quarta-feira, junho 29, 2005

Outros casamentos

O Tiago Azevedo Fernandes, com as suas considerações de ordem moral, lembrou bem a proposito dos casamentos entre homossexuais, a questão dos casamentos entre irmãos de sangue. Será um problema moral ou de saúde pública? Mais cedo ou mais tarde tambem esta questão se vai colocar, como já foi demonstrado pela bela Angelina Jolie, que lá teve que se resignar ao Brad Pitt, já que não lhe permitiam o enlace com o irmão nem outras aventuras...


8 comentários:

TAF disse...

Já que sou referido, ficam aqui apontadores para o que escrevi sobre o assunto:
- Tradições e temas complexos
- O "casamento" dos homossexuais

E, precisamente, o que eu não quero é que o Estado entre em considerações morais e se meta na cama com os cidadãos... ;-)
Daí a quererem impor uma situação em que o Estado considere iguais situações que são diferentes, chamando "casamento" a tudo e mais alguma coisa, é uma distância muito grande.

Anónimo disse...

Meu caro Tiago,
Confesso não estar de acordo com essa observação da diferença entre um homem e uma mulher.
Perante o estado, ou seja perante a sociedade, é exactamente igual, os direitos e/ou deveres devem ser os mesmos. De certa maneira é uma visão liberal aminha, no melhor da sua acepção. Se a condição natural é da relação de um homem com uma mulher não sei.
A história da nossa sociedade está assente em modelos sociais que não são de desprezar, portanto, compreende-se que a aceitação racional da partilha de cama e mesa de um casal homosexual se possa chamar casamento, embora isso cause alguma estranheza a quem chama casamento a uma união heterosexual. Na verdade isso pressupõe preconceito. Podia chamar-se comunhão, união, o que quer que seja, desde que seja possivel de determinar perante a envolvente social as condições em que vários cidadão se incluem perante as suas obrigações para todos.
Senão como seria possivel aceitar familias com processos de adopção de crianças.
Enfim o tema ée vasto, mas acho que a situação é clara.

TAF disse...

Caro Avelino, não é esse o ponto. Não se trata de direitos e deveres, que evidentemente são iguais. Trata-se de o Estado querer considerar que é igual uma união heterossexual e uma união homossexual. Pode haver gente que acha que é, mas há também muita gente que acha que é diferente. Não faz sentido querer forçar uma aceitação por parte da sociedade de uma suposta "tolerância" ou "liberalismo" que não têm nada a ver com tolerãncia nem com liberalismo. Já aqui defendi que as pessoas são livres de fazerem o que quiserem, mas não queiram impor às outras uma concordância forçada com as suas ideias. Fiquemo-nos pelo reconhecimento de "uniões" para fins fiscais, etc.

Senão isto levar-nos-ia muito longe, como considerar que é igual uma "família" de homossexuais e uma família "normal", que é indiferente para uma criança ser adoptada por uma família convencional ou por um par de homossexuais, etc, etc.

Esta questão da adopção tem aliás sido usada de forma vergonhosamente egoista pelos homossexuais, que querem por via da adopção, independentemente daquilo que é melhor para a criança, obter um "branqueamento social" da sua situação pessoal.

Anónimo disse...

O problema de cruzamento entre irmãos mete a genética ao barulho. Já ouviram falar da doenças recessivas?
Existem genes que estão frequentemente doentes na população mas raramente levam a doenças porque é necessário que o filho recebe do pai e da mãe o gene doente (as duas cópias)para termos doença. Como é mais provavel que dois irmãos partilhem o mesmo patrimonio genético sempre que esse gene doente estiver a ser transmitido na familia o cruzamenta entre irmãos o risco dos filhos serem doentes aumenta para 25%.
Ou seja nem por ai é bom o "casamento entre irmãos".

TAF disse...

Cara Raquel, eu não defendo o casamento entre irmãos. Mas o problema genético não se colocaria se se usassem medidas contraceptivas adequadas, nem que fosse a esterilização voluntária de um dos parceiros.
O que eu acho é que o Estado não de deve meter na vida privada das pessoas adultas. Se eu quisesse ser polígamo, por que razão o Estado me deve impedir? (Mas não quero, que fique claro caso a minha mulher venha ler isto... ;-) :-) )

Anónimo disse...

Olá Tiago
Sabe Tiago é MUITO Complicado prever que genes temos doentes antes de expressarmos uma doença na familia. Essa é uma limitação dos testes genéticos muitas vezes. Por isso não se podem tomar pré-decisões muitas vezes. Só depois de acontecer é que se começa a estudar. Eu estou apenas, tal como anteriormente, a pôr o ponto de vista estritamente cientifico. Nada de opiniões morais ou de conducta. "O cruzamento ao acaso favorece normalmente a capacidade da espécie".

Anónimo disse...

Cruzamento ao acaso quer dizer rua abaixo rua acima, ali num vão de escada, tipo S. João, meses depois lá nasce mais um SuperDragão

Anónimo disse...

E assim se apura a raça! E quantos mais melhor!