quinta-feira, junho 30, 2005

Título: O Tempo

Subtítulo: o tempo que passa

Chegada a esta altura, das proximidades do primeiro aniversário, torna-se necessário esclarecer que o SEDE é um Blogue feito por cinco pessoas, com opiniões independentes umas das outras, mas também com alguns desígnios comuns.
Assim, o usual é todos nós postarmos com os nossos respectivos nomes e assumirmos publicamente aquilo que dizemos.
Acontece porém que, por motivos diversos, por vezes postamos também com o nome do próprio Blogue, SEDE. Esses motivos são bem mais comezinhos do que possa eventualmente parecer. Ou porque o que estamos a dizer diz respeito a todos, ou porque foi preciso fazer algum ajuste ao template e a preguiça não permitiu trocar o user e vai assim mesmo, ou porque o que conta é o texto e quero lá saber do username, ou porque nem sequer me lembro da passaword individual que está ali ao fundo na carteira.
A verdade é que não existe nenhum problema nisso, nem de autoria nem de responsabilidade nem nenhum outro, visto que estamos todos aqui para nos identificarmos e assumir o que dizemos seja em que circunstancia for.
Posto isto, fiquei bastante perplexo com a confusão que se gerou num post aqui atrás e que suscitou um comentário do A. Moreira, no qual referia uma série de coisas que eu não disse. Só depois me apercebi que haveria um simples equivoco relativamente a um post assinado pelo Avelino Oliveira. Mas a questão é que o A. Moreira tece umas poucas considerações que nada tem que ver comigo.
Em primeiro lugar eu gosto do Partido socialista e sinto-me muito bem no Partido Socialista. Em segundo lugar não me sinto nem um pouco desconfortável com as companhias referidas, pela simples razão de que já fiz parte de muitas outras organizações e sei bem que em todo lado há sempre gente de quem gostamos, gente de quem não gostamos, gente de quem nos orgulhamos, ou não, etc. etc.. As companhias referidas nem sequer formam um corpo entre elas, são simplesmente pessoas, algumas com trabalho meritório, outras nem tanto. Em terceiro lugar, não partilho da opinião relativa à seriedade das pessoas, no sentido individual, isto é, acho que as coisas não se podem por nesses termos, como se o Zé fosse mais sério que o Manel ou o Silva. Realmente acho que existem diferenças abissais entre o PS e o PSD que na minha opinião empírica e formulada após observação longa das respectivas praticas de governação, se põe nestes termos: A cultura vigente dentro do Partido Socialista é mais voltada para a seriedade da acção, enquanto que a cultura dentro do PSD é mais voltada para a realização da acção. Ambas tem virtudes e defeitos, sendo que EU prefiro infinitamente a do PS. Quando o PS exerce a governação, e refiro-me a todos os níveis, mesmo os mais baixos da administração publica, “sente-se” um clima permanente de pensar bem nas coisas, de escolher, com um bom nível de fundamentação, o caminho pelo qual se opta. Isto tem um preço, que é precisamente na capacidade de realização. Pelo contrário o PSD, nas mesmas circunstâncias, tem outras preocupações, que se prendem mais com “mostrar serviço”, fazer, fazer a todo o custo. Isto também tem um preço, que é que normalmente só saem asneiradas. Esse preço só não é mais elevado porque vivemos numa sociedade relativamente pouco exigente.
Propositadamente não me referi aos “casos” desta ou daquela pessoa dentro de qualquer dos partidos, porque continuo a acreditar que nem uma nem dez andorinhas fazem a primavera, assim como um “barão” ou um “cacique” não fazem também uma força politica. E quando fazem ou tentam fazer compete-nos a nós que temos outros valores e somos feitos de outras fibras, por as coisas no seu devido lugar.
Mas também procuro não desvirtuar a questão, que seria achar que certo é o mundo que eu tenho na minha cabeça, onde não há lugar para esses populismos, pelo que o mundo é que está errado. Se calhar não está, se calhar o sistema está mesmo certo, meu caro. Mas é um sistema porque é feito de equilíbrios, e por isso são necessários os A. Moreiras para contrapor aos Ruis Rios e aos Isaltinos (quase que dizia Avelinos, IH, IH, IH!). E depois a população escolhe. E não tenha dúvidas que vai escolher conforme aquilo que melhor servir os seus interesses em cada momento. Aquilo que temos que garantir é que há sempre escolhas, que ninguém consegue impedir que haja sempre escolhas. Também por isso, meu caro, é que discordo da sua opção, de se ausentar de ser uma escolha, porque está, com isso, a desequilibrar um dos pratos da balança. Também por isso não me dou a mim próprio esse direito, a partir do momento em que verifico que a actividade politica me agrada. Se me agrada, se estou disposto a participar nela, então sou uma escolha, ou estaria a dar vantagem a um qualquer “outro lado”.
Sobre o tempo que passa, temática que me interessa em particular, porque realmente o tempo passa, a forma como colocamos as nossas questões tem contido em si um valor absoluto, e no entanto são, a maioria das vezes, relativas apenas a um curto período de tempo, que marca muito mais o que classificamos como negativo do que o que classificamos como positivo. Isto aplica-se às candidaturas, como a do Gomes, a do Assis, ou a do Rio, no sentido em que há um tempo para as coisas, que raramente os próprios conseguem identificar, mas que é evidente para o colectivo.
Foi evidente que o tempo do Gomes no Porto tinha passado e por isso o Rio ganhou.
Não sei se é já hoje o tempo de Francisco Assis ou se isso vai acontecer apenas depois do verão, o que sei é que são evidentes os sinais de que a forma de fazer politica de uma certa geração já passou. Continuar é apenas prolongar a agonia. Porque o tempo passa.
P.S. Evidentemente que não me referia a diferenças ideologicas nem quaisquer outras (e muitas existem) que não fossem diferenças na pratica da governação e num cenário de coerencia com os proprios programas, o que nem sempre acontece.

I&D


Aqui mesmo ao lado, Zapatero anuncia que vai ser feito um esforço de convergência de verbas de 7 diferentes ministérios para a Investigação Cientifica. Este plano terá como verbas- 2800 milhões de euros e terá como objectivo atingir a meta dos 2% do PIB até 2010. Para além da vontade clara de aumentar o financiamento tanto do sector privado como público, prevê também melhorar a eficácia do sistema diminuindo o peso da burocracia.
Parabéns a Zapatero por acreditar que a Ciência é uma prioridade.
Para sabermos quais as medidas semelhantes que o nosso Governo também traçou no âmbito da ciência, aqui seguem algumas:
• Triplicar o esforço privado em I&D empresarial (que hoje não
ultrapassa 0, 26% do PIB), criando as condições de estímulo necessárias;
• É fundamental Duplicar o investimento público em I&D, de forma a que
atinja 1% do PIB;
• Desgovernamentalizar e modernizar o sistema público de administração
da ciência
• Triplicar o esforço privado de I&D e atingir 1% do PIB de
investimento público em I&D.

Raquel Seruca

O aniversário

Conforme anunciamos aqui há dias, gostariamos de celebrar o aniversário do nosso blog lançando um desafio.
Era interessante que os nossos leitores nos enviassem textos, pequeninos ou maiores sobre o espaço da net (vulgo world wide web, WWW) e os partidos politicos.
Aqui no Sede julgamos que ainda há um grande caminho por percorrer, por isso atrevam-se e escrevam-nos.
Seria interessante ter criticas aos sites dos partidos politicos, ter apontamentos sobre espaços web e blogs direcionados a distritos, concelhos, secções de bairro, e outros com vocação temática, etc.

quarta-feira, junho 29, 2005

Mister DuNÃO Barroso

O ano Durão

Segundo a visão:

"Fontes diplomáticas, em Bruxelas, reconhecem a Durão Barroso, em declarações à Lusa, capacidade de trabalho e liderança, mas criticam a falta de empenho em momentos cruciais embora sem o acusarem pela actual crise política que afecta a União."







Faz um ano que ele "comanda" a Europa!
Em resumo, em 3 anos conseguiu estragar bastante o País, oferecer-nos o pior primeiro-ministro do estado democrático e ainda por cima participar na mais grave crise politica da Europa.
Como lhe haviam previsto um futuro fantástico e uma capacidade fora de série, confesso-me admirador da sua vocação.
Parece o Mr. Bean que por onde passa deixa uma confusão atrás, mas é tudo sem querer.



Gay

From Wikipedia, the free encyclopedia.

For other uses, see Gay (disambiguation).
Gay originally meant in English happy. In modern usage, the term is often applied interchangeably with homosexual, though there are important differences between the terms. While "homosexual" relates specifically to sexuality, the term "gay" is a political or social marker.
When people say they are gay, they are saying that they are open about their attraction to people of the same gender
, not necessarily that they are sexually active with someone of the same gender, or with anyone at all for that matter. A person can be homosexual, but not be gay- terms such as closeted, on the down low, discreet, or bi-curious may apply in this situation. Similarly, a person can be gay, but not be actively homosexual- such is the case for some celibate individuals, such as monks, or for young people who have come out of the closet as gay for political reasons but are not yet ready to form a sexual relationship. Finally, the term "gay" can reasonably be applied to figures such as John Lennon, who were open about their attraction to people of the same gender even if they were entirely heterosexual.
To tie down the word to a specific cultural meaning might be to misrespresent a huge community of individuals who find themselves described by the word "gay". The term "gay", or "lesbian" for women, is preferred by many in the Lesbian, Gay, Bisexual, and Transgender (LGBT) community because it describes the overall "orientation" of the person and does not focus the definition only on sexual or physical terms, though there are possibly genetic and pheromonal precursors to all manifestations of sexuality and gender. The LGBT community represents the emotional, cultural, social and erotic lives of its members; a natural-born community without an innate cultural unity. The LGBT community has been, and still is, a community of struggle.
Aside from their long-term romantic and erotic relationships, gay and lesbian people establish same-sex friendships. They may choose to attend same-sex friendly social gatherings and church services where they feel more welcome. However, the majority of heterosexuals treat members of the LGBT community with kindness. There is a special term that has grown up alongside the term "gay"- the term "gay friendly". Gay friendly is a term for predominantly straight individuals and institutions who support political rights and social dignity for gay people.
The gay and lesbian community represents a social component of the global community that is underrepresented in the area of civil rights. The current struggle of the gay community has been largely brought about by globalization. In the United States, World War II brought together many closeted rural men from around the nation and exposed them to sophisticated attitudes in Europe. Upon returning home after the war, many of these men decided to band together in cities rather than return to their small towns. Fledgling communities would soon become political in the beginning of the gay rights movement. Today, many large cities have gay and lesbian community centers. The Human Rights Campaign advocates for LGBT people on a wide range of issues in the United States. There is an International Lesbian and Gay Association.
In parts of the World today, the LGBT community seeks marriage rights, a further extension of social globalization. Marriage becomes hugely important when lovers are not from the same country. Without marriage, or an equivalent right to immigrate, a couple or occasionally even family can be broken up based solely on the genders of the people involved.
The modern gay and lesbian community has a growing and complicated place in the American media. The community has been targeted by marketers who view LGBT people as an untapped source of discretionary income, but gays and lesbians are still often portrayed negatively in television, films, and other media. When Ellen DeGeneres came out of the closet on her popular sitcom, many sponsors, such as the Wendy's fast food chain, pulled their advertising. Gay people are frequently used as a symptom (or symbol) of social decadence by celebrity reverends and by organizations such as Focus on the Family. Many LGBT organizations exist to represent and defend the gay community. For example, the Gay and Lesbian Alliance Against Defamation works with the media to help portray fair and accurate images of the gay community.

Outros casamentos

O Tiago Azevedo Fernandes, com as suas considerações de ordem moral, lembrou bem a proposito dos casamentos entre homossexuais, a questão dos casamentos entre irmãos de sangue. Será um problema moral ou de saúde pública? Mais cedo ou mais tarde tambem esta questão se vai colocar, como já foi demonstrado pela bela Angelina Jolie, que lá teve que se resignar ao Brad Pitt, já que não lhe permitiam o enlace com o irmão nem outras aventuras...


Casamentos gay 2



Na continuidade da discussão travada aqui em baixo relativamente a casamentos entre homossexuais, parece que o Canadá flexibilizou a sua legislação por forma a permitir o tão desejado enlace entre pessoas do mesmo sexo. Desejado por eles e elas, é claro, porque nós por aqui não pretendiamos chegar tão longe.
Quem havia de dizer, os governantes canadianos a darem uma espreitadinha aos blogues portugueses...ãh!

Sobre a BOMBA!

Tivemos na noite de 2ª feira o infeliz constatar de como uma cidade com pouca vida pode ser perigosa. Duas mortes – de idosos, o que mais? E observamos como se a maioria dos edifícios não forem ocupados, a utilização indevida de infraestruturas pode ser muito perigosa. Neste caso com um depósito de botijas de gás na cave!? Como todos sabem o gás é mais pesado que o ar e portanto, não sobe. Quando alguma coisa espoletou aquilo, foi um estrondo. Como foi em baixo abalou a estrutura das paredes de sustentação, elas mexeram, as trave de madeira começam a cair e arrastam tudo. Assim, simples mas brutal. Fácil de explicar mas dramático demais para se pensar que não pode ser repetido muito facilmente.






Para agravar fiquei surpreso por vêr o Presidente da Câmara, vereadores e ouros aventarem a hipótese do o acontecimento funesto ter sido originado por engenho explosivo, vulgo BOMBA, ou quem sabe, por uma organização de malfeitores que ninguém ainda conhece.
Admito que no calor do desastre, e face ao impacto da explosão as primeiras opiniões sejam realizadas no registo sensacionalista, no entanto, deseja-se de um Presidente de uma cidade do Porto, não seja como o de uma qualquer eminência dos arribaldes, onde quando qualquer coisa que sai dos eixos da sua terrinha, logo venha admitir factores de extrema importância. Enfim, cheguei a ouvir meio a brincar, meio a sério, que era uma facção da Eta que agora se refugiava aqui, ou então a Al Qaeda escondida no coração da baixa.
Confesso que os pareceres técnicos preliminares que Rio usou para excluir as botijas de gás estavam tão acertados como as comissões do SMAS sobre o desvio de condutas para acabar o túnel de Ceuta. E aflige-me o clima de precipitação e falta de sentido de gestão da coisa pública, como se gerir isto seja uma coisa banal, difícil, mas normal.
A "bomba" é o espelho do período que o Porto vive, cheio de fantasmas, com receio de desconhecido, e quando ele aparece mais de perto, o melhor é gritar Adamastor, porque a Nau tem de navegar em círculos, não vão as aventuras ser perigosas.
É um Porto fechado à Europa e ao mundo, agora sim provinciano, pois não dispara sequer para fora das suas fronteiras municipais, não consegue mobilizar os vizinhos, até o fogo do S.João é uma disputa parola.
Se fosse em Matosinhos, na Maia e especialmente em Gaia esta "gaffe" bombástica já estaria publicada em emailes, smésses e tudo o mais, com tudo o tipo de ironias. A cómica CS lisboeta já deixaria cair, provavelmente pela Mourra Guedes em tom de riso e com os lábios a mexerem muito e desconcertadamente, uma galhofa qualquer.
Mas foi no Porto, e parece que a aura do Rio não consegue tocar o ridículo, mesmo quando o ridículo lhe veste dos pés à cabeça, tal como na fábula onde o tecido é tão fino, tão fino que não se vê. Então vai nu!

terça-feira, junho 28, 2005

sobre o interior dos partidos!

Confesso que este texto é um pouco um desabafo. Sabem, já estou farto da tendencia gratuita para a critica fácil que se tem feito neste periodo político, especialmente aqui no porto. Numa altura onde parece que os minutos de atraso de um candidato são mais relevantes que a mingua de ideias de uma cidade, ou então, a presunção de que os partidos são umas máquinas imensas, cheias de funcionários e quadros, que podem acompanhar tudo e todos, e melhor, tem a obrigação moral de o fazer. Isto, misturado com a costumeira cobardia, repito cobrdia, daqueles que se recusam a participar nos partidos, mas reivindicam as ideologias com a mesma propriedade dos que fazem delas cartão.
Sabem, é que muitas vezes é injusto, e nós podemos fazer um esforço, mas na maior parte das vezes não somos melhor nem pior do que o resto do povo, somos povo também.
A diferença é que damos a cara por um projecto. Não sabemos se ele é perfeito e até temos a certeza que não vamos transformar esta, na melhor cidade do mundo, em 4 anos, mas tentamos. O que sabemos é que a malta tem sido maltratada, enganada e em muitos casos humilhada por ser comandada por um artista como este presidente PSD.
O Assis tem as qualidades para ser um óptimo presidente, tem a serenidade para ouvir e é mais honesto que o Rio, pois não consegue mentir enquanto se ri, como ele. Quem o conhece, sabe que quando não está convicto do que diz até gageja!Por essa razão não compreendo uma tendência generalizada para andarmos sempre a escutar as criticas de pormenor, o detalhe, a chamada de atenção para isto, ou por não dizer aquilo, ou porque numa das muitas e muitas iniciativas que se fizeram faltava um copo de água, ou interromperam a palavra ao cicrano e beltrano. Depois também aquela treta do desacompanhado! É ridicula. Se andasse com as velhas caras como o palerma do Lello ou o Gomes, mais o narciso, mais o Gaspar, mais o Gomes Fernandes, mais sei lá quem, então diriam as poucas e boas - são sempre os mesmos, etc. assim está sozinho, o resto não existe - balelas - vão vêr quem ganha!
O que a malta vai dizendo é que não conhece esta nova vaga. O que a malta tem medo é da mudança. A mim ás vezes parece-me que muitos dos criticos, independentes e não sei que mais, se vivessem no tempo da outra senhora, eram coniventes com tudo e o 25 de Abril ainda não era feriado.
O que eu apreciava era vêr canalizadas as forças para ganharmos bem. E tragam um amigo também, a quem vier por bem.
A candidatura do Assis está muito bem, faltam 3 meses para conseguir os objectivos e ninguém pode ficar indiferente ao estilo e à proximidade dele com todos e com o que está certo. É tempo de unirmos esforços e ultrapassar receios e dar a estopada final e o ultimo sprint - em beneficio do Porto.

A blogosfera

O nosso amigo António Moreira ressuscitou o PROVOTAR. Nota-se que a coisa vêm das quentes discussões provocadas no “baixa do porto”. Esperemos que este retorno não roube a sua participação aqui no sede.

Note-se também o apelo do Tiago Azevedo Fernandes para a necessidade de fornecer o oxigénio ao seu blogue. O TAF já quase deixou de ser seu pois foi absorvido pela cidade. Julgo que o seu apelo merece sucesso.

Nós por cá, ainda aguardamos, por uns sociais democratas nortenhos corajosos, que, venham também para a blogosfera.

segunda-feira, junho 27, 2005

Junta Metropolitana

Segundo sondagem recente que "O Comércio do Porto" noticia, a maioria dos cidadãos da Área Metropolitana do Porto quer eleger directamente o presidente.
Nós tambem!

Workshop??????

O BE oferece, segundo o portugal diário este curso de desobediência civil.

No fundo este é o futuro da educação nos partidos, no pp podem ensinar a pentear o cabelo como o Nuno Melo, ou então a embrulhar retratos, ou quem sabe um workshop sobre "como negociar submarinos e fazer empresas de sondagens"
O PCP tem que se contentar com cursos intensivos sobre a vida e obra do Manuel Tiago. E finalmente o PSD tem o melhor curso de arranjar os piores primeiro-ministros de sempre (dirigido por PSL), com a possibilidade de este curso servir como parte curricular de um pós doutoramento, mais complexo, em "má gestão da comunidade europeia".,. onde existe ainda a especialização em : "como perder todos os 25 referendos quando apoio o sim", todos com a supra cordenação do Zé manuel e a anuência do Sr. Silva.

Casamentos gay



Esta temática é recorrente. De tempos a tempos lá volta o problema dos casamentos entre homossexuais. Marchas, paradas, manifestações, tudo para reivindicar direitos equivalentes aos outros, os heterossexuais.
Não vai sendo tempo das pessoas perceberem que é preciso caminhar para o fim dos casamentos civis em vez de reclamar mais tipos de casamento.
O casamento, para além de um acto de fé, é uma instituição religiosa, da qual a sociedade civil se apropriou, criando uma panóplia de direitos e deveres e regras que são autenticas amarras a asfixiar a sociedade do nosso tempo. Será que ainda vamos ter o casamento civil como um exclusivo da homossexualidade.

A esquerda conflituosa

Face à discussão que vai pelos lados do Barnabé, concluimos que somos dos poucos resistentes blogues politicos da esqerda democrática, onde, se coninua a dar luta a essa malta liberal e de direita.

No fundo está visto como funciona o BE quando tenta dividir as suas posições - mal!

É claramente um partido que não amadureceu e que prefere largar outomar rumos que de pouco servem, em vez de ajudar a construir uma verdadeira força de esquerda.




Apesar disso, esperamos que este blogue de referência consiga ultrapassar a crise! Afinal o design de cowboy sempre se confirma. nunca o havia entendido, mas fiquei esclarecido, já imagino o Louçã a tomar, magnânimo, o controlo do blogue, tudo em defesa de uma mensagem coerente, plural e diversa - assim como à laia da sua direcção do Bloco que ninguém sabe bem quem é, nem com que método democrático de eleição toma as decisões.

A noticia!

Parece que Rui Rio, na próxima quarta Feira vai apresentar a sua disponibilidade para mais um mandato na CMP.

Aceitam-se pedidos para o demover de tão horrifica ideia (o que nos safa é que ele não ganha!)

Hoje discute-se ciência!

Hoje, 27 de Julho, pela noitinha, 21:30h (socialistas!?), no FórumPorto debate-se a ciência!

Um debate moderado pela "nossa" Raquel Seruca.

Vale a pena comparecer.

quinta-feira, junho 23, 2005

Jardins!

Depois do repto da Raquel Seruca e em pleno período de reflexão sobre a cidade, no decurso da pré-campanha de Francisco Assis e dos esforços para a elaboração do seu Programa, importa aqui, no SEDE, falar também de jardins.
Porque todos os dias ouvimos maldizer o betão e ouvimos quem o maldiz depositar toneladas de esperança numa cidade mais verde, ecológica, cheia de jardins. A expectativa e a ânsia por uma IDEIA DE CIDADE diversa da que vivemos. Uma ideia de cidade que vai surgindo por estes lados e que se vai contrapor a uma outra, da qual em tempos já aqui falamos.
Por isso, JARDINS!...na esperança de que não haja nenhum paisagista por perto.

Antes de tudo importa salientar que um jardim é sempre uma apropriação da natureza. É sempre um lugar de recriação da natureza pelo homem e, portanto, um produto da criação humana. O jardim tem sempre contido esse duplo sentido, de modelação da paisagem e de apropriação da natureza. Por um lado a vontade de recriar, ordenando, para satisfação do gosto, por deleite e prazer. Por outro a necessidade de conter, de limitar e dominar, dispor, muito ligada à incerteza dos tempos e à (in)disponibilidade dos meios.

Para uma reflexão mais cuidada convêm também referir que o jardim, num sentido lato, ou os vários tipos de jardim, tem na sua génese uma ideia de paraíso. O jardim como oásis, como o espelho de céu. A ideia da natureza aperfeiçoada, como a teria concebido o criador no Jardim do Éden, que de diferentes formas é comum às grandes religiões. Curiosa comunhão esta…

Depois é também importante considerar que, como em todas as criações do homem, também os jardins sofreram o seu processo de evolução. Talvez se possam considerar dois principais saltos, ou rupturas conceptuais nessa evolução. Um primeiro com inicio no iluminismo e afirmação definitiva no romantismo que transporta o ideario do jardim da sua relação com o divino ( a paisagem como natureza criada por Deus) para uma compreensão já racionalizada e função do homem correspondente à modernidade (não confundir com movimento moderno). Um outro já em pleno sec. XX que “abstractiza” o jardim, isto é, faz corresponder a criação paisagística à afirmação da arte moderna, numa explosão da exploração formal e cromática.

A contemporaneidade reserva-nos outros desenvolvimentos que levam a criação para novos patamares, abrangendo em definitivo todos os sentidos do homem, mas cujas principais expressões se situam ao nível das texturas e dos aromas.

Será ainda possível explorar os aspectos sensoriais do equilíbrio na concepção de um Jardim? E poderemos faze-lo no Porto? Poderemos romper com a tradição romântica dos palácios de cristal, tal com foi feito na Cordoaria?
Não será o nosso orgulho romântico patente em cada canto da cidade mais uma expressão do nosso provincianismo? Gostamos assim tanto da calçada dos Aliados e das magnólias? Aliás, porque é que gostamos dos Aliados? Eu não tenho visto ninguém por lá…

Vejamos outros tipos de jardim!

Jardim Inglês - Este jardim consiste na exploração dos grandes planos verdes do chão e das massas de vegetação diversificada, pontuados por acontecimentos (peças de arte ou outros) que se descobrem à medida que se efectua um percurso livre e aleatório. Possivelmente aquilo que imaginamos mais próximo do “Jardim do Paraíso”. É a natureza aperfeiçoada.


Jardim Francês - Com muitas semelhanças com algumas culturas ancestrais do oriente, que não a china ou o Japão, o Jardim Francês consiste do desenho geométrico e rigoroso do espaço, articulando percursos com massas verdes ordenadas, em função de significados específicos, sendo o mais frequente e importante a relação do traçado com o observador. Sendo que esse observador especifico, aquele que usufrui do jardim em toda a sua plenitude e o domina integralmente é um só e ocupa um só ponto. O domínio de um homem (aquele que está entre Deus e os outros homens) sobre a natureza e os restantes.

Jardim Árabe - Em geral (mas não obrigatoriamente) com um fortíssimo traçado geométrico de estrutura genericamente quadripartida, neste jardim a presença da água é determinante. Já não é o elemento verde o essencial, mas sim a presença da água e os jogos de sombra. Para alem destes, os elementos que o caracterizam são diversificados, embora sejam sempre semelhantes, desde o tipo de pedra aos mosaicos e aos pavimentos.



Jardim Romântico - Espécie de expressão final do Jardim Inglês, do qual diverge na escala, na presença quase permanente de “ocorrências” e na introdução de conceitos geométricos distintos. É por excelência o espaço paisagístico da ascensão da burguesia e onde esta melhor reflecte os seus valores. Pontuado por grutas, conchas de onde corre água, recantos, lagos e estátuas, com significados simbólicos que se sucedem e se sobrepõe, traduz uma “racionalização organicista” do espaço, planeado para ser intensamente vivido pelo homem urbano, mas sempre de acordo com o respectivo modelo social.



Jardim japonês - Aquele onde a colocação dos elementos no espaço mais procura o sentido da harmonia e da conjugação das “forças da natureza”. Onde as pedras tem uma importância equivalente à vegetação e à água, bem como aos restantes elementos. Onde a ligação ao espiritual é permanente e o equilíbrio constante.



Jardim Português - Sem dúvida o mais universal de todos os tipos de jardim. Consiste na colocação, algures num espaço verdejante, de uma mesa e algumas cadeiras. Este tipo de distribuição dos elementos no espaço não é de forma alguma aleatória. A mesa costuma estar colocada numa zona periférica do espaço deixando a ocupação do centro para outro tipo acontecimentos formais evocativos de outras referencias, sempre com mais impacto e alusivas à dimensão universal dos portugueses. Costuma também ser colocada um elemento vegetal frondoso que tanto pode ser uma arvore como um muito vulgar “caramanchão” numa atitude de claro distanciamento em relação ao divino, como que se esse posicionamento proporcionasse uma filtragem necessária ao homem enquanto ser pecador. Por sua vez as cadeiras são também posicionadas de forma a criar todo um sistema de referências geográficas alusivas à rosa-dos-ventos, aos descobrimentos e à circum-navegação. São normalmente quatro, embora por vezes secundadas por outras tantas. A sua colocação é cuidadosa e em função de quem a ocupa, velhos e outros, menos velhos, mas igualmente a beneficiar de uma reforma, quase sempre antecipada.
Uma das cadeiras fica colocada no sentido do liceu, de onde vem as catraias com roupas modernas que dá para catrapiscar. Outra voltada ao caminho, quem desce da Câmara Municipal. O presidente às vezes vem por ali, e dá para lhe dar uma palavrinha sobre aquele assunto… Uma outra voltada à via publica, para aqueles que sempre param o carro no proibido poderem estar atentos à manobra da policia, esses filhos da… Finalmente a ultima é reservada àquele senhor que tem uma loja e dali pode vigiar as horas dos empregados.
Há quem relacione este triângulo, arvore-mesa-cadeira, com a vela triangular das caravelas, sendo que as variadas posições da cada cadeira correspondem à versatilidade do comportamento das velas em relação aos ventos. Pessoalmente julgo ser um exercício metafórico demasiado exacerbado.
Certa, certa, é a influência nórdica no jardim português, através do uso preferencial para este tipo de espaço, o jogo da Sueca.




Jardim Brasileiro - É o mulato, essa maravilhosa criação da lusofonia, que distingue de todos os outros o Jardim Brasileiro. O mulato e Robert Burle Marx.
Depois de Burle Marx nada ficou como dantes. Aproveitando tudo o que apreendeu na Europa relativamente à arte moderna, Burle Marx “desbravou” a flora brasileira em busca de novas espécies, novos arranjos, novos jogos cromáticos de flores, folhas e outros elementos, com os quais pintou os seus jardins. Burle Marx fez no paisagismo o que outros fizeram na tela com óleos e acrílicos, e abriu novos mundos ao Brasil e ao mundo.




Só para finalizar e voltando à questão do betão, que é o melhor amigo do homem, logo depois do cão. Uma coisa é limitar a influência de um determinado grupo social na construção de uma cidade, outra é cercear as potencialidades criativas associadas a um meio específico.
Há no Porto muita pedra que podia bem ser substituída por betão, e se fosse por jardins, ainda melhor.

Sexta-Feira...

...é dia de Comissão Politica Nacional.
Jorge Coelho já foi dizendo que se alguem pretende ver levantado o veto às candidaturas de Narciso e Seabra a Matosinhos que ponha a questão à votação na dita CPN. Se isto não é abrir uma porta é porque é escancarar um porta.


Quem é, quem é?

...que sofre do sindroma Robinson Crusoe?

Um homem numa ilha, à mercê dos afectos de um qualquer enigmático sexta-feira?

quarta-feira, junho 22, 2005

A fotografia mais nitida!

vê bem por detrás da foto!

A Europa, exclamação ou interrogação?

A discussão com incidência nas autárquicas está a relegar para plano secundário a profunda crise que se alstra rapidamente na Europa.
O aviso de freitas deixa-nos pessimistas sobre o rumo de uma Europa federada com forte coesão económica e social.
Ontem perceberam-se pelas descrições do actual ministro, mas também nas declarações de Schroeder que o comportamento de Blair foi lamentavel. E assim se vão dando pequenos empurrões para um perigoso declive da UE.

O candidato TIDE

Em Matosinhos, temos cartazes psicadélicos, de um candidato que mais parece a cara sorridente numa embalagem de TIDE!
Deve ser por ouvir as criticas ao azul dominante do Assis e ao seu ar descontraido - pois toma, temos um matosinhense que nos levará para a onda amarela torrada!

O site do PSD

O site do PSD no Porto é assim e não diz nada de interessante sobre as questõs políticas prementes. O verdadeiro site político do PSD é este e a forma como serve de veículo de informação é muito duvidosa. Que eu saiba todos os contribuintes e portuenses pagam a manutenção de um sítio panfletário do Sr. RUI RIO.

A democracia anda longe destes dirigentes!

Os filhos portugueses dos estrangeiros são nossos também!

Finalmente em Portugal os filhos de emigrantes nascidos no nosso país são reconhecidos como cidadãos!

O veto!

Consta por aí a mais escabrosa constatação de usurpação de poderes sobre a liberdade de imprensa. Segundo dizem, existe na RDP (extensivel à RTP) uma circular, indicando a proibição de realizar o acompanhamento da pré-campanha do Francisco Assis. O argumento é exactamente esse - é uma pré-campanha, logo não deve ser noticia.
Pelos vistos para os administradores destes lugares PUBLICOS as propostas de um muito potencial presidente de Câmara não tem relevância informativa.
Sinceramente - é escandaloso!
Já agora - repararam que na televisão pública não colocam em nenhuma peça declarações do Presidente de Câmara e do seu opositor em simultâneo. Afinal o tunel de Ceuta não é um caso nacional, nem os Aliados, nem os bairros sociais, nem o metro da Boavista.

Palácio do Freixo

Assis solicitou à oposição PS o chumbo da alienação do Palácio do Freixo! Lembram-se que foi uma reinvindicação do Fernando Gomes que "obrigou" o Ministério do Emprego a devolver esse património à cidade dado o seu abandono.
Nas palavras de assis, já que estamos em pré-campanha vamos adiar o tema para quando houver legitimidade política - seja ele de quem for !

A judite finalmente!

PJ investiga queixa de tráfico de influências contra administradores dos SMAS e GOP!
A denúncia partiu de Artur Rangel, administrador da empresa.

Prova-se a inimaginavel conivência de Rui Sá na fraude de Ceuta. É verdade que as pessoas estão fartas do tema.

DIGA-SE QUE RUI RIO VAI ABRIR A PARTE JÁ CONCLUIDA DO TUNEL APÓS PEDIDO/REINVINDICAÇÃO DE ASSIS. A CIDADE TEM QUE ESTAR ACIMA DA DEMAGOGIA. E acabou!

terça-feira, junho 21, 2005

FórumSEDE - aniversário que se aproxima!

O nosso 1º post foi em 5 de Julho de 2004.
Como muitos sabem este blogue partiu de um fórum que existia internamente no PS, também iniciado por mim e cooperado por umas dezenas mais de militantes, que através dos Yahoo groups começou a integrar-se na REDE.
Na altura não havia página Net do PS que contentasse os Socialistas que queriam debate. Depois de nós ainda veio o impulso reformador, mas sem êxito.
Depois foi criado este blogue, que, hibernou um pouco até florescer no ano de 2005, com uma actividade critica e informativa que, perdoem-me a imodéstia, não existe mais no PS, pelo menos no Norte do País.
Não queremos com isto dizer que somos a web oficial do Partido, pois isto existe com caras e nomes.

Na verdade fui eu que lancei a semente, depois tive a infindável ajuda do Daniel, e a força e colaboração preciosa, culta e critica do Pedro. Mais tarde veio a Raquel e o Eduardo, dois independentes que nem parecem não ser do partido.
Assim sendo, existem opiniões e todos assinamos, SEDE, quando assim tem de ser.
Mas hoje o rescaldo tem que ser feito, afinal se tantas vezes se queixam do encerramento dos partidos, nós, à falta de melhores argumentos, pelo menos a virtude de mostrar-vos e de revelarmos as nossas opiniões e posições sobre tudo um pouco, permite, espera-se que também os partidos são feitos de dúvidas, de diversidade e.... imodéstia outra vez, de alguma qualidade.
Nunca quisemos ser consensuais, nunca quisemos alienar o património democrático da diferença de opiniões e, julgo eu, não temos a mania de ser donos da razão.
Por outro lado, sempre achamos que os partidos como associações que são tem que se modernizar. Ouvir os de fora e convida-los a participar quando os assuntos lhes interessam.
Sem dogmas, sem coarctar os direitos de todos e sem falsos moralismos, pois aqui tomam-se posições políticas.
Já ouvimos de tudo - o bom, o óptimo, mas também o mau e as criticas, algumas delas calamos as nossas concordâncias, pois os partido tem órgãos e há coisas que devem ser primeiro ditas por dentro, para serem afirmadas por fora, noutras assumimos o embate e encaramos com a energia a discussão.

Por essa razão vimos avisar que estamos cá para a luta, e agradecemos todos os que nos lêem. Avisamos também que temos publicado quase todos os textos que nos enviam, pelo que devem sentir-se confortáveis em faze-lo, pois essa é uma das funções a que nos propusemos sempre fazer.

Por isso preparem-se e contribuam para um aniversário do SEDE em GRANDE.

A líder

Consta por aí que houve muita intromissão dos homens nas eleições das mulheres - SHAME!
Depois de contados e recontados os votos, ganhou a Sónia Fertuzinhos!

Finalmente o candidato a Matosinhos veio do frio!

autárquicas 2005?

Maria José Azevedo

A candidata PS a Valongo entrou a matar com o Centro Materno-infantil.
Não justificou muito bem a razão de ser em Valongo e não em Gaia, ou Matosinhos, ou Gondomar, ou Lousada, ou por aí fora. Mas defendeu o cencelho.
Acrescentou que não há poder de reivindicação naquela cidade (ou cidades se juntarmos Ermesinde) e que aceitou a candidatura por ser consensual.

PSD a mais

No "post" de Pedro Aroso no "Baixa do Porto" sobre o encontro a propósito do urbanismo promovido pelo Francisco Assis, e aparecido no "Comércio" de hoje, o apoio do autor ao Arq. Gomes Fernandes, como única coisa decente do evento, foi comovedor, mas faltou atacar a falta de qualidade do ar da sala, a presença de três ácares no canto superior esquerdo do estrado, e a de um vírus distorcedor do som nos microfones, condições que não lhe permitiram assimilar o que foi dito. E faltou, claro, assinar, PSD.
Como é comovente este tipo de objectividade, neutralidade e independência! Nestas alturas, aliás, quando chove, é o Céu a chorar!
E se houvesse uma só ideia na crítica, em vez do facciosismo político-partidário do bota-abaixismo rasca? ( Para não entrarmos na psicologia da invejolice, essa mesma, a lusa)
Até porque se fica à espera do sumo da sumidade. Ou seja de perceber em que é que o ditíssimo demonstra a sua superioridade crítica sobre o Arq. Correia Fernandes, Manuela Juncal, Burmester e sobre o Prof. Eng. Paulo Pinho a quem se atreve a colocar um ponto de interrogação. E o que haveríamos de colocar ao Sr. Aroso?
Há muitos anos havia por aí um bom-homem a quem chamavam o "Ideias". Infelizmente só ficaram os Sem-Ideias que, para esconderem a nesciência própria, arrasam tudo o que se diz para parecer que eles diriam melhor o que afinal não dizem.
Somos um povo de truques mas os da Guerra Junqueiro além de mais são velhos. Demais.

segunda-feira, junho 20, 2005

ESTÁ ABERTO O PROGRAMA INOV CONTACTO

Estágios Internacionais de Jovens Quadros

Este programa terá lugar numa primeira fase para 500 profissionais portadores
quer de diploma superior quer de nível médio, com prioridade aos jovens até
aos 35 anos.
Candidaturas realizam-se, obrigatoriamente, on line através do preenchimento
de uma ficha de candidatura disponibilizada no Portal da Networkcontacto.
Não é possível beneficiar duas vezes do Programa de Estágios Internacionais.
Assim, as eventuais candidaturas ao INOV Contacto apresentadas por ex- estagiáros do Contato@Icep não serão consideradas.
Os estágios Internacionais Contacto@Icep, com uma duração de quase um ano,
são compostos por quatro fases sequenciais e dois pólos de formação:
Fases do Estágio:
- 1ª Fase: Curso de Gestão Internacional
- 2ª Fase: Estágio em Portugal
- 3ª Fase: Estágio no estrangeiro
- 4ª Fase: Avaliação Final do Estágio
Os locais a estagiar na 3ª Fase do estágio são preferencialmente localizados
em centros reconhecidos pela sua forte intensidade inovadora, como Xangai,
Helsínquia, S. Paulo, Austin e S. Francisco, de forma a acumularem
experiência e conhecimentos nos domínios mais inovadores da gestão
internacional dos negócios.
O Programa visa apoiar a qualificação no estrangeiro de jovens profissionais
ou quadros de empresas em áreas chave do conhecimento, dotando-os de
competências efectivas no domínio da inovação, com vista ao reforço da
competitividade das empresas portuguesas nos sectores económicos de grande
impacte para o crescimento português, entre os quais o turismo e as
indústrias dos têxteis, vestuário e calçado, cuja sustentabilidade passa por
um salto qualitativo de conteúdo inovador
O Programa é financiado por verbas do Ministério da Economia e da Inovação,
através dos programas ou fundos geridos por este Ministério, com um valor de
investimento de referência de 25 milhões de euros.
Para mais informações contacte:
www.networkcontacto.com

Atirem-se a isto!
Raquel Seruca

Um portuense nas verdadeiras corridas de F1

Fórum Porto

"Cultura no Porto"

hoje, 20 de Junho

Alfândega do Porto

Debate aberto à população.

Oradores:
arqª Teresa Andresen; Escritório Manuel António Pina; Prof. Arnaldo Saraiva; Actor António Reis; Actriz CAtarina Pinto; Arq. Filipe Oliveira Dias; Galerista Artur Miranda.

domingo, junho 19, 2005

Maia!

Uma sondagem do COMÉRCIO/IPOM (Instituto de Pesquisa e Opinião de Mercado, Lda) dá maioria absoluta à coligação PSD/CDS-PP, liderada pelo social-democrata Bragança Fernandes, na corrida para a Câmara Municipal da Maia, isto se as eleições autárquicas se desenrolassem amanhã. Na liderança da autarquia maiata depois da morte do histórico dirigente Vieira de Carvalho, há cerca de três anos, Bragança Fernandes renovaria assim o mandato, ficando a pouco mais de três pontos percentuais de atingir os 50 por cento de votos. Uma vitória esmagadora e sem margem para quaisquer dúvidas. Jorge Catarino, líder do PS/Maia, ex-presidente da Câmara entre 1977 e 1980 e novamente o candidato socialista não chega aos 25 por cento.

as sondagens!

Não pensem que vamos fugir a comentar as sondagens, nomeadamente a do Expresso que é desfavorável ao Assis.



Em primeiro lugar devemos dizer que o estudo parece bem feito e deve ser credível, ou seja, os números devem ser estes. As pessoas tem que perceber que se não houver uma reunião de esforços, esta gestão camarária vai ganhar.
Em segundo lugar o Assis está a crescer, ou seja, com a simples introdução dos cartazes de rua, mais as inúmeras iniciativas de maior ou menor escala serviu para encurtar a distância.
Em terceiro perceber o resto do cenário, a CDU vai com 10% e tem uma atitude abominável, veja-se as declarações de Sérgio Teixeira da CDU :
"Isto não está para maiorias" Instado a reagir à previsão do "Expresso", Sérgio Teixeira, primeiro candidato da CDU à Assembleia Municipal do Porto. Para o candidato, o facto dos números apontarem para a eleição de um vereador espelha "o reconhecimento da importância do trabalho da CDU na Câmara". Sérgio Teixeira não acredita na possibilidade da coligação PSD/CDS-PP obter maioria absoluta e de, com isso, desfazer-se o actual cenário político da autarquia, no qual o candidato comunista à Câmara, Rui Sá, exerce o papel de fiel da balança. "Isto não está para maiorias absolutas. O que eu acho que está em cima da mesa é a continuação do papel determinante por parte da CDU no conjunto da afirmação de propostas em contraponto em relação àquilo que tem sido a política do PSD/CDS-PP. "


Estes 10%, com estes discurso vão baixar! Não há funeral do Cunhal que lhes valha.
Em quarto lugar, estamos no rescaldo da acção política do Governo, onde se tem notado uma rejeição ao PS. As principais criticas que se tem ouvido na campanha autárquica incide sobre a estratégia de governação nacional. Em Outubro já não será tanto assim (pelo menos esperamos que não, porque é sinal de melhoria económica e de sucesso de medidas com que alguns sedentos, para não dizer a maioria, discordam).
Finalmente, é bom que se saiba que cada um por cento retirado ao Rui Rio vale por dois. Ou seja num cenário de alteração de sentido de voto de um candidato para outro, a distância é de 3%.
Estamos, portanto, convictos que a vitória está ao alcance e que vamos conquista-la. Da última vez não foi o Rio que ganhou, mas sim o Gomes que perdeu.


Desta vez será o Assis a ganhar.

.....!

beautiful black pride

orgulho branco

independent - to be or not to be!

Nos circulos mais próximos do poder socialista já é assumido que, Narciso Miranda, será candidato a Matosinhos com ou sem o PS.
Jorge Coelho bem tenta mas a coisa não parece ainda resolvida.



Eugénio

por Pedro Baptista

Marcou-nos a todos os que, pelos Sessenta, passávamos pelo S. Lázaro, junto ao jardim com o mesmo nome. Uma, duas, três gerações consecutivas, pelo menos, delibávamos na longa tertúlia em que o Café S. Lázaro, com epicentro na ESBAP, se transformava, com as suas três fieiras de mesas individuais tornadas três grandes mesas corridas, envoltas numa grossa nuvem de fumo, tabágico e húmido, onde pontificavam artistas e arquitectos (pleonástico em alguns casos), como o Manuel Pinto, a Rosa, o Bizarro, o José Rodrigues, o Ângelo de Sousa, o Armando Alves, o Alexandre Alves Costa, o Manuel Fernandes Sá, os juvenalíssimos Vítor Sinde, Manuela Juncal e Camilo Cortesão, o finado José Garrett, o próspero Alexandre Vasconcelos, o Pacheco Pereira e nós próprios também pouco mais que miúdos, ainda antes de entrarmos na Faculdade de Letras e transferirmos, em parte, o epicentro do nosso nomadismo intelectual para o tsunami teórico e revolucionário do Piolho.

Mas havia uma figura, por vezes, escata e leve no poiso da sua fresta, de outras vezes, mera sombra fugaz, talvez rasto ou apenas pegada, que sobressaía tanto quando era presente como quando lhe contemplávamos a ausência: o Poeta, o Eugénio.
Geralmente ao lado do Zé (o Mestre José Rodrigues) também por vezes a sua mesa enchia-se com alguns mais jovens que recebiam a delicadeza da pronúncia das palavras, totais e mínimas, como a luz do fulgor do seu olhar aquilino que nascera entre os gregos.
Assim se liam os primeiros versos que, passo a passo, se iam tornando arsenal lírico de uma geração, como terá sido de outras, intimidade secreta de onde vinham as forças, talvez libidum, metamorfoseando as raivas em delicados sonhos de amor na acção libertadora concreta de lábios e punhos, rosas e fuzis, e sobretudo gritos. Todas as variações dos gritos num só grito. O do povo.

No seu apartamento, no 111 de Duque Palmela, deu-nos lição de política quando o estruturalismo chegava ao Porto e, por via de Althusser e de Lacan, tentava juntar Estaline e Freud, no maoísmo à “La Cause du Peuple”, ou seja espontaneísta, sartriano e francês
- Estaline? Vou mostrar-lhe o que diz o dicionário estalinista do Rosental/ Iudin sobre o Freud.
E, tirando, da estante repleta, um grosso volume, abriu a página e leu-nos a referência. Com coisa parecida com “pensador burguês e reaccionário que…”

Nem era de cá. E por que haveria de ser? Que é isso de ser de cá? E nós que somos de cá, somos de cá desde quando? Até quando? O que é ser? Onde nos levaria até nos transformar numa múmia! Interessa o estar! O estar com toda a plenitude de ser presença. E Eugénio estava cá, da forma que se conhece. Em palavras escritas há umas décadas, dizia-nos que a cidade era ”um burgo, pobre, sujo, reles até - mas gostaria tanto de lhe pôr um diadema na cabeça”!

Diadema com que se foi, forjado, burilado e aljofarado por si só, mas que todos nós, os que nos fomos despedir à Árvore ou ao Repouso, lhe lustramos com o bafo e calor dos olhares que já eram saudade.

Fica nos três palmos da ponta mais íntima da estante, aquela que, com a parede, se faz a axila do corpo da casa. Consigo e, por isso, connosco.

Mas fica no Porto uma sensação estranha, incómoda, se é que não será mesmo dilacerante. Era um outro Porto, em massa, onda generosa e florida, tão compacta que seria necessariamente a de todos, que se esperava envolvendo o Eugénio na hora do “Até sempre”.

Uma tristeza que fica preocupante: será que a depressão a que chegamos, ou a que nos levaram, já foi ao ponto de nem a identidade do que nos faz ser pessoas e viventes celebrarmos?
Fiquemo-nos. Dizer mais seria estragar o texto e o momento.

(Comércio do Porto, 17 Junho 2005)

sexta-feira, junho 17, 2005

Hoje na Alfândega

Ás vezes o Sede esquece de informar as iniciativas do PS. Como todos recebemos cartas e/ou mensagens sms, falta-nos cumprir o papel fundamental - divulgar a actividade política.
Logo, na Alfandega, haverá um debate sobre urbanismo em que serão oradores:
- arquitecto Manuel Correia Fernandes,
- arquitecto Fernandes de Sá,
- arquitecta Manuela Juncal,
- arquitecto Alexandre Burmester
- engenheiro Paulo Pinho.
Compareçam!

A resposta do TAF

O Tiago Azevedo Fernandes respondeu ao meu texto no seu blogue. Repondeu bem e não lhe tiro um milimetro de razão. A única coisa que eu acho é que as pequenas coisas que ele fala, os pequenos passos, não são um projecto de cidade, a que qualquer candidato politico que se proponha a governar uma cidade como o Porto, que está neste limbo de transição de século, obrigatoriamente tem que apresentar.
Aqueles pequenos passos são uma obrigação! Não é preciso um mandato, basta um ano.
Aliás após o encontro com a baixa do Porto fiquei a pensar no que disse a Cristina Azevedo, mais ou menos assim: "só vale a pena um projecto de cidade nesta altura, se ele tiver uma visão de macro escala, se ele se coadunar com as verdadeiras questões do desenvolvimento desta grande área metropolitana/regional". Disse-o daquela magnifica forma (como diria o Kundera), que só as mulheres sabem dizer.
Mas tem ela razão e tem o Tiago razão também. Será atendendo a uma e a outra estratégia que vale a pena continuar a participar na construção civica do Porto.
Uma ultima palavra para dizer que os ultimos anos estão a demonstrar um Porto muito mais discutido e os cidadãos muito mais envolvidos. Vêm isto a propósito da opinião do Tiago que diz, haver necessidade de um Sede do PSD, concordo com a ideia, desde que eles inventem outro nome qualquer (eg. FOME, RIOS ou assim). tenho quase a certeza que a Porto 2001 não teria metade das asneiras se já nessa altura (anos noventa) houvesse um A baixa, um Sede, um Blasfémias, o Pned, o nortadas, etc

Vassourada

Ouvir Manuela Ferreira Leite dizer hoje, aos microfones da RTP, que o país estaria muito melhor se ela tivesse continuado a ser Ministra das Finanças e o projecto Durão Barroso tivesse continuado, já nem dá vontade de rir, nem de chorar, nem de coisa nenhuma que não seja correr com esta gente à vassourada da esfera do poder politico.
Ela estará confundida em relação ao tempo? Ela ter-se-á dado conta que nem um ano passou? Apenas um Orçamento de Estado aconteceu. Será que ela ainda não interiorizou a responsabilidade que tem nisto tudo? Mas que lata, que despudor…
E aquele arzinho de quem está à espera da queda dos socialistas para, então sim, voltar ao poder e voltar a aplicar as suas teses, quem sabe às costas do Borges, ou do Anibal.
Eu repito aqui no SEDE, esta geração que se apoderou do poder e nele alterna, TEM que ser corrida à vassourada, ficando apenas e só aqueles que de facto tenham algo ainda para dar ao país, e que não são por certo os que continuam a entrar-nos pela casa dentro todos os dias.

Corino de Andrade

Corino de Andrade descreveu em 1952 pela primeira vez a PAF (Polineuropatia Amiloidótica Familiar) mais conhecida pela "doença dos pézinhos. Mas este foi apenas o inicio de uma História de pensamento, de procura, de descoberta, e da criação de uma ESCOLA. Porque ser um grande cientista como Corino de Andrade foi, é MUITO ESPECIAL, Mas Ainda Mais Admirável é a SUA ESCOLA.
Corino de Andrade demonstrou a sua GRANDEZA como homem da ciência ao ser um MESTRE de uma geração que se mantém viva, empolgantemente APAIXONADA pela ciência e que se deslumbra por cada passo que dão no Descobrir.
Com muita admiração
Raquel Seruca

Sites na internet sobre PAF:

http://www.ibmc.up.pt/group.php?area=4&grupo=9

quinta-feira, junho 16, 2005

Não deixa de ter graça

Os blasfesmos publicitam, em local especial, esta caricatura do carrilho num veículo estranho. O desenho, apesar de bem feito, nem sequer prestigia os atributos mais famosos da mamã Guimarães - nem um poucochinho do decote!
O joão Miranda acrescenta:
"Espero que ganhe o Carrilho. Se as pessoas do Norte têm autarcas como Luís Filipe Menezes, Valentim Loureiro, Narciso Miranda e Avelino Ferreira Torres, porque é que os lisboetas haveriam de se ficar a rir? "

Eu diria que ele se esqueceu-se do Santana Lopes e do Isaltino, já para não falar dos Zés Marias a mijar na Ponte, ou do correrio de funerais.

No entanto, vamos esperar pelas imagens do Rui Rio a conduzir calhambeques e pela igualdade de tratamento.



Grande angular

A baixa

Tenho feito algum esforço, para evitar pronunciar-me sobre questões de ordem urbanística na cidade. Dos poucos artigos científicos que tenho feito, procuro versar a minha investigação sobre o objecto arquitectónico, as suas relações no campo formológico e morfológico. Tangencialmente abordo a visão de grande escala. Tenho-me até convencido, daquela verdade que os arquitectos não gostam de ouvir – não sou urbanista. E não sou mesmo, mas também não me armo que posso ser, e disso me orgulho.
O texto do meu grande amigo Daniel conseguiu, no entanto, despertar em mim, finalmente a vontade de escrever sobre a questão urbana. Só o consigo tentar fazer de forma simples e portanto, serei provavelmente demasiado didáctico, ou demasiado pessimista, ou ainda irritantemente critico, por isso espero que me desculpem.
Devo começar por dizer que o texto citado coloca o tema como poucos o tem feito. Estamos a falar do que realmente interessa, ou seja, como antes já ouvi o Domingues abordar de forma semelhante (e liberal como lhe chama o TAF) a evolução da cidade, tal como já li o Koolhaas falar sobre o fim do urbanismo, ou ainda como tenho observado a escola de Madrid, que despudoradamente arroja nas propostas de arquitectos como Mansilla, Abalos e Herreros. Na verdade esquecemo-nos que a cidade do Porto, ou melhor o centro histórico do Porto, tem proveniência na tipologia da casa burguesa-medieval, fruto de uma transformação social brutal que ocorre nesse período nas cidades europeias: O desenvolvimento da actividade comercial e a ascensão de uma determinada classe, ligada ao que vulgarmente chamamos hoje de, serviços - a burguesia. Assim as cidades passaram de espaço de habitação, onde as ruas serviam os caminhos de acesso a módulos que se aglomeravam em torno de pátios, para serem agora comunicantes com o espaço publico, abertas para a rua, esventradas por cidadãos, que no piso térreo faziam o seu oficio, no logradouro cultivavam a sua pequena horta e crivam os seus poucos animais – tudo para a subsistência. Nos pisos de cima sobrepunham-se as famílias, pais, depois filhos, depois netos e por aí fora.
E deste modo desenvolveram-se os estimados “Cascos Antigos”, no Porto e na maior parte das cidades por aí fora.
Hoje, fruto da organização territorial e das novas vivências, procuramos sarar as feridas que este modelo, impraticável no século XXI, vai fazendo nos velhos quarteirões e tecidos urbanos da cidade do Porto. Enaltecemos as texturas dos granitos, a história do edifícios e clamamos o nome do património como principio redutor de tudo, grande buraco negro do conservadorismo contemporâneo.
Entretanto fomo-nos habituando a uns tiques que alguns arquitectos deixam como rasto, para fazerem uma mixórdia (palavras de Távora sobre a sua casa de Ofir) de reabilitação: Rebocos grossos, cores ocre ou amarelos vivos, rosas velhos, cantarias à mostra, caixilharias esmaltadas ou em inox e muita madeira. Convencemo-nos que assim se recuperava, tratando a pele. Pintando fachadas, com anuncios da CIN.
Faz-se do alumínio inimigo e do Betão o demónio!
No fundo promove-se o reaproveitamento de edifícios sem reaproveitar o que quer que seja. Primeiro porque nesta cidade vivia-se, nos séculos anteriores, sem automóveis, motas, autocarros, metros, táxis, etc.. As ruas eram espaços de vida e não barreiras. Segundo porque definiu-se como crime atacar umas fachadas do inicio do século XX ou de fins de X IX, mas aceita-se com normalidade as maiores atrocidades no interior de edifícios setecentistas. Nem que seja betão escondido por todo o lado.
Ironia das ironias, na cidade onde se descrimina mais o betão, a Casa da música assume-se como o ícone mais forte e marcante deste Porto de inicio de século. O betão no seu estado mais puro e asumindo as suas maiores capacidades.

Chego aqui para falr do PDM. Foi este o documento mais discutido na cidade e provavelmente no País dos ultimos tempos. Dissecaram-se, palmo a palmo, opções de terrenos deste e daquele, do Boavista, da Câmara, do Parque Oriental, do Túnel, etc. Argumentaram-se os indices e mais não sei bem o quê, mas ainda não ouvi, pelo menos como deve ser, alguém perguntar que estratégia de fundo tem este documento!
Qual a motriz do pomposo Plano director Municipal dos Próximos 10 anos?
Para onde vamos?
Com este plano executado a cidade vai ser o quê?
e imaginamos as respostas, mesmo em tom de pergunta retórica:
O centro de uma AMP que já é?
A grande Metrópole do Noroeste Peninsular que Já é?
Então, vamos ser melhores em quê? Vamos ser mais urbanos onde? Vamos ser mais contemporâneos como? Vamos viver bem e apresentarmo-nos como exemplo de quê?
Será no Centro tecnológico de Ramalde – zona de Ponta da Península de fazer inveja ao arroba 22 de Barcelona?
Será no Turismo, com uma cidade direccionada para a oferta cultural que prometeu?
Será num Centro histórico remodelado e vivido como poucas na Europa e no Mundo?
Será numa cidade sustentável e onde apetece viver sem poluição e insegurança?
Será numa cidade carregadinha de bairros sociais onde se vive bem, com os problemas sociais e urbanísticos resolvidos?
Será em quê?
É por isto que acho que neste âmbito o PDM vale pouco, para não dizer nada. É também por isto que o Masterplan vale pouco (embora me pareça valer mais que o PDM), porque não resume um sentimento da cidade e estará reduzido, demasiadamente reduzido, a uma boa carta de intenções.
Mas depois de falar do PDM, direi então um pouco do que me parece da baixa do Porto. E Continuo no modo de perguntas:
Será que ainda é um factor atractivo de mercado? Sem duvida. Muitos anseiam pelo clique, pela estrondo de investimento na baixa. Ele só não acontece porque somos todos conservadores, porque preferimos adiar mais um bocadinho do que arriscar um bom pedaço.
O exemplo mais flagrante é o de Barcelona, basta ler “a cidade dos arquitectos” do Moix, para perceber que Bohigas foi muito violento na recuperação daquele centro histórico. E é um socialista. Abdicou de muitos e muitos imóveis para salvar o conjunto. Rasgaram-se praças onde havia edificações do século XVIII e XIX. Aglomeraram-se prédios, mexeram-se em fachadas e fizeram-se edifícios novos. Quando digo novos, digo mesmo novos, como o MacBA ou o Corte Inglês, ou a extensão do Liceu, enfim por aí fora.
Será pictoresca e património?
Hoje todos dizem que a Baixa morre se a tratarem como um Museu, mas ninguém tem coragem de fazer mais do que isso. E acham possível que a chamada 3ª geração de habitantes chegue para encher o que falta e se perdeu. Podemos acreditar que com malta nova, artistas, pintores, músicos, jovens casais reconstruímos o que falta?
Mais vale assumir a baixa sem habitação! Ou isso ou se aceita muito mais flexibilidade, repito muito mais flexibilidade. (atenção que com isto não estou a defender muito mais densidade, nem muito nem pouco, quase direi nenhuma!)
Lembro-me de ter concorrido a um Europan (concurso europeu para jovens arquitectos), onde o fulcro da nossa proposta centrava-se numa proposta construtiva mais egocêntrica, tão egocêntrica, que o centro das salas colocava um écran, preparado para a televisão e Internet, onde cada um, na sua caverna, poderia virtualmente “tocar” os espaços que a sociedade global permite. Significa que as nossas casas e nós próprios, não pretendemos abdicar de sermos o momento que vivemos. Evitar a mais pura contradição que os arquitectos sentem melhor que ninguém. Os nossos amigos, os nossos clientes, reflectem uma sociedade que estimula a visão “passadista” e chama-lhe tradição. Gostam de casas que parecem antigas, com telhados da velhinha cerâmica, mas carros ultra-modernos nas garagens. Mobilam os seus espaços com as maciças madeiras exóticas que os seus avós gostavam, mas trocam os gramofones pelas aparelhagens, dvds, vídeos, interactivas, etc. Nem sabem o significado de tradição, pois tradição significa uma coisa actual, que continua a fazer-se da mesma maneira. Imitação não é tradição!
Significa que a baixa atrai as pessoas, hoje, por representar isso - a nossa memória, um pastiche que lava a ciade alienado do ultimo século- O lado pictoresco da contemporaneidade. E mesmo que desasjustado interessa manter. Ninguém fala das milhares de famílias de Miragaia e S. Nicolau que vivem empoleirados em casas que são insalubres (apesar de montes de giras por fora). Ninguém fala de uma população idosa que se encurrala em edifícios de vários andares, sem um acesso vertical que garanta a sua plena vivência ou mesmo o escape de uma acidente. Ninguém vê uma cidade incapaz de cumprir as dificuldade de acessiilidade a cidadãos de mobilidade condicionada.
Se a cidade, no seu centro é de pessoas idosas, devia reflectir isso e muito mais. Mas nem por aí nós encontramos os sinais do Porto hoje.

Finalmente devo dizer que discordo do Daniel quando politiza a cidade. Eu não consegui nunca ver a influência de Marx nos projectos de Garnier, Sant Elia, Corbu, e por ai fora. E acho que a cidade densa do Cardoso é igual ao Parque Maier do Santana. Entendo que a Maia é igual a Valongo, a Gondomar e apesar de tudo melhor que Gaia. Não consigo discernir, em Portugal nenhuma cidade que cresceu bem fruto de uma estratégia de esquerda ou de direita. Acho treta!
Considero até que a visão conservadora que tu falas só é mesmo importante por causa disso, por não nascer dessa fonte. Tendencialmente direi que se repetem as lutas de sempre, visionadas na discussão de 6 décadas sobre a casa portuguesa.
Vale a pena perguntar se o Portugal dos Pequenitos é de direita? Claro que é! Mas repara que nem nos mais fortes períodos de fractura ideológica isso foi importante.
Os principais arquitectos portugueses afirmaram-se sempre de esquerda. Veja-se o Siza, O souto de Moura, o Soutinho e por aí adiante.
De entre estes eu gostava de saber quantos projectos de encomenda publica tem eles. De esntre esses quantos foram objecto de concurso como manda a lei (e digo a Lei geral, não aquelas clausulas de excepção que dizem que só eles podem fazer um edifício de câmara municipal não sei aonde). São o pior exemplo! O caso do Souto Moura é escabroso –disse que era subempreiteiro da Soares da Costa na METRO. Disse que só por ética é que consultou o IPPAR. Os nossos jovens idolatram estes gajos que esmagam a classe. Que só dão aulas no estrangeiro. Que só dão maus exemplos no Pais. E que continuam a queixar-se de serem maltratados.
Na verdade falta-nos coragem. Os nossos heróis são também um bluf. Os especialistas repetem as mesmas coisas. E é preciso dar novo rumo, ou como o Pessoa, gostava eu de poder anunciar o eminente aparecimento de um Super-Camões do urbanismo nacional, mas seria pouca vergonha, por ser falso e por não conseguir ver isso no espelho. Mas como eu devem ser todos. E se alguma coisa de esquerda poderá servir ao Porto no seu desenvolvimento urbano, ela cingir-se-à, ao respeito por todos, à força de um trabalho colectivo e à humildade destemida de fazer mesmo.

Termino dizendo que discordo como é óbvio do Tiago Azevedo Fernandes quando ele defende a prioridade das pequenas coisas. Quando estimula os pequenos passos, mas certeiros. Acho muito honesta e correcta a sua posição. Acho mesmo a alternativa única em alguém que obrigatoriamente tem que prometer coisas (refiro-me a candidatos à câmara). Mas acho pouco. Ou realmente se define um rumo e avançamos, ou estaremos condicionados às receitas parvas dos eventos. Imitando a moda dos últimos 30 anos, onde os grandes acontecimentos empurravam o desenvolvimento. Convencendo-nos que as cidades fazem-se bem aos soluços, que são mais solavancos. Primeiro a 2001, depois uma cimeira, a seguir um Euro 04, e até umas corridas de calhambeques servem. Que virá a seguir?

Se puder e conseguir, continuo um dia destes (se valer a pena)!

Caro TAF

A classificação “direita” e “esquerda” só será polémica numa óptica confusa (propositadamente?) das questões ideológicas.
Uma perspectiva “Liberal” (que não significa obrigatoriamente “de direita”) tenderá a defender a cidade como um organismo “vivo”, que evolui como um somatório de vontades dos seus cidadãos e numa óptica de mercado. Os principais intervenientes são os cidadãos seguindo principalmente as regras do mercado. Eles (Liberais) contrapõe isso à cidade que dizem paralisada pelos poderes públicos sempre castradores das liberdades individuais e de mercado.
O que eu defendi foi precisamente uma ideia de esquerda, apoiada na intervenção dos poderes públicos, em contraposição a uma ideia conservadora (independentemente de ter sido praticada pela esquerda ou pela direita), igualmente apoiada nos poderes públicos.
Uma ideia “liberal” de cidade é algo de muito distinto. Venham lá os blasfemos dizer o contrário.

Direito de Resposta

Ainda a propósito do debate/conversa entre a blogosfera e Francisco Assis, promovido pel’ A Baixa do Porto com a ajuda do SEDE, fui citado pelo Paulo Vaz do Nortugal relativamente às questões da viabilidade/vitalidade do centro vs periferia das cidades contemporâneas.
Permito-me este direito de resposta, não por ver de alguma forma as minhas palavras deturpadas, mas simplesmente porque senti que não foram devidamente contextualizadas.
De facto, nunca referi que o centro (baixa) do Porto não era viável, questionei foi que tipo de viabilização. E exemplifiquei com outras “baixas” de outras cidades, essas sim inviáveis. Assim, referi algumas concepções de cidade que não atribuem viabilidade aos centros, com o intuito de ilustrar duas formas distintas de entender os caminhos possíveis para um “projecto” urbanístico no Porto, uma que podemos considerar mais conservadora e mais próxima do que poderá ser um entendimento “de direita”, e uma outra, mais progressista, e mais próxima do que devia ser assumido pela “esquerda”.
Ambas são opções para o futuro Presidente da Câmara do Porto, mas opções muito distintas.
Pela minha parte entendo, e há muito que defendo (o que muitos outros também entendem e defendem muito antes de mim) que numa cidade como o Porto, dificilmente o centro (leia-se a cidade oitocentista mais uma boa parte dos bairros) poderá ser tão apelativo como as periferias, à semelhança do que acontece na maior parte das cidades ocidentais. Esta realidade é de fácil constatação, na medida em que genericamente o mundo urbano continua a desenvolver-se e a aumentar em relação ao mundo rural, mas nesse mundo urbano, o que efectivamente tem vindo a aumentar são as periferias. As razões são várias, umas mais genéricas, outras mais específicas da cidade do Porto.
Desde logo o custo do espaço, sempre mais inflacionado nos centros urbanos, mas também as características físicas das estruturas urbanas, correspondentes à própria evolução da cidade no curso da história e vulgarmente desadequadas à sociedade contemporânea, cujos modos de vida mudaram como nunca no ultimo século.
No caso do Porto, estas razões relacionadas com a estrutura urbana são ainda mais evidentes do que noutras cidades de génese mais recente, ou de outras cidades europeias, muitas delas fustigadas e parcialmente destruídas pelas sucessivas guerras do século XX. Mas muitas outras razões poderão ser enunciadas para justificar o menor apelo que o centro da cidade exerce para a fixação de largas camadas da sociedade, como o relevo do território, em partes relativamente acentuado, como o emparcelamento do mesmo, característico e arquitectonicamente interessante, mas de alguma forma limitativo, como o dimensionamento de vias, etc.
Nesse sentido, o caminho que tem vindo a ser percorrido e tem sido pretendido, o da reabilitação da cidade tradicional voltada para o retorno e fixação das pessoas (leia-se as que constituem a matriz social) e voltado predominantemente para a função habitar afigura-se como muito difícil e provavelmente condenado ao fracasso.
Esta função da vida humana adquiriu, por via da evolução social, das novas tecnologias, do desenvolvimento das tradicionais, pela oferta de bens e serviços, e principalmente pela via do conhecimento, níveis de complexidade e exigência pouco compatíveis com as estruturas físicas rígidas que herdamos das gerações antecedentes. Habitar, no inicio do século XXI, ou a sua representação no imaginário de uma imensa classe média, significa a dotação do espaço físico da casa de uma série de valências até aqui pouco consideradas.
Como será possível garantir protecção contra o ruído, ou contra a poluição, em vias traçadas antes da existência do automóvel e do autocarro e entretanto permanentemente atulhadas destes meios de transporte? Como será possível reabilitar para habitação os edifícios que delimitam tais vias e garantir a sua integridade arquitectónica em simultaneidade com todas as valências esperadas? E a que custo?
Garantir a integridade arquitectónica não significará abdicar dessas valências e portanto limitar a oferta, e implicitamente estar a promover reabilitação apenas para classes sociais que não se podem dar ao luxo de esperar melhor? Garantir a integridade arquitectónica, suportando o elevado custo que significa dota-la das valências esperadas não significa elevar de tal forma o custo, que implicitamente se está a promover reabilitação apenas para classes privilegiadas?
Por outro lado, abdicar da integridade arquitectónica não significa estar a recuperar coisa nenhuma e a promover apenas um pastiche duvidoso?
E relativamente à segurança, das crianças, por exemplo. Que níveis de segurança são possíveis de garantir num espaço público que foi absolutamente invadido pelos meios de transporte? Será de estranhar a procura de melhores condições nos bairros da periferia?
No entanto, embora a sociedade contemporânea tenha encontrado o palco para o seu modo de vida, para o seu mundo real, nas periferias das cidades, sabemos serem os centros indispensáveis, principalmente numa cidade como o Porto. Apesar da diminuição insistente da sua população residente e apesar do elevado numero de casas e edifícios devolutos.
Um programa urbanístico “de esquerda”, num certo sentido progressista, deverá ser capaz de interpretar todo um leque de preferências da sociedade contemporânea e fazer a sua síntese através da reinvenção de uma boa parte da cidade tradicional. Deverá ser capaz de encontrar novos usos e novas formas para espaços que nos habituamos a “não viver”. Deverá ser capaz de materializar ambições e vontades, sem ignorar os valores de uma cidade que é em parte património da humanidade, mas demonstrando que a contemporaneidade não é estática e que uma das virtudes da urbanidade é a sua capacidade de transformação.
O que aliás, episodicamente, sempre vai acontecendo. Koolhass ofereceu-nos uma outra forma de olhar a cidade, quando projectou a Casa da Música. O Metro do Porto também, ao percorrer caminhos habitualmente ocultos pelas frentes urbanas. Por vezes até uma demolição ou um novo jardim nos permite descobrir um conjunto de fachadas quase imperceptíveis pela estreiteza da rua.
O Porto precisa de se libertar dos constrangimentos impostos por uma divisão administrativa limitadora e por sucessão de mentalidades redutoras, e assumir o seu papel de centro viável de todo uma grande massa populacional e territorial, sem a preocupação de rivalizar com cada uma das múltiplas partes.
O Porto precisa de ver, sem receios, pontualmente alterada a sua estrutura urbana.
A alternativa é a concepção conservadora da cidade, que a entende como palco de um modelo de vida que já não é real. Nem sequer é um ideal. E para ai procura atrair as pessoas, através de mais, sempre mais, programas de recuperação, revitalização e reabilitação, financiados e co-financiados, cuja relação custo/beneficio nunca é, nem poderia ser, devidamente divulgada. Esquecendo-se porém que a cidade é o palco da vida, e onde não há vida de nada serve o palco.

As cartas para a greve!

O comportamento isento da CMP.

O amigo do Rio

Valentão de volta

Valentim "atira-se" ao COMÉRCIO. O presidente da Metro do Porto, Valentim Loureiro, atacou ontem o nosso jornal, dizendo que o COMÉRCIO é "dos maiores aliados da oposição" ao edil do Porto, Rui Rio. "É vergonhoso o que os senhores estão a fazer ao doutor Rui Rio", afirmou, dirigindo-se ao jornalista do COMÉRCIO que fazia a reportagem das declarações de Valentim aos jornalistas sobre as polémicas em torno do metro. A uma questão do repórter, Valentim Loureiro respondeu: "Mas que é que tu queres, tu és do COMÉRCIO. Ninguém lê isso". O presidente da Metro do Porto protestou contra as manchetes . "Aqueles vermelhos da primeira página contra Rui Rio são uma coisa incrível, não acho que devesse ser permitido", afirmou o major, acrescentando: "O senhor Rogério Gomes [director do COMÉRCIO] vai colher os frutos".Confrontado com estas palavras, o presidente da Comissão Política Distrital do PSD, Marco António Costa, distanciou-se das críticas. "Pelo que tenho apreciado do jornal, considero as declarações do major uma injustiça para o COMÉRCIO e para o seu director", disse.
Hoje no Comércio

quarta-feira, junho 15, 2005

Nova imagem

Atravessando os novos tempos e as novas imagens de verão que se aproximam, o SEDE, decidiu vestir uma roupagem mais fresca, de roupas mais claras, e actualizou a sua imagem de blogue dos verdadeiros socialistas em debate.




Esta mudança acontece pela necessidade de actualização, e se possivel melhoria na oferta de um espaço que tem sido plural.
Por outro lado as novas tecnologias são malandras e a anterior roupagem entrava em conflito com os sistemas mackintosh e afins. Assim sendo, não queremos deixar de chegar a todos e nas melhores condições, antecipamos o solísticio e TCHAM.
Espero que gostem, se não gostarem reclamem, embora temos que vos dizer que este espaço é feito sem recurso a mão-de-obra especialmente qualificada (Outra coisa não seria de esperar de socialistas em tempos de vacas magras!), portanto, faz-se o que se pode, sem gastar "carcanhois".
Não pense entretanto, que reclamando muito a gente fará muito melhor. Se quiserem um blogue "fashion" procurem noutro lado. Senão fiquem por cá e continuem a ajudar o debate dos socialistas.

A gestão da Metro

Face aos ultimos acontecimentos do Metro alguns destes senhores (ou todos) tem que prestar contas:

Presidente
Major Valentim dos Santos de Loureiro
Vogais
Eng. Mário Hermenegildo Moreira de Almeida
Dr. Rui Fernando da Silva Rio
José Narciso Rodrigues de Miranda
Prof. Doutor Manuel de Oliveira Marques
Eng. José Manuel Duarte Vieira
Eng. Juvenal Silva Peneda

EfectivoSociedade de Revisores
Oficiais de ContasAntónio Magalhães & Carlos Santos, SROC,representada pelo Dr. Carlos Alberto Freitas dos Santos
SuplenteDr José Rodrigues de Jesus, R.O.C.

Comissão Executiva
Prof. Doutor Manuel de Oliveira Marques (Presidente)
Eng. José Manuel Duarte Vieira
Eng. Juvenal Silva Peneda

Mesa da Assembleia Geral
PresidenteEng. António Bragança Fernandes, Presidente da Câmara Municipal da Maia
Vice-PresidenteDr. José Macedo de Vieira, Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim
SecretárioJosé Barbosa Mota, Presidente da Câmara Municipal de Espinho

59,9994% Área Metropolitana do Porto (AMP)
25,0000% STCP - Sociedade de Transportes Colectivos do Porto, S.A.
10,0000% Estado
05,0000% CP­Caminhos de Ferro Portugueses, E.P.
00,0001% Câmara Municipal da Maia
00,0001% Câmara Municipal de Matosinhos
00,0001% Câmara Municipal do Porto
00,0001% Câmara Municipal de Vila do Conde
00,0001% Câmara Municipal de Póvoa de Varzim
00,0001% Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia
00,0001% Câmara Municipal de Gondomar

COM TANTA A$N€IRA A CULPA MORR€RÁ $OLT€IRA, OU ALGU€M T€M A CORAG€M D€ $E D€MITIR?

A verdade

Andam por aí a deizer que a Metro emprestou dinheiro à CMP para pagar obras. Devo dizer a minha opinião sobre o assunto:

É MENTIRA! repito é M E N T I R A !

O que na verdade aconteceu foi um Leasing. Após as corridas se Rui R. quiser paga o valor residual, senão devolve a Av. da Boavista.

O que é um empréstimo

Comunicado do Rui R.

1. Ao longo do dia de hoje, foi o Gabinete de Comunicação da Câmara inundado com telefonemas de diversos jornalistas, no sentido de obter a informação sobre o destino que iria ter o empréstimo que a Câmara teria contraído para financiamento da linha Matosinhos-Boavista.
2. Foi sempre explicado que não houve, não há, nem vai haver qualquer empréstimo - até porque a Câmara ainda tem a sua capacidade de endividamento esgotada, apesar da melhoria que as suas finanças sofreram nos últimos três anos.
3. Apesar desta explicação, continuaram as chamadas dos jornalistas com forte vontade de publicar o que não existe.
4. A Câmara Municipal do Porto afirma em comunicado e, assim, por escrito que não há qualquer empréstimo deste género e que o boato visa apenas a contra-informação, decorrente da proximidade das eleições autárquicas.
Pelo que fica claro que quem publicar a mentira, está a fazê-lo deliberadamente com o intuito de desinformar. "

pg web da CMP

- Quer se dizer que não é a Metro a pagar aquelas obras que estão a decorrer para as corridas e que não foram aprovadas pelo governo?
- Quer dizer que não há um contrato onde se diz que se não se fizer ali a linha quem paga é a Câmara?

Cá pelo SEDE até gostariamos de vêr quem foi o professor da FEP que deu a cadeira de Iniciação à Economia ao Dr. RUi R. para ele não saber direito o que é um empréstimo.

Disse Oliveira Marques

Oliveira Marques rejeitou, ainda, a ideia de que a Linha da Boavista não terá clientes, assinalando que os estudos indicam uma procura de 600 mil passageiros/dia. Ainda assim, lembrou que "nenhuma linha é rentável", dados os preços sociais praticados. H. S. in JN

Aliás, acrescentamos que são tão sociais os preços do Metro como os ordenados dos seus administradores - uma miséria.

Haja vergonha.

terça-feira, junho 14, 2005

Ao Eugénio de Andrade

Com as flores

no braço

e um maço de poesia

a leveza do teu passo

a puxar a maresia

assim te abraço

poeta ou elegia.





Joaquim Paulo Silva

Para conhecimento de quem quiser!

Caros Amigos:

Está em curso a recolha de assinaturas para um texto que constesta as obras em curso na Avenida dos Aliados (Porto). Esse texto deverá ser publicado, acompanhado pela lista dos subscritores, como anúncio pago na imprensa diária. O seu teor é o seguinte:

«Vimos manifestar o nosso desacordo pelo modo como está a ser imposta à cidade do Porto, sem consulta pública, uma transformação radical do conjunto Avenida dos Aliados e Praça da Liberdade, e exprimir o nosso desgosto pela perda patrimonial e descaracterização da cidade que o projecto determina.
Apelamos aos poderes públicos, e em particular ao Sr. Presidente da Câmara Municipal do Porto, e ainda ao Sr. Presidente da Comissão Executiva da Metro do Porto, S.A., assim como aos Arquitectos responsáveis pelo projecto de requalificação, para que este seja reconsiderado de modo a que se salvaguarde o património histórico insubstituível e o valor simbólico desta zona da cidade, nomeadamente no que respeita à preservação da calçada portuguesa, das zonas ajardinadas e das magnólias junto à Igreja dos Congregados.»

Quem quiser juntar o seu nome a este manifesto deve contactar o endereço electrónico

portoaliados@sapo.pt

indicando o seu nome, profissão, e dados do BI (n.º, data de emissão e arquivo). Pode também, se quiser, colaborar na recolha presencial de assinaturas imprimindo o ficheiro em anexo (não incluído para quem recebe esta mensagem através do grupo PNED).

Saudações cordiais,
Paulo Ventura Araújo

Vale a pena lêr

Texto do António Moreira sobre o Assis, com gentis referências ao SEDE em "O Comércio do Porto"

Sobre programas e propostas

Senti a necessidade de fazer este texto porque já estou um bocadinho farto das bocas da falta de propostas do Assis.
Hoje a Cristina Santos escarrapachou-as no Comércio, via “A Baixa do Porto”, e como eu acho os recorrentes comentários tão demagógicos como o paleio do Sr. Rui R., venho aqui só avivar a memória de quem anda mais distraído. Não sou advogado, nem tenho nenhuma procuração especial do candidato Assis, mas tenho ido com ele a muitos locais da cidade e compete-me defender quando as acusações são injustas e deturpadoras. É que já percebemos essa das propostas! Mas é uma tecla mal teclada.
A começar já se sentem algumas propostas lançadas pelo Assis:
- Criação de um Polis para os bairros, com a obrigatória participação da administração central.
- Criar uma EPUP (empresa municipal de urbanização do Porto (para intervir nos edifícios municipais da baixa - e são mesmo muitos)
- Promover a linha do eléctrico e a continuidade do estudo de mobilidade, em alternativa aos errácticos percursos da Boavista e do S.João.
- Restabelecer as ligações de proximidade com as intituições da cidade (da ass. de bairro até ao futebol), nomeadamente na atribuição de subsidios.
- Transformar a Prelada num novo parque urbano de uso público.
- Fazer, repito, fazer o Parque Oriental.
- Defender a AMP, estabelecendo, na prática, relações preferenciais com a Galiza.
- Criar Conselhos Consultivos para estimular a participação cívica.
- Revitalizar a Fundação da Zona Histórica - deixada ao abandono nos ultimo 3 anos - com muitos prédios municipais em ruína.
- Reformular a politica em relação à ciência - transformando os centros de investigação em parceiros reais do município.
- Estabelecer uma muito maior proximidade com a Universidade - a todos os níveis.
- Criação do Pólo Zero na Baixa.
- Criar as ligações fluviais rápidas entre uma e outra margem do Douro.

E estas são algumas das coisas soltas que já fui ouvindo e lendo na CSocial. Sei de bastantes mais, mas a politica não se faz no tempo em que os incoerentes querem. Nem o Assis é o Santana Lopes que vinha armado em atirador de ideias para salvar o Porto e as lançaria durante 4 meses sem reflectir em nenhuma ejogar ping pong com um malcriado adversário.

Segundo aspecto, o Assis não está a conhecer a cidade! Ele está a auscultar a cidade, o que é bem diferente. O Assis não é só ao fim-de-semana que faz campanha. Durante toda a semana tem ido a faculdades, associações de moradores, equipamentos sociais, bispado, centros de investigação, e mais quantos o quiserem receber. Ao fim-de-semana vai aos bairros, porque tem de ir lá quando as pessoas lá estão e não a meio da semana quando tá tudo a trabalhar.
Vai daí ele tem ouvido as opiniões de todos. Tem visto o que lhe mostram e tem feito isso com o recato que permita transmitir confiança e evitar que não se descubram os verdadeiros problemas. É que era mais fácil andar com um batalhão de jornalistas para aqui e para ali e não ver puto. Era mais fácil fazer uma mobilização grande dos dois milhares de militantes do partido e ir para Ceuta berrar! Ou ir para a BoaPista.

Portanto, o programa vai ser o culminar de um verdadeiro caminho político, de um verdadeiro conhecimento da cidade e de um verdadeiro debate. Quem quiser participar que venha, se vier por bem.

É que se quiserem discutir programas, então eu coloco aqui o do Rio e quero ver quantos é que largam a barriga de tanto rir.
Apetecia-me dizer como vi no cartaz do Sá – O Porto primeiro. Ridículo no caso dele, em que parece que um pelouro do ambiente sem orçamento e um Smas sem condições de fazer o que quer que seja, estiveram à frente.