Ora aqui está uma questão bem interessante, esta das directas “o mais rapidamente possivel”.
Realmente entendo o dilema que o PSD está a viver e as diferentes posições dos militantes face a esta problemática das directas, para além dos interessezinhos conjunturais.
É que se por um lado as directas são muito mais legitimadoras de qualquer liderança e o sucesso da sua aplicação no PS obriga o PSD a dar um qualquer passo em frente, por outro, a nostalgia dos congressos inflamados e de resolução incerta deve estar a deixar duvidas em muitos militante e dirigentes.
Vejamos, o congresso é o órgão máximo dos partidos políticos e serve para debater ideias e propostas políticas. Ora, as ideias e propostas tem rosto, tem autoria, tem corpo. “Eleições directas” significa a separação do projecto e do grupo que o corporiza (lista) do seu líder. Simplesmente porque não existem condições logísticas para proceder a votações directas dos militantes durante o congresso e/ou em consequência deste e do debate que proporciona. Em teoria, as directas traduzem-se em maior legitimidade eleitoral e maior distanciamento programático, podendo inclusive ser eleito um líder posteriormente obrigado a liderar com um projecto que não é o próprio e com eleitos que não os seus.
Por outro lado, a eleição em congresso enferma dessa falta de legitimidade que advém um pouco da diferença entre o voto directo e o voto em representação, mas muito mais das chamadas inerências (caso dramático no PSD).
Sou de opinião (e eu defendo a democracia representativa) que quanto mais próxima estiver a intenção do eleitor da decisão final, melhor para o processo e que o ideal mesmo seria a eleição directa decorrente do debate em congresso. Mas sendo isso muito difícil (por questões logisticas), põe-se a questão; o que será mais correcto, a eleição do líder conformar as restantes, ou as restantes conformarem a eleição do líder.
Julgo que na pratica dos partidos há ainda muito a aperfeiçoar, sendo que o PS tomou a dianteira nesta questão. Veremos como o PSD é capaz de a tratar, mas este “o mais rapidamente possível”, normalmente quer dizer “logo que dê jeito, isto é, nunca”.
Realmente entendo o dilema que o PSD está a viver e as diferentes posições dos militantes face a esta problemática das directas, para além dos interessezinhos conjunturais.
É que se por um lado as directas são muito mais legitimadoras de qualquer liderança e o sucesso da sua aplicação no PS obriga o PSD a dar um qualquer passo em frente, por outro, a nostalgia dos congressos inflamados e de resolução incerta deve estar a deixar duvidas em muitos militante e dirigentes.
Vejamos, o congresso é o órgão máximo dos partidos políticos e serve para debater ideias e propostas políticas. Ora, as ideias e propostas tem rosto, tem autoria, tem corpo. “Eleições directas” significa a separação do projecto e do grupo que o corporiza (lista) do seu líder. Simplesmente porque não existem condições logísticas para proceder a votações directas dos militantes durante o congresso e/ou em consequência deste e do debate que proporciona. Em teoria, as directas traduzem-se em maior legitimidade eleitoral e maior distanciamento programático, podendo inclusive ser eleito um líder posteriormente obrigado a liderar com um projecto que não é o próprio e com eleitos que não os seus.
Por outro lado, a eleição em congresso enferma dessa falta de legitimidade que advém um pouco da diferença entre o voto directo e o voto em representação, mas muito mais das chamadas inerências (caso dramático no PSD).
Sou de opinião (e eu defendo a democracia representativa) que quanto mais próxima estiver a intenção do eleitor da decisão final, melhor para o processo e que o ideal mesmo seria a eleição directa decorrente do debate em congresso. Mas sendo isso muito difícil (por questões logisticas), põe-se a questão; o que será mais correcto, a eleição do líder conformar as restantes, ou as restantes conformarem a eleição do líder.
Julgo que na pratica dos partidos há ainda muito a aperfeiçoar, sendo que o PS tomou a dianteira nesta questão. Veremos como o PSD é capaz de a tratar, mas este “o mais rapidamente possível”, normalmente quer dizer “logo que dê jeito, isto é, nunca”.
2 comentários:
Disse fleumáticos? ou eu li mal? Os congressos do PSD poderão ser tudo menos isso. Eles são especialistas no suspense, nas lágrimas, nas cenas de faca e alguidar, nos arrebatamentos cada vez que o Pedro faz o número dele, e é fatal como o destino termos o número do Pedro. O seu dicionário deve ser diferente do meu. No meu fleumático é outra coisa.
Tem razão
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