Não é por acaso que a hermenêutica é considerada a escola de pensamento oposta ao positivismo. Ou seja nesta discussão da Ota e do TGV parece tudo uma questão de linguística, pois não se consegue perceber onde está a posição do Porto nesta conjuntura. Nem sequer perceber com dados o que os falam. Os estudos indicam palavras e os números são como prosas que ora vacilam entre a romântica demanda e a austero ensaio científico, inconclusivo.
E mesmo neste exercício de hermenêutica, ou seja na técnica da interpretação prática de um assunto, vulgo compreensão, é que a coisa se põe. Ainda que nós, como Heidegger achemos que toda compreensão apresenta uma "estrutura circular", ou seja que "Toda interpretação, para produzir compreensão, deve já ter compreendido o que vai interpretar".
Assim nesta base compreendemos que se sobre a Ota as coisas são complicadas, no TGV parecem ficar claras, pois dizer que o trajecto Lisboa-Porto é afinal o trajecto Ota – Pedras Rubras, está-se mesmo a ver que é dizer para o que afianl ele serve.
Confesso não compreender a dificuldade das personagens políticas do Porto em se envolverem nos debates mais relevantes da sua região. Ás vezes parece que os deputados não são eleitos pelos círculos distritais, ou pior ainda, que a divisão territorial dos partidos não os autonomiza para posições (pelo menos) de dúvida perante algumas decisões.
Este governo é o meu governo. Digo-o convicto que o é na plenitude dos meus actos e da minha concordância com a sua actuação, a sua estratégia e as sua esperança. Não significa isto que seja apropriado vincularmo-nos às suas decisões de forma seguidista, pois nenhum regionalista convicto consegue concordar com esta delapidação dos argumentos descentralizadores que sempre proliferaram no País.
Estou convicto que estas medidas são as últimas consequências do referendo sobre a regionalização de 98 e tem que ser o principio da inversão nesta matéria.
No Porto estamos perante uma crise estrutural séria, quer ao nível económico, quer ao nível do que nunca lhe faltou – representantes políticos assumidamente imbuídos da alma da sua região. Parece que agora, quem está na política tem vergonha de falar na regionalização (vulgo descentralização), como se o tema não estivesse tão actual como sempre.
Confesso a minha irritação quando muitos ao pé de mim se afirmam cépticos da velha causa regional, mas compreendo que tenham razão – a velha causa, dos anteriores protagonistas, como é o caso de Fernando Gomes já acabou. A nova estratégia tem que ser bem mais generosa e abandonar um certo “Portocentrismo” nortenho, observando que o fim das linhas de Porto-Vigo ou a redução da ligação do litoral a Trás-dos-Montes prejudica verdadeiramente uma vasta região que não está sustentada no Porto.
A verdade mesmo, é que o Porto já não é a verdadeira “Capital do Norte”, ou se ainda o for é num papel meramente simbólico, pois o Grande Porto é que ainda mantém a sua importância. A própria Câmara do Porto já pouco significa, retratado no que acontece em Gaia, pois o seu Presidente é o líder sombra do PSD.
E mesmo neste exercício de hermenêutica, ou seja na técnica da interpretação prática de um assunto, vulgo compreensão, é que a coisa se põe. Ainda que nós, como Heidegger achemos que toda compreensão apresenta uma "estrutura circular", ou seja que "Toda interpretação, para produzir compreensão, deve já ter compreendido o que vai interpretar".
Assim nesta base compreendemos que se sobre a Ota as coisas são complicadas, no TGV parecem ficar claras, pois dizer que o trajecto Lisboa-Porto é afinal o trajecto Ota – Pedras Rubras, está-se mesmo a ver que é dizer para o que afianl ele serve.
Confesso não compreender a dificuldade das personagens políticas do Porto em se envolverem nos debates mais relevantes da sua região. Ás vezes parece que os deputados não são eleitos pelos círculos distritais, ou pior ainda, que a divisão territorial dos partidos não os autonomiza para posições (pelo menos) de dúvida perante algumas decisões.
Este governo é o meu governo. Digo-o convicto que o é na plenitude dos meus actos e da minha concordância com a sua actuação, a sua estratégia e as sua esperança. Não significa isto que seja apropriado vincularmo-nos às suas decisões de forma seguidista, pois nenhum regionalista convicto consegue concordar com esta delapidação dos argumentos descentralizadores que sempre proliferaram no País.
Estou convicto que estas medidas são as últimas consequências do referendo sobre a regionalização de 98 e tem que ser o principio da inversão nesta matéria.
No Porto estamos perante uma crise estrutural séria, quer ao nível económico, quer ao nível do que nunca lhe faltou – representantes políticos assumidamente imbuídos da alma da sua região. Parece que agora, quem está na política tem vergonha de falar na regionalização (vulgo descentralização), como se o tema não estivesse tão actual como sempre.
Confesso a minha irritação quando muitos ao pé de mim se afirmam cépticos da velha causa regional, mas compreendo que tenham razão – a velha causa, dos anteriores protagonistas, como é o caso de Fernando Gomes já acabou. A nova estratégia tem que ser bem mais generosa e abandonar um certo “Portocentrismo” nortenho, observando que o fim das linhas de Porto-Vigo ou a redução da ligação do litoral a Trás-dos-Montes prejudica verdadeiramente uma vasta região que não está sustentada no Porto.
A verdade mesmo, é que o Porto já não é a verdadeira “Capital do Norte”, ou se ainda o for é num papel meramente simbólico, pois o Grande Porto é que ainda mantém a sua importância. A própria Câmara do Porto já pouco significa, retratado no que acontece em Gaia, pois o seu Presidente é o líder sombra do PSD.
Mais ainda, no Partido Socialista já ninguém parece suficientemente forte para assumir o discurso que ainda se deseja ver acontecer. Mas esses desejos são que ele, o discurso, traga menos acento na pronuncia e mais expressão nos actos, pois o servilismo decorrente de uma maioria absoluta pode comprometer a independência, e os hábitos Queirosianos de ver o resto como paisagem estão no limite do aceitável. E ainda por cima ninguém diz nada.
Portanto, devemos, cada vez mais refundar as causas políticas e produzir um pensamento coerente com a contemporaneidade dos temas - e é o caso.
3 comentários:
Dou-lhe a minha humilde opinião: os actuais dirigentes do PS/Porto e deputados eleitos pelo distrito são cobardes!
Ao Norte, como ao resto do País, falta a participação da sociedade que, embora critique acntosamente os políticos, se nega a envolver-se nas causas públicas, a não ser através da assinatura de abaixo-assinados (com muitas assinaturas se não tiver de lá pôr o BI, pois aí o caso muda de figura), ou conversas de tertúlia do tipo caixa dos vinte amigos.
Os partidos encheram-se de oportunistas que apenas querem o seu bocado de palco, para passearem o personagem que julgam ser nesta feira das vaidades em que o nome no jornal ou a fotografia junto dos que se convencionou chamar poderosos, é motivo de orgulho serôdio.
Se, o PS quiser discutir o Norte, que promova encontros com a população, devidamente anunciados e publicitados, com animadores credíveis e isentos que aí estará a criar os alicerces para o regresso do protagonismo nortenho.
Não sendo assim, continuaremos todos por aqui a filosofar sem nunca ter chegado, de facto, a arrancar com um processo aglutinador e dinamizador da região.
Haja coragem e discurso sério, pois apoiantes não faltarão.
http://img411.imageshack.us/img411/1939/franciscolouhipnotizador7aa.gif
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