sexta-feira, maio 29, 2009

Vai haver borrasca!

Europeias. Eurosondagem, 25-27 Maio, N= 2525, Tel.

PS: 35,5%
PSD: 32,5%
CDU: 9,2%
BE: 8,8%
CDS-PP: 6,5%

Via: Margens de Erro

Já cheira a borrasca para os lados da direita, principalmente PSD.

A acreditar nas sondagens o PS continua à frente e a distanciar-se do principal opositor. Se for assim, Manuela Ferreira Leite vai ter dificuldade em justificar como é que perde uma eleição para o partido do governo que, segundo ela, tão mal tem governado. Vai ter dificuldade em pedir ao seu partido força e apoio para as legislativas de Outubro. E sabendo-se como é aquele partido, sem ideologia e sem ideias, o assalto ao poder vai ser feroz. Já começou com Menezes a posicionar-se. Rio também já deu sinais. Se isto continua assim, a noite das eleições vai ser de facas longas. Aqui, neste aspecto, temos que tirar o chapéu a Paulo Rangel. Antevendo a situação achou melhor exercer a sua actividade em Bruxelas.

Outro aspecto interessante é a descida abrupta do Bloco de Esquerda, que passa de terceiro para quarto e com jeito ainda não fica por aqui. é que desta vez há uns pequenos partidos mesmo mesmo ali à espreita.

Não queria ir por aqui

 

Sozinho 3

…mas não há ninguém que diga a este aventureiro que um ERASMUS EMPREGO ao lado de um dos países com maior taxa de desemprego (Espanha) é um verdadeiro tiro no pé.

O argumentário  proteccionista não é aquele com que mais me identifico, nem de longe nem de perto, mas vejamos:

- Propôr a criação de um ERASMUS EMPREGO significa, nas palavras de Paulo Rangel, partilhar vagas de emprego, em bolsa, para os países da União Europeia, tal como se partilham vagas no ensino superior;

- Segundo ouvi ontem, com afectação de recursos, isto é, para além da bolsa propriamente dita e do salário a auferir pelos candidatos, haveria ainda afectação de recursos da união que, a não ser para gastos residuais com organização, só pode ser para criar um nivelamento laboral e salarial. Além de justo, faz todo o sentido.

- Agora repare-se: cada pais dispõe de alguns lugares e muitos candidatos, evidentemente, senão não havia desemprego. Portugal também. Só que Portugal tem uma taxa de desemprego relativamente baixa, quando comparada com outros, nomeadamente com a vizinha Espanha.

- Portanto, probabilisticamente, haveria haveria um muitíssimo maior percentagem de candidatos espanhóis e de outros países do que portugueses. Não só porque eles são muito mais mas também porque a taxa de desemprego é muito maior.

- Não havendo discriminação, porque não poderia haver, a probabilidade de um português apanhar um emprego da bolsa seria ínfima, já a probabilidade de os empregos portugueses serem ocupados por estrangeiros seria altíssima.

- Logo, esta medida proposta por Paulo Rangel é completamente idiota e muitíssimo lesiva para os interesses nacionais. Um verdadeiro tiro no pé que se pode mesmo considerar anti-patriota.

- Não gostamos de discriminações, mas quer dizer, isto seria mesmo chamar estúpidos aos portugueses. E anda um aventureiro destes na rua, a dizer disparates, e ainda por cima tem audiência.

quarta-feira, maio 27, 2009

iyoôooo!

 

 

Aproveitar grafiters para reabilitar zonas velhas

Ideia do PS agradou. Câmara já limpou seis mil metros quadrados

Aproveitar os grafiters que ilegalmente espalham desenhos pela cidade, desordenadamente e sem critério, e pô-los a reabilitar muros degradados é uma solução que a Câmara do Porto poderá vir a pôr em prática.

A proposta partiu da vereação socialista, mas agradou a Rui Rio. "Há muita sujidade no Porto, há ruas completamente grafitadas. Proponho que a Câmara reúna os grafiters para reabilitar estas zonas degradadas, os edifícios sujos e feios", propôs a vereadora substituta do PS, Carla Miranda, ontem de manhã, na reunião pública do Executivo.

"É possível trabalhar com esta gente", acrescentou a socialista, considerando que o trabalho pode ser feito em colaboração com as juntas de freguesia. Carla Miranda lembrou, no entanto, que é preciso fazer a distinção entre os grafiters e os que se limitam a assinar nas paredes (tags), como forma de marcar território.

Rui Rio achou "interessante" a proposta, nomeadamente no que toca à articulação com as juntas de freguesia. "Embora a Câmara esteja a fazer um esforço para limpar as paredes da cidade, admito que a entrada de novos grafitos seja superior. Pegar nas paredes velhas e dar-lhes uma nova vida parece-me uma boa ideia", reiterou o presidente da Câmara do Porto.

De acordo com a informação, publicada no último número da revista oficial da Câmara do Porto, a Direcção Municipal de Ambiente e Serviços Urbanos tem vindo a fazer um esforço em termos de limpeza urbana, dando "prioridade à intervenção na remoção de grafitos que proliferam no espaço público". "Até agora foram limpos mais de seis mil metros quadrados", pode ler-se no artigo.

JN. Inês Schreck. 27.05.2009

Quem assina por baixo?

Angel Gurría

Há dias, o i publicou uma entrevista com Angel Gurría, Secretário-Geral da OCDE, à qual a blogosfera não parece ter prestado grande atenção. Coisa estranha, visto que o entrevistado fala essencialmente sobre Portugal, a crise, e as medidas necessárias para a enfrentar. Noutros tempos, dir-se-ia que o conteúdo não era do agrado da direita liberal que tinha a predominância nos blogues tugas. Hoje, as coisas já não são bem assim, mas é de qualquer forma admirável como tudo que possa ser minimamente agradável para com este governo é ignorado pela comunidade blogueira. Para introduzir um pequeno grão de areia na engrenagem, decidimos reproduzir aqui alguns excertos. Os sublinhados são nossos.

 

“As grandes obras planeadas pelo governo português não agravam o desequilíbrio crónico da economia e o endividamento do estado?

…é preciso fazer um esforço orçamental excepcional para enfrentar uma situação excepcional.

Portanto, na sua opinião, é economicamente mais eficaz construir estradas, TGV e Aeroportos?

Segundo os cálculos da OCDE, as despesas em infra-estruturas são a melhor maneira de combater as crises. Conciliam impactos imediatos na procura e no emprego, e com efeitos mais duradouros.

É melhor investir em estradas do que em equipamentos sociais e qualificações?

Temos de investir em tudo. Há diferentes tipos de infra-estruturas, mas uma coisa é certa: os grandes planos para edificar aeroportos, rodovias, TGV, vão garantir um maior potencial da economia no futuro. São projectos com efeito de curto prazo – a construção – mas são também estruturantes, pois mudam a face do pais, aumentam a competitividade. Claro que tem de existir condições de mercado, que os consórcios públicos e privados estejam formados. Importante é que os projectos arranquem no sitio e no tempo certo, que haja um impulso financeiro importante quando a economia mais precisa.

Como?

Com mais despesa publica e, nos países que puderem faze-lo, com redução de impostos. Mas está provado que o alivio fiscal funciona melhor quando é feito nos escalões de rendimento mais baixos. Se reduzirmos impostos às pessoas da classe média e média/alta, isso tenderá a produzir mais poupança, sobretudo nos momentos de crise e incerteza. Mas o que vai para a poupança não vai para consumo e isso agrava a recessão.”

 

Dias Loureiro demite-se do Conselho de Estado!

Dias Loureiro

Afinal não estava nos cartazes!

 

Paulo Rangel (PSD) defende sistema misto para a saúde e educação

 

Conforme havíamos publicado anteriormente, cá está a agenda privatizadora de Rangel à espreita de novas oportunidades.

Mais uma!

 
Europeias. Aximage, 18-22 Maio, N=1200, Tel.

PS: 38,0%
PSD: 31,1%
BE: 8,5%
CDU: 7,9%
CDS-PP: 6,3%

Via: Margens de Erro

terça-feira, maio 26, 2009

Ah! Ah! Ah!

 

“As nossas propostas estão nos cartazes!” Paulo Rangel

Esta é mesmo para rir. Senão vejamos:

1. “Combater a crise com os fundos europeus” Paulo Rangel

2. “Erasmus emprego” Paulo Rangel

3. “Reduzir a taxa social única” Paulo Rangel

Não consegui encontrar mais nada. Se isto dá forma a um Programa Eleitoral, estamos conversados. Ou é para rir ou Paulo Rangel não tem mesmo nada de nada para dizer.

Podemos tentar ainda juntar os slogans não operativos, assim tipo mote. Temos estes:

- “Pelo interesse nacional eu assino por baixo” Paulo Rangel

- “As famílias portuguesas acima das famílias politicas” P. Rangel

e então, para além da banalidade, começamos já a descortinar o verdadeiro programa, que não está nos cartazes nem pode ser dito.

Para isso temos que recorrer a outros protagonistas e lembrar propostas de Ferreira Leite e António Borges, ditas recentemente:

- “Melhorias na linha férrea Porto – Lisboa” M. Ferreira Leite

- “privatizar a Caixa Geral de Depósitos” António Borges

Pronto, cá está a “Politica de Verdade”.

Efectivamente, como programa é para rir, mas só para não chorar, que era o que aconteceria se o bom povo português entregasse algum poder nas mãos desta gente. Senão, porque é que no PSD anda tudo escondido? Só pode ser por vergonha.

Pronto, continua…

 

Está imparável este Paulo Rangel. Agora são as contas das campanhas. Anda a contar cartazes. Eu tambéCombater a crise com os fundos europeus m ando, porque enfim, sempre se vai ocupando o tempo em que somos obrigados a ficar parados em filas e assim. Mas caramba, um candidato cabeça de lista às eleições europeias não terá mais com que se preocupar? Quem sabe com um projecto politico coerente, sei lá. Agora contar cartazes dos adversários quando toda a gente sabe bem que o PSD é o partido com maior orçamento de campanha!?! É que ainda por cima, as ruas estão COMPLETAMENTE INUNDADAS DE CARTAZES PSD, e não são sempre os mesmos, estão sempre a mudar. Ali gasta-se à grande, como se não houvesse amanhã.

De certa forma compreende-se (desde que não seja ilegal), porque Paulo Rangel não é propriamente uma figura de destaque, com o mediatismo que o PSD gostaria, não se sabe bem de onde vem (consta que do CDS), nem com o que contar, por isso a decisão de investir e insistir na imagem. Mas uma coisa é gastar (apesar do momento e do insulto que isso significa para um povo já muito depauperado) como estratégia de campanha, asAs famílias portuguesas acima das famílias políticassumindo o respectivo ónus politico, outra é vir acusar os adversários de uma pratica condenável que ele próprio pratica.

Pelo interesse nacional eu assino por baixo.Repare-se como quase de repente a “politica de verdade” desapareceu de cena. Alias, há muita coisa a desaparecer de cena para aqueles lados. O Borges, sim, o que em Novembro queria privatizar a Caixa Geral de Depósitos, ninguém o vê. Os opositores estão todos caladitos como uns ratos à espera do dia seguinte, e mesmo os Vice-presidentes já ninguém os ouve. Se cheirasse a vitória, com certeza que as coisas eram bem diferentes.

segunda-feira, maio 25, 2009

Populismo miserável

 

Este fim de semana, durante as iniciativas de campanha do Partido Socialista, não podiam deixar se soar nas nossas cabeças os ecos das palavras de Paulo Rangel; Espanha, Espanha, Espanha! Disse ele que a colagem do PS a Espanha nos arrastou para a crise.

Felizmente Vital Moreira foi suficientemente lúcido e rápido a reagir e conseguiu pronunciar, sem espinhas, aquilo que, com certeza, ia na alma de muitos de nós; que foi uma triste cedência ao populismo mais barato aquilo que aconteceu no PSD. O PSD que desde os anos oitenta sempre, connosco partilhou a veia europeia de Portugal.

Paulo Rangel, perante os comícios conjuntos de Sócrates e Zapatero, cedeu ao que de mais baixo a politica pode ter; a falsidade descarada num argumentário que mais não serve do que produzir um soundbyte. Mas as mazelas ficam.

Paulo Rangel foi de um oportunismo mentiroso, querendo colar ao PS a desgraça das politicas praticadas pela sua família politica, apelando a um anti-espanholismo primário, porventura ainda persistente nalguns sectores da sociedade portuguesa (o que eu duvido).

Mas então não foi Durão Barroso que iniciou esta parceria ibérica com Aznar? então não foram as politicas neoliberais que deram origem a esta crise? Não era a Espanha de Aznar o eldorado neoliberal que fazia as delicias da direita portuguesa, ao ponto de amaldiçoarem Afonso Henriques em tudo que foi colóquio e debate durante aqueles anos? Não queriam todos ser espanhóis e Irlandeses?

Nós já sabíamos que o PSD está sem programa, sem ideias e sem projecto. Sabíamos mesmo que ia ser difícil aguentar uma campanha eleitoral com tal vazio programático, porque há sempre momentos em que não basta dizer mal. O que não sabíamos é que era possível descer assim tão baixo, no discurso que dá jeito.

Como alguém ironicamente disse há dias, mais vale uma coligação CDS-CDU do que este PSD no poder.

Marinho arrasa Manuela Moura Guedes



Apesar da satisfação que deu ouvir o Marinho arrasar Moura Guedes em directo, a verdade é que o Jornal da TVI transformou-se mesmo num show de entretenimento que ninguém quer perder. E este "show marinho" contribui para isso, para as audiências, assim como as bochechas de silicone, os lábios de botox.

domingo, maio 24, 2009

Mái Nada!!!!!

 

“Tinha vergonha de fazer o que você faz como jornalista!”

sábado, maio 23, 2009

Começa hoje!

jeronimo-de-sousasocrates energieSONY DSC                      costa

 

 ilda_figueiredo_180x245

  

       

Largada

Manuela_Ferreira_Leitejnlx080509bc
Entrevista ao Primeiro Ministro José Sócrates
Bruno Simões CastanheiraElisa Ferreira 2

sexta-feira, maio 22, 2009

Eu faço-te a folha!

 

População de Espinho não fala de outra coisa

Em todo o lado, os diálogos batem sempre no mesmo: o caso da professora de História da "Sá Couto". A população, apesar de chocada, acredita que, "tal como tudo, também isto passará".

N.P., J.N. 21.05.2009

Passará não, já passou. É mesmo incrível como alguns assuntos duram, duram, duram…o tema Freeport, por exemplo.

É Lopes da Mota, PGR, Freeport, Lopes da Mota, Eurojust, Freeport, Lopes da Mota, PGR, Eurojust, Freeport, Lopes da Mota, PGR, Lopes da Mota.

Os próprios jornalistas e comentadores já se lhe referem como “o Lopes da Mota”, tal é a familiaridade com o caso.

Já a gravação efectuada à professora de Espinho, como que desapareceu de um dia para o outro. Então e se compararmos com o video da aluna do Carolina que agrediu a professora no “Carolina”, este caso de Espinho nem aconteceu.

É caso para dizer: “Eu não acredito em fantasmas, mas que os há, há!” e estão todos contra o nosso governo.

Olhe que talvez, Olhe que talvez, Sra. Dra.!

Ferreira Leite defendeu ser impossível que algum grupo de assessores consiga "transformar Sócrates em Obama".

Bom, assim está melhor!

Administradores do Banco de Portugal não terão aumentos este ano

O conselho de administração do Banco de Portugal (BdP) não terá aumentos salariais este ano, nem aumento relativos a 2008, recuando na decisão anterior de proceder a uma actualização salarial de 5 por cento.

Público, 21.05.2009

“Haja decoro!”, “Gatunos”, “Cambada de ladrões!”, ”punhado de oportunistas!”, etc., foram algumas das expressões que mais lemos a este respeito. Conforme já escrevi, auto atribuirem-se um aumento de 5% num ano com uma crise desta dimensão, é muito parecido com cuspir na cara das pessoas; Ainda que saibamos que corresponde a mais que um ano sem aumento salarial, ainda que saibamos que os equilíbrios salariais correspondem a ajustes e negociações que demoram muito tempo a construir, ainda que sejamos a favor da diferenciação salarial, era dose!

quarta-feira, maio 20, 2009

Aí está ele outra vez, o celebre discurso da tanga!

Como não podia deixar de ser, tinha que surgir. Desta vez por Manuela Ferreira Leite. Frases como “…país irremediavelmente pobre” ou “…como uma empresa falida”, não conformam outra coisa senão o velho discurso que para além de servir de trampolim a Durão Barroso, serviu apenas para mergulhar Portugal numa verdadeira crise e até de identidade. Agora, é mais do mesmo. Significa apenas que a direita ainda não percebeu que falar verdade não é majorar misérias. É, perante a conjuntura (que não deve ser ocultada) apontar caminhos credíveis para o futuro.

Chega de tangas!

Portugal ultrapassa Espanha…

 

… no índice de competitividade

“Portugal subiu três lugares no ranking que mede a competitividade dos países a nível mundial.

O nosso país ocupa este ano o 34.º lugar numa lista de 57 países que fazem parte do World Competitiveness Yearbook, organizado pelo Institute for Mangement Development.

A subida de três posições, face a 2008, é vista pelo coordenador do Plano Tecnológico, Carlos Zorrinho, como a prova de que as medidas que este Plano, em particular, tem posto em prática estão a ter resultados positivos.

"O que este ranking mostra é que Portugal, ao contrário da União Europeia, ganha competitividade neste contexto de crise. O que significa que as medidas estruturantes, como o Plano Tecnológico, estão a dar os seus frutos", frisou Carlos Zorrinho.

Neste ranking, que analisa factores como a performance económica, as infra-estruturas tecnológicas e básicas, o enquadramento institucional, educação, etc., Portugal está no grupo de cinco países da UE que mais melhoraram a sua posição. Atrás do nosso país ficaram Espanha, Itália e Grécia, permitindo a Portugal situar-se como o país mais competitivo do Sul da Europa. À semelhança do nosso país, Alemanha e Suécia também progrediram três posições. Entre os 24 países da UE do ranking, Portugal ocupa a 16.ª posição, dois lugares acima do que em 2008.

Salientando que o World Competitiveness Yearbook analisa "tudo o que é fundamental para a competitividade", Carlos Zorrinho, defende que este resultado mais do que ajudar o país no contexto internacional deve ser um estímulo para os portugueses.

"Não há razões para que os portugueses não tenham esperança no futuro", perante as melhorias que o país está a verificar a este nível, referiu o coordenador do Plano Tecnológico.”

Hoje, no JN

Quem diria, em tão pouco tempo, a neoliberal Espanha passou do Eldorado à desgraça eminente. Ainda há por aí quem queira ser espanhol?

Inverdades

 

Há dias li algures por aqui alguém a defender que os liberais não deviam ser críticos para com o PSD, porquanto seria, dos partidos portugueses, o mais liberal de todos.

A lógica é mais ou menos esta; não atacar o péssimo desempenho eleitoral do PSD e de Paulo Rangel, visto que, para os que acreditam no liberalismo, apesar de tudo, ainda é o partido que mais se aproxima e portanto, mais vale criticar só o governo.

Nada mais errado. Em primeiro lugar, porque sustentar a defesa do PSD com doutrinas neoliberais, em pleno colapso do neoliberalismo, é o tipo de coisa que pode ter alguma graça quixotesca, mas que não pode ser levada a sério. Em segundo lugar, porque não estamos em tempo de fazer a politica “que dá jeito”, e sim de pensar muito seriamente no interesse nacional e em qual a melhor forma de ultrapassar esta crise que nos vai marcar ainda por muito tempo. E finalmente em terceiro lugar, porque não é verdade.

O PSD é um partido tão pendurado no estado como qualquer um dos outros, da direita à esquerda. Simplesmente, necessita de mentir, vestindo roupagens mais liberais, ou anti-estado quando está na oposição, para manter a sua base sociológica e com isso captar os seus votinhos.

Acontece porem que, com a falência do neoliberalismo, o PSD ficou sem programa. O programa social-democrata foi perfeitamente assumido pelo PS e pelo governo; é o seu interprete. A direita que tradicionalmente pregava “menos estado” está hoje encurralada e a clamar pela salvação através do estado. Resta-lhe por isso dizer mal do governo até ao limite, e tentar capitalizar ao máximo. E quando não houver mais nada para dizer, vão ter que inventar. Não é aliás mais do que tem vindo a fazer, porque propostas e ideias válidas, nem vê-las.

Excelente artigo de Pedro Magalhães

servir o porto

Aqui transcrito na integra no blogue do Pedro Baptista!

terça-feira, maio 19, 2009

Desculpem, mas é irresistível.

 

Combater a crise com os fundos europeus

Ele anda por aí cada candidato! Sem querer ferir nenhum velho principio republicano, para ser candidato é preciso os mínimos, e os mínimos talvez sejam ter alguma ideia do que se vai para lá fazer, ou pelo menos do quê, ou quem se vai representar. Afinal politica de verdade é “os ricos (europeus) que paguem a crise”? Mais politica de mão estendida? Então, vá… é que assim o ano politico vai ser uma verdadeira anedota.

É preciso ter lata!

 

Paulo Rangel defendeu a saída de Dias Loureiro do Conselho de Estado

"Defendemos um grande plano europeu, com um grande financiamento europeu, apenas vocacionado para a recuperação das cidades no plano do edificado, ambiental e energético e no plano social", frisou Paulo Rangel.

Paulo Rangel, Público, 19.05.2009

É esta a politica de verdade? O que é que quer dizer “um grande financiamento europeu”? Um novo imposto a ser gerido directamente por Bruxelas? Ou o desvio de parte das verbas comunitárias para este plano megalómano do Sr. Rangel? Será que como no “Erasmus emprego” vem propor o que afinal já existe? É que planos destinados a politicas do plano social, e energético, e ambiental, e urbanístico, não faltam. Isto de construir uma campanha baseada em medidas existentes com nova roupagem é no mínimo caricato. Como não se tem nada para propor, pega-se no que já existe e ai vai disto. Pode até dar a ideia de que vale alguma coisa, mas é tudo menos “Politica de Verdade”.

segunda-feira, maio 18, 2009

Se assim for…

 

…começa a ver-se alguma luz ao fundo do túnel!

Não só para o nosso indispensável contributo nas questões ambientais e no combate ao aquecimento global, mas também no abrandamento da divida publica.

De facto, se o enorme crescimento da divida publica em 2008 se ficou a dever aos astronómicos preços alcançados pelo petróleo (>150 $ / barril), impõe-se a um país pequeno e muito dependente em termos de energia, encontrar fontes alternativas, que terão necessariamente que ser “limpas”. Aparentemente estamos no bom caminho.

Metade da electricidade veio de fontes renováveis

Portugal está em quinto lugar entre os maiores produtores de energia "verde" da Europa

Quase metade (48% ) da electricidade consumida em Portugal está a ser produzida a partir de fontes renováveis , bem acima da meta de 39% definida por Bruxelas. Hoje, é o quinto país da União Europeia em termos de "energia verde".

Alexandra Figueira, JN, 18.05.2009

A Dama (do caminho) de Ferro!

 

A única proposta (pela positiva, claro, porque de resto diz mal de tudo) concreta que se conhece a Manuela Ferreira Leite como medida de combate à crise é a famosa “melhoria da linha férrea Porto-Lisboa” que agora mereceu esta apreciação de Rui Moreira, no público. Não podíamos estar mais de acordo! Talvez assim se explique a fraca performance nas sondagens europeias. De facto, de quem abdica de discutir a Europa, preferindo as questões internas, porque são também europeias, esperava-se mais qualquer coisita, não?

“Mas não tenho dúvidas de que a linha do Norte está congestionada, sei que não tem capacidade para comportar um acréscimo de tráfego ferroviário, reconheço que o aumento de velocidade dos serviços directos entre as duas cidades reduziria, ainda mais, a capacidade instalada e percebo que será necessário, seja agora, seja no futuro, construir um segundo canal entre Lisboa e Porto, alternativo à linha do Norte, da mesma maneira que foi preciso construir uma auto-estrada como alternativa à estrada nacional número 1.”

Rui Moreira, Público, 17.05.2009

domingo, maio 17, 2009

Medidas de combate à crise!

 

PSD

- Melhorias na linha férrea Porto-Lisboa

por Manuela Ferreira Leite

- Erasmus Emprego

por Paulo Rangel

- Redução da Taxa Social Única

por Paulo Rangel

CDS/PP

- Apoiar a pequenas e micro empresas

por Nuno Melo

Ora ainda bem!

 

“Queremos ser governo, mas nunca com José Sócrates”

Francisco Louça, hoje no i.

Póvoa de Varzim

fonte: Jornal Póvoa Semanário

Candidatura de Renato Matos foi apresentada publicamente

Sáb, 17 Mai 2009 00:15  
Póvoa de Varzim
Renato Matos foi esta noite, 16 de Maio, apresentado formalmente como candidato do PS à presidência da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim. A sessão pública, realizada numa unidade hoteleira da cidade, contou com a presença de centenas de apoiantes do cabeça-de-lista do PS e actual líder da Comissão Política Concelhia.

Ao longo do seu discurso, Renato Matos foi lançando vários sinais de alerta, justificando “a necessidade de uma profunda mudança” no poder autárquico local, privilegiando áreas de acção que têm sido preteridas ao longo dos quatro mandatos das sucessivas maiorias lideradas por Macedo Vieira.

“Desgoverno das contas do município, carga fiscal exagerada, política de contratação de funcionários que servem familiares e amigos da maioria PSD, exclusão social, inexistência de políticas ambientais e de desenvolvimento económico e turístico”, foram alguns dos aspectos mencionados pelo candidato do PS à Câmara Municipal da Póvoa de Varzim que, na ocasião, desvendou as suas primeiras promessas eleitorais, exactamente para combater os aspectos atrás mencionados.Ao lado de Renato Matos nesta apresentação pública marcaram presença o presidente da Federação Distrital do PS/Porto, Renato Sampaio, Manuel Pizarro, dirigente nacional do PS e Secretário de Estado da Saúde, e figuras locais anteriormente ligadas a outros partidos, como António Sá Ferreira, antigo líder da Comissão Política Concelhia do CDS-PP.

sábado, maio 16, 2009

sexta-feira, maio 15, 2009

Parece que, apesar de tudo, sempre nos aguentamos melhor à bronca do que muitos dos outros.

 

“Os dados relativos à evolução económica no primeiro trimestre mostram três coisas já esperadas: (i) que Portugal não escapa à dureza da recessão económica europeia e mundial; (ii) que, porém, o recuo da actividade económica desacelerou claramente em relação ao trimestre anterior; (iii) que, apesar de tudo, a economia portuguesa resiste bem melhor do que a média da UE, com pelo menos nove países a revelarem contracções mais severas do que a nossa.
A questão mais importante, ou seja, saber se o pior já passou (como a recuperação do sistema financeiro e do mercado de títulos, entre outros indícios, deixa entender), só encontrará resposta com os resultados do actual trimestre.”

Vital Moreira

Uma imagem vale mais que mil palavras

 

LEBANON-POLITICS-VOTE

Cum catano…

 

Este homem parece uma picareta…gritante!

Berra por tudo e logo a seguir pelo seu contrário.

Deve-lhe fazer confusão que no PS as pessoas possam ter opinião. Então um independente cabeça de lista falar pela sua própria cabeça, Deus nos livre.

Perde um debate na Assembleia e já está a reclamar porque o PM só lá volta para o mês que vem. Como não deve ser por masoquismo, só pode ser por infantilidade, tipo aqueles miúdos que perdem o jogo e pedem logo a desforra. e perdem outra vez, e gritam, e ficam amuados, e levam a bola para mais ninguém jogar.

Ó Dr. Paulo Rangel, para que é que se meteu nisto? Tenha calma, que assim não se consegue discutir a Europa e olhe que, por muito que o surpreenda, os portugueses distinguem bem as coisas…

A importância de Alegre

 

Manuel Alegre Agora que já está tudo decidido sejamos claros acerca do assunto. Depois de ter assumido que não iria formar um novo partido ou agregar uma outra força politica, Manuel Alegre deixou de ser relevante em termos eleitorais. Para o PS é perfeitamente residual a percentagem de votantes que poderia ser “desviada” pelo afastamento de Alegre. Ninguém, no seu juízo perfeito, deixaria de votar PS pelo facto deste não integrar as listas ao parlamento, nem passará a votar pelo facto dele integrar. Manuel Alegre vale pelo que representa, e não exactamente pelos que representa. Para valer pelos que representa teria que se fazer valer e para isso necessitaria de dar corpo a uma força politica distinta do PS. Ou criava um novo partido, ou integrava outro, ou daria um claríssimo sinal de voto contra o PS, coisa que ele, pelo que é, nunca faria.

José Sócrates sabe isso, mas ainda assim não quis Alegre fora das listas do partido. Como não quis de fora a maioria dos seus adversários políticos internos e procurou até integra-los sob a sua liderança. Veja-se o exemplo de João Soares ou Augusto Santos Silva, ou Alberto Martins, Ana Gomes, Elisa Ferreira cuja candidatura abraça elementos do MIC, e enfim, tantos outros. Não é uma questão de bondade e condescendência do líder, mas sim uma questão de herança genética do Partido Socialista, que Sócrates tem sempre procurado preservar, evitando o sectarismo que caracteriza os restantes partidos em Portugal. Ao contrario dos outros, o PS convive relativamente bem com o pluralismo e a diversidade de opiniões. Não é por acaso que é o partido da liberdade.

Repare-se o que acontece a quem diverge no BE, como Joana Amaral Dias. Ou no CDS/PP com Ribeiro e Castro. E no PSD, que de forma mais subtil não só afasta como queima politicamente e na praça publica os opositores à liderança. Do PCP então nem se fala, tendo todos bem presentes a sangria à que levou a ortodoxia da linha dura.

Por não ser assim que as coisas se passam no PS, é que o partido não quer prescindir de Alegre, porque seria cortar com um laço genético essencial para a marca socialista na sociedade. Neste momento, o PS não precisa de Alegre (eleitoralmente, claro), mas o país precisa. E o PS sabe isso.

Assim é que é!

Sondagens europeias

“O mundo está a ficar perigoso”

 

Depois do debate quinzenal de ontem, na Assembleia da Republica, somos obrigados a dar razão ao espalhafatoso bastonário da Ordem dos Advogados; isto está mesmo a ficar perigoso.

Quando o principal partido da oposição quer fazer pressão politica sobre o Governo, depois de se aperceber que foi instaurado processo administrativo a Lopes da Mota, por alegada pressão sobre dois magistrados, que por sua vez utilizaram o respectivo sindicato para fazer pressão indevida sobre o Presidente da República, vem sugerir que o Primeiro-Ministro faça pressão sobre o Procurador Geral da República, o povo fica pressionado a achar que isto é tudo uma grande panela; de pressão.

Melhor seria aliviar um pouco a válvula antes que o povo se lembre também de fazer pressão nas ruas, ou até quem sabe, pressão nas urnas…

quinta-feira, maio 14, 2009

Rangel perde fôlego

 

Ver imagem em tamanho realVer imagem em tamanho real

SÓCRATES DESARMOU A OPOSIÇÃO

“E O PSD meteu pena. Rangel está a perder o fôlego. Para atacar e dizer mal do governo traz a encomenda e dispara. Agora fala a pedido.”

Aqui!

Elisa exige rectificação a JN

Rectificação do JN. Afinal o que Elisa Ferreira disse está aqui.





sou um dos Louva-Magalhães


"Neste momento em Portugal não há política educativa, há a política do louva-Magalhães."(Paulo Rangel, PSD)

Eu tenho dois Magalhães lá por casa. E antes deles chegarem já existiam dois portáteis e um computador fixo com acesso livre à internet. O computador fixo era, e é, comunitário, para toda a família, os portáteis eram usados amiúde.

A chegada do Magalhães alterou isto tudo. Reduziu a playstation à sua condição de brinquedo menor, pois só servia para divertimento e não para jogar, escrever, ir à net e ainda transportar para ver uns filmes dentro do carro.

Os trabalhos de casa passaram a dividirem-se entre cadernos, fichas e o Magalhães.


Só me dei conta da dimensão do Magalhães, quando almoçava num pequeno restaurante perto de casa e na mesa ao lado estava uma família que tinha escolhido aquele espaço para, mais engalanada que durante a semana, sair no seu almoço dominical. Efectivamente essa família, seguramente trabalhadora, que denotava parcos recursos, trazia a sua criança com o orgulhoso Magalhães impecavelmente tratado.

Entre aquela criança e as minhas crianças houve logo um espaço comum, um meio de partilha de conhecimentos, dos jogos até ao modo de ligar pelo sistema operativo Linux ou Windows.

E eu pensei de imediato que aquela cena sobre as mesas do restaurante parecia um anuncio comercial da J.P Sá Couto e malgrado o embaraço da falta de educação dos computadores partilharem o espaço com as travessas da comida, achei que não era só o estômago que se devia saciar, pois a “cena” merecia reflexão.


Porque com um simples computador portátil que parece uma torradeira, fez-se mais pela igualdade de oportunidades que em muitos anos de politicas de modernização dos sistema de ensino. E percebi que as verdadeiras consequências do Magalhães não agradam à direita – pois não!

Em Portugal, hoje, qualquer criança com mais de seis anos sabe o que é um email, a internet, para que serve, reconhece um teclado, usa-o, brinca com ele, liga-o, desliga-o, carrega-o, transporta-o, configura-o e às vezes estraga-o. Não porque tenha computador, mas porque tem um Magalhães, aquele objecto que todos os outros miúdos tem e tiveram direito a ter. Tenho hoje a certeza que se der às minhas filhas um portátil melhor do que o Magalhães elas vão continuar a preferir o Magalhães. Pôrra, isso deve irritar muitos detractores. Porquê? Porque foi um sucesso.

Moral da história, retirem do vosso currículo: “Conhecimentos de informática na óptica do utilizador”, deixou de ser necessário, porque já está feita na sociedade um marca para o futuro. Uma marca cujos frutos serão colhidos durante décadas.

Alegro-me que a marca deste mandato seja o Magalhães e não o Centro cultural de Belém ou a auto-estrada Porto-Algarve.

É evidente que a alegria nos olhos de todas as crianças que já vi com o Magalhães não é tão mediática como aquele erro ortográfico, ou a venda dos ditos na feira da ladra. Mas é muito mais importante e isso é que importa.

Free Free

Freeport! Ainda não escrevi sobre o tema pois confesso a minha irritação quando vejo mais uma notícia, uma insinuação, uma alegada pressão, um comentário, um novo depoimento.
Tudo isto começou com a Polícia Inglesa a querer vasculhar as contas do nosso Primeiro-Ministro. Eu apreciava era vêr os Ingleses a pedirem para vasculhar as contas bancárias do José Eduardo dos Santos, de Berlusconi, do Putin, ou mesmo do Sheik Khalifa Bin Zayed.
Sobre Sócrates pergunto-me até quando continuará o folhetim? Confesso que já dou o mesmo valor a qualquer noticia do Freeport do que aquele que dou à com a suposta contratação de Scolari. Se não for o Freeport seria outra qualquer, tal como se não fôr Scolari será Jesus ou até Deus (leia-se Maradona).
Se não fôr a TVI será o Público, se não fôr o Público será a Visão e por aí fora.



quarta-feira, maio 13, 2009

Vi tarde mas vi!

 

“Elisa Ferreira é uma socialista capaz, salutarmente distinta da maioria dos seres que o cavernoso aparelho socialista nortenho tem expelido.
À partida, tinha hipóteses no Porto: o segundo mandato de Rui Rio transbordou mediocridade, não cumprindo nenhum dos exíguos fins a que se propôs e claudicando na anunciada ‘reabilitação da Baixa’.
Rio, sem Paulo Morais ao seu lado, ficou estranhamente igual aos seus piores antecessores: fingiu governar a cidade enquanto perpetrava a mais baixa intriga política a nível nacional.
Mas ao concorrer juntamente à Câmara e ao PE, Elisa Ferreira (tal como Ana Gomes) atestou que faz da política uma questão de emprego. E os seus esforços em justificar o indefensável estão a torná-la tristemente afim ao ‘aparelhês’ que a rodeia.”

Carlos Abreu Amorim, no Correio da Manhã e Blasfémias

Ele há cada uma…

Despesismo

 

Já que muito se tem falado sobre o despesismo do PSD, aparentemente nem todo ele legal, que vai desde os passeios na Madeira, ao mais caro orçamento de campanha eleitoral, até às próprias contas do partido. Vale a pena voltarmos a pôr os olhos no famoso défice orçamental. Vale a pena porque é necessário perceber bem o que é que MFL quer dizer com “Politica de Verdade”. Se for “verdade” como a que ocorreu em 2001, isto é, correr a pedir à Comissão Europeia para contabilizar o nosso défice pelos critérios mais apertados, então estamos conversados, verdade quer dizer “lixar Portugal”.

Grafico

Há quem queira ver neste gráfico que Cavaco Silva é o pai do défice. Há também quem afirme a pés juntos que o nosso crónico défice excessivo se deve ao PS (Miguel Frasquilho, por exemplo), eu não procuro ver nada para além do obvio.

1. Os défices excessivos são produto de circunstâncias conjunturais que afectam todos os governos, isto é, quando a coisa aperta todos se predispõe a gastar mais uns tostões;

2. Se há partido responsável pelo nosso crónico défice excessivo, e que portanto se pode apelidar de despesista, esse partido é sem dúvida o PSD. Contra factos não há argumentos.

Estado compra Cosec

cosec O Primeiro-Ministro José Socrates anunciou a compra por parte do Estado da Cosec, por forma a garantir seguros de crédito às exportações portuguesas.

Esta medida foi já aplaudida por diversos sectores, mas o mais interessante é que mostra a atenção que o governo tem dedicado à malha fina da governação. Se fosse sempre assim com todos os governos, estaríamos agora bem mais imunes à crise. Portugal não precisa de mais intenções balofas, de mais reformas sobre reformas apoiadas apenas em novos pacotes legislativos. Façam-se as reformas que tiver que ser, mas exerça-se também o poder executivo consequente a beneficio de Portugal e dos Portugueses.

terça-feira, maio 12, 2009

Mais do que o camarada,

o amigo Paulo Moz Barbosa foi homenageado pela Freguesia de Ramalde, onde durante vários anos foi autarca, com o reconhecimento de todas as forças politicas, pela sua dedicação, postura de rigor e princípios, abertura ao debate e elevação a que sempre nos habituou.

 

LouvorAF20090429[1]LouvorMesa20090429[1]

Um grande abraço!

Esta não tinha lido…

 

"Acho mesmo que a fórmula mágica para desmobilizar das urnas o grosso do eleitorado é acenar-lhe com um bloco central depois do voto".

Miguel Sousa Tavares, in Expresso

…mas concordo absolutamente!

Mais um excelente mote

f%20todos%20rindo%20peq

Que nos deixa Rui Pena com esta citação de Emmanuel Todd a propósito do ensino obrigatório até ao 12º ano:

“Se, na Idade Média, alguém dissesse que um dia todos saberiam ler, as pessoas rebentariam a rir, até, porque, na Idade Média, as pessoas sabiam rir.”

É Pena é que o Canhoto não aceite comentários dos leitores, porque a discussão aberta de alguns temas valia a Pena.

A grande questão não é se é possível levar o ensino obrigatório até ao 12º ano, porque certamente que é, e sim se podemos recuperar a capacidade de rir. E brincar, e namorar, e jogar, e…

(

Povo que lavas no rio

 

povo que lavas no rio

“Deste-me alturas de incenso, mas a tua vida não!”

ou por outras palavras, não se governa nem se deixa governar.

Muito interessante esta discussão que o Alexandre Burmester iniciou aqui

E que depois continuou aqui, estando por agora terminada aqui!

É claro que não basta!

PS/PORTO

Candidatura sem apoio regional

Ontem

Dirigentes desligados das eleições em Marco de Canaveses.

A ausência dos principais dirigentes do PS/Porto marcou sábado à noite, em Marco de Canaveses, a apresentação do candidato à Câmara local, mas o membro do secretariado nacional Augusto Santos Silva apadrinhou a candidatura de Artur Melo. "Claro que basta a minha presença aqui, como membro do Secretariado do PS que sou, para tornar claro que a candidatura do Artur Melo à Câmara Municipal do Marco de Canaveses é a candidatura do PS", afirmou Santos Silva.

segunda-feira, maio 11, 2009

Na esteira da discussão, noutro blogue, sobre energias

(sobre a visita de Sócrates à Povoa de Varzim, sobre propaganda, sobre liberalismo e socialismo, mas sobretudo sobre energias alternativas e o seu papel na mudança de paradigma económico)


1. Eu constato que, assim como o modelo soviético implodiu, o modelo neoliberal vigente nas duas ultimas décadas, esgotou e consequentemente explodiu, arrastando a Europa e os Estados Unidos para uma crise quase sem precedentes.

2. O mundo ocidental não encontrou ainda respostas para o futuro mas sabe que se encontra à beira de uma mudança de paradigma económico. Aliás, mesmo antes da crise eram já muitos os sinais de esgotamento e forte a percepção por parte de muitos sectores de que algo estaria e teria que mudar.

3. O novo paradigma a surgir (incluindo Barak Obama ou não) passará, na minha opinião por um desenvolvimento sustentado em desígnios comuns que possam ser abraçados tanto pelos estados quanto pelo sector privado da economia.

4. As razões que para isso apontam prendem-se mais com o excesso de produção do que propriamente com a crise financeira ou a falência de modelos de organização. É hoje muito evidente que para os níveis de conforto civilizacional já obtidos a actividade económica é sobejante, tendo-se entrado numa espiral que conduz, não à escassez, como noutras crises, mas à degradação da condição humana. Continua a haver excesso de produção e assiste-se a retrocessos civilizacionais inacreditáveis e inaceitáveis como por exemplo as novas formas de escravatura;

5. A manter-se qualquer dos modelos já experimentados a falta de ocupação seria o destino inevitável para a grande maioria da população. Em modelos de cariz socialista as soluções apontadas passam sempre pela burocracia. Bem disfarçada de maior exigência de regulação e qualidade mas efectivamente destinada a ocupar gente que doutra forma estaria condenada à inutilidade. Vivemos hoje grande parte da vida a aprender, outra boa parte a ensinar, mas sempre sustentados pela riqueza que antes outros produziram ou que no futuro alguém há-de produzir.

A direita liberal promove a competição e portanto a exclusão social. Os que são competitivos deixam para trás uma imensa maioria que o não é. Aliás, só por cinismo foi possível sustentar o contrário, sendo o conceito de competitividade tão claro e transparente como é. A ideia de que há sempre mais além na progressão e crescimento económico e de que a ameaça da exclusão é factor de motivação e de esforço para a integração é, como hoje se pode constatar, pura e simplesmente falsa!

6. Como sempre no passado, só grandes desígnios resolvem grandes impasses. A alternativa, não desejada, é um período de trevas que não parece poder ter lugar numa sociedade global e com os meios tecnológicos de que actualmente dispõe. Hoje, já não queremos estar fechados num pequeno mundo; queremos ir mais além, queremos estar com os outros.

7. Em Portugal é isto que representa a esquerda moderna do PS (embora tímida); a vontade de olhar em frente e começar a conquistar hoje a nossa parte do mundo de amanhã.

8. A um país pequeno, periférico e relativamente pobre não restam muitas opções estratégicas enquanto desígnios ambiciosos, galvanizadores e catalizadores de actividade económica e de riqueza.

9. Por força da nossa situação e caracterização geográfica, a produção de energia “limpa” pode ser um deles, tanto mais que resolveria a nossa tradicional dependência energética, por um lado, e contribuiria para esse desígnio maior que será, sem dúvida, travar o aquecimento global e a poluição do planeta. Por outras palavras; crescimento sustentado e sustentável.

10. A materialização de um novo modelo económico distinto dos anteriores, assente em desígnios comuns, passará pela organização em parcerias de interesses mútuos, entre estado e privados, enquanto mecanismos preferenciais para incrementar a produção de riqueza, bem como para a sua regulação e fiscalização. Neste quadro será fundamental a democraticidade e transparência de processos.

11. Este desígnio foi incorporado pelo governo desde a tomada de posse e cedo se percebeu que o sector da energia iria ter especial atenção por parte dos governantes e mesmo do Primeiro-Ministro.
Incompreensível foi a orientação inicial voltada para o conceito de “solar” através do qual os sistemas se deveriam implementar. A procura de energias alternativas não se poderia nunca resumir ao “solar” e efectivamente tal não aconteceu.

12. Aconteceu porém que no capitulo da energia alternativa “doméstica” o que ficou consagrado nos apoios a atribuir foi a chancela "solar". A possibilidade de obter energias alternativas de outras fontes não foi contemplada.

13. Assim, empresas como a responsável pelo sistema termodinamico e outras, cujas fontes são bombas de calor, ou sistemas eólicos, geotermia, ou outros, viram-se preteridas no mercado, não com base nos resultados efectivos obtidos pelos seus sistemas mas com base num preconceito relativo à chancela “solar” que não tem grande justificação. Efectivamente, a generalidade dos sistemas não são “limpos” necessitando sempre de apoio de energia da rede que pode, e assim se espera, vir a ser “limpa” num futuro próximo.

14. Não existe portanto uma razão objectiva para os governos apoiarem este ou aquele tipo de produção de energia doméstica dentro das que já se encontram disponíveis no mercado. Pelo contrário, saúda-se a combinação de diversos sistemas, incluindo a rede, porque só assim será possível chegar a um consumo total de energia “limpa”

15. Nada impede que por exemplo, para banhos, se utilize um sistema baseado em colectores solares combinado com outra fonte complementar tipo foto voltaica ou eólica. Em todos os sistemas e no que à energia diz respeito, o problema maior é sempre o armazenamento. E se a nível nacional se podem encontrar soluções (fazer subir a água das barragens) a nível doméstico isso é muito mais difícil restando apenas duas soluções: armazenar em baterias, com pouca eficiência, ou vender à rede, ficando nas mãos da operadora. Daí que propriedade da rede eléctrica enquanto bem publico não possa ser descurada, mas isso já é outra conversa.

16. É meu entendimento de que esteve bem o Primeiro-Ministro na sua visita à Póvoa, se isso servir para incluir o sistema termodinâmico no pacote de sistemas apoiados pelo governo. Como estará bem sempre que procurar promover formas de produção de energia alternativa e que diminuam a nossa dependência energética. Procurar resumir a visita a propaganda é facilitismo que nada abona em favor dos que o fazem.

17. Pela nossa parte, o que se pede ao governo é mesmo que seja mais activo nesta matéria e, através do Ministério da Economia, acompanhe o muito de bom que o sector privado tem vindo a produzir. Analisar, publicar, e apoiar seriam grandes contributos para a participação dos cidadãos nesta “cruzada” comum.

18. Voltando às questões económicas, vai sendo tempo de percebermos que o papel do estado não é o papel das empresas nem pode ser desempenhado como tal; muito menos um governo pode actuar no estado como cada um de nós actua em nossas casas.

19. Ninguém pensa que a NASA levou o homem à lua sem dinheiros públicos, certamente. Ou que Portugal chegou à Índia com iniciativa privada e na expectativa de viabilidade económica imediata.
20. Não se pense então também que se muda o paradigma energético estalando os dedos. Pense-se antes na criação de riqueza que dai pode resultar. E já agora num mundo melhor
.