terça-feira, janeiro 10, 2006

Blasfémias!!!!



Os blasfemos do Blasfémias resolveram lançar uma movimentação através da net.
Nada menos nada mais do que uma subscrição para um referendo OTA e ao TGV.
Independentemente do enorme respeito que me merecem os primeiros subscritores, eu cá não subscrevo.
Porque concordo com o TGV (o traçado é outra história);
Porque não são temáticas próprias para um referendo;
Porque são actos governativos legitimados por uma maioria absoluta e todo um percurso politico do partido promotor que não deixa grande margem a falta de legitimidade;
Porque apesar de alguns aspectos pertinentes do texto fundamentador, muitos outros são apenas conversa de diversão que retiram seriedade à proposta;
Porque a proposta é demasiado inconsequente nos resultados directos para que seja inconsequente nos indirectos. Isto é, ajuda a diminuir a generalidade das iniciativas que possam ter origem na sociedade civil, contribuindo ainda mais para a sua inacção;
E finalmente, porque o texto que acompanha a petição se encontra carregado de segundos sentidos, que dão como adquiridas opiniões que eu igualmente não subscrevo.
Ainda assim, para aqueles que se interessarem pelo assunto, aqui fica o link.

15 comentários:

Anónimo disse...

Porque concordo com o TGV (o traçado é outra história);
-Se concorda terá oportunidade de expressar a sua opiniao do referido referendo.


Porque não são temáticas próprias para um referendo;
-Mentira.

Porque são actos governativos legitimados por uma maioria absoluta e todo um percurso politico do partido promotor que não deixa grande margem a falta de legitimidade;
-Repete o mesmo . (mentira )

Porque apesar de alguns aspectos pertinentes do texto fundamentador, muitos outros são apenas conversa de diversão que retiram seriedade à proposta;
-Falso. E mesmo que fosse: Totalmente irrelevante.

Porque a proposta é demasiado inconsequente nos resultados directos para que seja inconsequente nos indirectos. Isto é, ajuda a diminuir a generalidade das iniciativas que possam ter origem na sociedade civil, contribuindo ainda mais para a sua inacção;
-Completamente falso

E finalmente, porque o texto que acompanha a petição se encontra carregado de segundos sentidos, que dão como adquiridas opiniões que eu igualmente não subscrevo.

-repete o ponto 4. Mentira.E totalmente irrelevante.
O texto tem o unico objectivo:realizaçao de um referendo.

Anónimo disse...

Ah! Ganda Otário!!!

AM disse...

Ó Fortuna

Ainda perdemos tempo com palermices destas...

De qualquer forma já lá deixei a minha opinião (como sempre muito apreciada por aquelas bandas) :)

"E assim se demonstra que nada custa ser demagogo, até "estes" são capazes....

Já agora, onde é que os meninos estavam quando a RTP se lembrou do disparate de emitir TV a cores????

Tenham algum juízo já que a vergonha é pouca...

AMNM"

Que, como seria de esperar, deu origem a uma agradável troca de "carinhos" na caixa de comentários.

É que, para quem não souber, o "blasfémias" trabalha para as "audiências" :-)

Um abraço
AMNM

Anónimo disse...

Pois é Moreira, faltou-me a palavra: DEMAGOGIA.
Ora ai está um caso que de tanto uso um gajo até desvaloriza. Já nem se lembra...
Foi boa a da RTP.

Anónimo disse...

Ah! E já agora, era boa ideia insistir na Macro-causa.

Anónimo disse...

Ah! Ó sr. OTÁRIO

Não tente procurar na minha referencia à petição blasfema o antagonismo de que tanto necessita. Limitei-me a linkar uma ocorrencia da blogosfera que tem alguma importancia e dimensão e que foi promovida por pessoas de quem gosto e que respeito.
Não andei à procura de razões mais ou menos substantivas para atacar a iniciativa, limitando-me a afirmar que não subscrevo e porque, num apanhado rapido de razões. Não pretendo combater a subscrição, e já sei que se esta vier a dar origem a um referendo ou dois ou três posso votar conforme me apetecer e de acordo com as minhas convicções.
Agora talvez o carissimo otário me pudesse explicar para que quereria eu um referendo sobre uma coisa com a qual concordo e em relação à qual não vejo falta de legitimidade. Eu poderia eventualmente desejar um referendo se, apesar de concordar, sentisse que falta de legitimidade na decisão politica, o que não acontece. O meu caro não me diga que tambem é daqueles para quem o jogo só acaba quando estiver a ganhar, assim tipo Helena Roseta com o aborto? Ou será que a ansiedade é tanta que ñem consegue ler? Ó Otário, não se enerve, são projectos há muito discutidos na sociedade portuguesa, de uma forma ou de outra com o envolvimento dos partidos e cujo partido promotor teve uma maioria absoluta recentemente. Podem não lhe agradar, mas tem que convir que estão razoavelmente legitimados.

Anónimo disse...

tenho ideia ke já debatemos aki essa hipotese de referendar os grandes investimentos ...

Anónimo disse...

"Agora talvez o carissimo otário me pudesse explicar para que quereria eu um referendo sobre uma coisa com a qual concordo e em relação à qual não vejo falta de legitimidade."

Eu quero acreditar que o senhor já percebeu esta parte:
O facto de o fortuna concordar com a OTA é totalmente irrelevante para saber se o referendo e deve ou não existir. Ponto um está desmontado!

Falando da legitimidade: Tanto repete que ela existe que não apresenta um unico argumentp que sustente tal posiçao....
Invoca a maioria absoluta e daí não sai.
Pegando nesta: se acha que a maioria absoluta é um cheque em branco e se acha que os restantes deputados eleitos não tem qualquer tipo de função. ok. Se não acha nada disso tem que concordar que o facto de o "partido promotor teve uma maioria absoluta recentemente" não significa por si só a realização de todo e qq projecto por este defendido.

Como o senhor fortuna não apresentou mais nenhum argumento fico-me por aqui.
mas pronto a impedir que uns quantos -em nome de "desígnios nacionais"- façam fortuna à custa de gente otaria.

Até breve.

LR disse...

Caro Daniel, mesmo nas empresas - e falo apenas de sociedades anónimas com o capital minimamente disperso - que não são propriamente um modelo de práticas democráticas, nenhum conselho de administração tem competências para decidir sobre quaisquer tipos de investimento. A partir de um certo volume, tem de ser a Assembleia Geral de accionistas a pronunciar-se. Ou seja, embora tenham votado nos administradores, a confiança dos accionistas neles não é ilimitada nem lhes concedem total descricionaridade para decidirem da aplicação do seu dinheiro (et pour cause...).
Pela parte que te toca, presumo que tens confiança cega e dás carta branca ao conselho de administração do país. Amanhã, se eu montar um negócio, gostaria de te ter como meu accionista...

Anónimo disse...

Caro Luis Rocha,
eu fui candidato à assembleia da Republica pelo partido socialista numa lista que se submeteu a uma eleição e que se subordinou a um programa. Aliás dois programas, um nacional e resultante do forum novas fronteiras, e outro relativo ao distrito do Porto com o qual, em certa medida, estou convincentemente comprometido. Digo em certa medida porque como é evidente nunca é possivel toda a gente concordar com tudo e é necessario encontrar plataformas de entendimento.
Com o programa nacional estou igualmente comprometido embora encerre algumas questões que me suscitam duvidas, sendo que as principais, aquelas que me poderiam fazer não subscrever e portanto não participar, foram devidamente tratadas. Estou aqui a falar do aborto e da regionalização, por exemplo. Nos diversos dominios, o programa é um bom programa, como na saude, na ciencia, etc. etc.
Julgo que por aqui está tudo dito. Estou cnvincentemente comprometido com um programa eleitoral que foi sufragado e em relação ao qual não vejo nenhuma falta de legitimidade.

Anónimo disse...

Mas caro Luis Rocha,
a tua questão não é essa. A tua questão é a do cheque em branco.
E dizes "mesmo numa empresa...".
Ora a qustão está aqui. Para mim não é mesmo numa empresa, porque o estado não é uma empresa. Da mesma forma que o estado não é "como as nossas casas".
Eu bem sei que há uma cultura no teu partido, e quanto mais à direita mais evidente é essa cultura, que amiude estabelece esta relação. eventualmente pela origem dos seus quadros mais proeminentes, eventualmente porque decorre de aspectos doutrinários, mas eu gostava de te dizer que, do que nos separa, esse é um ponto fundamental.
Casas, empresas e estado são organizações, mas com principios de organização distintos, porque procuram valores distintos, e com objectivos igualmente distintos, o que implica necessáriamente métodos distintos. aparte a metafora, eu não passei um cheque em branco ao governo, eu passei um cheque preenchido. e sei bem como é que o preenchi. De tal maneira sei que quando o socrates se lembrou de ameaçar a assembleia com a aprovação do aborto sem referendo, a primeira coisa que fiz foi ensaiar um texto para vir a publico desvncular-me do meu comprometimento.

Anónimo disse...

Insisto, quando dizes "mesmo nas empresas", mesmo que não queiras estás a dizer uma falacia. Porque nas empresas o valor a obter é o lucro e, vá lá, a sustentabilidade da coisa para um futuro longo para permitir um lucro longo. Obviamente que se o principal valor, se não unico, a obter é o lucro, não pode nem deve, um conselho de administração, ter poderes que possam de alguma forma (leia-se para alem de certo volume) comprometer o valor a obter.
No caso do estado há muitos outros valores a obter e a preservar.
E cá estamos nós na discussão das perspectivas estritamente economicistas,ou não.
Comparativamente, no caso do estado, as questões que estão, como dizes "para além de certo montante" não saõ de natureza economica. Serão outras, de consciencia individual e coleciva, da paz e da guerra, de designio nacional, de soberania e modelo organizativo, da liberdade e da submissão, etc. etc.
Foi em relação a essas que eu não passei cheque nenhum.

Anónimo disse...

Agora, se achas que o investimento é de tal forma avultado que põe em causa algum dos valores que eu atrás referi (ex.absurdo precisarmos de declarar guerra a espanha para saquear os gajos para pagar o aeroporto ou o tgv), então talvez tenhas ai um bom argumento.
Ao contrário dos desse otário que para ai escreve, que são coisa nenhuma.
Eu nunca fiz contas sérias sobre o assunto, e por isso não posso dizer nada a esse respeito. E tambem por isso gostava muito de ouvir o Cravinho. Porque ele costuma ser sério nestas coisas embora depois fique com a fama negativa.

Anónimo disse...

Relativamente à vossa iniciativa, dos blasfemos e não só, que eu não subscrevo, eu tambem não a condeno. simplesmente não concordo e acho demagógica. Temos tantos referendo para fazer antes desse.
Temos a certeza que a republica está confortavelmente legitimada?
Alguma vez foi sufragada?
Era só um pequeno exemplo.
Um abraço

AM disse...

Ó Fortuna

Que posso dizer ????

Excelente

só isto

Excelente

AMNM