falar de reforma agrária.
E, acima de tudo, colocou esta nação de trôpegos e néscios camponeses na União Europeia. [...]
E enquanto isso, o que foi feito de Cavaco?
Cavaco andou a tratar da vidinha e a dar-se ares de “grande homem”, “rigoroso” e "competente”.
Eu não tenho nada contra o fascínio das classes médias por um módico de respeitabilidade.
Só que ser respeitável não é um salvo-conduto para a santidade, nem o devia ser para uma Presidência da República. [...]
Mário Soares não é Manuel Alegre nem está, felizmente, senil.
Lembra-se como gozavam com ele quando iniciou esta campanha?
Como a Direita o tratava com desdém?
Como diziam que tinha o espírito toldado, a cabeça imprestável, o verbo desarticulado, o ouvido duro, as respostas desfasadas?
Não ouvi ninguém queixar-se disso ontem à noite.
Ontem à noite, Mário Soares humilhou Cavaco Silva.
Fê-lo sem civilidade?
Talvez.
Mas isso não desculpa que o vosso “brilhante”, “competente” e “rigoroso” timoneiro saísse dali vexado por um ancião. [...]
Quanto aos próximos debates, concordo que não serão necessários.
Cavaco Silva, tal como George W. Bush, vai ganhar.»

segunda-feira, dezembro 26, 2005

Uma prenda de Natal, recebida por e-mail :-)

Querido Pai Natal

Sou eu, estou a escrever-te de Portugal , tás a ver onde é Portugal ?!
Oh pá... o país do engenheiro Socrates?!
A OTA ?! Não sabes? !
Lembraste de teres passado numa cidade bonita, tipo histórica, o Porto ?!
Sim... exactamente a cidade do FCP ... pronto, o Porto fica em Portugal, já percebeste agora de onde te estou a escrever?

Escrevo-te porque quero que saibas que em Portugal todos lucraram contigo, os franshings e os comissionistas das multinacionais encheram as caixas registadoras e até o comercio tradicional fez muito dinheiro, com os produtos da china que lá compraste.
Graças a ti, os hipermercados esgotaram o bacalhau da Noruega, as batatas espanholas já pesadas e lavadas e os bombons da Itália.
Sabes Pai Natal já houve tempos em Portugal, que os 500 euros do subsidio de natal , davam para muitas prendas portuguesas , este ano compramos metade das prendas mas tudo estrangeiro, já viste?! ... foi como se tivéssemos viajado por todo o mundo para realizar um Natal tipicamente português.
E o próximo Natal ainda vai ser melhor, com os lucros deste ano, vamos poder trocar o tradicional bacalhau, pelo Happy Meal americano que já traz presente.
Sim é uma ideia do nosso PM.
Oh Pai Natal mas eu queria mesmo era agradecer-te o livro do Saramago traduzido em português, foi o melhor presente que recebi ... compras-te na Fnac .. dizia no embrulho.
Alias, essa de trazeres os presentes embrulhados em papeis de lojas multinacionais torna-te um Pai Natal muito moderno, o meu filho disse que tu eras um fixório , porque foste comprar os presentes a Toys U Rus e a Imaginarum , que também são as lojas preferidas dele.
Ah... já me esquecia de te agradecer aquele comboio TGV que deste ao meu filho com estações espanholas , é muito giro, circula a alta velocidade.
Ele tinha um daqueles que faziam Puf Puf , mas era muito lento , e também as estações já estavam desactualizadas só tinha Régua, Pocinho, Porto e Lisboa ... era obsólento.
Pai Natal não te maço mais , espero que tenhas gostado do vinho do Porto, este ano o cálice que te deixei parecia um copo de champanhe, mas sabes é que quase não se produz vidro em Portugal, e não tive tempo, nem dinheiro para comprar aqueles copos do Siza Viera.
Mas olha que o vinho era uma colheita caríssima, a colheita de 2003... lembraste???? ... aquele ano em quase não houve vinho? pois é uma colheita cara e rara , este Natal aproveitamos para exporta-la para todo o mundo- vai ser uma ano em cheio para o vinho da região.
Adeus querido Pai Natal , para o ano cá te espero.
Muitos beijinhos desta tua amiga do Porto de Portugal
Incoerente

O LIXO DO PORTO


Enquanto por outras paragens se apostava sobre se este iria ou não ser um “White Christmas” e os cidadãos aspiravam a acordar e encontrar as suas cidades cobertas de um alvo manto de neve, a Câmara Municipal do Porto optou pela originalidade e apostou em mostrar, nas TVs e Jornais de todo o mundo, a nossa cidade coberta de lixo.

Para este feito, o qual não implicou qualquer custo para a edilidade (antes pelo contrário), e que ainda poderá vir a ser proposto como mais um record ao “Guiness”, a CMP contou com a colaboração graciosa dos cerca de seiscentos trabalhadores aos quais decidiu, unilateralmente, suspender os cerca de 115 € de subsídio nocturno (aproximadamente um quinto do salário mensal), os quais acordaram em efectuar uma greve às horas extraordinárias desde a meia-noite da “Noite de Natal” a qual irá ser complementada pela tolerância de ponto que a autarquia concedeu hoje, a todos os trabalhadores municipais, a qual já não exclui os trabalhadores afectos à recolha do lixo, pelo que se depreende que a CMP já não considera este um serviço essencial.

Recorde-se que, segundo o PJ, para justificar a suspensão do pagamento do referido subsídio a Câmara do Porto “baseou-se num parecer preliminar da Inspecção-Geral da Administração do Território (IGAT) que considerou “ilegal” o pagamento do prémio. Todavia, a sub-inspectora Geral da IGAT revelou em exclusivo ao JANEIRO que o Regulamento das Acções Inspectivas determina que as entidades alvo de inspecções, como as câmaras, só fiquem obrigadas ao cumprimento de um determinado parecer a partir do despacho tutelar.
O que, reportando para o caso do Porto, significa que a autarquia poderia ter continuado a proceder ao pagamento do subsídio, até que o relatório final da IGAT fosse homologado pelo secretário de Estado da Administração do Território”.
Ora, por mais desinformação que a CMP queira transmitir à população através do seu site de propaganda, é mais do que evidente que uma coisa é a retribuição do trabalho, acordada entre a entidade patronal (CMP) e os trabalhadores, e outra coisa, completamente diferente, é a forma como esses valores são classificados e processados pela autarquia.

O facto de, eventualmente, a Câmara Municipal do Porto ter vindo a classificar e a processar uma parte (significativa) da retribuição que paga aos trabalhadores da recolha do lixo, de uma forma ilegal, apenas significa que a actuação da Câmara do Porto é irregular (ou ilegal) e nunca que a actuação dos seus trabalhadores é irregular ou ilegal.

Assim, os alvos de eventual penalização por estes comportamentos irregulares (ou ilegais) deverão ser os responsáveis por essa actuação (o Presidente da Câmara do Porto e os vereadores e directores municipais responsáveis por estes actos) e nunca os trabalhadores nem, por arrastamento, todos os cidadãos.

Como é habitual, e fará parte integrante da sua personalidade, Rui Rio tenta passar para outros as culpas pela sua irresponsabilidade e incompetência.

Para aqueles, também responsáveis por esta situação, que votaram neste senhor para presidente da Câmara Municipal da nossa cidade, antes que comecem a atacar a caixa de comentários com “contra-informação” e procurem agora encontrar outras leituras ou outros responsáveis para esta situação absolutamente vergonhosa só temos a colocar as seguintes questões:

Quem é responsável pelo sistema de recolha de lixos?
Quem é responsável pela forma como são fixadas as retribuições dos seus trabalhadores?
Quem é responsável pela classificação e processamento das retribuições?
Quem é responsável por garantir o cumprimento da legislação?

Que vergonha termos, mais uma vez, todo a país a falar do Porto …


António Moreira

sábado, dezembro 24, 2005

Bom Natal

A todos os que "penosamente" nos lêem e/ou divertidamente nos provocam, desejos de um Natal muito feliz. Confesso que não vejo esta quadra com o peso religioso que muitos lhe tentam dar, mas antes como um "sagrado" ponto de encontro de família e amigos. O ritual, que tão comercialmente trabalhoso se torna, é um momento que também se pode partilhar nos blogues.
Por isso a todos os "blogueiros", que tão bom contributo tem dado à participação civica neste País, lembrando-nos sempre que nenhuma opinião é má, mas que mau é nunca ter opinião, votos de um BOM NATAL !


Obra de Christo

Christo and Jeanne-Claude: Wrapped Trees, Fondation Beyeler and Berower Park, Riehen, Switzerland, 1997-98

sexta-feira, dezembro 23, 2005

Bom Natal



Porque um "abstencionista militante", por vezes também vota...
Aqui vão os meus votos:

Para os "sedentos" e para os outros
Para os "comentadores" e para os outros
Para os "crentes" e para os outros
Para os meus amigos e para os "outros"

A todos

Um Bom Natal



António Moreira

quinta-feira, dezembro 22, 2005

Onde se vende o Homem de Palha

Algures no Pulo do Lobo, local onde, como se sabe, não se lê jornais nem outra coisa qualquer, andam a vender um Homem de Palha!


Sobre o Mário Soares e Cavaco

As muitas opiniões sobre Mário Soares justificam que se faça uma pequena reflexão. Já tenho dito que estas eleições presidenciais encerram um ciclo que se iniciou em Abril (ou até antes disso, na oposição ao regime). Mas já não há mais Heróis dessa estirpe, sendo que os que sobram, como Soares ou Alegre (custa-me mete-los no mesmo saco, mas enfim), já não podem continuar a falar da história, porque ninguém quer ouvir, após 30 anos a história lê-se e explica-se, não se conta com base em episódios ou historietas de encontros e desencontros.
Por outro lado está demonstrado que Cavaco Silva nunca conseguirá representar o Presidente com a densidade que o mais velho País da Europa precisa. O ex-Primeiro-Ministro sempre foi mais um economista do que um político. E politico significa compreender a dimensão humana, a dimensão económica e a dimensão social de Portugal.
Nesse aspecto Soares está melhor, mas no entanto está velho! E nota-se nas rugas, no catarro, nos bocejos e nos olhos às vezes mingados.
Mas Cavaco está, quanto a mim, a fazer a campanha mais artificial que há história, expondo-se pouco, intervindo menos e reconhecendo que não preenche todos os requisitos de quem vota nele. Neste acto de contricção estará também a sua força, ainda que ele continue a esconder e mascarar as suas debilidades. Em cavaco também importa o distanciamento, porque essa distância – a proxemia, habitual nos professores - estará a sua segurança, como se descobrindo-lhe a intimidade se verá afinal um homem frágil, inquieto (pois calado não significa sereno) e assumidamente inculto.
Soares é o oposto, assume todos os defeitos e virtudes, usa-as, manipula-as, ostenta a idade como demonstra energia, enerva-se às vezes e modera outras tantas. Representa aquilo que qualquer um de nós quer deixar na recta final da sua vida – perseverança emuita história, muitas memórias. Lembro-me de Agostinho da Silva – sem dentes – iluminando as ideias dos meus serões de adolescente na televisão. Não vi nele um velho, vi um sábio. Soares é o politico por excelência, irá até ao fim a fazer o quer e a pensar em Portugal – nem todos concordarão com ele – e depois? Não quer saber, não quer ser unânime, quer ser politico. Não quer ser empalhado vivo!
Julgo que a pior coisa, mais desrespeitosa que lhe fazem é tratá-lo como se o que dissesse não conta para nada, porque já é velho. Faz-se como aqueles adolescentes que começam a opinar sobre o que os rodeia e os mais experientes fazem chacota do “puto”. Os “putos” , por seu lado, fazem chacota dos “velhos”, e no meio, uns e outro perdem a oportunidade de compreender a contemporaneidade. Porquê? PorqueA sociedade está cada vez mais dependente dos mais idosos, expelindo uma crise social de equilíbrios entre estado social ou estado regulador. Entre Segurança social ou Plano de poupança e reforma. Na primeira estará Soares, na segunda está Cavaco. Uma é mais antiga do que outra! Qual das duas preferem?

quarta-feira, dezembro 21, 2005

Olha esta abécula!



Era assim que António Borges queria o Aeroporto de Pedras Rubras!
Diz ele que o que lá está agora é um gigante inutil. Criticou também a construção da Casa da Música. Não lhe deu para falar dos dois gigantes estádios de futebol afastados 3kms na capital, ou então do CCB ou da casa da maezinha dele.

Espero que este palerma, candidato a ser o Cavaco II, se preocupe em voltar aos EUA e deixar de palrar como se percebesse de alguma coisa neste País.

Leão engole Cavaco ao Jantar

O debate de ontem mostrou que Soares é decididamente o candidato da esquerda!
Faça-se honra a Louçã que também é o unico mais preocupado com a completa falta de perfil e de conhecimento de Cavaco para nos representar enquanto Presidente.
Todos os outros fizeram cosquinhas, e agora dizem que o "velho Leão" foi demasiado agressivo. Pois, pois, mas não estaria ele velho demais e com vontade de dormir em tudo quanto era canto? Quem foi o velho a dizer banalidades num discurso redondo? Terá sido Soares?
Cavaco falou que será um colaborador do Governo, exercendo influência e consolidando a estratégia. E se a estratégia inverter o governo?
Se todos reconhecemos que este é um momento de crise para o País, talvez fosse mais prudente eleger um Presidente com grande experiência do que um Professor de economia que dá os livros à mulher para lêr.
Depois aquela mensagem subliminar à familia que Cavaco lançou, fez mesmo lembrar a saudosa Senhora do Estado Novo, faltou o Fado e o Futebol.
Ficamos também a saber que Cavaco guarda recortes do El País, e até que o mesmo Jornal esceve em Português fluido, senão como iria o Professor lêr aquilo em Portunhol.

Leão engole Cavaco ao Jantar

O debate de ontem mostrou que Soares é decidic«damente o candidatodaa esquerda!
Faça-se honra a Louçã que também é o unico mais preocupado com a completa falta de perfil e de conhecimento de Cavaco para nos representar enquanto Presidente.
Todos os outros fizeram cosquinhas, e agora dizem que o "velho Leão" foi demasiado agressivo. Pois, pois, mas nã estaria ele velho demais e com vontade de dormir em tudo quanto era canto? Quem foi o velho a dizer banalidades num discurso redondo? Terá sido Soares?
Cavao falou que será um colaborador do Governo, exercendo influência consolidando a estratégia. E se a estratégia inverter o governo?
Se todos reconhecemos que este é um momento de crise para o País, talvez fosse mais prudente eleger um Presidente com grande experiência do que um Professor de economia que dá os livros à mulher para lêr.
Depois aquela mensagem subliminar à familia que Cavaco lançou fez mesmo lembrar a saudosa Senhora do Estado Novo, faltou o Fado e o Futebol.
Ficamos também a saber que Cavaco guarda recortes do El País, e até que o mesmo Jornal esceve em Português fluido, senão como iria o Professor lêr aquilo em Portunhol.

sexta-feira, dezembro 16, 2005

Não há derrotas neste quartel!

O interesse pela política começa a aumentar. Tenho-me deparado cada vez mais com conversas cruzadas de café e discussões de corredor, entre jovens e velhos, velhos e jovens, jovens e jovens e nem tão jovens nem tão velhos. Na verdade esta eleição presidencial tem servido para demonstrar de que forma a cidadania passa também pelo interesse nas questões de estado. Isto porque o populismo mais baratucho tem andado arredio, não que não haja laivos da coisa em quase todos os candidatos, mas o pormenor não se tem sobreposto ao essencial. Assim o murro no braço do Soares, o carro do parlamento que o Alegre usa em campanha, ou o chega para lá ao Marques Mendes que lhe deu Cavaco, não tem sido suficiente para alimentar as capas sensacionalistas.
Creio que os tempos que virão serão de uma muito maior participação pública e por inerência nos partidos. É que se esgotaram as figuras que possam com a sua liderança disfarçar a necessidade de apresentar novos projectos, da direita à esquerda, onde tanto Ribeiro e Castro como Jerónimo são lideres sem chama, passando pelo apagado Mendes e pelo já muito desgastado Louçã.
Sócrates não tem adversários ao seu nivel, nem tanto pelo patamar de elevação política que atingiu, mas sim pelo desfazamento existente nos outros partidos. É por essa razão quem nem sequer perdeu as autárquicas e seja qual for o resultado não perderá as presidenciais.

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Mas ...

Seja qual for a sua escolha, milhares virão para as ruas festejar
Como sempre
Desde que prevalece o princípio:
"UM HOMEM UM VOTO"
Pois:
Há princípios que não se discutem!
(Nem fins?, nem meios?)
António Moreira

Quem escolhe é este




E os seus iguais ...

António Moreira

Ou mesmo este ...




E, quem sabe, até outros, pois ...

António Moreira

Este ...



António Moreira

Quem sabe se este ...



António Moreira

Também pode ser este



António Moreira

Este homem pode ser o próximo Presidente da República

















António Moreira

Sem sombra de pecado




Embora tenha passado relativamente despercebida, a noticia circulou em vários órgãos de comunicação social, nacionais e estrangeiros; Bento XVI acabou com o limbo.
Diz que mesmo o próprio inferno tem os dias contados, que os tempos já não estão fáceis por aqui, quanto mais agora ainda um inferno à séria, com almas a arder em sofrimento eterno, vítimas dos seus próprios pecados, a carpir as suas culpas.
Não, definitivamente os tempos não estão para isso. Os relativismos culturais, multidoutrinais, o pluralismo religioso, impele a igreja a repensar a sua relação com os fiéis e ela própria a relativizar conceitos e definições consagradas.
Quanto a mim o problema é mesmo este, esta quase materialização de conceitos na vida das pessoas, que depois, afinal, não passam disso mesmo, e que tão facilmente quanto aparecem, se vão. Deixando para trás um rasto de angustia e sofrimento de milhares e milhões pessoas.

Porque o limbo teológico é isto:
"In theological usage the name is applied to (a) the temporary place or state of the souls of the just who, although purified from sin, were excluded from the beatific vision until Christ's triumphant ascension into Heaven (the "limbus patrum"); or (b) to the permanent place or state of those unbaptized children and others who, dying without grievous personal sin, are excluded from the beatific vision on account of original sin alone (the "limbus infantium" or "puerorum")."


Mas o limbo é também uma linguagem de programação informática, uma famosa canção de Chubby Checker, pelo menos um filme de hollyhood, uma dança, nome de várias associações, etc..

É muito para acabar assim, sem mais. Sem referendo, sem votação, sem debates televisivos, sem processos na procuradoria-geral. É que apesar de tudo sempre tem uns anitos. Um não-lugar com 102 anos e um verdadeiro buraco negro da cultura ocidental.

João Paulo II tinha já dado uma forte machadada no inferno, redefinindo-o apenas como o lugar daqueles que se afastam dos caminhos de Deus em oposição a uma visão mais comum, mais dantesca, caracterizada pelos horríveis sofrimentos, pelos eternos gemidos, pelas blasfémias e pelos lamentos. (Eu cá acho que foi premonição de Dante, esse lugar só apareceu recentemente na blogosfera portuguesa). Mas Bento XVI foi mais longe, convenhamos que foi preciso coragem para acabar com o limbo. Bem-haja.

sexta-feira, dezembro 09, 2005

Muito bem dito!

Não podia estar mais de acordo com este texto no blasfémias. Ainda por cima eu tenho contacto com muitos dos intervenientes nesta confusão gerada pela Ordem dos Arquitectos, desde estagiários não-remunerados da Lusiada, Faup, Árvore, etc. Como dos principais contestatários deste estado de coisas, ou seja licenciados pelo ministério da educação vedados de entrar na OA . O famoso parecer do Provedor de Justiça é, por sinal, uma resposta a um ex-aluno meu, que por acaso é casado com uma advogada, por isso avançou.
Isto é das coisas que mais envergonham os arquitectos, e não há textura de madeira, tipo de pedra, ou detalhe construtivo que me apague da memória homens como Keil do Amaral, que sempre lutaram pela classe e não se borrifaram nos outros, que por admirarem o mediatismo dos Sizas e Mouras quiseram-lhes seguir as pisadas. Defender a classe é defender a arquitectura portuguesa. Defender a classe é não aceitar este corporativismo bacoco. Defender a classe é aceitar o numero dos seus profissionais e tratar a todos como iguais. Defender a classe não é hierarquizar, porque se temos arquitectos tão bons, tão bons, que precisam de 70 jovens arquitectos no escritório a trabalhar, ao menos que dêem a cara por aqueles que os ajudam a pôr o plafond no cartão de crédito.
Isto vem de telenovelas e de jornais. Putos que querem ser arquitectos como o modelo/actor lisboeta ou americano da Tv. Desenhadores que sonharam a vida toda ser arquitectos. Engenheiros que decidem ser finalmente arquitectos (porque o paizinho quando ele tinha 18, lhe disse que as belas artes era para malucos e maricôncios, - mas agora já é bem diferente). E todos moeram o corpo em 5 ou 6 longos anos de faculdade. Todos fizeram directas e de certeza quase todos compraram os mesmos livros, usaram os mesmos programas de computador, usaram o Kline para as mesmas maquetas, visitaram as mesmas obras, ouviram e disseram as mesmas coisas, ora modernas, ora pós-modernas, exemplificaram com os nomes de sempre. Agora que são muitos há que fechar a porta, como nas discotecas cheias (desculpe mas temos a lotação completa).
Haja mas é vergonha!

quarta-feira, dezembro 07, 2005

O que eu não compreendo!

Não é por acaso que a hermenêutica é considerada a escola de pensamento oposta ao positivismo. Ou seja nesta discussão da Ota e do TGV parece tudo uma questão de linguística, pois não se consegue perceber onde está a posição do Porto nesta conjuntura. Nem sequer perceber com dados o que os falam. Os estudos indicam palavras e os números são como prosas que ora vacilam entre a romântica demanda e a austero ensaio científico, inconclusivo.

E mesmo neste exercício de hermenêutica, ou seja na técnica da interpretação prática de um assunto, vulgo compreensão, é que a coisa se põe. Ainda que nós, como Heidegger achemos que toda compreensão apresenta uma "estrutura circular", ou seja que "Toda interpretação, para produzir compreensão, deve já ter compreendido o que vai interpretar".

Assim nesta base compreendemos que se sobre a Ota as coisas são complicadas, no TGV parecem ficar claras, pois dizer que o trajecto Lisboa-Porto é afinal o trajecto Ota – Pedras Rubras, está-se mesmo a ver que é dizer para o que afianl ele serve.
Confesso não compreender a dificuldade das personagens políticas do Porto em se envolverem nos debates mais relevantes da sua região. Ás vezes parece que os deputados não são eleitos pelos círculos distritais, ou pior ainda, que a divisão territorial dos partidos não os autonomiza para posições (pelo menos) de dúvida perante algumas decisões.
Este governo é o meu governo. Digo-o convicto que o é na plenitude dos meus actos e da minha concordância com a sua actuação, a sua estratégia e as sua esperança. Não significa isto que seja apropriado vincularmo-nos às suas decisões de forma seguidista, pois nenhum regionalista convicto consegue concordar com esta delapidação dos argumentos descentralizadores que sempre proliferaram no País.
Estou convicto que estas medidas são as últimas consequências do referendo sobre a regionalização de 98 e tem que ser o principio da inversão nesta matéria.

No Porto estamos perante uma crise estrutural séria, quer ao nível económico, quer ao nível do que nunca lhe faltou – representantes políticos assumidamente imbuídos da alma da sua região. Parece que agora, quem está na política tem vergonha de falar na regionalização (vulgo descentralização), como se o tema não estivesse tão actual como sempre.
Confesso a minha irritação quando muitos ao pé de mim se afirmam cépticos da velha causa regional, mas compreendo que tenham razão – a velha causa, dos anteriores protagonistas, como é o caso de Fernando Gomes já acabou. A nova estratégia tem que ser bem mais generosa e abandonar um certo “Portocentrismo” nortenho, observando que o fim das linhas de Porto-Vigo ou a redução da ligação do litoral a Trás-dos-Montes prejudica verdadeiramente uma vasta região que não está sustentada no Porto.
A verdade mesmo, é que o Porto já não é a verdadeira “Capital do Norte”, ou se ainda o for é num papel meramente simbólico, pois o Grande Porto é que ainda mantém a sua importância. A própria Câmara do Porto já pouco significa, retratado no que acontece em Gaia, pois o seu Presidente é o líder sombra do PSD.

Mais ainda, no Partido Socialista já ninguém parece suficientemente forte para assumir o discurso que ainda se deseja ver acontecer. Mas esses desejos são que ele, o discurso, traga menos acento na pronuncia e mais expressão nos actos, pois o servilismo decorrente de uma maioria absoluta pode comprometer a independência, e os hábitos Queirosianos de ver o resto como paisagem estão no limite do aceitável. E ainda por cima ninguém diz nada.
Portanto, devemos, cada vez mais refundar as causas políticas e produzir um pensamento coerente com a contemporaneidade dos temas - e é o caso.

segunda-feira, dezembro 05, 2005

por razões óbvias

Preferencialmente, não está na génese deste blogue nenhuma posição interna partidária. Mas muitas vezes cada um coloca os seus argumentos e aproveita o espaço para falar abertamente da lógica orgânica partidária – no caso, a do PS Porto. E isso é positivo.
Assim, não tem sentido que sejamos esquivos perante a visibilidade dos nossos actos enquanto políticos. Vêm isto a propósito de uma noticia ontem no jn, onde se fazia publicamente saber o que internamente já todos sabiam: irei estar envolvido num projecto político de combate à liderança do PS Porto., dizendo melhor, há um conjunto de gente com muito passado e com muito futuro que estará envolvido na construção de um projecto que procure melhorar e incentivar o PS no Porto.
Em primeiro lugar é justo que também aqui no Sede se compreenda a liberdade de opinião e que o facto de existir um ou dois que se dispõe a qualquer acção política, ela não compromete nenhum dos outros. Em segundo recordar que o PS está envolvido nas eleições presidenciais, cujo objectivo não é fácil de alcançar, mas merece o nosso esforço, pelo que não é ainda o momento de concretizar o conteúdo político interno que desejamos.
Mesmo assim, sem precisar de acrescentar muito mais, devo dizer que as razões que sustentam a candidatura são as óbvias.

Porque o natal está próximo


Quem tem mais em comum?


Belmiro de Azevedo e uma caixeira do Continente de Gaia?
Ou
Uma caixeira do Continente de Gaia e uma do Jumbo de Alfragide?

Um professor da Católica do Porto e um toxicodependente do Aleixo?
Ou
Um toxicodependente do Aleixo e outro da Cova da Moura?

O Sr. Abade das Antas e um jovem licenciado desempregado de Campanha?
Ou
Um jovem licenciado desempregado de Campanha e outro de Benfica?

Uma qualquer “Patanisca Cerqueira Gomes” e um reformado com a pensão mínima, de Paranhos?
Ou
Um reformado com a pensão mínima, de Paranhos e outro de Carnide?

António Moreira

Demolimos?


Ó Avelino

“...Não há poder referendário, casuisticamente popular, pseudo anarquista como aqui o António Moreira…”

Vai interessante a discussão vai, mas não vale chamar nomes, OK?
Eu sei que a atitude cientifica leva a procurar classificar os espécies desconhecidos, de acordo com os grupos já estudados e catalogados, mas, nem sempre se acerta…

Por vezes, quando tantos se debruçam sobre o mesmo problema, há tanto tempo, sem encontrar soluções, deve-se procurar adoptar uma análise não científica para tentar encontrar outros caminhos.

Não é que todos sabiam que o sol girava em torno da terra…

Pois então

Se, na realidade, se pretende discutir sociedade e estado.
Se todos(?) temos consciência de que algo (muito?) não está bem.
Se todos(?) temos consciência de que é necessário “inventar” um novo modelo.

….

Porque teimamos em manter tantos dogmas?
Porque não pomos TUDO em causa?
Porque nos recusamos a discutir algumas “verdades”

Ó arquitectos (sedentos e não só)
Para projectar a forma de urbanização ideal de uma dada área já urbanizada, não será importante primeiro, analisar o que lá está e ver o que se deve manter e o que deve ser demolido?

Então digam-me lá.

(por hoje começamos com algumas simples)

Porque é que se tem que votar tudo num só dia (das 08 ás 19)?
Porque é que se tem que votar exactamente naquele local?
Não se pode votar no Multibanco, na Internet, ou nas máquinas da “Santa Casa”?
Porque é que não se pode conhecer a evolução da votação?
Porque é que a Assembleia da República não pode contratar uma empresa privada (nacional ou não) para assegurar o governo da nação?
E, já agora, porque é que a Assembleia Municipal não pode contratar uma empresa privada (nacional ou não) para assegurar a gestão da câmara municipal?
Porque é que é preciso um Presidente da República?
Não servia o Presidente da Assembleia da República?
E esta para os “liberais”

Qual é a diferença entre o estado e um condomínio?
E entre o estado e a família?
E entre família e condomínio?

Porque é que o princípio de “um homem um voto” é tão cegamente aceite?
Então, no caso de um referendo à IVG, o voto da mãe da Joana (ou do pai da Vanessa) vale tanto como o meu e o seu?
E, no mesmo referendo, os padres (católicos e castos) devem também votar?
E, já agora, os homens?
E, em todos os casos, o voto do “emplastro”, é igual ao do Avelino?
E, já agora, num referendo à regionalização, o voto dos “lisboetas” deve contar?

Para a Cristina:

“…não sei kal o regime ke virá a seguir, não sei eu, nem sabe a minha geração, nos estamos aki apenas a exprimentar ate ao osso o sistema, mas ke ha-de vir um mais evoluido e justo .... não tenho duvidas…”

Não sou assim tão optimista, receio que, se não formos (nós ou os nossos filhos) capazes de “inventar” e implementar o tal sistema mais “evoluído e justo”, serão as vítimas do nosso sistema a impor-nos um outro, duvido que melhor.

Volta e meia lembram-nos isso, com bombas, aviões ou carros a arder, mas nós não ligamos…


E, para concluir por agora, um pequeno exercício de aritmética:

1
1 X 50 = 50
50 X 50 = 2.500
2.500 X 50 = 125.000
125.000 X 50 = 6.250.000

???
António Moreira