quinta-feira, maio 11, 2006

Salve os Touros dos Toureiros


Ao fim de 5 (curtos) anos, reabre, no próximo dia 18, uma sala de espectáculos que contribui em grande medida para a vergonha de ser português, o CAMPO PEQUENO.

Nessa sala de espectáculos vão recomeçar os espectáculos de tortura a animais, que alguns teimam em defender e outros em permitir, numa visão vergonhosa do que deve ser a defesa da cultura e da civilização.

NÃO

Tortura a animais não é tradição cultural que mereça defesa, é um crime, apesar de permitido pela nossa lei, e é uma vergonha para todos os homens ou mulheres que a apreciem ou sequer a aceitem acriticamente.

Não estou certo que seja com manifestações, mas do que estou certo é que não é utilizando os mecanismos “democráticos” nacionais, que, um dia, esta vergonha será, finalmente, erradicada.

Será, e já tarda, por imposição de outros poderes, de culturas mais civilizadas.

Vai-lhes valendo o peso da bárbara Espanha, que os defensores da civilização ainda hesitam (?) em afrontar, para adiar o fim de tal vergonha.

Antes que venham os argumentos do costume, recomendo aos que tanto parecem invejar a “sorte” dos touros, que se ponham LITERALMENTE no seu lugar.

António Moreira

7 comentários:

maloud disse...

E não esqueça o sul da França que também vai tendo as touradas, como parte integrante das festas locais. Arles e Nîmes fazem-nas nas arenas romanas. Nas férias passadas em St.Rémy de Pce, os cabeças de cartaz eram cavaleiros e forcados portugueses.

AM disse...

Caro Atento

Eu sei que o assunto é divisionista, mas tudo bem.
Ora eu, neste assunto, dificilmente poderia estar mais em desacordo consigo, por não conseguir encontrar qualquer sustentação em nenhum argumento "a favor".

Diz o Atento "até gosto de ver uma boa tourada"...

Peço desculpa pela minha rudeza, mas o Atento tem consciência que um animal SOFRE durante esse espectáculo!
O Atento tem consciência que o animal é espetado (torturado) com lanças, bandarilhas e sujeito a outros tipos de violências físicas (nomeadamente sendo-lhe quebrada a cauda, quando da "pega"!

Então o Atento era capaz de dizer, com a mesma desenvoltura "até gosto de ver uma boa sessão de tortura sobre um animal"?

Eu não sou capaz de compreender que alguém possa ter qualquer prazer em fazer sofrer um animal, ou mesmo em ver outrém fazer sofrer um animal.

Mais, estou certo que o Atento seria o género de pessoa capaz de intervir se visse algum humano (nem que fosse criança) a maltratar, por puro prazer, um cão gato ou outro animal.

Será que estou enganado?

O argumento da tradição, Atento, esse não colhe mesmo.

Não é por ser tradição que uma qualquer actividade deve ou não ser preservada, mas sim pela sua natureza específica.

Não vou insultá-lo com o infindável rol de exemplos que destroem qualquer teoria de "defesa de tradições", apenas lembrar-lhe que, em grande medida, o avanço civilizicional mais não é que o acabar com "certas" tradições (e ainda bem)

AM

AM disse...

Sobre este assunto recomendo vivamente a leitura do clássico "Sangre Y Arena" de VICENTE BLASCO IBANEZ , se possível na versão original em castelhano.

AM

AM disse...

Caro Atento

Obrigado pelo link para o artigo, cujo título não podia deixar dúvidas quanto ao sentido (o que aprecio), o que não tinha tirado antes, pelo link, era o nome da autora, que, sinceramente não aprecio.
Em minha opinião Helena Matos escreve muito melhor do que pensa (e nem por isso escreve assim tão bem ....).
Fiquei a saber que a senhora também gosta de tradições, e que, tal como tantos defensores das touradas, gosta de fugir para os lugares comuns, o tema da morte, a justificação da morte do animal pela nossa necessidade de alimentação, por glosar os comedores de peixe e não de carne, enfim, por tentar demonstrar que, bem espremidos, todos os que se opõe a essa barbárie, não passam de uns hipócritas.

Ora isso tudo está errado, isso tudo é demagogia, e demagogia da mais reles.

Eu gosto do meu bife bem alto e muito mal passado (sanglant...) e vou repartindo com a minha filhota que, como eu, adora a carne crua.
Não creio que haja alguma justificação "moral" para o facto de eu comer cadáveres, nem acho que tenha que haver.
Não acho que não seja "moralmente" condenável o facto de o homem comer outros animais, como não vejo qualquer imoralidade em qualquer animal carnívoro (ou omnívaro) comer outros animais.

O que não compreendo, nem sou capaz de aceitar, repito, é o prazer em fazer sofrer, ou em ver fazer sofrer.
Em transformar tortura em espetáculo.
Felizmente a civilização foi avançando a um ponto em que já é "socialmente" condenável admitir que se tem prazer em fazer sofrer outro homem (ou em assistir a tal espectáculo).
Confio que a civilização ainda possa avançar mais um pouco.

Quanto ao livro que recomendei:
Não é "contra" as touradas, é sim, tão bem escrito (pelo menos no original) que, almas mais sensíveis, não podem deixar de questionar...

AM

Anónimo disse...

Por um Campo Pequeno sem Touradas, livre de sofrimento, de sangue e tortura de animais.

Manifestação
18 Maio
20h00
Campo Pequeno

www.animal.org.pt

Help Us! Animals wordwilde disse...

A Catalunha ja aboliu as touradas. Foi um grande avanço nos direitos dos animais e sua defesa. Por isso esta tortura um dia vai acabar em Portugal.

Anónimo disse...

Oh, mais um ressabiado! Podem bufar quanto quiserem, as touradas não se acabam tão depressa...