No Porto, não há concursos públicos de ideias decentes. Corrijo, no País não há concursos públicos de ideias decentes. Ou seja, todos gostam de falar das ideias dos arquitectos, mas nunca as põe à prova. Temos os melhores arquitectos do mundo e uma das melhores escolas, mas nunca pomos isso à prova.
Vem isto a propósito da noticia em que 3 arquitectos são convidados para desenhar a circunvalação. Com base em que critério é que se substitui um concurso por um encargo directo? Vivemos num lugar que às vezes nem parece europeu! Então um projecto desta dimensão não ganhava com a enorme divulgação e interesse que um concurso lhe dava? Então as publicações e os jornais não fariam uma discussão bem mais profícua? Então a receita não resultou bem na Expo 98? Fizeram-se primeiro concurso de ideias, seleccionaram-se os trabalhos que o Jurí achou melhor e só depois vieram os planos de pormenor.
Aqui não: gastam uns cobres a pagar um projecto enorme a uma equipa e depois é que se vai discutir, provavelmente embargar – enfim, o que se sabe e o que se espera.
POR ISSO, CREIO QUE O TEMA MERECE PASSAR A SER UMA MICRO OU MACRO-CAUSA PORTUENSE:
SOBRE O NOVO DESENHO URBANA DA ESTRADA NACIONAL Nº 9, PODEM, POR FAVOR, DIVULGAR COMO SE JUSTIFICA A AUSÊNCIA DE CONCURSO PÚBLICO NUM PROJECTO DESTA DIMENSÃO?
Com que base jurídica se defende uma decisão destas? O que pensa a Secção Regional da Ordem dos Arquitectos?
Vem isto a propósito da noticia em que 3 arquitectos são convidados para desenhar a circunvalação. Com base em que critério é que se substitui um concurso por um encargo directo? Vivemos num lugar que às vezes nem parece europeu! Então um projecto desta dimensão não ganhava com a enorme divulgação e interesse que um concurso lhe dava? Então as publicações e os jornais não fariam uma discussão bem mais profícua? Então a receita não resultou bem na Expo 98? Fizeram-se primeiro concurso de ideias, seleccionaram-se os trabalhos que o Jurí achou melhor e só depois vieram os planos de pormenor.
Aqui não: gastam uns cobres a pagar um projecto enorme a uma equipa e depois é que se vai discutir, provavelmente embargar – enfim, o que se sabe e o que se espera.
POR ISSO, CREIO QUE O TEMA MERECE PASSAR A SER UMA MICRO OU MACRO-CAUSA PORTUENSE:
SOBRE O NOVO DESENHO URBANA DA ESTRADA NACIONAL Nº 9, PODEM, POR FAVOR, DIVULGAR COMO SE JUSTIFICA A AUSÊNCIA DE CONCURSO PÚBLICO NUM PROJECTO DESTA DIMENSÃO?
Com que base jurídica se defende uma decisão destas? O que pensa a Secção Regional da Ordem dos Arquitectos?
13 comentários:
Subscrevo na íntegra este post, mesmo sem saber quem foi o autor. De resto, no próprio dia em que a notícia foi conhecida, tive oportunidade de expressar uma opinião sensivelmente idêntica na "Baixa do Porto".
Pedro Aroso
O SEDE esclarece que este post corresponde à opinião de mais do que um autor.
Aliás, aproveito o momento para lembrar a todos aqueles que se tem preocupado com as questões da cidade, que este é o momento de se pronunciarem sobre ESTA questão. Aqui ou noutro blogue, ou num outro qualquer forum de discussão ou meio de comunicação social.
Naturalmente e integralmente de acordo.
AMNM
Pois mais vale cedo do que tarde (e do que nunca)! E sem juizos de valor sobre quem acha isto ou aquilo, mas apenas sobre o assunto. Não concordam?
o problema é ke temos ke pesar pros e contras, na VCI urge o arranjo e enkadramento urbanistico , urge em termos de importancia metropolitana, justifica-se pela ligação ke fará entre os concelhos
devemos pensar muito bem nas implicações das demandas democraticas,
eles atiram-nos apenas com uma ideia balão , podemos aproveitar a boleia e começar já a dar sugestões, ke incentivem ke engrandeçam
fazemos lá uma cordilheira de condominios fechados e priveligiamos aki no centro a moradia unifamiliar ... plantamos lá muitos eucaliptos, não eucaliptos não, castanheiros ... sei lá
temos é ke colaborar, sugerir , decidir
ou defendemos a rapidez da acção ou defendemos a legalidade
sendo mais o menos certo, ke ao ser legal ou é kase impossivel ou só se desfruta fora de prazo ...
a politica não tem resposta para os procedimentos burocraticos ke criou
temos ke adoptar um meio termo ke ajude o Porto a encontrar caminho , ke interessa se alguem esta a fazer um projecto, ke mais não é ke um orçamento de custos ?
temos é ke desde já apontar soluções , mesmo sem ser directamente benefeciados, pensar de ke forma podemos ajudar - mais tarde ou mais cedo todos recebemos os proveitos dessa contribuição
com esta chamada de atenção ficamos atentos, mas devemos agir de boa fé e colaboração, acompanhamos a decisão com imparcialidade e caso esta desrespeite profundamente os nossos interesses então partimos p/ acção
o partido socialista podia começar já a apontar soluções, dizer o ke axa correcto para unir os concelhos em termos urbanistos tendo em conta a oferta ke já existe e a necessidade ke ainda se mantem ,
afinal se não estou em erro já passou esta ideia lá pelo V. partido, aproveitem colaborem e dominem
Sim, amiga incoerente.
Esta ideia já andou cá pelo nosso partido.
Fernando Gomes queria, nesses tempos, fazer da circunvalação um enorme boulevard que fizesse a trnsição da malha urbana entre concelhos.
Acontece, amiga incoerente, que são exactamente posições como a sua que levam a que aconteçam processos como o dos Aliados.
Temos que, temos que...
Não temos coisissima nenhuma.
Os politicos eleitos, se tem a percepção de que algumacoisa é necessária para aquele espaço,das duas uma: ou sabem o que querem, fazem um programa e lançam um concurso de projecto aberto a todos os interessados, ou não sabem bem o que querem e lançam um amplo debate, seguido ou antecedido por um concurso de ideias tambem ele aberto a todos os interessados. Ponto. Tudo o resto é marosca.
Mas tambem acrescento que não foi por acaso que o partido socialista abrandou com esse projecto. Foi porque não tendo havido entendimento à data, com o passar do tempo e com os desenvolvimntos que a circunvalação sofreu, se tornou quase impossivel realizar a ideia. Claro que não é fácil perceber só com as informações que estou aqui a transmitir, e o processo é mais complexo, mas na essencia é isto.
Quanto à rapidez da acção, e à legalidade, uma não pode excluir a outra, obviamente. Mas ainda que pudesse ser razoavel nalguma situação, contornar alguns obstaculos legais, sei lá, atraves de uma resolução do conselho de ministros, por exemplo, por imperativo de tempo, não seria nunca este o caso. Simplesmente porque não há dinheiro em cima da mesa para fazer coisa nenhuma. é tão só uma iniciativa politica de um certo grupo que provavelmente vai fazer o seu caminho. Desta triste forma.
"Temos que, temos que...
Não temos coisissima nenhuma.
Os politicos eleitos, se tem a percepção de que algumacoisa é necessária para aquele espaço,das duas uma: ou sabem o que querem, fazem um programa e lançam um concurso de projecto aberto a todos os interessados, ou não sabem bem o que querem e lançam um amplo debate, seguido ou antecedido por um concurso de ideias tambem ele aberto a todos os interessados. Ponto. Tudo o resto é marosca. "
Sim senhor Fortuna
Assim é que é
(é que devia ser, digo eu...)
AMNM
Como sabem defendo uma grande cidade no Porto, em Braga, Em AVeiro, em Coimbra.
Essa é aliás a lógica europeia. Independentemente de uma área metropolitana forte.
São duas coisas distintas. Mas sei que não sou o dono da razão e portanto só se pode garantir uma coisa:
- Os socialistas vão debater o assunto.
Se alguém espera que nos próximos tempos nos dediquemos a dizer mal uns dos outros e deixar essas questões para daqui a 4 anos está muito enganado. Até porque para dizer mal de outros, eu já não tenho nada para dizer que não tenha sido dito.
Como é óbvio o post é também subscrito por mim.
Ok , fico já satisfeita com a afirmação do Avelino, obvio ke concordo com o amigo Fortuna , mas vamos tentar apresentar soluções rapidas e efecientes
não maroscas ke depois sirvam para desculpa e apelidos de impecilhos
axo ke entendem o ke kero dizer, vamos a uma nova estrategia de colaboração, racocinio e ke ganhe a melhor proposta
Kt aos Aliados não vamos compaar , os Aliados não necessitavam de intervenção , não se percebe muito bem a iniciativa , mesmo ke p/ aproveitar verbas do Metro não se justificava
no caso da circunvalação é diferente - urge intervir
vamos lá aos arkivos ver o ke foi o proposto, o ke é ainda passivel de aproveitamento- vamos debater e forçar o debate
Tanto as adjudicações directas como os concursos de ideias não deixam de ser espaços de debate inexistente ou limitado, respectivamente, ainda que no último caso, se precedido por um amplo debate que permita a incorporação de contributos heterogéneos, seria a ideal.
O debate alargado passaria por envolver várias áreas do conhecimento. Visões como a sociológica, económica e mesmo a histórica poderiam enriquecer todo o processo.
O que está em jogo é devolver a circunvalação aos munícipes, resgatá-la dos automóveis e unir as cidades do Porto e Matosinhos.
Eualinho nesta causa (macro ou micro)!
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