quinta-feira, março 31, 2005

Polémica

A polémica está lançada. Aqui em baixo, muito bem, pela mão da Raquel.
Se cada um de nós se dedicar um pouco a refletir sobre a temática das bases genéticas, sobre a sua necessidade e as suas consequencias, e sobre os proveitos envolvidos, fica logo assustado.
O que não quer dizer que se fuja do problema. que se discuta e se tomem posições.
Pela minha parte pretendo voltar a ele mais tarde.

As escutas em Gondomar

Foi preciso o apito dourado para se saber aquilo que já se sabia - afinal existe um bloco central de interesses também em pequena escala. Descobrimos que Cerqueira fala com Valentim. E fala de quê? De Rio Tinto? De Futebol? De Política? Falam de tudo, nada de novo, já agora era bom que se falasse também de outras câmaras e outros protaonistas, menos caricatos e bem mais aprumados.
Alguém tem dúvidas que o relacionamento entre partidos na maioria dos casos se sobrepõe ao inter-relacionamento.
Não me passa pela cabeça defender o comportamento tido, até porque confesso não ser novidade para mim, quanto mais não seja por ser sedento. Agora que abram tanto a boca de espanto, como se fosse uma grande novidade - francamente!
Se o Cerqueira faz "cambão" politico imaginem o que se fará a uma escala maior.
Não venham é convencer a malta que isto é só Gondomar e é sempre mais no PS!


Bases Genéticas

Já toda a gente opina sobre Bases de Dados Genéticos!

Qual o objectivo e como controlar o acesso às bases de dados genéticos propostas pelo ministro Alberto Costa? Estes parecem-nos os pontos fulcrais da discussão.
É necessário elucidar vários pontos.
Quem são os alvos? Todos? Compulsivo? (voluntário não fará grande sentido)
Em que momento deve ser feito? Recém-nascidos? Maiores de idade?
Como fazer? Qual a metodologia? Que tipo de marcadores genéticos?
Que instituições vão ser responsáveis pela execução das análises? Que tipo de controlo de qualidade?
Que fazer com o material biológico após a análise? Parece-nos obrigatório que seja destruído! Espera-se que seja um arquivo de identificação genética e não um banco de material biológico!
Quem controla a informação?
Como punir abusos de informação?
Quanto vai custar?
É uma proposta atrevida, polémica e que vai gerar muita discussão. Ainda bem! Vamos assistir na opinião publica ás mais diversas opiniões, que mais uma vez espero que sejam centradas no conhecimento cientifico bem fundamentado e rigoroso.

Raquel Seruca

quarta-feira, março 30, 2005

Contributos (nº4)

Da mesma forma que o camarada Sócrates chama a si a responsabilidade de escolher quem lhe apetece para ir a votos, às principais câmaras do pais, os socialistas locais vão ter que pedir responsabilidades pelos desaires que acontecerem.

Carrilho é agora um bom rapaz, outrora fez a vida negra ao governo Guterres, o que mudou?
Assis é o homem que vai a votos mas não quer ir sozinho, quer união, não de todos os socialistas, mas de todos os partidos que tramaram o Porto.

O que mudou no PS, outrora os vilões são agora os ungidos, os protagonistas, os indispensáveis, aqueles que gostam de ser pára-quedistas? Militância para quê? Mais vale acabar com a militância e viva o amiguismo.

Ah! Não se esqueçam que a limitação de mandatos não pode ser só para autarcas, que a cada quatro anos põem a cabeça no cepo, e que o povo, sendo estúpido e burro, vota sempre nos mesmos. Só é inteligente é quando vota numa lista e nela gente escondida vai sendo eleita há mais de trinta anos. Já agora o Manuel Alegre e outros quantos anos de assembleia?
Jaime Resende

Candidatos definitivos e outros não

Está definido e é definitivo:
Carrilho a Lisboa, Assis candidato ao Porto e já agora a Isabel Oneto no Governo Civil.
No caso do Porto acresce o estranho (e pacificador) facto de Nuno Cardoso apoiar Assis através de um comunicado que enviou aos Jornais após reunião com o Secretário Geral.
Vamos esperar as guerras tradicionais das listas e a resolução da proclamada coligação e coligações, vulgo CDU e BE.
Matosinhos continua à espera e consta-se que na Maia o candidato é Jorge CAtarino após esmagadora votação na concelhia (90% a favor).
Baião tem um bom candidato - José Luis Carneiro - capaz, trabalhador, consensual, equilibrado e consta que o seu cônjuge não se diverte com o hobbie de comprar terrenos, portanto, era bom para Baião a sua eleição.
Vila do Conde não tem história, Póvoa apoia-se num bom arquitecto mas com poucas hipóteses, e sabe-se ainda relativamente pouco no Vale do Sousa. Oxalá em Penafiel (nélson) se consiga vencer como sempre se disse ser possivel.
Em Valongo espera-se a resposta da Manuela de Melo enquanto na Câmara PSD fazem recuos e piruetas com parquimetros e rotundas que se fariam e já não fazem. Ora aí está um exemplo onde a oposição do PS vale bem a pena, talvez receba a recompensa.
Em Gondomar e Gaia ainda vão lá parar os "Zé dos Anzois".

Gondomar e afins



É divertido à brava vêr a malta do PS pegar-se ao molho. Hoje foi o Ricardo Bexiga a chamar "Zé dos Anzois" ao Manuel Pizarro.
Na verdade as candidaturas a Gondomar são tudo menos pacificas. Desde os tempos em que um dos Sedentos se meteu nisso.
Acrescente-se que no mesmo jornal se publica o "famoso" Cerqueira a ser constituido arguido.
Nós cá no Sede vamos observando, mas quem anda à chuva molha-se!

Câmara do Porto 2005

É maniqueísta ver o confronto como algo bom ou mau. O confronto não tem em si nada de negativo, muito pelo contrário. É uma das alavancas do processo dinâmico e pode ser responsável por quebrar a estagnação e o imobilismo. Mas se é errado vermos o confronto como algo negativo também me parece que ele de pouco vale, desligado de uma visão estratégica de futuro, de uma capacidade de ouvir os outros e de aprender algo com aqueles que nem sempre no dizem que “sim”. A liderança – não a chefia que é outra coisa, mas a liderança – torna-se autista se for incapaz de mobilizar, de discutir sem preconceitos, e de ser coerente com um projecto que tenha sido delineado inicialmente.
A minha esperança é que o futuro presidente da Câmara do Porto, seja ele quem venha a ser, seja alguém com essa capacidade, com a força de liderar as forças vivas da cidade, de as mobilizar para um projecto, para discutir com elas o futuro da cidade e da região. Espero que não se perca em querelas estéreis que tenham como resultado final ganhar 2000m2 de área de construção. Que veja a cultura como um elemento civilizacional e não como um desperdício de dinheiro que convém evitar. Que encontre soluções aglutinadoras e não fracturantes para os diversos intervenientes das mesmas. Que seja suficientemente culto para entender que a importância de liderar a segunda maior câmara do país não se escora em provincianismos e vitimizações permanentes, mas sim em defender um projecto moderno e vanguardista com conhecimento dos melhores exemplos europeus.
Até ás próximas eleições esperar é a única coisa que podemos fazer…

de Eduardo Gradim

As desculpas

A todos os que tem encontrado dificuldades em visitar o nosso blogue! O servidor tem os seus dias e não aguenta a capacidade da nossa opinião.
Espero que não esmoreça o sucesso deste sítio! Até lá fiquem com as nossas desculpas e... já agora participem.

terça-feira, março 29, 2005

As movimentações

Há por aí quem defenda a pés juntos que desde que o Bexiga levou a marretada na cabeça não lhe sai da ideia a Federação do PS.
Aquilo no Telejornais saiu melhor que os sacos do lixo de Felgueiras e portanto lá pelas bandas de Gondomar já se fala em vitória antecipada.
Por outro lado certo, certo, é que a Federação irá mesmo mudar, seja porque Assis ganha no Porto e não tem tempo, seja (cruzes canhoto, vade retro!) ... porque perde, e sairá pela porta pequenina do Sá Carneiro no primeiro avião para Bruxelas.
Por isso entre os apoios ferverosos do advogado diz-se que reune desde Nuno Cardoso a Manuel Seabra (passando até pelo incontonável e divertido Carranca - e há quem o defenda como terceira via a Gaia).
Nesta Guerra há que contar com o cada vez mais dinossaurico Narciso e com o espalhafatoso Manuel dos Santos e uns poucos mais, que sonham acordados (houve quem no confidenciasse que até Jesus - conhecido agora como o 22 - já pondera).
Ora aí está, seguindo um desafio colocado por um militante socialista vamos um dia destes mudar a nossa sondagem e incidir sobre as preferências distritais - estejam atentos.

O telefonema II

O sede interceptou, inadvertidamente e outra vez, uma chamada telefónica entre dois socialistas, como não percebemos bem o conteúdo, transcrevemos para ver se alguém sabe de que se trata! ainda estamos á espera da ajuda do outro!

tlm1: Tou, Olá, como está o meu grande amigo?
tlm2: Bibá cámárádá, Átão pá? Olhá tu é quê é o mêu sêcrêtário gêrál!
tlm1: Pois é! Tou a ver. Sabes falei com ele e não muda de ideias! Diz que a cena da lota foi grave, que é preciso começar a caminhada no deserto e que já estás a demorar muito.
tlm2: MÁS ó JORGê! Tu promêtêstê quê êlê mudává dê idêiás, áté mê dissêstê quê sê o ápoiássêmos dêpois êlê dává o dito por não dito, quê o Álêgrê só mê ándává á námorár ê num iá gánhár!...
tlm1: Pois é pá, mas olha, até fiquei lixado (cofff!cofff! tossindo para o lado). “ele tá a reagir muito mal, schiuuuuuu!”
tlm2: Êssê gájo cum voz dê máricás vêm ágorá dizêr áo pártido,á distritál quêm é quê dêbê sêr o cándidáto á umá câmárá tão importántê como êstá cidádê dê pêscádorês? Olhá êu não sêi sê sábês más pêdi áo Hortá ê Costá párá fázêr umá sondágêm?
tlm1: Pois é curioso dizem-me que deixaram uns papeis com esses números em cima de todas as secretárias aqui do pessoal na sede nacional, aqui e nos gabinetes do parlamento. Houve quem dissesse que eles apareciam depois de ums garota assim roliça, vestida de calças cor de rosa, blusa alface, casaco amarelo gema e sapatos azul bebé passar por esses sítios. Houve quem penssasse que era uma deputada, mas…..
tlm2: Não sêi quêm foi quê fêz isso, más fêz bêm! Ê não dêixou támbém no gábinêtê do têimoso?
tlm1: “tá perguntar se viste a sondagem, que lhe digo?........ não ….. tá……” Não comentou nada, até disse outro dia que qualquer um ganha aquilo.
tlm2: Êssá ágorá, TÀ DOIDO! TÀ DOIDO! VOU COMO INDÊPÊNDÊNTÊ! VOU SOZINHO! VOCÊS VÂO VÊR!
tlm1: “digo-lhe da lista?....... sim!.....” TOU! Olha outra coisa, tinhas enviado uma lista com aqueles gajos que dava jeito colocar antes das autárquicas, só para o caso de… enfim…..! Bem… diz-me uma coisa, isto deve estar mal, diz aqui que tens 43 acessores na câmara, 29 colaboradores directos e 14 secretárias e 26 administrativos, todos camaradas do distrito? È assim?
tlm2: Máis coisá mênos coisá é como ássim dizêr, não fui êu, forám todos quê quisêrám ássim ê forám pêdindo ê êu dêi, más fálêi com o Mário, com o outro, áté tênho áquêlê quê tu…
tlm1: Tá bem já sei!...... Pronto isto resolve-se mas não se fala mais nisso e tu apoias quem a gente quiser, pode ser?
tlm2: Num é bêm ássim, átão êu é quê rêsolvi á vidá á êssá máltá ê fico á bêr nábios? Êu áindá bou como indêpêndêntê! Olhá Jorgê , tu sábês quê nuncá quis nádá párá mim ê ágorá umá coisá dêstás. Ê quêm é quê quêrêm pôr áqui? Diz-mê! Tu Sábês diz-mê! Diz-mê!
tlm1: “o gajo quer saber quem é o candidato….. digo-lhe?......não….” Meu amigo, sabes que sou teu camarada e o responsável das autárquicas. Portanto se num tivesse a ficar sem bateria poderia te dizer…. (piiiiii….piiiiii – imitação de apito de telemóvel – vai cair meu bom amigo depois falo…..piiiiii…..piiiii! )
(caiu a chamada)

segunda-feira, março 28, 2005

A moda dos referendos também no PSD

O historiador José Freire Antunes prepara-se para apresentar no próximo congresso do PSD uma moção na qual defende a realização de um referendo interno para a escolha de um candidato social-democrata às eleições presidenciais de 2006.
Ora aí está uma iniciativa interessante para questionar a legitimidade representativa de alguns partidos.
Não discordo nada desta ideia se fosse aplicada no meu partido. E já agora que a escarrapachassem em estatutos.


Candidatos, quais? Que projectos?

Este texto foi amavelmente enviado para o Sede por Joaquim Pinto da Silva

Sem dúvida que se o Dr. Santana insistir na louca corrida suicidária deixa ao PS e à esquerda (pensamos…se houver alianças), um caminho amplo, mas na verdade, ao Dr. Carrilho não lhe é conhecido pensamento substancial sobre Lisboa. Embora, outros pensamentos sejam de envergadura filosófica, reconheçamos.
Quanto ao Dr. Ferro Rodrigues, penso que um jejum é essencial, e não será por estarmos na Páscoa. Mas também o merece…
Pensemos primeiro, o PS obteve a maioria por diversas razões, mas não foi por falta de projecto para o país com certeza.
E isto é uma lição para todos os candidatos autárquicos.
Também, outra característica, que o Eng.º Sócrates afirmou será a da renovação. Ora esta terá de ser aplicada em toda a sua plenitude. Renovação, vontade de servir o cidadão, projecto de cidadania e desenvolvimento.
Matosinhos, também não pode escapar à regra. Urge renovar, sob pena de claudicar. Aproveitar esta oportunidade única e colocar os mais capzazes, aqueles que podem elevar este concelho, nos planos sociais, culturais, tecnológicos, etc, afastando caciquismos, maniqueísmos, e outros ismos, talvez uma independente possa ser uma boa escolha. Mas sobretudo a mudança para uma outra forma ética de fazer política.

Joaquim. Socialismo humanista

sexta-feira, março 25, 2005

Carrilho versus Ferro

A história das candidaturas a Lisboa ainda pode provocar um forte mal estar para os lados da capital. Carrilho, o candidato que foi, deixou de ser e volta porque afinal o outro não quer, não tem gerido bem o processo.
Espera-se que com o vai-e-vem não se repitam as histórias antigas dos socialistas - confiarem demasiado na vitória e só correrem atrás do mal muito tarde.
Por mim desejo que este processo autárquico no PS se encerre rapidamente, pois julgo que estas definições indefinidas estão a prejudicar mais do que o beneficio que durante algum tempo trouxeram.

a indefinição do Governo Civil

Consta que a fonte de O Comércio do Porto que lançou o nome da vereadora municipal do Porto para o Governo Civil não é totalmente fidedigna.
Assim afastem as teorias daqueles que pensavam ser esta uma compensação pela ausência de quota feminina no Governo.
Digo, no entanto, em abono da verdade que o cargo até poderia nem assentar mal a Isabel Oneto.

quinta-feira, março 24, 2005

Até ao estampanço final...

Depois de Rui Rio se ter estampado no tunel, foi agora a vez do seu motorista se ter estampado em plena luz do dia. Será que andam a treinar para o estampanço nas proximas autarquicas.
Segundo anuncia O Comércio do Porto, "O motorista de Rui Rio, presidente da Câmara Municipal do Porto, teve um acidente momentos antes de chegar a casa do autarca, de manhã, para o levar para a sede do município. O acidente de viação ocorreu pelas 8h50, na Rua de Agramonte, e afectou mais dois carros."
Ora o SEDE sabe que não se trata do velho mercedes recuperado com o qual Rui Rio pretendia ter poupado muito dinheiro à autarquia, porque esse tem ficado na garagem. Trata-se sim de um outro mercedes, blindado com vidros à prova de bala, mais de acordo com o estatuto do Sr. Presidente da Câmara Municipal do Porto. Ainda o vamos ver pejado de batedores e sirenes...

Esta semana só dá intriga em Matosinhos

As cambalhotas na JSD



Consta por aí uma divertida história de sociais democratas. Então não é que os companheiros de Menezes na JSD lhe pediram uma jogada de bastidores, onde, pelos vistos, alguém com lugar político em Gaia ao dar uma cambalhota ofereceeu a vitória ao actual líder da JSD - Daniel Fangueiro.
E dizem que o compromisso teve contrato promessa assinado e escritura marcada para o conclave laranja? Afinal o Menezes ainda tinha uns trunfos, neste caso de proveta idade.
Como já se disse aqui e noutros Blogues este Sr. Lopes II vai mesmo fazer o seu papel, e haverá espectáculo anti-sulista e elitista!
Os resultados dos delegados aí estão a prová-lo, e assim vai o Rio de derrota em derrota até Outubro. Mas por favor, continuem as boas sondagens que o mantém como candidato.

As autárquicas começam a definir-se

Começam a desenhar-se, finalmente, as personagens que irão disputar as esperadas autárquicas!
Com a situação do Porto resolvida que foi no inicio da semana, com Valongo em resolução feminina, parece que pouco a pouco o fumo vai saindo e deixando antevêr belos embates socialistas contra bastiões sociais democratas.
Sobra Matosinhos, e já sobra pouco tempo! Em Gondomar dizem que Mendes não gosta de gente do exército. Pois bem, no PS há quem ainda tente convencer aquele a quem já chamaram de Bezerra!

Calados, a "obra" vai começar!

De Teresa Andresen, Arquitecta Paisagista

(não conseguimos encontrar o texto na net , por isso transcrevemos na integra um artigo que foi escrito no caderno local do público anteontem. Como tem passado de boca em boca entre muita gente, julgamos muito pertinente e esperamos que nos perdoem os erros do "OCR")

«14 de Marco, a televisão apresentou uma notícia sabre uma sessão na Câmara do Porto relativa à apresentação do projecto da Avenida dos Aliados e da Praça da Liberdade da autoria dos arquitectos Siza Vieira e Souto Moura, que foram entrevistados. As palavras de Eduardo Souto Moura produziram em mim um efeito duplo de mágoa e de indignação. não gravei esses minutos de televisão e, por isso, não sou capaz de reproduzir o que ali foi dito textualmente. Mas transmitiu a ideia que esperava que agora as pessoas não começassem a contestar a obra como sempre acontecia quando no Porto se tocava numa pedra. E até acrescentou que estaria surpreendido pelo facto da obra da Rotunda da Boavista, que teria ficado tão bem, não tivesse recebido aplausos. O Público de 15 de Março da conta da posição do presidente da câmara: "Do que ninguém parece duvidar à da contestação que estas alterações irão desencadear na cidade. "No Porto, é impossível começar o que quer que seja sem haver contestação", antecipou Rui Rio, sublinhando que o desenho final decorre de condicionamentos vários mais do que de meros caprichos e insistindo na ideia de que "a intervenção terá a mão de um dos dez melhores arquitectos do mundo, ou seja, Siza Vieira-" Calada tenho estado e sei que muitos outros [também o estão]. Mas não posso calar mais. A mágoa é grande, assim como a estupefacção pelo continuado desconhecimento ou menosprezo do "ser" das coisas públicas e isto impele-me a não ficar calada. Estamos a falar de espaço público. Espaço publico é do público, da colectividade, dos munícipes que pagam os seus impostos e que mais frequentemente o utilizam e dele legitimamente se apropriam e o abrem aos visitantes diários ou de passagem. Eles adquiriram naturalmente um direito e um sentimento de posse sobre este espaço, assim como contribuem para a construção do imaginário que se vai tecendo sobre essa apropriação colectiva e que lhes confere o direito de ter uma palavra a dizer sobre os seus desígnios. Ou seja, estamos a falar de cidadania, de cidadãos que não ficam calados e que não gostam de ser admoestados a não falar. A evolução do espaço público não pode prescindir de intervenções validadas por concurso público, com apresentação de ideias alternativas, acompanhada de pareceres institucionais das tutelas e sobretudo participadas pelo público que precisa de atempadamente, ser informado de forma inteligível e tranquila. A participação é um valor democrático. Aliás, ao longo de anos tem sido reclamada pela população neste seu local por excelência de afirmação e exercício de princípios democráticos. A Praça e a Avenida (Ironia! chamadas da liberdade e dos aliados!... Humberto Delgado!!! E reparem a simbologia: as estátuas de D. Pedro IV e Garrett nos extremos!) são, como Nuno Corvacho, no Público, dizia: "...o terreiro dos Aliados, chamemos-lhe assim, é o espaço por excelência onde a cidade manifesta a sua alma colectiva, no que quer que isto signifique". A solução apresentada pelos arquitectos e uma solução possível. Não conheço o programa encomendado a que estiveram sujeitos, enunciando os objectivos pretendidos Apenas conheço os elementos que a imprensa reproduziu. Aparenta ser uma solução que privilegia o espaço avenida em vez do espaço praça. Que privilegia a simplificação da intervenção "verde" recorrendo prioritariamente a alamedas (já agora, por favor avaliem a opção das árvores, pois, segundo o jornal, aponta-se para "árvores da mesma família das que lá existem" e isso deixa-me perplexa, pois nenhuma das lá existentes tem revelado adaptar-se bem às condições estéticas e ambientais do lugar - devia-se trocar ideias e soluções sobre isto!). Que a privilegias as pessoas nos passeios laterais a alargar, em detrimento da faixa central! Que provavelmente, antecipa um programa de reabilitação funcional dos edifícios envolventes de mais forte relação com os passeios e que ainda desconhecemos. Que opta pela neutralização da cor. Que não atende ao carácter neoclássico/beauxartiano/ecléctico dos edifícios circundantes, assim como do espaço avenida e do espaço praça que ali coabitam construídos ao longo do tempo e nunca de uma vez só. Que opta par uma solução moderno-tardia de simplificação do tratamento do espaço exterior num local onde a remodelação das fachadas dos edifícios ao encontro da nova solução agora proposta é impensável (julgo eu!). O Porto 2001 trouxe investimentos assinaláveis a cidade no respeitante ao espaço público. É urgente fazer uma avaliação rigorosa e participada desta experiência. Eu diria que houve muita intervenção cujo resultado, em termos gerais, é asseado e asséptico ou higienizado ou esterilizado, ou como lhe queiram chamar, conduzindo a espaços com maior transparência e aparente largueza, por vezes pulverizados de mobiliário, mas ambiental, patrimonial e vivencialmente muito mais pobres.
A qualidade dos materiais - vivos e inertes- introduzidos tem deixado muito a desejar e as soluções projectuais, na maioria dos casos, não revelam qualquer preocupação ou sensibilidade com a sustentabilidade dos programas de conservação e manutenção do espaço público, havendo já sinais de manifesta degradação. A marginal ribeirinha será uma excepção, embora continue a achar que obrigou a ceder muito espaço público de usa pouco flexível par causa da manutenção do eléctrico. Mas veja-se a Cordoaria, Poveiros, Montevideu, Batalha, Leões, Infante, etc. A Avenida e a Praça estão agora em marcha. A opção é criar o vazio, como noticia o Público, citando Souto Moura. "O vazio que pode ficar ocupado". E o que estará para vir? A Arca de Água resistirá ao vazio? E são Lázaro? E o Passeio Alegre? Também seremos admoestados a calar?! No domínio de novos espaços públicos, ditos verdes, se exceptuarmos o Parque da Cidade, Sobreiras, Pasteleira (recuso-me a incluir a alameda de Cartes, a negação do desenho urbano e da compreensão da vivência do espaço público!) pouco mais se terá feito nos tempos recentes. Privilegiou-se "redesenhar" espaços estabilizados na malha urbana com carga patrimonial -cultural/natural -apropriados pelo imaginário colectivo, ignorando que a defesa do património diz respeito a todos. Será de ficarmos calados? Mesmo quando, como no caso da Praça e da Avenida, a Câmara do Porto usa a autoridade de dois consagrados nomes da arquitectura para manter-nos calados? Ora isto não pode estar bem! Eis a minha mágoa e a minha indignação!»

Espantosa imagem esta



no "abrangente", que aliás teve a simpatia de nos referenciar.

Aqui em baixo, no barómeto SEDE

Não deixa de ser curiosa esta disputa renhida que se vai travando no barometro SEDE.
Prof. Miranda vs Palmira Macedo, quem diria! Ainda é cedo para conclusões, mas vai ser interessante acompanhar.

quarta-feira, março 23, 2005

O que tu queres sei eu...

Sou contra o aborto, votei contra (não) no último referendo, e tudo indica que voltarei a votar contra no próximo. As razões e argumentos são muitos e já muito conhecidos por toda a gente. Não importa agora falar sobre isso, porque se avizinham tempos de acesa discussão e debate, tempos em que nos dividiremos mais uma vez e confrontaremos as nossas opiniões e posições, em muitos sítios e com certeza também aqui no SEDE.
O que importa agora perceber são as movimentações em torno do referendo (e em geral das marcações dos vários referendos). Nesse sentido Paulo Portas continua igual a si próprio e pela voz de Nuno Melo procurou defender a colagem do referendo IVG à eleição presidencial. Na expectativa de que Guterres seja o nosso candidato à Presidência da Republica tenta assim tirar dois coelhos da mesma cartola. Por um lado procura pôr o candidato a falar contra a IVG, obtendo assim ganhos eleitorais para o seu lado. Por outro impede a eleição de Guterres, pois conhecendo as suas posições é fácil de prever a divisão do eleitorado, o que obviamente, iria beneficiar Cavaco. Conseguiria com esta “inocente” escolha da data arrumar com a candidatura Guterres, sabendo que para já não há nenhum no PS igualmente bem colocado. Como diria Paulo Gorjão, “ver e aprender”!

Contributos (nº3)


Se de repente a PJ chamar todos aqueles que por ventura entende desempenharem actividades profissionais passíveis de prevaricação, a olho nú, as instalações das direcções centrais vão ser pequenas para tantos interrogatórios.

Criou-se agora a ideia que autarcas, são sinónimos de bandidos, todos eles. Não são alguns, mas sim todos. Futebol, empreiteiros, concursos públicos, tudo isto é um maranho de tráfico de interesses e de influências digno de filmes da máfia italiana.

Uma pergunta que me assalta todos os dias é de que enquanto a polícia se distrai, com ambiguidades e incertezas, quem é que fiscaliza os organismos tutelados pelo estado que não cumprem com a lei porque sabem que, quando houver sentença, se um dia houver, o arguido já não existe. Meu deus tanta injustiça que ninguém se pronuncia e critica. Ninguém consegue perceber que, por exemplo, o novo código da estrada vai ser promulgado, e quem for rico, e puder pagar logo a multa, esta é mais barata, se tem colete laranja paga coima, se for verde paga na mesma. Enfim, uma panóplia de irregularidades que nem a ”PJ” nem outra força de investigação conseguiria perceber quem poderia estar por detrás de tal maldade.
Jaime Resende

José Socrates...

...convenceu! O debate do Programa do Governo foi clarificador em relação ao próprio programa e o Primeiro-Ministro esteve à altura do que todos nós esperavamos. Uma breve passagem pela comunicação social mostrará isso mesmo. Até esse "figurão" chamado Luis Delgado já vaticina o prolongado afastamento da direita do poder.
Pois bem, é cedo! Não há duvida que as coisas mudaram, a começar logo pelo estilo dos intervenientes. Quer em relação ao governo da coligação quer em relação aos governos Guterres. Não há duvida que os sinais são francamente positivos. Não há duvida que a expectativa é grande e a esperança, depois da recente desgovernança, é ainda maior. Não há duvidas que a nova versão do Pacto de Estabilidade pode facilitar um pouco as coisas, mas Portugal está hoje bem pior do que se encontrava à três anos e quatro mil milhões de euros/ano são quatro mil milhões de euros/ano.
É certo que já aqui referimos as tradicionais debilidades emocionais dos portugueses, que da mesma forma que entraram em depressão colectiva podem, de um sopro, sair dela. No entanto, o ano que se avizinha é pleno de agitação politica e de pequenas convulsões que farão toda a diferença. Aguardemos portanto, mas com os pés assentes na terra.

Aguardamos...

...serenamente que seja apurado o défice orçamental relativo a 2004 (já se fala em 6,5%). Para que definitivamente se percebam as consequências do "discurso da tanga" e da governação de direita, que continua obstinadamente a atacar Guterres. Presidenciais no horizonte....

terça-feira, março 22, 2005

resultado de sondagem SEDE

Qual o duelo político que prefere vér na autarquia de Lisboa?

1.
Carrilho versus Santana 55%
2.
Ferro versus Carmona 0%
3.
Carrilho versus Carmona 6%
4.
Ferro versus Santana 23%
5.
nem um nem outro 16%

Tá visto que a malta quer vêr os bonitões degladiarem-se na capital! Não nos parece, pelo menos com o carrilho! Dizem as más linguas que talvez a presidente de Junta ele lá vá!
Agora:
Ajude o Sede a contribuir para a clarificação em Matosinhos - escolha o melhor candidato na nossa nova sondagem:
Quem é o melhor candidato da esquerda à Câmara de Matosinhos - vote já

o Quirguiquistão

Tivemos conhecimento que houve um inicio de revolta civil no Quirguiquistão. Façam lá o favor de ir estudar outra vez Geografia!
Eu sei que estão a pensar mandar para lá alguns políticos, nomeadamente para a capital, Bishkek, onde consta que Santana Lopes foi sondado no caso de Mariano Barreto não aceitar o cargo.

Chamando por Hitler

Anda a chatear como o "camanho" esta perseguição ao Freitas! Ainda por cima por ser anti-americano (dizem alguns!). Quem mais critica são aqueles de direita, que nem se incomodam com os personagens que emigraram do PCP para o PSD e no caso do Zé Manuel Barroso da extrema esquerda para o PPE europeu. Ora o Amaral, matratado pelo partido que fundou quando era preciso coragem para se afirmar conservador, está contra Guantanamo e a defesa dos direitos humanos nos EUA e vai sendo enxovalhado!
Pois bem, como diria o outro:
Se o Freitas é anti-americano eu também sou!


Metro a Metro, também vós Narciso e Mário

A PJ anda entretida com os construtores da Metro do Porto. Lembro que só os preços dos bilhetes já deviam ser motivo de crime por burla agravada, mas agora parece quee os autarcas vão lá explicar se conheciam A, B, C e D, até pelo menos chegarem a Jota. Dizem que é uma letra muito bem "contruída" lá pela "Boavista".
Qualquer dia até chamam Por um Camilo qualquer, quer dizer um Camelo qualquer.

Triste

Dizem por aí que o Cardoso anda triste por não ser candidato. Mas também dizem as más linguas que anda a preparar alguma!

Fériazinhas, Bye Bye!

Podem correr e saltar, mas esta medida vêm repor justiça social num meio que tão precisado anda dela. Aquilo de magistrados e Juizes fazerem duas directas na primeira semana de Julho para arremessar os dossiês que atazanavam durante meses as empoeiradas secretárias e.... voilá, volto nos fins de Setembro!
Excepto claro para aquelas chamadinhas de urgência em que por necessidade se lá vai!
Grande medida! Já foram as farmácias, agora a magistratura, depois quem será? Os médicos? Os intermediários de negócios? (...)

De repente...


...a blogosfera começou a falar de Narciso Miranda.
Luis Nazaré aqui, outros aqui e aqui, e ainda noutros sitios.
Terá sido isto motivado pela viagem a Lisboa?
Terá sido isto motivado pela famosa sondagem Horta e Costa?
Sondagem, qual sondagem?
A sondagem...
Qual sondagem?
A sondagem...
Qual sondagem?
Independente...
Independente, quem é que? O quê?!?!...
A sondagem...
Qual sondagem........?

segunda-feira, março 21, 2005

Thom Mayne líder do grupo "morphosis" ganhou o pritzker de arquitectura

as esfarrapadas do Bloco

Se as asneiras demitissem os deputados este jovem já não ia mais ao parlamento. Leiam as desculpas esfarrapadas do jovem Professor Lopes para não existir uma coligação de esquerda no Porto.

Conforme o SEDE anunciou na quinta-feira...

"...o líder do PS terá telefonado sexta-feira a Nuno Cardoso...".
Na altura tentamos aqui antecipar o teor do famoso TELEFONEMA.

Francisco Assis...


...mostrou hoje, ao comentar as ultimas sondagens, porque é que se destaca dos restantes lideres politicos distritais. É que enquanto os outros se apressaram a discutir politiquices, Assis falou em "trabalho", "programa" e "equipa".

domingo, março 20, 2005

Paisagens

Numa época de tão intensa preocupação com a qualidade ambiental e paisagística dos territórios, em que se fazem investimentos avultadíssimos de requalificação do meio ambiente, é estranho e caricato que ninguém se incomode com a agressão que constituem estas barreiras de protecção de ruído, que vão tomando conta deste pais.


Será possível que toda a gente ache normal estas estruturas tipo muralha da china em chapa a recortarem a paisagem de norte a sul, em tudo que é auto-estrada? Será normal ter sido construída uma auto-estrada para o Algarve “por cima” da Serra do Caldeirão, de modo a minimizar os impactos ambientais, gastando o governo de Portugal, em tempo e dinheiro, cifras incalculáveis, para depois revestir a mesma com estas barreiras que “rebentam” qualquer enquadramento paisagístico?

sábado, março 19, 2005

+ sondagem (esta só no Porto)

Vale a pena estudar a sondagem sobre as próximas autárquicas no Porto.
Acrescente-se as declarações bacôcas do "moralista" Teixeira Lopes:
- Ora bem! Com a Cdu não. Para isso preferimos contribuir para que o Rio ganhe. É que a CDU contribui para viabilizar o mandato desse monstro xenófobo de nome Rio. Alguém percebe a lógica do Professor Doutor Sociólogo Lopes?
Então este Lopes disfruta de insolvência mental dentro do Bloco de Esquerda? Ou estarei a vêr mal a coisa e afinal é tudo táctica para subir a parada!

Sondagens

Interpretar sondagens é coisa para o Margens de Erro. No entanto, parece-me que quem fez a ultima sondagem para o Expresso anda um pouco equivocado quanto aos candidatos autarquicos.

Determinação

Se José Sócrates continuar igual a si mesmo, isto é, determinado, estou a ver muita gente a começar a ficar muito preocupada...

Tiro-lhe o Chapéu, Sr. Eng., tiro-lhe o chapéu!

Até porque passei um bom bocado de tempo a escrever um post que dizia isso mesmo...

sexta-feira, março 18, 2005

O PROGRAMA DO XVII GOVERNO CONSTITUCIONAL...

...no âmbito da Ciência é uma cópia das Bases Programáticas do PS!
VIVA a decência.
Aqui vão dez coméntários a dez medidas do programa no ponto 3:
Vencer o atraso científico e tecnológico já que Portugal, o sector público investe apenas 0, 55% do PIB em I&D.
1. Triplicar o esforço privado em I&D empresarial (que hoje não ultrapassa 0, 26% do PIB), criando as condições de estímulo necessárias;
A Lei do mecenato cientifico foi aprovada a 8 de julho de 2004- lei26/ 2004. É crucial publicita-la e é necessário que FCT seja célere na avaliação das propostas.
2. Triplicar o número de patentes registadas;
É preciso dar formação aos investigadores (o que patentear e como patentear)
3. É fundamental Duplicar o investimento público em I&D, de forma a que atinja 1% do PIB;
Não nos desiludam neste ponto! A cultura foi publicitada na comunicação social! Toca a promover a ciência! Ou estamos a falar do mesmo?
4. Fazer crescer em 50% os recursos humanos em I&D e a produção científica referenciada internacionalmente.
Era mesmo preciso que isto fosse verdade, para isso que tal olhar para os diversos financiamentos das diferentes áreas da FCT e dar um sinal claro que a produção cientifica vai mesmo contar. Que tal mudar isto? Dar maior alocação de fundos para a área das Ciências da Saúde já que ela detém apenas 11% do financiamento da FCT mas representa 30% da produção científica em Portugal!
5. Estimular o emprego científico no sector público e privado;
Como implementar a carreira de investigador nas nossas Universidades? Coragem e força!
6. Tornar obrigatória a prática experimental em disciplinas científicas e técnicas no Ensino Básico e Secundário;
É necessário dar formação aos professores e dotar os laboratórios das escolas de equipamentos e financiamentos , e verificar quem sabe, que depois de equipados a chave para abrir a porta do laboratório se usa para além dos dias da fiscalização ou de visitas feitas pelo Poder. Porque a ciência se faz e se aprende, A FAZER!
7. Cultura científica e tecnológica, educação científica e experimentação. Reforçaremos Agência Ciência Viva.
BOA!
8. Investigação científica competitiva e avaliação internacional. Consórcios, redes e programas. Garantiremos pontualidade nos concursos para financiamento, com avaliação e companhamento internacional independente, de projectos, redes e instituições em todos os domínios científicos;
Era mesmo importante cumprir este ponto, porque permite programar com tranquilidade a actividade cientifica, ter objectivos a longo prazo, e racionalizar as despesas. Mudar este principio que tem gerido a comunidade cientifica –" Quando abre o período da caça pegamos todos imediatamente nos chumbos", porque nunca se sabe se vai ser a ultima oportunidade. E depois vê-se que alguns dos projectos nunca foram executados ou com uma execução mínima. Também é preciso verificar isto e dar sinais claros que isto não é bem visto!
9. Desgovernamentalizar e modernizar o sistema público de administração da ciência. O sistema público de apoio à I&D em Portugal deve ser um modelo avançado da Administração Pública responsável e moderna.
APLAUDO!
Avaliar também os seus planos, execução e quadros é fundamental. E renovar os seus quadros e dar dar voz aos mais novos nos conselhos científicos permite também mostrar novas e outras preocupações como orientar a ciência em Portugal.
10. Triplicar o esforço privado de I&D e atingir 1% do PIB de investimento público em I&D. A meta europeia de uma execução pública de 1% do PIB em I&D é tanto mais urgente quanto a experiência internacional nos demonstra como esse investimento é multiplicador do investimento privado em inovação.
Tal como gritei anteriormente, NÃO NOS DESILUDAM!! Mas por favor não estejam obcecados com a inovação porque sem ciência básica não marcaremos a diferença. Eu confio que vai correr tudo melhor!
Raquel Seruca

Virar o bico ao prego

O imbróglio criado com a saída da Rua de Ceuta tem um único responsável: Rui Rio. Por três razões simples: Primeiro, porque se pretendia fazer alterações ao previsto, fazendo desembocar o túnel, no Soares dos Reis, deveria ter pedido previamente parecer ao IPPAR que sabia, ou deveria saber, ser legalmente obrigatório. Segundo, porque só fez alterações para dizer que o que estava previsto estava mal e que com ele, génio do urbanismo, do trânsito e das escavacações, é que passava a estar bem, ou seja, por motivos político-partidários. Terceiro, porque em lugar de procurar soluções para o problema, uma vez dado o parecer negativo do IPPAR, optou pela via da arruaça, em vez da via legal, instigando umas poucas pessoas contra a lei e as instituições legais. Ora ele, Rui Rio, é o único culpado. E os portuenses, tanto os moradores e comerciantes como todos os que pagam os impostos, são os únicos prejudicados pela incapacidade de Rio para liderar uma câmara e tomar decisões responsáveis. Dirigir uma câmara não é organizar um piquenique com os sobrinhos, nem tomar um café com uns amigos. As decisões têm de ser bem pensadas e estribadas legal e financeiramente, não é atirar para a frente as ideias sem ouvir nem querer ouvir ninguém, que é o acontece com o Dr. Rui Rio. Mais. Rui Rio continua na via insurrecional, sem acatar a lei, fazendo a obra prosseguir de acordo com as suas teimas, tornando a situação cada vez mais difícil. Ao mesmo tempo procura virar o bico ao prego, dizendo que o IPPAR age por motivações político-partidárias e provoca a situação, quando quem agiu por motivos político-partidários provocando toda esta trapalhada foi Rui Rio e mais ninguém. Se não mexesse no projecto inicial e tivesse terminado as obras como estava previsto, o túnel já estaria pronto há muito com o jardim do Carregal a encostar-se ao hospital e com os moradores e os comerciantes a fazerem a sua vida normal. Parece, aliás, a solução para o problema criado: voltar à primeira forma e acabar de imediato a obra. Nem é uma dúzia ou duas de pessoas enganadas e instigadas pelo Dr. Rui Rio para fazerem ameaças de bloqueio à cidade que vão atropelar as leis e instituições da República. O Porto não é a Madeira do seu correligionário Alberto João Jardim, Dr. Rui Rio! De resto, é o que Rio faz por toda a parte. No frenesim da campanha eleitoral que já iniciou, depois de três anos e meio sem fazer nada, quer fazer tudo, em seis meses, o que é muito pior que fazer nada. Porque em tudo é o carro à frente dos bois. O radicalismo, a cegueira, o autismo, as ideias sem consistência, o disparate. Ver-se a ideia do Metro na Boavista, como cortina de fumo para o que considera a grande arma da campanha eleitoral: o "remake" das corridas do antanho. Como à frente do Metro pratica a mesma incúria que à frente da Câmara, primeiro a decisão, depois os estudos alternativos e de impacte ambiental. Mais um imbróglio! Mas à frente de tudo, de qualquer autorização ou projecto concreto, a asfaltação do troço Castelo do Queijo- António Aroso. O Metro ali vai rolar sobre o asfalto? empurrado pelo Dr. Rui Rio! E tudo para a Metro pagar um dia, diz. Como é que a Metro vai pagar? Se não vai haver Linha da Boavista nenhuma, porque há quem tenha juízo neste país e os do Metro não vão querer ir de cana por gestão danosa e conivência com ilícitos! Só virar o bico ao prego! Como com Valentim a queixar-se do seu governo e da sua Metro. Se o metro ainda não está em Gondomar, como já devia estar e há muito, a culpa é de quem senão do Dr. Rio, do Sr. Valentim, da sua empresa de Metro e do seu Governo? Que nunca contaram para nada no seu governo? Pois não, quem só se abaixa ao poder central, só mostra as fragilidades? Vem agora o Dr. Rio, o yes man mais mansinho e subserviente que o Governo do amigo Lopes teve, armar-se em contestatário revolucionário! Na Praça, vamos pelo mesmo caminho. Um dos arquitectos contratados pelo Dr. Rio já avisou que no Porto, põe-se uma pedra e tudo protesta, portanto o que é preciso é ninguém protestar, a lei da rolha, para poderem disparatar à vontade. Diríamos antes que o problema é que Suas Excelências, no Porto, gostam de fazer primeiro e estudar e discutir depois, por isso é que surgem as situações de protesto, porque ninguém está disposto ao "come e cala". Há protesto porque não há democracia, não há discussão prévia, as coisas são mantidas no segredo dos deuses e feitas de assalto nas costas das pessoas. E ainda por cima coisas que parecem disparates, como gastar uma fortuna com a remodelação da Praça e dos Aliados para ficarem à mesma seis pistas de rodagem, três de cada lado. Alguém vai usar a placa central estreitada para "cruzar a perna" rodeado por duas "auto-estradas"? E claro que os comerciantes que falam da dita "calçada portuguesa" têm toda a razão. Lajes de granito, uma fonte e uma assinatura dum arquitecto famoso? É a receita única de toda e qualquer parvónia, neste momento, pelo país fora, a imitar o "espanhol". Uma tristeza provinciana do pensamento piroso e único. Para isso mais vale estar como está, ou simplesmente alargar os passeios, aumentando as guias de pedra, aí sim com lajes. E mantendo o que resta dos lindíssimos jardins e da "Menina Nua". São ex-libris conhecidos em todo o mundo para durar mais duzentos anos. Por que é que nada disto é discutido com a população antes de aprovarem os projectos? Suas Excelências não estão para isso? Então não se queixem dos protestos, não virem o bico ao prego. E que está lá a fazer o Presidente da Câmara eleito pelos munícipes?

Pedro Baptista

Há sempre um ditador à espreita...

Este senhor, Luís Nazaré, é daqueles para quem os jogos (aliás, os votos) acabam quando são eles que estão a ganhar.
Já não há paciência para receber lições de progresso de quem (infelizmente) tem por progresso a sua própria visão do mundo.

Excelente concerto...

dos US3, ontem no Hard Club.

quinta-feira, março 17, 2005

O telefonema!

O sede interceptou, inadvertidamente, uma chamada telefónica entre duas figuras públicas, como não percebemos bem o conteúdo, transcrevemos para ver se alguém sabe de que se trata!

tlm1: Tou, quem fala?
tlm2: Tá. Boa tarde, é da Concelhia?
tlm1: Sim! (que voz tão misógina) parece que o conheço de algum lado, só não estou a reconhecer este número! Aqui aparece-me Guterres!
tlm2: Não, agora é o meu!
tlm1: Zeeeeeeé! Biba pá, atão, nem imaginas o gosto que é tu ligares-me! Conta lá pá! Tenho ido aí tantas vezes, só que a tua secretária tem-me dito sempre que eu tenho azar, é mesmo quando eu vou que tu acabas de sair! Por isso tenho ligado para o teu número e ninguém me atende. Já não falo contigo desde aquela vez em que disseste na televisão que a minha conferência de imprensa foi uma merda, e a seguir me ligaste a dizer que o que disseste não era o querias ter dito. Mas sabes, por aqui a malta também me vai dizendo que foi uma merda. Até o velho!
tlm2: Pois é engenheiro! É verdade, agora tenho andado um pouco ocupado, mas lembrei-me de ligar-lhe, sabe….., tenho falado com o Presidente da Distrital e combinamos….
tlm1: Oh pá, esse filho da mãe! Esse bexigoso! Esse alvo de sacos do lixo! Ainda outro dia tive para lhe ir às trombas! Atão não é que o gajo anda sempre a mandar umas bocas pós jornais, quem não nos conhecesse Zéeeeeé, até pensava que tu tinhas combinado com ele, Zéeeeé! Ganda Zéeeeeé.
tlm2: Pois! na verdade a razão do meu telefonema é sobre a candidatura autárquica, eu queria ter uma palavra a dizer……
tlm1: Tá aqui uma barulheira com a Rosa do Aleixo cá em casa (Ò Pá CALEEEEEM-SE, TOU A FALAR CÚ ZÉEEEEEÉ)
tlm2: …. Tava a dizer que queria ter uma palavra no candidato e acho que o melhor colocado era…, bom, ….talvez fosse melhor que o líder do Partido local assumisse a candidatura…..
tlm1: Óh ZÉEEEEEÉ! Obrigado! Eu sabia que confiavas em mim.
tlm2: Não! Eu queria dizer o líder do Partido no Distrito! Eu estava a falar do A…..!
tlm1: O qué?????? Zéeeeeeé! MAS O COELHO PROMETEU-ME ZÉEEEEÉ, ELE PROMETEU-ME! Esse gajo, ninguém o conhece! Nem eu o conhecia no ano passado ou há dois anos quando num era militante! Eu é que sou uma figura! Olha sabes Zéeeeeé? Sabes? VOU COMO INDEPENDENTE! É ISSO, INDEPENDENTE!
E digo-te mais, vou marcar uma conferência de imprensa hoje à noite e todos os secretários coordenadores e militantes bão estar lá! Toda a gente do partido! Num vai sobrar ninguém para fazer campanha.
tlm2: Pois, compreendo, mas eu estava a pensar em ti para um lugar na gestão pública! Assim um sítio onde fosses bem remunerado.
tlm1: Pois Zéeeeé! Bem remunerado Zéeeeeé! Mesmo bem remunerado, dizes tu……! Olha…… sabes que eu apoiei o gajo para a Federação….. foi mesmo no fim, mas foi…, se calhar tens razão, aquilo da câmara é uma canseira e ganha-se mal! Como tu sabes Zéeeeeé, quando lá tive, tinha que acumular com outra coisa, aquilo mal daba para pagar um jantar à malta do Viso, quanto mais à concelhia inteira. Olha Zéeeeeé, quando é que vens ao Porto para passeares na Santa Catarina e combinares isso comigo? Hã Zéeeeé? Isso é que é política!
tlm2: Bom logo que tiver tempo! Quer dizer que posso estar descansado com as autárquicas aí?
tlm1: Oh Zéeeeé! Tá Zéeeé! Se houver algum problema, não te preocupes, candidato-me eu!
tlm2: Pois, tou a ver, mas a minha palavra era o Líder da Federaç….!
tlm1: O líder o quê Zéeeé? Ganda Zéeeeé! Olha se quiseres candidato-me antes eu e até te faço um favor: acumulo as duas coisas, esse sítio bem remunerado e a Câmara! Tas a ver Zéeeeé! Isso é que era…!
Pi….Pi…Pi…Pi … (caiu a chamada)

O novo projecto da polémica

autoria: Siza Vieira e Souto de Moura

Norma de conduta sobre investigadores

Uma das grandes promessas do PS é vencer o atraso cientifico e tecnológico.
Como aplaudi o ministro da Ciência escolhido pelo nosso primeiro..., bem como a escolha do secretário de estado escolhido pelo nosso ministro amigo da Ciência. Grande começo! Agora, acho que basta "não se meterem" muito e cumprirem as promessas financeiras que fizeram durante a campanha, porque ambos já provaram saber dar razão ao nosso primeiro quando se atreveu a ambicionar "transformar o Portugal das fatalidades no Portugal das oportunidades”.
Mas como ciência se faz com cientistas é também necessário sabermos melhor quais os nossos direitos mas também o que se espera de nós, porque isto de alguém se pôr à espera que aconteça... também já faz parte da história.
Foi publicado muito recentemente no jornal oficial da União Europeia o código de conduta para recrutamento de investigadores. Que tal uma leitura a quem estiver interessado?

What is a researcher? European Commission defines roles and responsibilities
On 11 March the European Commission has adopted a European Charter for Researchers and a Code of Conduct for the Recruitment of Researchers to make research an attractive career, which is a vital feature of its strategy to stimulate economic and employment growth.
The Charter and Code of Conduct will give individual researchers the same rights and obligations wherever they may work throughout the EU. This should help counter the fact that research careers in Europe are fragmented at local, regional, national or sectoral level, and allow Europe to make the most of its scientific potential.
Without researchers, there is no science in Europe” said Janez Potočnik, European Commissioner for Science and Research. “That is why it is crucial to address the status of researchers. By setting out the roles and responsibilities of researchers, we are going some way to ensuring that researchers, wherever they work, are treated with the respect and esteem they deserve.”
700.000 additional researchers are deemed necessary to attain the objective of 3% of EU GDP for R&D and at the same time replace the ageing workforce in research. Although the number of researchers in the EU rose slightly from 5.4 per 1000 workforce in 1999 to 5.7 in 2001, this is well below the level in other countries that invest more (USA 8.1; Japan 9.1)
The potential shortage of researchers could pose a serious threat to the EU’s innovation, knowledge and productivity in the near future and may hamper the attainment of the Lisbon and Barcelona objectives.
Consequently, Europe must improve its attractiveness to researchers and increase the participation of women researchers. It must provide researchers with long term career prospects by improving their employment and working conditions, reinforcing R&D as a professions and creating more favourable conditions for mobility within a given research career path.
The Charter and the Code of Conduct contribute to this objective by addressing Member States, employers, funding organisations and researchers at all career stages. They cover all fields of research in the public and private sectors, irrespective of the nature of the appointment or employment, the legal status of the employer or the type of organisation or establishment in which the work is carried out.
The European Charter for Researchers addresses the roles, responsibilities and entitlements of researchers and their employers or funding organisations. It aims at ensuring that the relationship between these parties contributes to successful performance in the generation, transfer and sharing of knowledge, and to the career development of researchers.
The Code of Conduct for the Recruitment of Researchers aims to improve recruitment, to make selection procedures fairer and more transparent and proposes different means of judging merit: Merit should not just be measured on the number of publications but on a wider range of evaluation criteria, such as teaching, supervision, teamwork, knowledge transfer, management and public awareness activities.
Practical implementation will be the responsibility of the employers, funders and the researchers themselves. Both they and Member States have been closely involved in the preparations of the Charter and Code of Conduct and have welcomed the initiative.
O site da net é:
http://europa.eu.int/eracareers/pdf/Recommendation_code_charter_EN_final.pdf


É obrigatório estarmos melhor informados, é crucial sermos mais exigentes na avaliação, é fundamental sermos mais chamados a contribuir para "Vencer o atraso científico".

Raquel Seruca

O lugar ideal do éles

Mais uma vez uma entrevista fantástica do nosso Lello (com dois éles). Diz ele que é o lugar que agora lhe apetece estar!
Parece que já esqueceu o telefonema que cinco minutos antes de ter existido já se dizia passar a existir

quarta-feira, março 16, 2005

Belissimo editorial!

Ora aí está uma crítica ao presidente da câmara do Porto que o Lello (com dois éles) devia lêr de manhã todos os dias. Parabéns ao Rogério Gomes.

Impostos

Mas esta gente não pensa em mais nada que não seja aumentar os impostos!
Agora é Vitor Constâncio, esse artista das cifras cifradas e da gestão dos silêncios.
Como se os cidadãos não percebessem qual é a ideia. Chama-se abordagem circular.
É em tudo semelhante ao boato, só que é verdade. E o método consiste em lançar a mesma ideia com diversas proveniencias, em tempos oportunos. De preferência as fontes devem ser crediveis (o ministro das finanças, o governador do Banco de Portugal). As pessoas vão-se habituando e quando dão por ela, a coisa torna-se realidade. Por isso preparem-se, vem ai mais impostos.
Quanto a mim está mal. O objectivo deve ser baixar impostos, e não subir impostos.
Muito menos em sectores que estão já muito penalizados. É claro que existe o défice para cobrir e que o estado precisa de dinheiro. Mas acho que neste momento os portugueses entenderiam melhor uma medida especifica, tipo taxa especial ou coisa que o valha, unicamente destinada a resolver o problema das contas públicas, associada à promessa ou compromisso de que o caminho seria o da redução da despesa. Estes aumentos de impostos servem apenas para descredibilizar os governos e adiar os problemas. E ainda para promoverem mais umas quantas falências. Se ideias destas forem para a frente estaremos a decalcar os métodos Durão Barroso, que como se sabe foi o pior Primeiro-Ministro que Portugal teve desde que há memoria.

Texto enviado por um amigo

"O peso do PS Porto nem é muito nem é pouco, simplesmente não existe. Ficamos todos a saber que no distrito do porto ou mesmo no norte não existe gente capaz de pertencer ao executivo. Ficamos também a saber que a partir de agora Sócrates perdera o seu estado de graça não só com as mulheres mas também com as gentes do norte que nestas coisas gostam de se verem reconhecidos.

Sócrates, nas palavras do seu próprio pai, disse que o elitismo fez parte da cerimónia de tomada de posse. Eu diria que em todo o processo de formação de governo não só houve elitismo como autismo, egoísmo, egocentrismo, e muita falta de humildade. Que nestas coisas ou melhor numa situação de uma vitória desta dimensão é necessário saber que a partir daqui é sempre a descer.

Na campanha Sócrates deu sinais que não precisava das bases do partido para nada, isso era para o Manuel alegre. Com ele é o futuro, a nova geração, os novos quadros, e quadros entenda-se gente inteligente, não necessariamente culta, capaz, mas sim conhecida ou sua conhecida.

Tudo isto para dizer que não se pode dizer por exemplo que em cada cinco homens numa lista de deputados, cargo menor, uma mulher tem que lá estar. No governo, que a sabedoria tem que ser maior, mulheres só se for em pastas de relevância menor.

É nisto que o primeiro-ministro erra quando no princípio não demonstra coerência mas sim arrogância, ninguém é dispensável nem mesmo aqueles que o escolheram é por isso que Sócrates tem que ter cuidado o povo e os militantes estão atentos, estes não permitem alarvidades espero que este governo não dure só seis meses"
Jaime Resende

terça-feira, março 15, 2005

Atrasos

Em 1995 reclamei junto da repartição de finanças da minha zona uma devolução de IRS que, na minha opinião, me prejudicava em cerca de vinte contos. Perante a passagem dos anos e o silencio da administração acabei por esquecer o assunto.
Hoje, dia 15 de Março de 2005, DEZ ANOS DEPOIS, telefonaram-me das finanças a pedir os documentos para dar andamento ao processo.
Querem ver que é já o efeito José Sócrates?

Completamente de acordo...

...com Vital Moreira neste seu post, no Causa Nossa.

O sr. Coelho (parte II)

Os blogues também vivem de reprises e esta acho que se justifica. Volto portanto ao tema do texto na coluna Fio do Horizonte .
Venho, portanto, falar do novo comentarista político, de apelido coelho que nos brindou com uma ardilosa análise sobre as autárquicas de Lisboa e Porto para dar um comentário sobre os putativos candidatos. Chamo-lhe Coelho porque o EPC, no público é contratado para falar de cultura e sociedade.
Desta vez levou a “coisa” para a política que também é cultura (digo eu!). E levou a coisa para nos evidenciar, disfarçando de mal amarradas etimologias de raiz filosófica que o Assis e o Ferro tem má imagem. Pronto! Pim!
Para quem se recordar, basta revisitar os encómios com que o Sr. Coelho brindou o actual primeiro ministro quando este era apenas candidato PS. Dizia então mais ou menos as mesmas tretas à laia de opinião. De lá para cá meteu a viola no saco.
Na verdade respeito a figura do EPC e já o li com satisfação muitas vezes (antes mais do que agora), mas ora bolas, quando veste a pele do analista Coelho é um vê se te avias.
Na verdade o analista Coelho foi um farsante no texto que hoje gizou, usou de forma naif o conceito de indiferença pura das massas que Lipovetsky tão bem soube justificar e encontrou os caminhos justificadíssimos para dizer que Assis tem má imagem. Ferro por seu lado está ligado à pedofilia e Santana ganha debates.
A política no seu melhor! Qualquer destes argumentos faz uma descriminação positiva do papel da política. O niilismo da morte dos valores superiores segundo o Coelho em meia dúzia de linhas.
Arre!

Cacos



Jorge Figueira, um ilustre colega, dizia há tempos, num outro contexto, as seguintes palavras: “A visão racionalista do mundo permitia toda a espécie de engenharias sociais que se destinavam a resolver os problemas do homem….Quando esta visão racionalista e determinista cai, realmente não sobra muito. Vemos o Eduardo Prado Coelho todos os dias a tentar apanhar os cacos.”
De lá para cá esta ideia ficou-me na cabeça, e não consigo deixar de voltar a ela cada vez que leio “O Fio do Horizonte”, no Público. O homem laboriosamente a recolher cacos, ...de uma certa ideia, como diria uma amiga minha, …barbuda.

Na edição de hoje a coisa é levada à evidência mais cristalina. As alusões de Eduardo Prado Coelho aos processos partidários e as referências aos candidatos do PS às principais câmaras do país, Porto e Lisboa, não o poderiam explicitar melhor.
O problema é que não vale tudo para sustentar uma ideia. Embora se compreenda que numa coluna diária os argumentos escasseiem, de EPC não se esperam tão sintomáticas inconsistências.
Em primeiro lugar não pode meter tudo no mesmo saco, isto é, Porto e Lisboa, Francisco Assis, Ferro e Carrilho.
Em segundo lugar porque não tem razão em quase nada do que diz. Francisco Assis não tem má imagem televisiva nem é destituido de carisma. Quanto aos amores, que fale por si.
Por ultimo porque os argumentos que apresenta para a razão que não tem, são de tal forma frágeis que indiciam mais um processo de intenção do que um análise credivel.
Mas o mais arrepiante é ver (ler) EPC a usar o processo autárquico do Porto gratuitamente, para chegar ao que quer dizer sobre Lisboa.
Não vale tudo. Continue a apanhar cacos, mas olhe que este não é da mesma jarra.

segunda-feira, março 14, 2005

Após...

... as palavras digamos, desabridas, de José Lello (evidentemente, com dois éles) ficamos a saber que a Câmara do Porto não lhe interessa para nada porque gere matérias de intendentes, e não tem massa critica, nem tem densidade, nem nada.
Pela mesma ordem de ideias, as pequenas câmaras do distrito devem interessar-lhe ainda menos, como por exemplo Matosinhos, Valongo, etc.
Dai que, se levarmos o raciocinio um pouco mais longe, somos obrigados a concluir que José Lello (eu escrevi dois éles) quer ser candidato a Gaia. Tem muita população e é um concelho bastante grande. Por isso é que foi 2º na lista de deputados pelo Porto. Deve ter sido por isso!
O que quer dizer que os potenciais candidatos às câmaras dos restantes concelhos podem estar sossegados, porque a concorrência vai diminuindo.

Desaparecido Após combate!

The lucky ones



JIM BATCHELOR: Batchelor suffers from post-traumatic stress disorder. His wife gave him the rifle to help him sleep, but it hasn't worked

In World War II, 1 in 3 wounded soldiers died; in Vietnam, 1 in 4. In the Iraq war, the rate is 1 in 8. As of last week, just over 1,500 U.S. military personnel had died in Iraq and 11,285 had been wounded. The Pentagon does not keep counts of dead or wounded Iraqis. Human-rights groups and academics have tried to estimate the number of Iraqi deaths, speculating it could range from 15,000 to 100,000. No one has even tried to guess the number of Iraqis who have been wounded.

Mudança na Lei dos Órgãos Autárquicos

Parece consensual entre os dois grandes partidos a alteração da Lei autárquica. Aproveitando a revisão constitucional e em cima das próximas eleições locais vamos mudar as regras.
Por mim concordo! No entanto os partidos mais pequenos saem prejudicados, pelo menos empurra-os para as famigeradas coligações o que significa o caminho de uma bipolarização da política portuguesa.
Assim deixamos de ter vereadores de oposição e a assembleia municipal serve para bastante mais do que a mera aprovação de orçamentos.
Surgem, no entanto, várias questões, que enumero:
1. Será justo manter o número de Vereadores (exagerado se todos tiverem pelouros)?
2. Haverá pelouros a tempo inteiro e outros a tempo parcial (filhos e enteados)?
3. Os Presidentes de Junta devem manter a actual inerência com direito a voto?
4. O Presidente da Assembleia terá o papel de substituição do Presidente da Câmara em casos de renúncia ou abandono?
5.Haverá tempo para aplicar uma nova arquitectura legal sem as perversões customeiras dos caciques locais?
6. O aparelho dos partidos tirará vantagens ou não? A eleição da vereação a partir da Assembleia Municipal pode resultar de negociatas "divertidas" mas perigosas?

Enfim é um tema para continuar, até porque o Sócrates, Sampaio e Marques Mendes estão de acordo neste tema, estando portanto lançado o código postal do debate.

O Principado "New Utopia"

Vale a pena visitar o Site deste "novo" País!
Entretanto deixo um pequeno resumo:
It is here, that New Utopia seeks to offer a renewal of options. Now we invest ourselves and our treasures in a new horizon, a new adventure, in a dream of free enterprise and to the gathering of like minded individuals.
We are those who seek higher aspirations. We will reach farther. We will take the risks and reap the rewards. We will see victims in the distance, the security minded, held captive by the welfare minded governments, who stifle the visionaries, the dreamers; the authors of the future. New Utopia is a dream come true for every businessman or woman whose operations are mobile enough to move. Even those who can't move their business interests will want to become a citizen now to insure themselves of a safe haven for the future.
First priorities must be to acquire international recognition and to attract and organize thousands of new citizens with commercial interests. We also must attract financial experts, brokers, business managers and bankers. In other words, we must organize others like ourselves; the individuals who have the brains, courage and talent to help build and benefit from being a part of our new city/state. We have the perfect location to assure our sovereignty., the incentive and the drive to succeed, and we will not fail
.

PSD: Menezes queixa-se de tentativas de silenciamento

A saga "calimero" do Menezes continua

Bush versus Hitler em Portugal

Segundo o "Bloguitica" as declarações de Carlos Lage sobre a comparação de Freitas ainda evidenciam a forma como os Jornalistas apreciam os casos políticos criados um pouco artificialmente.
Cá por mim não sei se a comparação do Bush ao Hitler é exagerada, mas também não aprecio esta lavagem da posição dos EUA, agora que o PS chegou ao governo.
Menos ainda quando leio as afirmações do Guterres sobre as ruas do Iraque! Parece aqueles casos em que se elogia quem paga o jantar e o quarto de Hotel.
Não era preciso!
Ficamos também a saber pelo DN de uma suposta conversa secreta entre Sócrates e Bush na semana passada! Enfim, em política externa tudo como dantes, quartel general em Abrantes!

avelino

Não aconteceu mas pode ainda vir a acontecer!

Eh Pá! Isto é que é entusiasmo aqui pela Blogosfera.
Socrates quer o referendo do tratado europeu no dia do referendo autarquico.
Como a ideia foi bem acolhida, houve logo quem pensasse em fazer tambem no mesmo dia o referendo sobre o aborto. Parece que já se fala em juntar tambem o referendo sobre a regionalização, e até o D. Duarte de Bragança veio lembrar que a republica não foi ainda referendada e que podia ser feito agora, coisa e tal. Eu próprio já me lembrei que se podia referendar tambem os touros de morte de barrancos.
No fundo não seria mais complicado do que um teste de cruzinhas, como os americanos fazem.
E, se os americanos conseguem, nós tambem conseguimos com certeza.

domingo, março 13, 2005

resultados finais da nossa sondagem

A nossa sondagem chegou ao fim e os resultados embora não sendo totalmente esclarecedores indicam, com alguma curiosidade, a maior votação numa abrangente coligação de Esquerda. Vamos ver se acontece!
Aqui ficam os resultados finais:

Acha que deveria existir uma coligação de
esquerda para as autárquicas no Porto?

Sim, com a cdu e o be 30%
sim, com a cdu 8%
sim, com o be 11%
não, com nenhum 28%
não, só se o psd e o pp fizerem 23%

Aproveitamos para seguir o repto do Fortuna e lançar agora uma pequena sondagem sobre as autárquicas de Lisboa, ficamos a aguardar uma boa participação.

as palavras idiotas do Lello



O Lello (com dois éles) falou ontem sobre a Câmara do Porto. E disse uma chorrada de idiotices que deviam ficar no anedotário ao lado das piadas que ele, com tanto humor, nos vai habituando. MAs como a entrevista a um semanário não é o sítio para contar piadas temos que o levar a sério.
Ora então, diz o Lello (com dois éles), o seguinte na sua entrevista ao Expresso:

"(...)O presidente da Câmara do Porto gere matérias de intendentes(...)"
e continua:
"(...)O Porto não tem hoje nem densidade, nem massa crítica e o presidente da Câmara do Porto está sujeito a gerir a habitação e a folha de salários dos funcionários(...)".

É de aplausos! Todos sabemos que em 2001 este ex-ministro "rabeou" o que pode para vêr se se posicionava como a terceira via entre o Cardoso e o Gomes, e na altura satisfeito com um eventual apoio de Gaspar, disse numa entrevista a uma rádio que não comentava a putativa candidatura a candidato, mas que a cidade do Porto precisava de um novo rumo, etc e tal.
Aqui há tempos, (antes do Sampaio apear o Santana) mexeu-se com pele de cordeiro, para em 2005 ser finalmente a terceira via entre Cardoso e Assis e agora, mal-grado o desfecho diz o que disse.

É uma vergonha para quem votou no segundo deputado do distrito, e só lhe ouviu este comentários depois da tomada de posse dos ministros. Fosse ele outra coisa que não deputado, e não tivesse o secretário-geral feito o famoso telefonema a caminho de Belém e talvéz não asneasse como fez agora.
A cidade do Porto tem no seu Presidente uma das figuras mais importantes da nação. Bom ou mau continua a ser uma figura que se sobrepõe a qualquer ministro nos temas políticos.
Nem sequer vale a pena comparar com as pastas menores (coma as que felizmente o José Socrates acabou)do desporto e juventude.

Infelizmente confirma-se aqui aquela tese dos papistas serem mais que o Papa, o Lello (com dois éles) não acabou o chorrilho sem referir a estafada critica do provincianismo, ao jeito do Rui Rio:
"Não vejo ninguém do Porto a ter este discurso. Só vejo o ser contra Lisboa pela negativa, mas não pela positiva, tentando criar o tal espaço, a tal massa crítica".

Gostava eu de saber o que é ser "contra Lisboa pela positiva", deve ser à Lello - ser do porto mas ter cargos em Lisboa. Deve ser fazer uma delegação do Terreiro do Paço nos Aliados. Realmente esta intervenção do Lello teve uma grande vantagem, a de explicar que ele não pode ser autarca de nenhum concelho do Distrito, não fossem uns serem enganados e desejarem-no na lota ou nas terras de Gonçalo Mendes.
Para acabar devo dizer que quem tem um lugar na ultima fila do parlamento claro que acha uma estafa fazer folhas de salários e reuniões de trabalho, aliás esta ultima palavra até "cansa".
Por mim convidava-o para Presidente da Junta de Paranhos, cargo que pode acumular com as suas viagens de Terça a quinta à capital e sempre aprendia a importÂncia de ser autarca.

O que Lello disse foi uma agressão para os muitos autarcas (e tantos com mais qualidade que o Lello) que fazem um magnifico trabalho. E foi também falta de conhecimento ou memória, porque em Portugal temos tido, felizmente, muitos em altos cargos que foram bons autarcas, intendentes como ele lhes chamou. A começar pelo Presidente

O melhor que o Lello (com dois éles), deputado pelo Porto, devia fazer era pedir desculpa!

Avelino Oliveira

O fim do telelixo?

Manuel Maria Carrilho quando entrevistado por Maria João Avillez na SIC Noticias alguns anos atrás usou uma frase que, infelizmente, uso regularmente: “Portugal é uma país com um imaginário europeu e com uma realidade de América latina.”. A frase é violenta mas infelizmente torna-se, demasiadas vezes, actual na nossa sociedade. Este último ano, então creio que esta “mexicanização” da vida politica, social e mediática foi levada ao extremo. Vimos uma campanha para as legislativas que mais parecia saída de uma novela Brasileira. Vimos políticos entraram em “reality-shows” e tornaram a vida politica assustadoramente próxima da estrutura de um seriado mexicano, com todas as curvas dramáticas cuidadosamente colocadas em cada episódio. Vimos conferências de imprensa com discursos que pareciam saídos de um episódio do “Cidade Alerta”
Felizmente a sociedade portuguesa cansou-se de ser tratada como espectador passivo de “telelixo” e disse que queria mudar. Sócrates ficou com a responsabilidade de protagonizar essa mudança. Até agora mostrou alguns sinais positivos. Substituiu o frenesim ensurdecedor da comunicação social, por um respeito pelas instituições – obrigando os jornais e telejornais a recentrarem-se no seu objecto – a noticia. Por outro lado na escolha que até agora conhecemos dos potênciais candidatos às Câmaras mais importantes do país, vimos redireccionar o perfil dos candidatos para a defesa de valores mais próximos de uma sociedade civilizada.
Como sempre resta-nos esperar pelo próximo episódio.
de Eduardo Gradim

Temos candidato...

José Socrates...

...começou bem. Muito bem mesmo. Dando de barato que os temas utilizados aparentam ser um pouco especificos demais para um discurso de tomada de posse, o sinal que o novo Primeiro-Ministro quis dar foi muito interessante. Pelas medidas que anunciou e pelo sinal em si mesmo. Atrevo-me até a transcrever as palavras do Gabriel Silva, um blasfemo liberal:

"O novo primeiro-ministro tem tido boas iniciativas:
1. Acabou com o beija-mão da corte administrativa local;
2. Extinguiu a Secretaria de Estado da Comunicação Social;
3. Emenda o erro socialista do ano passado e defende uma revisão constitucional que também permita o referendo europeu juntamente com as autárquicas.
4. Atacou a questão da venda exclusiva em farmácias de medicamentos. Já que decidiu enfrentar a ANF, podia levar a questão até ao fim e acabar com a restrição à livre instalaçao de farmácias e o monopólio classista da propriedade das farmácias. Para esta boa causa liberal (recusada pelo PSD e CDS), tem o apoio do BE, de Vital Moreira e claro, aqui da gente.)"


Oxalá não demore muito a implementar o que anunciou.

sábado, março 12, 2005

Economia Portuguesa..

...em recessão técnica. Quarto trimestre de 2004 foi ainda pior do que o terceiro, que por sua vez tinha já sido pior do que o segundo. Evidentemente que não são favas contadas, mas isto já cheira a retoma...

António Vitorino...



...não é candidato a candidato a candidato, nem sequer candidato a candidato, nem candidato...à Presidencia da Republica.

O XVII Governo Constitucional

Primeiro-Ministro: José Sócrates
Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro: Filipe Baptista

Ministro de Estado e da Administração Interna: António Costa
Secretário de Estado Adjunto e da Administração Local: Eduardo Cabrita
Secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna: José Magalhães
Secretário de Estado da Administração Interna: Ascenso Simões
Sub-Secretário de Estado da Administração Interna: Fernando Rocha Andrade

Ministro de Estado e dos Neg.Estrangeiros: Diogo Freitas do Amaral
Secretário de Estado dos Neg. Estrangeiros e Cooperação: João Gomes Cravinho
Secretário de Estado dos Assuntos Europeus: Fernando de Oliveira Neves
Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas: António Braga

Ministro de Estado e das Finanças: Luís Campos e Cunha
Secretário de Estado Adjunto e do Orçamento: Manuel Baganha
Secretária de Estado do Tesouro e Finanças: Maria dos Anjos Capote
Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais: João Amaral Tomás
Secretário de Estado da Administração Pública: João Figueiredo

Ministro da Presidência: Pedro Silva Pereira
Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros: Jorge Lacão
Secretário de Estado da Juventude e do Desporto: Laurentino Dias

Ministro da Defesa Nacional: Luís Amado
Secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Ass. do Mar: Manuel Lobo Antunes

Ministro da Justiça: Alberto Costa
Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Justiça: José Conde Rodrigues
Secretário de Estado da Justiça: João Tiago Silveira

Ministro do Amb., Ord. Território e do Des. Regional: Francisco Nunes Correia
Secretário de Estado do Ambiente: Humberto Rosa
Secretário de Estado do Ord. Território e das Cidades: João Ferrão
Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional: Rui Baleiras

Ministro da Economia e da Inovação: Manuel Pinho
Secretário de Estado Adj., da Indústria e da Inovação: António Castro Guerra
Secretário de Estado do Comércio, Serviços e Def. Consumidor: Fernando Serrasqueiro
Secretário de Estado do Turismo: Bernardo Trindade

Ministro da Agricultura, do Desenv. Rural e das Pescas: Jaime Silva
Secretário de Estado Adjunto da Agricultura e das Pescas: Luís Vieira
Secretário de Estado do Desenv. Regional e das Florestas: Rui Nobre Gonçalves

Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações: Mário Lino
Secretário de Estado Adj. das Obras Públicas e das Comunicações: Paulo Campos
Secretária de Estado dos Transportes: Ana Paula Vitorino

Ministro do Trabalho e da Solid. Social: José António Vieira da Silva
Secretário de Estado da Segurança Social: Pedro Marques
Secretário de Estado do Emprego e da Form. Profissional: Fernando Medina
Secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação: Idália Moniz

Ministro da Saúde: António Correia de Campos
Secretário de Estado da Saúde: Francisco Ventura Ramos
Secretária de Estado Adjunta e da Saúde: Carmen Pignatelli

Ministra da Educação: Maria de Lurdes Rodrigues
Secretário de Estado Adjunto e da Educação: José Pedreira
Secretário de Estado da Educação: Valter Lemos

Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior: Mariano Gago
Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior: Manuel Heitor

Ministra da Cultura: Isabel Pires de Lima
Secretário de Estado da Cultura: Mário Vieira de Carvalho

Ministro dos Assuntos Parlamentares: Augusto Santos Silva

sexta-feira, março 11, 2005

Em defesa das mulheres...

Ana Gomes continua igual a si própria, um exemplo acabado do pior populismo de esquerda que se vai podendo encontrar, apenas suplantado por outros populismos que foram já devidamente derrotados a 20 de Fevereiro.

A questão das mulheres, e das quotas de género, ou das quotas em geral, tem que ser posta em função da natureza das funções sobre as quais incide a escolha.
A “quota” como critério de escolha tem todo o sentido quando o que está em causa são funções de natureza representativa. É assim que é possível e desejável criar quotas para diversos grupos sociais e antes de qualquer outro, o de género. Mas também o etário ou outros, que em momentos concretos sejam tidos como importantes. Não pega portanto o argumento da competência. Porque as funções são de facto e antes de mais nada, de natureza representativa. A lógica não está, nestes casos, em exigir a determinado grupo social (por exemplo, às mulheres ou aos “jovens”) um nível de competência equivalente a outro, mas sim no propósito de criar condições para uma paridade efectiva. Isto é, porque é que se há-de exigir a toda e qualquer mulher ou todo e qualquer “jovem” que demonstre a sua competência para ocupar determinado lugar, se por exemplo não se leva essa exigência aos mesmos patamares no que diz respeito aos homens. Não, neste tipo de seriação de pessoas, só será possível atingir efectivamente níveis de paridade satisfatórios através de cotas. Por negação da boa escolha, será necessário que existam tantas mulheres e jovens incompetentes, quantos os homens nas mesmas circunstâncias, para que se tenha atingido uma situação de paridade (onde é que eu já ouvi isto?).

Exactamente o mesmo no que diz respeito a questões de oportunidade. A igualdade de oportunidades justifica que sejam criadas quotas para acesso, por exemplo ao ensino superior (não interessa explorar muito o processo aqui) ou a bolsas de emprego. Há coisas, em que não podemos competir uns com os outros (grupos sociais) directamente, em que é necessário introduzir factores de correcção. Chama-se a isto descriminação positiva, e é utilizada para que possamos todos viver numa sociedade mais justa.

Já no que diz respeito à formação de um governo (funções especificamente executivas) as coisas não podem ser postas da mesma forma. Desde logo pela natureza das funções, mas também pela natureza do processo que, recorde-se tem muito de escolha pessoal do Primeiro-Ministro. Outros valores se impõem sobre o valor da paridade. Alias, outros valores se impõem sobre o valor da competência. O valor da confiança é um deles. Não seria natural que José Sócrates escolhesse para um determinado ministério alguém cuja orientação politica fosse diversa à que ele próprio pretende dar, só pelo simples facto de ser homem, mulher, jovem, competente, colorido ou deficiente. Para além disso, muitas outras coisas contam, como por exemplo as disponibilidades. E um governo é uma equipa que resulta da ponderação de todos esses factores, que deve ser o menos condicionada possível, para privilegiar a eficiência da escolha, mas também para que exista uma maior responsabilização de quem escolhe. Neste caso, José Sócrates.

sondagem

Sondagem sobre Sócrates

Anúncio no Caldas colocado na parede sobre um espaço vazio deixado por um retrato retirado

Procura-se:

Candidato com boa estampa, educação cristã e muita capacidade oratória. Se contactou, ainda que por minuto e meio, com Sá Carneiro em vida ou em morte melhor!
Preferencia sobre homens ou mulheres (desde que casadas com homens de bem) que abominem esse novo ministro dos negócios ultramarinos, quer dizer estrangeiros.
Relevância no caso de ter sido jornalista, director ou comentador de órgãos de comunicação social. É importante saber dar "cumprimentos-de-mão" (bacalhaus!) como o ex-lider dava aos ex-lideres.
Requisitos: apoiante de um partido de direita, embora se previligie deputados e filiados no futuro PP ou antigo CDS ou actual CDS-PP (nunca por nunca ser amigo do Coissoró - excluido à partida).
Excluem-se Monteiristas ou ex-Monteiristas.
Se queres um futuro melhor candidata-te!

O PSD

Nunca vi umas candidaturas a um congresso do PSD tão parecidas como há uns tempos se fez como escola no PS. Afinal o debate sobre questões internas são temas repisados e já discutidos por outros partidos: eleição directa, re-organização das bases, presidenciais, desempregados da política, etc.
Tenho cá a impressão que vai ser choco o congresso laranja, e de certa maneira não dará a energia necessária para ganhar élan no caminho às autárquicas.
Ontem o Filipe Menezes deambulou entre temas de populismo e alguma trajectória razante a questões de fundo, mas foi pouco para um candidato sério à liderança do 2º maior partido nacional.
Por outro lado aquela hipocrisia de apoiar o Rui Rio à Câmara do Porto, nem que seja a jurar pela Santa Teresinha fica-lhe mal, parece o António José Seguro a dizer que está tudo bem, enquanto se encaminha lá para a ultima fila da bancada como faziam os ex-ministros Guterristas.

Dois textos

Quem passar os olhos no blog do causa nossa vê 2 textos com interesse e com absoluta razão, o primeiro da Ana Gomes (de cujo o percurso político não sou o maior fã) que fala na ausência de mulheres no governo socrático e das responsabilidades que um partido que impõem quotas internas de género tem, ao depois não as concretizar na aplicabilidade social e exemplar que um governo sempre possui. O segundo texto é de Vital Moreira e fala da substituição de José Magalhães por Jorge Coelho na Quadratura do Círculo, questionando então o porquê do desiquilibrio entre direita e esquerda (se afinal os critérios são de substituição partidária).