quarta-feira, junho 29, 2005

Sobre a BOMBA!

Tivemos na noite de 2ª feira o infeliz constatar de como uma cidade com pouca vida pode ser perigosa. Duas mortes – de idosos, o que mais? E observamos como se a maioria dos edifícios não forem ocupados, a utilização indevida de infraestruturas pode ser muito perigosa. Neste caso com um depósito de botijas de gás na cave!? Como todos sabem o gás é mais pesado que o ar e portanto, não sobe. Quando alguma coisa espoletou aquilo, foi um estrondo. Como foi em baixo abalou a estrutura das paredes de sustentação, elas mexeram, as trave de madeira começam a cair e arrastam tudo. Assim, simples mas brutal. Fácil de explicar mas dramático demais para se pensar que não pode ser repetido muito facilmente.






Para agravar fiquei surpreso por vêr o Presidente da Câmara, vereadores e ouros aventarem a hipótese do o acontecimento funesto ter sido originado por engenho explosivo, vulgo BOMBA, ou quem sabe, por uma organização de malfeitores que ninguém ainda conhece.
Admito que no calor do desastre, e face ao impacto da explosão as primeiras opiniões sejam realizadas no registo sensacionalista, no entanto, deseja-se de um Presidente de uma cidade do Porto, não seja como o de uma qualquer eminência dos arribaldes, onde quando qualquer coisa que sai dos eixos da sua terrinha, logo venha admitir factores de extrema importância. Enfim, cheguei a ouvir meio a brincar, meio a sério, que era uma facção da Eta que agora se refugiava aqui, ou então a Al Qaeda escondida no coração da baixa.
Confesso que os pareceres técnicos preliminares que Rio usou para excluir as botijas de gás estavam tão acertados como as comissões do SMAS sobre o desvio de condutas para acabar o túnel de Ceuta. E aflige-me o clima de precipitação e falta de sentido de gestão da coisa pública, como se gerir isto seja uma coisa banal, difícil, mas normal.
A "bomba" é o espelho do período que o Porto vive, cheio de fantasmas, com receio de desconhecido, e quando ele aparece mais de perto, o melhor é gritar Adamastor, porque a Nau tem de navegar em círculos, não vão as aventuras ser perigosas.
É um Porto fechado à Europa e ao mundo, agora sim provinciano, pois não dispara sequer para fora das suas fronteiras municipais, não consegue mobilizar os vizinhos, até o fogo do S.João é uma disputa parola.
Se fosse em Matosinhos, na Maia e especialmente em Gaia esta "gaffe" bombástica já estaria publicada em emailes, smésses e tudo o mais, com tudo o tipo de ironias. A cómica CS lisboeta já deixaria cair, provavelmente pela Mourra Guedes em tom de riso e com os lábios a mexerem muito e desconcertadamente, uma galhofa qualquer.
Mas foi no Porto, e parece que a aura do Rio não consegue tocar o ridículo, mesmo quando o ridículo lhe veste dos pés à cabeça, tal como na fábula onde o tecido é tão fino, tão fino que não se vê. Então vai nu!

1 comentário:

Anónimo disse...

Correu mal, isto correu muito mal, só me deixam ficar mal ... um bob cat a demolir uma fachada de 12 metros, um manobrador que parecia um toureiro, vidros em riste nos predios vizinhos e uma demolição que abana com a Cidade toda, enquanto particulares limpam as ruas??'' ui ke desgraça , ainda bem ke ninguem percebeu...

E o presidente a conjunturar contra os arabes ... não isto não aconteceu...

Mas enfim, já se sabe Rui Rio não tem equipa, ele estava preocupado pelo raio do processo do tunel e o resto dos veradores enfim não conhecem as auto montantes de garfo ...

o raio do Rui Sá contrata pessoal aos montes e não mandou maquinas de agua , nem varredores ???....

Mas isto tem algo de positivo para a Construção Civil imaginem como serão as proximas demolições ...

mas tenho que admitir isto correu mesmo mal... vá lá que fizemos uma boa figura perante a Ministra , todos ficaram passados com a capacidade de retorica de Rui Rio, ... e tambem ontem em Santa Catarina só sofreram pequenos acidentes duas ou 3 pessoas