sexta-feira, janeiro 27, 2006

Sobre Porto-Gaia

Sobre Porto-Gaia, vou deixar umas notas muito simples:
1. Não se devia falar em Porto-Gaia, mas sim no desenho territorial de uma nova cidade. Sandim tem muito menos sentido que Matosinhos, São Mamede de Infesta, ou rio Tinto.

2. A cidade real do Porto já não é o Porto. O Mapa turístico do Porto não existe sem Gaia e já depende bastante de Matosinhos.

3. A vida quotidiana já não se faz sem interligar as cidades, repararam que a linha do Metro do Porto começou em Matosinhos. Alguém disse que não era o Metro do Porto, mas sim o de Matosinhos, Maia ou Gaia?

4. Como sabem, sou favorável a um novo desenho da cidade, pois acho que a área metropolitana não existe se não possuir uma cidade forte. Mas ela existe, só que chamam-lhe nomes diferentes e tem mais que um autarca a mandar.

5. A teoria da área metropolitana eleita é forte porque é a mesma ideia da grande cidade só que aumentada, mais na tradição das cidades americanas, herança do planeamento norte-americano do inicio do século XX. Frank Lloyd desenha a Broadacre city e escreve sobre a cidade do amanhã a pensar assim. A tradição europeia ( e eu gosto das tradições, porque elas são actuais, senão eram história e não tradição) é a das cidades, como sabem fruto da influencia das cidades estado.

6. Acho mesmo importante discutir o assunto, inclusive existirem eventos inter-partidários, porque não há duvida que é preciso fazer qualquer coisa e em breve. Para tal é sempre necessário uma comunhão de esforços à laia “Pacto de Regime”. Se tal se conseguisse era um feito e o inicio de um nova era na região.

3 comentários:

AM disse...

Caro Avelino

Só posso repetir o final do meu "post" sobre o assunto:

"O importante é que se vá discutindo
O importante é que pessoas de boa vontade se vão juntando para analisar e procurar soluções para os problemas que são de todos.

Desta vez foi iniciativa da JP e quase não vi lá ninguém (tirando uns dois ou três) que não estivesse ligado ao CDS/PP.

Poderiam e deveriam (ao menos para isso sirvam os tais três anos sem eleições) realizar-se debates e tertúlias regulares, com organização conjunta dos diversos partidos (mas sem claques) ou por iniciativa de algum jornal (ou da ACP) mas convidados de todos os partidos (e não só) para se começarem a debater seriamente os assuntos da cidade e da política em geral."

AMNM

Anónimo disse...

Claro Moreira,

Eu bem percebi, o objectivo é esse, e creio que se fará, porque esta gestão municipal serviu para assinalr o "ground zero" portuense, a partir de agora só podemos melhorar, infelizmente.

Antonio Almeida Felizes disse...

Caros Avelino/A Moreira

Continuamos a tentar encontrar formas de contornar o problema essencial - a regionalização.

Deixemo-nos de subterfúgios e de pseudo-soluções mais ou menos complexas e ambíguas. Tudo é muito simples, já está tudo inventado, testado e validado.

Assim:

1 - Analisar o actual modelo das autonomias regionais dos Açores e da Madeira e, com as devidas alterações, adaptá-lo ao território continental.

2 - Ao actual modelo das CCDR, atribuam-se competências nas áreas da saúde, educação, cultura, ambiente, Planeamento Urbano e Ordenamento do Território, licenciamento de certo tipo de actividades económicas e equipamentos colectivos, rede viária regional, infra-estruturas de abastecimento de água. Depois transformem-nas em governos regionais universalmente sufragados

A partir destas experiências, é preciso é passar à acção política concreta.


Cumprimentos,

Antonio Felizes