quinta-feira, agosto 18, 2005

INSISTO

Repetindo-me:
"Esta “requalificação” da “Av. dos Aliados” é necessária, com esta dimensão e desta forma, por causa de uma entrada para uma estação do Metro (que, se calhar, nem devia existir)?
Afinal o Ministro (Mário Lino) tinha ou não razão em dizer o que disse?
Vai ou não acabar-se com a forma escandalosa como tem vindo a ser gerido o processo “Metro do Porto” ?
  • Sr. Primeiro Ministro
  • Sr. Ministro das Obras Públicas
  • Caro Dr. Francisco Assis
  • Meus caros amigos militantes do PS

Isto é assim?

Isto pode ser assim?

Vocês vão permitir que isto seja assim?

Muito mais importante que "uma mão cheia" de votos, ganhos ou perdidos, na região do Porto.
Muito mais importante do que analisar o que esta ou aquela forma de actuação pode afectar, positiva ou negativamente, a candidatura à CMP ou a outras câmaras da região, é :
A defesa da Cidade do Porto e da sua, emblemática Av. dos Aliados.
É a defesa da Seriedade, da Ética e da Legalidade, em suma:
A defesa dos fundamentos da DEMOCRACIA

António Moreira

7 comentários:

Pedro Aroso disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Pedro Aroso disse...

Tanto quanto julgo saber, tenho sido um dos poucos defensores do novo "look" das Avenida dos Aliados. No entanto, reservo a minha opinião final para quando a obra estiver concluída e explico porquê: quando começaram a montar a escultura que o José Rodrigues concebeu para a "Homenagem ao Empresário", junto ao cruzamento da Av da Boavista com a Av. Marechal Gomes da Costa, aquilo pareceu-me uma verdadeira aberração. Hoje, quando lá passo, não consigo imaginar nada que pudesse ficar lá melhor. É uma obra notável. Por aquilo que conheço do Álvaro Siza e do Eduardo Souto Moura, que considero dois verdadeiros génios, ainda não perdi a esperança de ver muita gente a torcer a orelhinha quando a obra estiver acabada. Chamem-me "meio tótó" ou aquilo que quiserem. Esta é a minha opinião e, se vier a mudar, será apenas por reconhecer que estava errado.
Pedro Aroso

AM disse...

E lá vamos continuando a discutir o que só deve ser discutido DEPOIS, ou seja o PROJECTO.

O que está em causa não é, nem deve ser ainda o projecto, mas sim o PROCESSO !!!!

(Isso mesmo defendi na reunião em que o Pedro esteve presente)

Goste-se ou não do projecto, ele é IMPOSTO à cidade (a NÓS) por uma empresa (a do Metro) à qual apenas caberia pagar a reposição da "cidade" no seu estado original, quando fosse (como é o caso) responsável por essa necessidade.

Se houvesse a NECESSIDADE de requalificar as duas praças e a avenida, por causa do Metro.

Se fosse OPORTUNO gastar essa fortuna, nesta altura, quando tanto falta noutros lados.

Então, que a CMP, patrocinasse um CONCURSO PÙBLICO, bem como a devida discussão pública, á empresa do metro apenas competiria pagar.

Nunca, como se pretende, pôr essa empresa a selecionar arquitectos e aprovar projectos para impôr à Cidade.

Penso que, mais tótós, menos tótós, todos somos capazes de perceber isto.

(Quanto a discutir o projecto, a seu tempo, se for caso disso...)

AMNM

Pedro Aroso disse...

Meu caro Am ou AMNM (ainda não percebi quem é...)
Na reunião da Assembleia Municipal, o Eduardo explicou claramente os moldes em que foi lançado o concurso para a realização da obra do Metro, ou seja, as empresas concorrentes foram obrigadas a formar equipas pluridisciplinares, ficando também sujeitas a escolher previamente os arquitectos. Nestas circunstâncias, pergunto-lhe como seria possível conciliar esta cláusula com a abertura de um concurso aberto a outros arquitectos? Já pensou na contestação e bloqueios que a empresa vencedora iria encetar?
Pedro Aroso

AM disse...

Meu caro

Eu penso que há certos procedimentos que só podem ser feitos de uma forma, a forma SÉRIA.

Se era necessário efectuar a "requalificação" das duas praças e da Av. dos Aliados (o que é mais do que discutível), compete ao DONO DA OBRA, ou seja a CMP e não a empresa do Metro, definir o caderno de encargos e liderar todo o processo.

Naturalmente que deverá cumprir com todas as obrigações legais pelo facto de se tratar de uma intervenção desta relevância num ESPAÇO PÚBLICO, decidida após DISCUSSÃO PÚBLICA e paga com DINHEIROS PÚBLICOS.

Isto só acontece pela forma perversa em que está composta a administração da emp. Metro do Porto, que permite que os Srs. presidentes das câmaras utilizem a empresa para fazer "requalificação" urbana com verbas do Metro e usando métodos "descomplicados" (como o Tiago gosta de dizer).

Estes factos foram denunciados recentemente pelo ministro Mário Lino, mas tem vindo (e continuam) a ser denunciados neste e noutros blogs (inclusive n"A Baixa" onde não podem ser comentados).

Mais uma vez repito, não tem nada a ver com o PROJECTO (pode ou não gostar-se e eu não gosto) mas sim com o PROCESSO.

Aliás este assunto da Av. dos Aliados (apesar do subterfúgio de Agosto) está a despoletar a denúncia do escândalo que tem sido a administração da Metro do Porto.

AMNM = A+MN+M :-)

Anónimo disse...

O ministro Mario Lino não é aquele que quer fazer um aeroporto na OTA com métodos ultra-descomplicados?

Discussão pública? Pois, pois,...

AM disse...

O assunto OTA pode ser discutido noutro local deste "blog"

Obrigado
AMNM