Num país que sempre deseja heróis miticos, rápidos, resplandecentes e fulminantes, vemos o exemplo menos português de todos - uma catraia de Rio Maior ganhar uma medalha.
Lembro-me de que nos ultimos Jogos Olimpicos ela era uma das dirigentes dos atletas, fazia as boas-vindas e o trabalho voluntário que reside no espirito olimpico. Nunca foi dada como a salvadora das missões de atletismo, mas sempre foi capaz. Fez carreira, transmitiu conhecimento, ajudou outros, agradeceu a todos.
É o exemplo para um país que quer receitas rápidas, ainda que dolorosas, para sucesso imediato. É preciso saber esperar, sofrer, aguentar a fantástica fama dos outros para fazer vêr a todos que sempre se vale qualquer coisa mais.
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