domingo, julho 31, 2005

um, dois,...três!



Em poucos dias, Rui Rio caiu vertiginosamente do patamar onde o ???puseram???. Um degrau para baixo, dois degraus para baixo, e três degraus para baixo. Ele foi o Bolhão (incompetência), ele foi o afastamento do Vereador Morais (estranhas influências), e foi a reacção ao fecho do Comércio ( arrogancia e insensibilidade). Assim, tão depressinha se revela a face de quem manifestamente não serve para presidente da CM Porto.

OTA (outros transportes (h)averá)

...bem como outros investimentos, a que dar prioridade (que tal o Metro do Porto). Façam-se os estudos a sério e já!
Existem duas possibilidades, ou queremos um HUB aéreo efectivo e teremos que vir a fazer a OTA para termos a minima chance (e atenção que é mesmo minima), ou dispensamos o hub e encaramos o transporte aéreo como aquilo que já hoje ele é, e apenas tratamos de o melhorar (ai a OTA não serve para nada). Podemos sempre fazer um HUB maritimo que talvez venha a ser mais rentável e conseguido.


TGV (todos gramam viajar)

...a grande velocidade, e o ALFA PENDULAR não dá quase nada. Faça-se o TGV!



Há sempre alguem que resiste.......e alegre!

Portugal tambem é meu (1)

Situação

Renovação

O sede, como todos sabem, tem um cariz partidário. Essencialmente pela presença de alguns militantes. Assim o que vou dizer comprome-te-me a mim.
Já reflecti e não encontro razões para continuarmos com esta conversa da OTA e do TGV. Claramente são dois projectos que não benefeciam ninguém, nem nós, nem os espanhois.
É continuar na estratatégia da casmurrice.
Também não entendo como podemos falar de TVG para a Galiza (porque para Lisboa não interessa, quando nem sequer uma boa linha de comboio temos.
Este governo faz lembrar alguns clubes de futebol que vão trocando de treinadores, de jogadores, simplesmente porque se esquecem de traçar metas seguras e acessiveis.
Outra nota para falar do Porto, do Porto concelho, do Porto cidade, do que quer que seja. Sinceramente começa a ser um problema geracional, politico e geracional. É preciso novo rumo e novas energias . Acabou o Salgueiros, acabou o Comércio do porto, acabou a NTV, acabou o comércio tradicional, acabou a baixa, e até falam em fechar o Bolhão.
Qualquer dia acabou o orgulho portuense, regional de mil anos, porque meia duzias de bada mecos não tem força para indireitar isto. E nesse dia sentados numa qualquer zona industrial dos arrebaldes, num escritório de uma cidade limitrofe, descobrem que a caminho da ota já não há cidade. Existem umas casitas com velhotes lá dentro. Umas loja de quinquilharias que ninguém compra e uns bares ao pé do Rio ( o tal que apesar da seca esse sim não parará). A Câmara deixa de ter fila no urbanismo porque ele já não está por ali, substituido pelo pelouro da 3ª idade.
Nem corridas, nem clube, nem tunel, nem S.joão, nem Ribeira são o que já foram. E tenham coragem para reconhecer isso e para perceber que o Porto está a caminhar para o ponto sem retorno, o momento plástico, onde o elástico estica e já não recupera a forma original.
E à frente dos destino alguém responderá com o seu habitual sorriso sarcástcio: PACIÊNCIA!
Morre Dantas, morre!

Nem a net!

Não é possível encontrar a página
É possível que a página que procura tenha sido removida, o seu nome tenha sido alterado ou não esteja temporariamente disponível.
Experimente o seguinte:
Se tiver escrito o endereço da página na barra 'Endereço', certifique-se de que este está escrito correctamente.
Abra a
www.ocomerciodoporto.pt home page e, em seguida, procure as hiperligações que dão acesso às informações pretendidas.
Clique no botão
Retroceder para tentar outra hiperligação.
Clique em
Procurar para procurar informações na Internet.
HTTP 404 - O ficheiro não foi encontrado Internet Explorer

sábado, julho 30, 2005

Até Breve

Pedro Baptista

O que há a dizer é simples. O Porto, todo o Norte, não podem deixar morrer o seu “Comércio”.
Não é pelo título, por ser o decano do continente, por ser o jornal que, todos os fins de tarde, chegava a casa debaixo do braço de meu pai. Essas coisas de um título nascem, vivem e depois morrem quando não têm mais lugar na história, como há-de acontecer a cada um de nós quando nos acabar o tempo.
Não é pelo título, nem pelo saudosismo, é pelo projecto, é pelo futuro! Por ser o jornal que o Porto e Norte precisam para se conhecerem, para fazerem circular entre si a informação, a análise, o estudo e a opinião sobre os problemas concretos e específicos da região, onde se concatenam as vontades e se forja a coesão de uma região na afirmação nacional! Em lugar de serem uma colunazeca marginal dos jornais feitos ou dirigidos pela capital para quem o Porto, e falamos no sentido da grande região, é sempre secundário, é sempre dos “gajos de lá cima”!
É como projecto para o futuro, com o projecto concreto que se iniciou há pouco tempo, que o “Comércio” não pode estar muitos dias fechados. Enquanto o melhor jornal do Porto que já era, de longe, no que diz respeito aos assuntos do Porto, em matéria de informação! Se não vingou, foi porque não teve investidores conscientes das realidades e da necessidade de investirem na promoção, o que teria permitido que o jornal, já hoje, ou dentro de pouquíssimo tempo, fosse rendável e lucrativo. O Porto, a sociedade civil, os empresários, o mundo institucional autárquico, seja quem for, um ou muitos, sozinhos ou associados, têm de mexer-se e tomar a iniciativa de retomar o projecto agora interrompido.
Se não formos capazes de aguentar e promover o “Comércio” seremos capazes de quê? Como poderemos falar de nos afirmarmos? Que mereceremos?
E a Câmara Municipal do Porto, principal responsável por estes quatros de depressão geral do Porto, diz o quê? Deve dizer que está satisfeita, por haver uma voz que ninguém conseguia controlar que se cala. Não é verdade Dr. Rio?
É deste “prenúncio de morte” que temos de sair depressa. Até breve “Comércio”!

sexta-feira, julho 29, 2005

Finalmente as listas







Ontem dois tentavam (des)fazer as listas!

Abaixo os mercados

Rio quer fazer disto....




antes isto....


Cordão humano!

Hoje vão fazer um cordão humano em volta do Bolhão pelas 19:30h. Tenho algum gosto em vêr como o populismo que Rui Rio usou em Ceuta se vire agora contra ele! É que desta vez não se pode queixar de ninguém, a não ser claro.... do Paulo Morais.


Orgulhosamente sós!

Existe um rumo para a cidade? Existe um rumo para o País?

Hoje discute-se a Ota, o tgv, como ontem se falava do Euro 2004. Pensa-se que existe sempre uma luz lá longe que se a alcançarmos estaremos em terra firme. Não é verdade. Se paramos veremos os pés a enterrarem-se.
Isto aplica-se a Portugal e também ao Porto. Se relativamente à nação eu sou daqueles que acham que deveriamos re-equacionar a nossa divisão administrativa, mas também a forma como encaramos Espanha, relativamente à cidade diria exactamente o mesmo, só que com muito mais urgência.
Ou seja a Galiza caminha sem coordenar com o norte português e a Espanha faz o mesmo relativamente ao nossos quilometros quadrados.
Assim no canto da Europa para se chegar aqui, atravessa-se um Pais com mão de obra mais qualificada, preços mais competitivos, gasolina mais barata, impostos menos pesados, melhor qualidade de vida, menos deficit, mais empresas, melhor internacionalização e uma lingua parecida. Até no Futebol não nos ficam atrás.
Na Galiza, idem,idem, aspas aspas.
Então existe qualquer coisa aqui que não compreendo, ou afinal está bem vincado ainda o tema do século XX do, Orgulhosamente sós?

Sessenta / Setenta



A cadeira do Poder é mesmo assim, Se Senta, Se tenta a ficar lá por muito tempo.

quinta-feira, julho 28, 2005

Unir o que está disperso

Este bem poderia ser o grande o objectivo da candidatura de Guilherme Pinto a Matosinhos.
É certo que esta é uma frase mais recheada de hermetismo do esquadro e compasso, mas após a decisão da Direcção Nacional é hora de unir esforços e potenciar uma candidatura ganhadora, permitindo e capacitando matosinhos para mais quatro de governação à esquerda, por muito que isto doa a outras esquerdas.
Um pacto de valor e consideração são necessários em nome de um comjunto de políticas que já fizeram hsitória, não só no cobncelho mas em Portugal.
O PSD, com certeza, esperava, mais um bocadinho, a divisão, felizmente ninguém lhes ofereceu esse espectro, agora é tocar a reunir, ou melhor, umir o que está disperso.

Joaquim Paulo Silva, Livre Pensador e Militante Socialista

Cientistas no jornal

Até que enfim que embora diferentes conseguimos unir esforços e ter projectos conjuntos! É que existe uma característica que é fundamental em ambas as actividades e que nos une: Uma imensa curiosidade!

É um programa de estágios profissionais de curta duração (12 semanas) patrocinado pelo jornal PÚBLICO (financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia) e destinado a investigadores profissionais: “Cientistas na Redacção”. Os bolseiros receberão uma bolsa de 1500 euros mensais brutos.
O objectivo do jornal é ter 4 cientistas por ano na sua redacção. Vai ser coordenado por António Granado, a selecção dos candidatos vai ser feita por um júri de cientistas e jornalistas de ciência experimentados. Espera-se que este programa melhore o contacto entre as duas actividades, já que saber comunicar bem ciência é uma das actividades que requer mais experiência na nossa prática profissional.

Candidatos
Exige-se o grau de doutor ou a situação de doutorando, em regime de exclusividade durante o período de estágio.
A candidatura é feita através de uma ficha de inscrição, duas cartas de recomendação e um texto de 3000 caracteres ou menos expondo as razões da candidatura.
- Currículo científico
- Motivação
- Competências comunicacionais e relacionais
- Vínculo a uma instituição universitária ou de investigação
- Experiência de divulgação ou comunicação de ciência
- Objectivos profissionais relacionados com a divulgação ou comunicação de ciência
- Cultura geral e interesse pela actualidade
- Conhecimento de línguas

O processo de selecção passa pela avaliação da candidatura e entrevista. O júri é constituído pelo coordenador do programa e pelos jornalistas: Clara Barata e José Vítor Malheiros, e dois cientistas: Carlos Fiolhais (ou não estaríamos no ano da física) e João Caraça (Director do Serviço de Ciência da Fundação Calouste Gulbenkian). Na edição de 2005/2006 serão seleccionados 5 candidatos. Prazo de candidaturas até dia 28 de Agosto de 2005, e anúncio público dos seleccionados será feito a 20 de Setembro de 2005.

http://cientistas.publico.pt

Raquel Seruca

Google!

Pois é, enquanto o Status Quo se vai entretendo a escolher o melhor velhinho para Presidente da Républica e, ao que consta, a renovação nas listas autárquicas anda na casa dos sessenta / setenta (Terá sido essa a razão do afastamento de Paulo Morais? Será que Rui Rio o acha muito novo?) o google brinda-nos com mais uma magnifica ferramenta para o Sec. XXI. Earth Google num computador perto de si. Formidável.

Água



António Guterres, com a sua capacidade de visão e inteligencia invulgares, sabia bem o que fazia quando fez questão de ser ele a construir e inaugurar o alqueva.
Aquilo que se previa já ai está, o ouro negro do novo milénio...

Impressões

É fundamental sermos pares da Galiza.




Basta fazer uma pequena visita a um dos laboratórios de investigação na minha área de investigação em Santiago para NUNCA mais termos dúvidas que a nossa possibilidade de competir na Europa pode passar por alianças claras, tranquilas e fortes com a Galiza. Não apenas porque falamos uma língua que praticamente não se distingue, não apenas porque somos populações que não se distinguem do ponto de vista genético, mas porque temos claramente (pelo menos na minha área profissional) competências complementares.
O Governo Central Espanhol apostou na tecnologia, e ao apostar nisso apostou na competência técnica, na simplificação de métodos, na brevidade da resposta, na competitividade do mercado. Numa aposta clara na inovação. Mas a ciência não passa apenas pela capacidade de abordar tecnicamente um problema, passa pela identificação do próprio problema, e na capacidade científica de o resolver. O Governo Central Português apostou na formação, apostou em programas MUITO BONS doutorais, na formação de imensos novos doutorados e mestres, muitas vezes sem grande perspectiva de terem em Portugal emprego científico. Eu que sou ABSOLUTAMENTE a favor da mobilidade (por imensos motivos) porque nos tornamos adaptáveis, porque melhoramos, porque quebramos e criamos novos laços, porque crescemos, que tal reinventarmos uma mobilidade transfronteiriça (de importação e exportação) de valores complementares. Assim como assim só assim ambos sobreviveremos. Ou rapidamente aprendemos, ou ficaremos para trás para sempre!

Raquel Seruca

Diz-se por ai...

...que o Estado tem muito peso na economia. Peso que muito dificilmente conseguiremos suportar.

Tanta fruta...

...e tão pouco sumo.



Palmira Macedo desistiu. Blá, blá, blá.....

Intrigante

O que é que se passa com este blogue que anda tão silêncioso, tão intrigante?

segunda-feira, julho 25, 2005

Há que dize-lo com frontalidade...

As investidas generalizadas contra a candidatura de Soares, com a tónica na sua já muita idade, tem graça. A do Eusébio de volta à selecção então, está excelente...
Mas vejamos bem as coisas, isto não pode surpreender ninguém, e a mim então, não me surpreende mesmo nada. Como aqui me tenho fartado de escrever e reclamar, o poder neste pais desvaloriza completamente as novas gerações, continuando a ser dominado pela que dele tomou conta há trinta anos. Conseguiram secar por completo as gerações mais novas por forma a perpetuarem-se eternamente. Lamentavelmente, porque isto é um sinal da caducidade de um regime que todos nos devíamos preocupar em preservar, mas em relação ao qual apenas se pode esperar a ruptura. Porque assim é em todos os sistemas que não tem a capacidade de se regenerar a si próprios.
É muito triste que as nossas actuais referências politicas sejam precisamente as mesmas de há dez, de há vinte, e de há trinta anos, como são os supostos candidatos à Presidência da Republica, isto é, Soares, Cavaco, Freitas, Alegre, and so on!
Ainda assim, se há lugar na hierarquia do estado, onde é mais aceitável e menos determinante o factor “idade”, é precisamente a Presidência da Republica. Nesse sentido, e face ao panorama a que vínhamos assistindo, Soares é de facto uma “lufada de ar fresco”, e de muitas formas preferível a Cavaco Silva.

Presidente da Juventude

Ao contrário dos que pintam tratar-se de um recurso, Soares é o primeiro candidato do PS, tudo o resto foram desejos pessoais ou de grupúsculos. E o candidato natural de quase todo o centro e da esquerda. Naturalmente.
O contra-argumento da idade é que é um argumento de recurso, ilegítimo e ad hominem.
Além de que, o economista salvador está ferido de asa por duas razões: porque ninguém se esquece de para onde Cavaco levou a economia portuguesa no segundo mandato, senão não teria perdido; e porque é consabido e está definitivo que ele é o pai do défice com a irresponsabilidade e incompetência na gestão das contas públicas durante o segundo mandato, conforme demonstra o dr. Miguel Cadilhe.
Soares vai ganhar. Até porque não tem anti-corpos à esquerda nem ao centro e recebe apoios não dispiciendos no próprio PSD. E Cavaco ao namorar a esquerda e o centro, sacudindo o PSD, e ajudando. por exemplo, a fazer cair Santana Lopes e a provocar aas eleiç~ioes antecipadas que derem a "absoluta" ao PS, ganhou mais do que anti-corpos.
Soares não será o salvador que pereceu em Alcacér-Quibir, até porque esse pobre diabo chamado Sebastião não salvaria ninguém como nem a ele próprio se salvou. Não será o homem que nos trás a Ideia talvez necessária para um rumo. Mas é de longe o melhor maestro para todos nós chegarmos lá, com a tolerância e a democracia garantidas.
Belém é um lugar de política e de cultura, onde o prestígio e peso internacional é incisivo e decisivo. Aí ninguém como Soares.
Aliás ninguém como Soares para equacionar, debater e compreender os problemas mais novéis do mundo dos nossos dias. Só quem não tiver lido as suas últimas coisas, por exemplo o debate com o Sérgio Sousa Pinto que foi apresentado pelo Miguel Veiga e pelo Manel Alegre, ou não seguir as suas crónicas no "Comércio" ou as participações na "SIC Notícias" é que não o vê.
Não há bebericos sobre as presidenciais?
Pedro Baptista

domingo, julho 24, 2005

O mais jovem Presidente

Afinal qual é o defeito ou crime de ser idoso? Por que há-de o Ocidente marginalizar os mais idosos, sendo exactamente os mais idosos os que mais o fazem? Na verdade, só uma sociedade reduzida aos (des) valores do consumo publicitados pelas símbólicas de criação de necessidades (estas vindas da obcecação desfreada por reproduzir capital) pode ser tão pobre na sua pujança material epidérmica que não perceba o que é a idade da sabedoria (que o Oriente compreende).

A idade é o único handicap político da eleição de Mário Soares, de longe, por ser a mais sábia, a personalidade que o país mais precisa em Belém. Mas, falando de aspectos físicos, o cadaverismo fisionómico de Cavaco não será mais "velho" que as bochechas, que continuam bonacheironas, de Soares? E da mesma forma que Eugénio de Andrade afirmava ser muito mais jovem que Pacheco Pereira, não será Soares muito mais jovem do que Cavaco?

É verdade que Soares troca milhares por milhões tanto ao falar de contos como de mortos. Mas trocou sempre, não foi nos últimos anos e, por isso, que tem uma "gaffe"? Pior é Cavaco com a conversa do "Monstro", ter sido afinal o seu criador, tal como Mary Shelley criou Frankenstein ou Bram Stoker o sanguinolento Conde? Se houver dúvidas pergunte-se ao Dr. Miguel Cadilhe que ele reiterá o que já afirmou sobre a criação do défice por parte do nosso Sistema retributivo criado por Cavaco. Que por outro lado, génio do economismo, deixou-nos com a economia de rastos, de tanga (como diria Monsieur Barroso na tanga).

Portanto, tendo Soares o handicap da idade mas sendo o que é - um dos portugueses mais cultos e, na política, o português mais sábio - e Cavaco um handicap no único trunfo que tinha - o de fiscal da economia portuguesa - a vitória de uma grande democrata está ao alcance do país.

Pensamos, de resto, que este Soares ainda é mais do que foi, pois os últimos anos de livre reflexão fizeram-no evoluir ainda mais como uma voz avisada desta modernidade, intitulada pós-modernidade. Dir-se-ia neo-modernidade se não fosse redundância pleonástica.

Pelo que vemos, Soares é o mais jovem político português. O próximo presidente!

Notícias notícias

Pedro Baptista

Será o Bolhão mais uma jogada eleitoral de Rui Rio para arranjar palco a menos de três meses das eleições? Pela utilização da tragédia de Entre-os-Rios como cobertura a uma decisão que ele próprio classifica de "política", dizendo que quer fechar o mercado para evitar um acontecimento semelhante, parece que sim. Por outro lado, se arranja palco, agindo como age, só para se enterrar. Não há um acontecimento de que Rio faça uma leitura serena, em tudo vê fantasmas, para tudo age com exaltação, exagero, fundamentalismo. No Túnel de Ceuta vê a perseguição da ministra do governo do PS, fazendo o mesmo que a do Governo do PSD-PP, em St. Catarina vê bombistas à solta, e no Bolhão, em vez de uma solução que garanta a segurança com obras, mantenha a capacidade de trabalho dos comerciantes e o abastecimento do público, vem com intimações a dar uns poucos dias às pessoas para pegarem nos tarecos e andarem. O que tudo isto esconde é: por um lado o desleixo da Câmara porque 4 anos não são 4 dias e se antes, no tempo da Câmara do PS, o assunto não foi resolvido, ficou um projecto para executar quando houvesse condições financeiras; por outro lado, Rio tomou decisões, uma delas foi não pegar no projecto que lhe deixaram e cuja execução se tornava urgente com as informações de degradação progressiva do edifício, tudo para entregar o mercado à SRU num processo com contornos nebulosos. Ainda mais porque o Dr. Rio, que gosta de se fazer passar pelo campeão da honestidade, mais uma vez se recusa a ter uma actuação transparente, a mostrar o relatório aos vereadores e a dizer o que pretende fazer dali, sabendo-se como se sabe dos inúmeros interesses de abutres imobiliários que pairam à volta do Bolhão. Como continua sem dizer qual o custo das corridas. O custo mesmo, incluindo as obras para fazer a pista, não a tanga. Certamente muito mais do que o necessário para as obras de manutenção do Bolhão. Em qualquer caso, quem é honesto, por que não será transparente? Mas olhando o país, grandes notícias são duas peças nas manchetes e ecrãs. Notícias notícias e, para muita gente, no mínimo, de embasbacar. No mesmo telejornal, a primeira, foi que afinal não houve arrastão nenhum no dia 10 de Junho nas praias afins à capital! Já se sabia, há uns dias, dos resultados da investigação conduzidos por essa grande figura do jornalismo português e da luta pela liberdade de nome Diana Andringa, mas só agora deixaram saltar a bronca para o grande público. A polícia admite que possa ter havido uns poucos concertados a fazerem um assalto, mas tudo o resto, ou seja o arrastão, não passou de centenas de cidadãos a fugirem da intervenção policial que tinha ocorrido por causa de uma rixa ou coisa que o valha. Mas o comandante distrital disse também que, pelo fim da tarde, tentou desmentir os relatos que os media se preparavam para fazer, mas ninguém o quis ouvir. E quando se vêem agora ilustres jornalistas a comentarem sobretudo a actuação da polícia, estão a tentar esconder que o mais interessante será comentar a actuação vergonhosa dos jornalistas, repórteres, editores e directores, que quiseram arranjar uma notícia de manchete a todo o custo e ai de quem lhe quisesse tirar aquele pãozinho da boca. Porque tinham o dever de relatar não de ouvir dizer bocas foleiras, mas ocorrências mini8mamente confirmadas ou com um mínimo de plausibilidade. Só que é este o ambiente dos media em Portugal. É preciso dizê-lo. Se o politicamente correcto é a actuação degradante do carreirista político, o jornalisticamente correcto não é melhor e é a actuação degradante do que troca a busca da verdade consignada no seu dever profissional, que os cidadãos defendem e admiram, pelas festinhas que o dono faz ao rafeiro por bem lhe ser vir os interesses mais inconfessáveis. À custa da poluição do espaço público mediatizado com as mais perigosas toxinas mentais. E nem nos referimos à mais que provável origem fascistóide da tramóia, em data a preceito e com o método tradicional do boato, pois para quem for ver, por exemplo, na Net, os comentário à notícia do "Correio da Manhã", percebe que eles estão lá todos a tentarem fomentar o medo em que se baseia o racismo quando, como dizia há dias alguém, deviam ter medo era deles próprios. A segunda bronca não é melhor: foi que de acordo com duas organizações inglesas independentes, já foram assassinados no Iraque 25 mil civis, metade dos quais, pelo menos, no acto da invasão pelos heróicos anglo-americanos que, como todos se recordam, não foram lá para assaltar o petróleo, mas para livrar o mundo das armas de destruição maciça de Sadam Hussein, armas que, como se sabe, depois de encontradas, passaram a navegar no intestino grosso do Sr. Bush e do Sr. Blair! Até temos, desde há muito, números muito mais aterradores dos assassínios a civis indefesos infligidos durante a invasão, dados provenientes de organizações independentes norte-americanas. Temos nós, como teve toda a gente, sobretudo nos media. E tinha sempre toda a gente desde que com dois dedos de testa e só um dedo de honestidade. Pois foi sempre evidentíssimo, que não poderia ser de outra maneira, em particular com o crime hediondo que foram os bombardeamentos colossais de Bagadade. Como foi possível os media portugueses, alguns dos quais se apresentam como de referência, estribados nalgumas eminências da (quinta-) coluna, terem sido cúmplices, pelo seu silêncio, da mistificação duma actuação criminosa e hedionda como foi a anglo-americana sobre os muitos milhares de civis inocentes iraquianos? E não são os media em geral, não venham com o sistema! São todos em conjunto e cada um individualmente. É uma vergonha que o jornalista, seja estagiário, repórter, editor, fotógrafo, director ou colunista, compactue com este tipo de mistificações, pois ao fazê-lo está a compactuar com o pior que tem em si e a degradar irremediavelmente aquilo que poderia fazer dele um cidadão responsável e um profissional essencial para a democracia: a sua consciência livre.
( in "Comércio do Porto", 22 de Julho 2005)










sábado, julho 23, 2005

Antecipação

Na senda da táctica de Jorge Sampaio, Manuel Alegre avança disponibilizando-se para ser candidato.
Sinceramente não acho que seja a melhor escolha do PS.


sexta-feira, julho 22, 2005

route 22?

Confesso quee tenho medo dos ministros das finanças, sempre que entra um, lá sobe o buraco do cinto. se o próximo se lembra de qualquer coisa deste género:

22%

juro que volto a imigrar!

A saga do tunel

Continua a nossa saga com o tunel.
RUi RIo não desiste, e agora via abrir outra vez durante umas horas.
Sinceramente já é insustentavel esta palermada. Se não se resolvem os problemas da cidade, então que meta a demagogia no bolso.

quarta-feira, julho 20, 2005

Parabéns e Bom Trabalho!


É com imenso agrado que vemos o nome de Teresa Lago (cientista do Porto) nomeada pela Comissão Europeia como membro fundador do Conselho Executivo do Conselho Europeu de Investigação, dentro de inúmeros cientistas europeus. Este conselho executivo é responsável pelo financiamento da investigação básica no âmbito do 7º Programa- Quadro (2007-2013). A Professora Teresa Lago é uma das 22 pessoas que será responsável por definir a estratégia científica do Conselho Europeu de Investigação. Este comité foi seleccionado por uma equipa de cientistas independentes e que asseguram que as "regras do jogo" sejam transparentes e baseadas em critérios de excelência. São ou não são as gentes do Porto um orgulho? Parabéns e bom trabalho.

Raquel Seruca

terça-feira, julho 19, 2005

Divulgação!

Como sabem dia 24 de Julho há manifestação contra as touradas na Póvoa
do Varzim. É organizada pela ANIMAL e PETA, especificamente contra a
Tourada da Casa de Pessoal da RTP Norte. Desta vez o mote é "Eu prefiro
ir à Praia a ir à Tourada!"
Ora como a Póvoa não fica muito longe do Porto, /_o GAIA vai realizar
mais uma actividade de intervenção ambiental, pedalando para lá de
bicicleta._/
É apenas um passeio de bicicleta até ao local, já que chegando à Póvoa,
prenderemos as bicicletas e juntaremos-nos aos outros manifestantes.
Tod@s são bem-vindos a este passeio, miúdos e graúdos, com prática ou
sem ela. Mesmo que não tenhas bicicleta, pode ser que alguém te possa
emprestar uma!!
Partiremos ás 9h30m da marginal da praia de Matosinhos em frente ao bar
"Lais de Guia" para por volta das 12h00 estarmos na Póvoa do Varzim.
Como a manifestação começará ás 15h, ainda dá tempo para almoçar. Depois
da manifestação o GAIA vai reunir, talvez numa praia; por isso podes (e
deves) juntar-te a nós para ficarmos tod@s com aquela sensação de que é
possível fazer muito para transformar um bocadinho o Mundo. Contamos estar de volta ao Porto por volta das 20h (contando com a
reunião do GAIA).
O percurso é de dificuldade média, e quase sempre á beira mar,
perfazendo um total de 60 km (ida e volta). Podem ver o mapa em
http://www.pegada.net/gaia/porto-povoa.htm
/_O que trazer?_/
Farnel (para almoço, lanche e pausas), água, fato-de-banho e toalha,
capacete, aloquete para a bicicleta...
/
Qualquer dúvida ou se quiseres apanhar-nos a meio do percurso envia
e-mail ou telefona para a Diana (utupiar@netcabo.pt
<mailto:utupiar@netcabo.pt>; 937267541) ou Pedro (934476236)
P.S. /**Quem quiser ir à manifestação mas não quer ir de bicicleta por
favor contacte a Vera (vera.m@sapo.pt <mailto:vera.m@sapo.pt>) para se
formar grupo.*

segunda-feira, julho 18, 2005

O sentido critico de TAF

O Tiago Azevedo Fernandes aprecia um especial sentido critico sobre o que se passa na cidade. Por respeito à opinião que tem e à forma como auxilia o debate, acho importante dizer-lhe que me parece excessivo a forma como se tem guindado o Arqº Pulido Valente a figura maior da queixa urbanística do Porto.
Aconselho o Tiago a conhecer, além do bom, alguma das coisas menos boas que o Pulido Valente se tem permitido fazer nalguns pontos da cidade. Não me parece que o seu estilo, duro e corajoso chegue para dizer que é mais honesto que a maioria, ou mais defensor dos direitos de cidadania que muitos dos que todos os dias dedicam o seu trabalho à construção de um espaço cívico.
Eu não gosto especialmente do Projecto da Alameda 25 de Abril. Acho que aquilo é uma promoção imobiliária ao serviço dos herdeiros do Conde Ferreira. Estou à vontade porque conheço o projecto onde ele experimentou essa solução em Esmoriz. E também estou à vontade porque nos meus tempos de estudante trabalhei com o Jorge no desenvolvimento do plano de pormenor da 25 de Abril.
Sinceramente, não acho que seja justo atacar todos os meus colegas só porque trabalham numa câmara. Imputar-lhes de forma muito mais do que insinuada o carimbo de corrupção.
Eu também acho menos sério construir loteamentos na Foz à custa de aprovações tácitas, ainda que lhe assistam razões para reclamar dos prazos e da burocracia. Mas não é exemplo. Não foi exemplo como tratou colegas sérios como o Gino (só para dar um exemplo).
O Pulido Valente deu jeito ao RUI RIO para contestar o PDM do Porto, dizem que foi dele que partiram aquelas propostas de alteração (dele e do José Oliveira). Agora em eleições volta a dar jeito.
Enfim, é a minha opinião! Acho até que o Pulido tem boas obras, bons desenhos, mas não é dono da razão, e acho que esse sectarismo em torno de uma figura que gosta de se vestir de polémico não credibiliza a “baixa”.

O amigo Morais

O blasfémias vêm fazer a apologia do Paulo Morais! Já sabemos da proximidade de um com outros, no entanto, eles faziam bem em explicar (porque até sabem), qual a razão do actual vice-presidente estar fora da próxima lista de Rui Rio.
Por outro lado, defender o Porto Feliz é sinal de ignorância. Tenho feito o seguinte: sempre que estaciono o carro e encontro um arrumador, pergunto-lhe pelo Porto Feliz, e já varias vezes lhe ouvi a mesma resposta - "prefiro o Cat, não gosto daquilo. Estive lá e sai."


Depois, até gostava de vêr os comentários à propalda intenção de Rio em colocar Morais como candidato em Viana e /ou Vice em Valongo.

Ou serão só invenções socialistas? É que a Assis até dava jeito a continuidade deste mal-amado nas listas, sempre tira uns votos ao adversário (seja lá porque razões o amorim acha que sejam).

(ao)

Assis na frente!

Das principais candidaturas autárquicas, Francisco Assis é aquele que melhor se encontra na internet.

De Rui Rio, nem sinal! Nem aqui, nem ali, só mesmo aqui

Em Lisboa prepara-se o site de carmona e da candidatura de carrilho, mas para já só o seu site pessoal.

O Porto Socialista à frente!

O blogue do Assis está em funcionamento

O Portugal que eu AMO!

Este Sábado fui a um mega casamento de uns mega amigos meus.
Por volta das três da manhã começaram a sair os primeiros convidados. Pouco depois, esses mesmos que sairam estavam a ligar dos respectivos telemóveis a avisar que o local estava rodeado de operações STOP, para que quem tivesse ultrapassado a medida dos dois copos de vinho, meio whisky, coisa e tal, não fosse guiar (como se fosse preciso dizer).
Pois querem saber o que sucedeu? A festa como que recomeçou e foi até às seis da manhã, noivos incluidos. O slogan era "eles desistem primeiro que nós".
Há muitos, muitos anos, já faziamos isto aos imperadores romanos, lembram-se?

domingo, julho 17, 2005

Encontrei uns amigos do PSD e prometi-lhes...

... oferecer em DVD um grande clássico Disney:

The Hare and the Tortoise

The Tortoise and the Hare (1934)
Directed by
Wilfred Jackson

Writing credits
(more)



Genre: Animation / Short / Comedy / Family (more)

Plot Summary: Max Hare and Toby Tortoise are having a foot race. Max has much more style, and is generally cocky. He pauses for a short nap... (more)











Foram vistos na Campanha de Assis

Sábado, mais uma vez, pudemos observar que Matosinhos continua a apaixonar as conversas informais. Presentes, Narciso Miranda e MAnuel Seabra, sendo o primeiro bastante saudade pela tomada de posição ultima. Confidenciava-nos, "agora é que dizem que sou o maior"!

Por outro lado, constata-se que a candidatura de Gulherme Pinto está longe do consenso - é pena, seria importante o PS manter uma autarquia que quer gostem quer não gostem tem um especial cunho socialista e faz conviver transversalmente uma diversidade interessante de população.

De Leça a MAtosinhos Sul, da zona piscatória até às misturas de Lavra, das coperativas da Senhora da Hora, até S.Mamede de Infesta.

Presidente do Porto pede encarecidamente

... a José Socrates para não decidir sobre o Metro. Imaginem se os papeis se invertessem! Imaginem que alguém pedia alguma coisa ao Rui. Ia logo acelerar o processo. Imaginem como deve ter sido em Ceuta,ou no S.João com o Metro, a atenção tida para reflectir.

ISTO É, EM QUALQUER SÍTIO DO MUNDO, FALTA DE HONESTIDADE!

No fim de semana

Bruno Carvalho disse que era benfiquista e que sendo assim estava à vontade para dizer o quanto estranhava a relação da CMP com o seu maior clube.
Pedro Bacelar, participante do SEDE, quando este era fórum, assinalou que afinal, depois de tanta luta que a coligação de direita e extrema esquerda da CMP teve, para separar a gestão autárquica do desporto, a grande obra do mandato é um evento desportivo.
Ou seja, com o Automóvel Clube já não há promiscuidade.

sábado, julho 16, 2005

a animação do blogue

O Forumsede pede a compreensão dos seus leitores, mas na verdade os seus dois abastecedores estão em trabalhos que lhes impedem de fornecer o normal contributo, ele é além do trabalho, as mudanças de casa, os compromissos academicos para entregar antes de férias.
Para a semana estaremos no percurso normal. Até lá um abraço e continuem por aí.

Hoje às 18

É apresentado o candidato à Presidência da Assembleia Municipal e o Mandatário da candidatura de Assis.
O nosso amigo Pedro Bacela r de vasconcelos terá uma merecidissima batalha pela frente, daquelas em que lhe dará grande gosto combater.
Um grande nome para liderar a Assembleia.



quinta-feira, julho 14, 2005

PS devolve o caixão que lhe encomendaram

O PS concluiu que ainda não morreu, portanto devolve o caixão que lhe encomendaram e recomenda tranquilidade, porque como La Palisse - 3 meses antes de morrer ninguém está morto!

Razão ou talvez não!

Hoje percorrendo os Jornais vemos alguns opinion makers, ou pelo menos opinativos, (a que devemos acrescentar os editoriais de ontem) que concluem sobre as razões dos maus indícios na candidatura de Assis ao Porto.
Já todos sabíamos que isto não seria facil. Já todos sabíamos que isto é muito volátil, mas não serão um pouco precipitadas estas conclusões?
Faz um mês que as sondagens indicavam 6% de diferença, em 30 dias alteram-se em 18% de diferença? Será que se a coisa se resume a um eleitorado tão maleável, então poderá ou não ser possível recuperar? Ou será que estamos sequer a falar de recuperação?
E se daqui a um mês Assis voltar aos 6%, quer dizer que já recuperou terreno e está numa fantástica campanha ascensional.
Será que depois não serão vários os articulistas a dizer que o PSD se sentou à sombra da bananeira, que Rui RIo devia sair do Gabinete da Câmara e ir à Rua a pé, em vez de ser a guiar automóveis antigos ou novos com vidros à prova de bala, etc...
Não será que querem enterrar um gajo que ainda está vivo? Que crime tão hediondo, lembram-se daquela coisa em Fortaleza em Agosto?
Julgo que acabou a história de um PS dividido e mais do que isso, ficou claro que hoje a vida politica é demasiado rápida e dependente da televisão.
Tenho para mim que Assis não aparece na televisão = não faz campanha. Ele até pode ter visitado mais de metade dos bairros da cidade, grande parte das faculdades e escolas do concelho, todas as Freguesias, dezenas ou centenas de colectividades, reunido com as mais variadas figuras da cidade, organizado debate sobre mobilidade, urbanismo, cultura, ciência, desenvolvimento, etc. Mas não foi falar com a Moura Guedes, nem com os outros assim. Não disse duas piadolas no telejornal, não insultou o Rio, nem foi reverenciar nenhum presidente de clube de futebol ao seu camarote ou similar.
Então não fez campanha!
Talvez tenham razão, ou talvez não! repito ou talvez não! digo outra vez (sempre gostei do Almada quando ele tinha 20 anos) ou talvez não!

quarta-feira, julho 13, 2005

Gémeos



Finalmente fez-se luz em um dos mistérios da genética.

Quantos de nós se pergunta como gémeos idênticos têm vidas e atitudes tão distintas?
Este mistério confunde cada um que convive com gémeos mas também especialistas da área da genética.
Vale a pena começar por explicar o que são gémeos idênticos. Podemos ter dois tipos de gémeos: Os que resultam de dois ovos distintos por duas fecundações que ocorrem simultaneamente e que partilham o mesmo espaço ao longo da gestação, ou seja apenas como dois irmãos que nascem ao mesmo tempo. E os gémeos idênticos, que resultam de uma fecundação única, do mesmo ovo e partilham entre si o mesmo código genético e o mesmo espaço ao longo da gestação. Nos gémeos idênticos é como se dividíssemos um embrião em dois embriões iguaizinhos, um clone um do outro!
Não seria de esperar que gémeos idênticos estivessem sujeitos a doenças semelhantes quando expostos aos mesmos agentes? Morressem na mesma década de vida? Tivessem comportamentos psicológicos semelhantes?
No entanto muitas vezes estes gémeos idênticos têm uma esperança de vida distinta e um percurso biológico diferente.
Há mesmo casos em que um dos gémeos idênticos sofre de esquizofrenia e o outro gémeo tem um comportamento absolutamente “tranquilo”.
Como se explica?
A resposta mais óbvia seria que esta diferença entre gémeos idênticos resultasse de não estarem sujeitos ao mesmo ambiente, nem mesmo cultural ao longo da vida. Sim é verdade!
Mas agora sabe-se que é mais do que isso!
Num estudo realizado por Fraga e colaboradores do CNIO, Espanha, demonstrou-se que gémeos idênticos, que partilham exactamente o mesmo código genético (DNA), não partilham a expressão desse mesmo código genético ao longo da vida. E essa diferença na expressão do código genético entre gémeos idênticos é dada pela forma como o código genético está a ser regulado. Este sistema de regulação passa pela forma como o DNA está protegido e como é compactado na célula.
Como a minha área de investigação, é o cancro não resisto a dizer que este processo de regulação já estava bem determinado no cancro, e por isso fica agora até mais simples de entendermos o cancro como "um nosso clone" que habita em nós mas que se comporta de uma forma diferente.

Raquel Seruca