Sob a lógica do tempo as virtudes dos blogues residem na sua emocionalidade. Se assim não fosse não haveriam de ter sido o sucesso que tiveram. Mas a velocidade de mudança é grande e o empenhamento em projectos é também volátil.
Aqui no fórumsede tem sido assim. Às vezes uns, às vezes outros, outras vezes todos. É natural que me período de acalmia política (sim de verdadeira acalmia política, nalguns casos resignada, mas não deixa de ser acalmia) muitos encontrem dificuldade de encetar os temas a debate.
Podíamos falar de cinema ou de arte. Da tristeza do cenário internacional. De tudo e mais alguma coisa.
Mas não este espaço surgiu para falar de política. E para outros tempos existem sítios bem melhores que o nosso.
Os socialistas a debate tiveram o seu tempo. Agora os socialistas debatem pouco. Mas continuamos a ter pertinência. E creio há-de continuar a ter o socialismo a debate.
O António Moreira prestou um magnifico serviço. Não a nós, mas ao debate em geral no burgo. Nunca foi unânime, mas também nunca quis ser.
Continuo a acha-lo muito socialista e pouco resignado. Ainda bem!
Ao contrário de outros sítios, aqui ninguém se chateou, ou deixou de falar (pensem lá o que quiserem). A Raquel tem andado ausente, o Pedro terá honrarias académicas muito em breve, o Daniel não pára e eu confesso que fiquei cansado de tanto debater política. agora foi o António que qual carregador de piano, parou a descansar.
Todos fizeram aqui um divertido e sério contributo. Alguns deixaram isso sim de escrever. Porque às vezes temos mais para dizer, outras vezes menos.
Entretanto não quero que pensem que me tenho explicado por códigos implícitos e pouco compreensíveis. Não é verdade! Simplesmente esta tem sido uma época de alguma expectativa. Há que saber esperar, nomeadamente por melhores projectos e melhores debates. Não me acho a motriz do debate interno e externo nos socialistas no Porto. Mas acho que já tenho dado o meu contributo. E quem sempre fala tem pouco tempo para pensar, ou melhor para observar. Por isso tenho reflectido bastante. Creio que os esforços nos grandes e pequenos blogues (especilamente os portuenses tem menos importÂncia que aquela que merecem). Passam em geral por cronistas frustados.
E qualitativamente o debate político em Portugal decresceu nos últimos tempos. O nosso blogue também disso se ressentiu.
Não existimos para fazer oposição à CMP, nem para tentarmos ser o espaço que “a baixa do porto” já é. Mas repito podiamos todos ser mais? Sim!
Aliás todos se conhecem e respeitam, mas quando quiserem fazer um espaço de debate a sério sabem que não podem ser "egocêntricos".
Por isso ao António espero continuar a tê-lo por aí. E se lhe apetecer escrever que o faça. Já lho disse e não é segredo. E ele não irá resistir.
Aliás estou descansado sobre esse tema. Quando quisermos e quando for preciso cá estaremos todos.
Entretanto a quem nos for lendo e se alguma coisa de jeito tivermos para dizer – melhor.
No entanto lembro-vos que o Sede não pretende ser um projecto jornalístico de acompanhamento diário, semanal ou mensal. Pretende ser o que é – um instrumento de divulgação, genericamente tendencioso, às vezes polémico, outras vezes mortiço.
Não somos nem o abrupto dos socialistas nem os blasfemos de esquerda. Mas temos quem nos leia, e assim há-de continuar a ser.
quarta-feira, julho 19, 2006
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
Voilá, blogar é isto, sem mais nem menos.
São os desvarios textualizados, assim, ponto final.
Enfim.. Feche-se a canícula que as viagens que o mar soube esconder voltarão com mil cores ao pé de mim..
Abraço estupidamente lúcido...
Além dos "privados", um abraço público ao Avelino :-)
AM
É isso
e foi o soldado de escolta ke ajudou a confundir a multidão quando gritou à PIDE: - Foi ele que se escapou, atirou-se mesmo agora do Bagão, meu general, por pouco o tinha apanhado. Apesar de tudo... que Deus guarde a sua alma.
E todos tiram as boinas em sinal de respeito , não houve um só ke lembrasse de procurar no bagão da mercadoria...
Enviar um comentário