domingo, março 13, 2005
as palavras idiotas do Lello
O Lello (com dois éles) falou ontem sobre a Câmara do Porto. E disse uma chorrada de idiotices que deviam ficar no anedotário ao lado das piadas que ele, com tanto humor, nos vai habituando. MAs como a entrevista a um semanário não é o sítio para contar piadas temos que o levar a sério.
Ora então, diz o Lello (com dois éles), o seguinte na sua entrevista ao Expresso:
"(...)O presidente da Câmara do Porto gere matérias de intendentes(...)"
e continua:
"(...)O Porto não tem hoje nem densidade, nem massa crítica e o presidente da Câmara do Porto está sujeito a gerir a habitação e a folha de salários dos funcionários(...)".
É de aplausos! Todos sabemos que em 2001 este ex-ministro "rabeou" o que pode para vêr se se posicionava como a terceira via entre o Cardoso e o Gomes, e na altura satisfeito com um eventual apoio de Gaspar, disse numa entrevista a uma rádio que não comentava a putativa candidatura a candidato, mas que a cidade do Porto precisava de um novo rumo, etc e tal.
Aqui há tempos, (antes do Sampaio apear o Santana) mexeu-se com pele de cordeiro, para em 2005 ser finalmente a terceira via entre Cardoso e Assis e agora, mal-grado o desfecho diz o que disse.
É uma vergonha para quem votou no segundo deputado do distrito, e só lhe ouviu este comentários depois da tomada de posse dos ministros. Fosse ele outra coisa que não deputado, e não tivesse o secretário-geral feito o famoso telefonema a caminho de Belém e talvéz não asneasse como fez agora.
A cidade do Porto tem no seu Presidente uma das figuras mais importantes da nação. Bom ou mau continua a ser uma figura que se sobrepõe a qualquer ministro nos temas políticos.
Nem sequer vale a pena comparar com as pastas menores (coma as que felizmente o José Socrates acabou)do desporto e juventude.
Infelizmente confirma-se aqui aquela tese dos papistas serem mais que o Papa, o Lello (com dois éles) não acabou o chorrilho sem referir a estafada critica do provincianismo, ao jeito do Rui Rio:
"Não vejo ninguém do Porto a ter este discurso. Só vejo o ser contra Lisboa pela negativa, mas não pela positiva, tentando criar o tal espaço, a tal massa crítica".
Gostava eu de saber o que é ser "contra Lisboa pela positiva", deve ser à Lello - ser do porto mas ter cargos em Lisboa. Deve ser fazer uma delegação do Terreiro do Paço nos Aliados. Realmente esta intervenção do Lello teve uma grande vantagem, a de explicar que ele não pode ser autarca de nenhum concelho do Distrito, não fossem uns serem enganados e desejarem-no na lota ou nas terras de Gonçalo Mendes.
Para acabar devo dizer que quem tem um lugar na ultima fila do parlamento claro que acha uma estafa fazer folhas de salários e reuniões de trabalho, aliás esta ultima palavra até "cansa".
Por mim convidava-o para Presidente da Junta de Paranhos, cargo que pode acumular com as suas viagens de Terça a quinta à capital e sempre aprendia a importÂncia de ser autarca.
O que Lello disse foi uma agressão para os muitos autarcas (e tantos com mais qualidade que o Lello) que fazem um magnifico trabalho. E foi também falta de conhecimento ou memória, porque em Portugal temos tido, felizmente, muitos em altos cargos que foram bons autarcas, intendentes como ele lhes chamou. A começar pelo Presidente
O melhor que o Lello (com dois éles), deputado pelo Porto, devia fazer era pedir desculpa!
Avelino Oliveira
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
4 comentários:
Gostei! isso é que é chegar-lhe.
Pena que nalgumas coisas tenha razão
Muito bem, as palavras do dele são de ressentimento.
A dos dois "éles" tem piada.
Fiquei mudo de pasmo quando li a entrevista. O gajo passou-se!
O Porto não lhe serve mas esticou-se todo para se perfilar a Matosinhos...
É demais o Lello!
Zeca Diabo
Enviar um comentário