terça-feira, junho 14, 2005

Sobre programas e propostas

Senti a necessidade de fazer este texto porque já estou um bocadinho farto das bocas da falta de propostas do Assis.
Hoje a Cristina Santos escarrapachou-as no Comércio, via “A Baixa do Porto”, e como eu acho os recorrentes comentários tão demagógicos como o paleio do Sr. Rui R., venho aqui só avivar a memória de quem anda mais distraído. Não sou advogado, nem tenho nenhuma procuração especial do candidato Assis, mas tenho ido com ele a muitos locais da cidade e compete-me defender quando as acusações são injustas e deturpadoras. É que já percebemos essa das propostas! Mas é uma tecla mal teclada.
A começar já se sentem algumas propostas lançadas pelo Assis:
- Criação de um Polis para os bairros, com a obrigatória participação da administração central.
- Criar uma EPUP (empresa municipal de urbanização do Porto (para intervir nos edifícios municipais da baixa - e são mesmo muitos)
- Promover a linha do eléctrico e a continuidade do estudo de mobilidade, em alternativa aos errácticos percursos da Boavista e do S.João.
- Restabelecer as ligações de proximidade com as intituições da cidade (da ass. de bairro até ao futebol), nomeadamente na atribuição de subsidios.
- Transformar a Prelada num novo parque urbano de uso público.
- Fazer, repito, fazer o Parque Oriental.
- Defender a AMP, estabelecendo, na prática, relações preferenciais com a Galiza.
- Criar Conselhos Consultivos para estimular a participação cívica.
- Revitalizar a Fundação da Zona Histórica - deixada ao abandono nos ultimo 3 anos - com muitos prédios municipais em ruína.
- Reformular a politica em relação à ciência - transformando os centros de investigação em parceiros reais do município.
- Estabelecer uma muito maior proximidade com a Universidade - a todos os níveis.
- Criação do Pólo Zero na Baixa.
- Criar as ligações fluviais rápidas entre uma e outra margem do Douro.

E estas são algumas das coisas soltas que já fui ouvindo e lendo na CSocial. Sei de bastantes mais, mas a politica não se faz no tempo em que os incoerentes querem. Nem o Assis é o Santana Lopes que vinha armado em atirador de ideias para salvar o Porto e as lançaria durante 4 meses sem reflectir em nenhuma ejogar ping pong com um malcriado adversário.

Segundo aspecto, o Assis não está a conhecer a cidade! Ele está a auscultar a cidade, o que é bem diferente. O Assis não é só ao fim-de-semana que faz campanha. Durante toda a semana tem ido a faculdades, associações de moradores, equipamentos sociais, bispado, centros de investigação, e mais quantos o quiserem receber. Ao fim-de-semana vai aos bairros, porque tem de ir lá quando as pessoas lá estão e não a meio da semana quando tá tudo a trabalhar.
Vai daí ele tem ouvido as opiniões de todos. Tem visto o que lhe mostram e tem feito isso com o recato que permita transmitir confiança e evitar que não se descubram os verdadeiros problemas. É que era mais fácil andar com um batalhão de jornalistas para aqui e para ali e não ver puto. Era mais fácil fazer uma mobilização grande dos dois milhares de militantes do partido e ir para Ceuta berrar! Ou ir para a BoaPista.

Portanto, o programa vai ser o culminar de um verdadeiro caminho político, de um verdadeiro conhecimento da cidade e de um verdadeiro debate. Quem quiser participar que venha, se vier por bem.

É que se quiserem discutir programas, então eu coloco aqui o do Rio e quero ver quantos é que largam a barriga de tanto rir.
Apetecia-me dizer como vi no cartaz do Sá – O Porto primeiro. Ridículo no caso dele, em que parece que um pelouro do ambiente sem orçamento e um Smas sem condições de fazer o que quer que seja, estiveram à frente.

26 comentários:

Anónimo disse...

É isso tudo avelino. Tambem já começo a ficar cansado dessas bocas que já todos sabemos onde querem levar. Agora acho que devias mesmo por o programa do Rio.
Porque eu quando o li recentemente, realmente só deu mesmo foi vontade de rir. Mas mostra bem o farsante que ali está.

Pedro disse...

- Restabelecer as ligações de proximidade com as intituições da cidade (da ass. de bairro até ao futebol), nomeadamente na atribuição de subsidios.

Ora aí está uma medida errada! É um erro comum dos socialistas: dar subsídios para tudo e mais alguma coisa.
Se há coisa que concordo com este executivo, está na política seguida por Paulo Cutileiro na vereação do desporto...

Anónimo disse...

O Paulo Cutileiro é vereador de uma catrafada de coisas, desde os recursos humanos até juventude.
COncordar com o PAulo, meu conterrâneo fozense e um gajo porreiro e sério, é concordar com a politica do nada faz.
Aliás consta que a cabeça do paulo vai rolar.
Quem não se lembra da incongruência do Paulo quando na oposição votou de uma maneira e no poder de outra no que se refere ao FCP. Aliás, ele que de bom tem isso de ser portista, não como um certo presidente que toda a gente sabe benfiquista que se disse boavisteiro para disfarçar.
Mas o Paulo não fez nada pelas associações e muito menos pela juventude. NEm seuqer o conselho consultivo que ele tanto criticou no pS ele pôs a funcionar. AO menos no tempo do Nuno e com proposta minha na JS funcionou.
Ninguém falou em subsidios a tudo e mais alguma coisa. Já todos sabemos como se deve fazer, com contratos programa, etc.
Agora caro Pedro, sem demagogias, porque os subsidios às colectividades "amigas" foram dados através das Juntas de Freguesia PSD - o que é a mesma coisa.
Eu prefiro mil vezes ajudar uma associaçãod e bairro a construir polidesportivos ou pequeninos auditórios e assim, do que gastar dinheiro noutras coisas.
O movimento associativo é a base cultural da cidade e quem não perceber isso não está a prestar um bom serviço à cidadania. O que não se pode é politizar o movimento associativo. Aliás as coligações PSD PCp, vêm muitas vezes dessas ligações que em cada freguesia se peercebem melhor do que na análise global da ciência política municipal.

Anónimo disse...

Eh pá Avelino, não posso aceitar uma política, um projecto, criticas à Governação em curso, se não existirem sugestões, coisas com peso e medida.
Sou contra essa política, lutos por um politica em ke os candidatos informem os Munícipes:

– Vou fazer assim, através deste meios , e com esta equipa.

E que depois disso sejam avaliadas as Hipóteses de resultado

– Se fizer isto – poderá acontecer akilo …

São pagos para o efeito, tem que ter projectos previsionais, tem que ter noção das implicações e variantes, não é admissível pedir alguém para confiar na nossa imagem.
Quando se concorre a algo , temos ke apresentar uma proposta com peso e medida , em qualquer concurso são necessários 3 meses para decisão –ke é isto? a Cidade vai eleger alguma miss, que prepara duas ou três palavras politicamente correctas e tudo depende da sua simpatia?

Sem um projecto, o que espera um candidato, Voto por negação?

E afinal o que é um projecto, é um estudo , uma previsão ke tem em conta todos os factores, certo?
Ou isso é impossível de concretizar antes de por o rabo na cadeira da presidência?

só voto em projectos ke realmente façam falta, mas que tenham assento real e previsto-
Por muito ke pretenda que o Centro Histórico seja recuperado, sem um projecto viável não acredito nessa promessa.

Desculpem mas não posso admitir de V. ou de outro candidato qualquer, que seja Bom politico e não tenha um projecto consistente - economia, rentabilidade, eficiência e previsão de resultados / implicações –

Não aceito que se concorra na esperança de ganhar, e único trunfo seja a incompetência dos outros concorrentes.

Se me chamam a decidir sobre o futuro da Cidade onde vivo, onde trabalho, tenho que saber em que voto, a mim interessa-me o futuro da Cidade dela depende o meu futuro –
Não voto por negação, no projecto em que votar – cá estarei para exigir, avaliar e até admitir Alguns equívocos.

E se a Cidade continuar neste ciclo vicioso, nesta falta de desenvolvimento de projectos sustentáveis, que remédio se não ir para a periferia , e é neste ponto ke falho e ke falham todos os portuenses, porque é a nossa desistência, que vai alimentado a incompetência politica e a falta de empenho, os políticos sabem ke no Porto vão ter sempre o ke gerir, ke mais não seja os bairros sociais e os milhares ke lá habitam.

Posto isto, Caro Avelino, tens ke me considerar uma munícipe interessada, não me acho demagógica, posso até perseguir um ideal fora de tempo, mas se falo com v. é apenas para tentar perceber se tem boas opções, se podem ser uma boa alternativa para a Cidade.

Quanto ao tombo, eh pá , tava a tentar dar uma cambalhota, mas não retiro uma só palavra, se não aceitam isso, deviam antes ter pensado em alguém para v representar ke ao menos fizesse parte da Assembleia .
Ate gosto de posters de homem bonitos, sorridentes e carismáticos, mas desconfio sempre deles… traumas, amigos traumas, desde o tempo da bravo que os posters me sabiam a muito pouco, acho

Agora na óptica do A. Moreira - ke kem vê caras vê corações - ele tem toda a razão, eu também acredito que o próximo desenvolvimento da politica vão ser as Plásticas...


Ate sempre socialistas e (como se chamam os ke não votam Anarcas? ou abstencionistas? ) para esses

Anónimo disse...

Avelino , tá a ver ke sorte, é que os Polidesportivos dos Bairros estão kase acabados, só falta subsidiar a sua manutenção

AM disse...

Ó Cristina

Vamos lá a ver se me faço entender:

Eu já expliquei que entendo que este sistema a que chamam de "democracia participativa” não funciona nem pode funcionar.

Também já disse que não aceito o dogma “mas é o melhor sistema que se conhece”.
Eu sei fazer melhor sistema do que este!!!!!!!

Mas, ao contrário do que defendem muitos, eu acho que qualquer organização, por melhor que seja a sua estrutura, funciona mal se as pessoas forem más.
Mas, por pior que seja a sua estrutura, até pode funcionar bem se as pessoas tiverem qualidade.

Assim sendo é para mim muito mais importante a qualidade das pessoas do que as promessas, projectos ou programas que invariavelmente, após eleições, a realidade do sistema impede SEMPRE que venham a ser cumpridos.

Mais do que qualquer outras, para mim as principais qualidades são de ordem ética e moral e essas não se avaliam por curriculums ou qualificações académicas, mas sim por percursos e, fundamentalmente por…..

Sei lá, intuição?, 6º sentido?, a Cristina, que é mulher, é que deve saber disso, ou não ?

Seriamente.
À Cristina fez-lhe alguma confusão eu ter dito que “esta gente” era simpática.
Preferia que eu tivesse discorrido quanto às suas propostas e programa.
Mas a Cristina já devia ter percebido que eu não tenho competências para analisar propostas ou programas mobiliários, imobiliários ou que tais.
Que eu nem sequer tenho “pachora” para que me digam, antes de eleições, que vão fazer aqui uma escola ou um hospital, e, depois de eleições, afinal façam um centro comercial ou uma pista para corridas.

Prefiro, de longe que me digam que os problemas são muitos, são grandes, são complexos e que não sabem (ninguém sabe) como se podem resolver.
Apenas sabem, (todos sabemos) que não se resolvem em 4 anos (nem em quarenta).
Que não é um Presidente de Câmara, nem uma vereação que tem as competências nem os meios para os resolver.
E que, por isso, podem apenas prometer vão tentar fazer o melhor que sejam capazes, com a ajuda de todos os que tenham vontade de ajudar.

Quem tiver a coragem de me dizer isto apenas, pode não levar o meu voto (que não vale nada, é igual aos outros) mas ganha a minha vontade de ajudar.

Se a Cristina também ajudar, fica mais fácil.
Afinal a Cristina também é uma simpatia, certo?

Um abraço
AMNM

Anónimo disse...

Oh meus amigos, com isto de sistemas politicos não dá pra brincar. No nosso há que escolher aqueles ou aquele que melhor nos R E P R E S E N T A M. Se nenhum nos agrada votamos branco, se o método eleitoral, digamos de efectuar a escolha não nos agrada, votamos nulo. Se de todo o sistema representativo não nos agrada, não pomos lá os pés e abstemo-nos. Aí, podemos ir pela via dura (golpe armado), pela via maciva (revolução) pela via serena (participação) pela via duvidosa (a cunha, o compadrio) e tentar impor um outro sistema. Eu por mim gosto deste e não tenho duvidas quanto à sua mais valia em relação a todos os outros. Ainda que comporte fraudes como por exemplo Durão Barroso.

Anónimo disse...

Votar em Branco dá problemas de consciencia, quando assim é um opto pela Votação desrepresentativa, ou seja dirigo o meu voto às minorias.

é para exigir o cumprimento do programas, que antes exijo saber o conteudo ... é para não existirem equivocos futuros, que entendo que todos os programas devem ter escala de desvio, recursos disponiveis, custos, e temporalidade.

Se isto é exigir muito, então peço que todos os concuroso publicos e como o Moreira diz, todas as adjudicações imobiliarias se passem a reger como os programas eleitorais.

Ou seja escrevesse na proposta -

Farei obra se os fornecedores me permitirem, se os empregados trabalharem, se o estado me pagar a tempo... mas ofereço desde já a minha simpatia.

Acham que isso é suficiente ?

Acham que qualquer acto de escolha ou selecção, pode ser feito, em consciencia, se não houver planos serios?

Acham que se houverem planos serios, que o sistema se opõem a eles? Bem nesse caso então todos os projectos eleitorais terão ke ter essa componente de risco.

Se as contas são apresentadas, se existe conhecimento sobre recitas e necessidades, se existem concordancia com as despesas fixas, será que não se pode partir daí para fazer planos?

Será que não é possivel estudar outros projectos que tragam mais receita e permitam a execução de mais coisas?

Não podemos exigir nada dos Politicos - ate eles chegarem ao poder, pouco ou nada se sabe das formalidades e empenhos que justificam as suas promessas .

Se continuamos a aceitar isto, então temos ke ter outra democracia - não cumpriu promessa é sinal que não projectou bem, o projecto era da sua exclusiva responsabilidade e conhecimento - não resultou? então contrato anulado - Novas eleições.

A. Moreira Confusa? não, desta vez fikei rendida ao seu post.

AM disse...

Caro Fortuna

Quando afirma que, no nosso sistema, “há que escolher aqueles ou aquele que melhor nos REPRESENTAM” eu parto do princípio que está a inferir que este é o único (ou o melhor) sistema pelo qual podemos escolher aqueles ou aquele que melhor nos representam.
Peço desculpa, mas não estou de acordo, este “nosso” é apenas um dos sistemas possíveis de escolher aqueles ou aquele que nos representam e não é, em minha opinião, o melhor.

Por outro lado, quando afirma “Se de todo o sistema representativo não nos agrada, não pomos lá os pés e abstemo-nos”, posso informá-lo que isso não é verdade no que me diz respeito.

Eu abstenho-me, não porque o sistema representativo não me agrade, mas sim por não me agradar ESTE sistema representativo a que o Fortuna e a maioria daqueles que acreditam nas suas virtudes insistem em tentar fazer crer que é o único ou o melhor.

Eu sou de opinião que é possível tentar impor um outro (melhor) sistema REPRESENTATIVO, por aquilo que a chama a via serena (participação) e isso é tanto mais verdade quanto, no que respeita aos projectos em discussão de limitação de mandatos e alteração do sistema eleitoral autárquico é precisamente isso que está a ser feito, alterar o sistema, lamentavelmente, em minha opinião, no mau sentido.

Eu admito, naturalmente :-), que o Fortuna goste deste sistema e até, que não tenha dúvidas quanto à sua mais valia em relação a todos os outros, mesmo àqueles que não conhece nem podia conhecer por ninguém lhe ter explicado :-)

Infelizmente Durão Barroso foi (é) apenas uma (e se calhar das menores) fraudes permitidas por este “nosso” sistema, não será preciso escavar muito para encontrar piores exemplos.

Um abraço
AMNM

Anónimo disse...

Caro AM Moreira,

Confesso que deve ser da nossa reunião que o considero particulrmente lucido e não retiraria ou acrescentava uma palavra que fosse aos seus ultimos textos e comentários. Na verdade, muitos de nós pensamos nas duvidas sobre o que está bem ou mal sobre os vários aspectos politicos da nossa cidade e do país.
Eu por exemplo admito uma visão peneirada pelo PS e pelo facto de conviver nesse ambiente.
O que eu não percebo ée caso como o da Cristina. Mais valia que dissesse sou do PSD. Gosto de dizer mal dos socialistas mesmo qd sei que não tenho razão.
Assim vou dizer pela ultima vez - A candidatura do Assis vai lançar o programa e as prropostas qd entender que é correcto fazé-lo.
A verdade também é que elas ainda não estão compleetas. Uma candidatura é uma reunião de pessoas e esforços para construir o bem público. Isso tenho a certeza que estamos a fazer bem.

Anónimo disse...

Oh Avelino, mas afinal o ke é isto? com tanta filosofia na tentativa de explicar o tombo sugerido por V. exa , e o camarada Avelino diz ke não entende o caso?

as formalizações das candidaturas e o envio de propostas tem ke ser feitas de forma atempada,

Quanto mais se atrasarem , mais atrasam as eleições , só voto depois de ler e reler os planos .

as votações deveriam demorar tanto tempo, quanto a analise dos programas exige, podia ser ke Raciocinos fossem mais rapidos´-

1 mes para apresentar e defender o programa - dois meses para os portuenses receberem o documento em casa e decidirem, (todos os programas seriam assinados e teriam anexados os termos das garantias - é um contrato ou não?)

Anónimo disse...

Oh! meus amigos...estamos por certo a brincar, ou não?
Por certo que vós, todos vós, não quisesteis dizer o que eu aqui ouvi. Sistemas representativos participativos uma ova... é o que eles são. Se são participativos não são representativos, tão simplesmente porque só representam aqueles que participam. literalmente. Não existe representação delegada que não seja por voto secreto e voilá, lá estamos nós no nosso sistema.
Daqui a pouco estão a propôr que só participem os mais capazes e os mais qualificados, depois passam a decreto, com contas e tudo, como quer a Cristina Incoerente, e finalmente chama-se ditadura.
Pois eu declaro aqui que para esse peditório nunca dei, mas mesmo NUNCA.

Anónimo disse...

Quem não perceber que o que tem de maravilhoso o sistema democratico representativo, com as escolhas feitas por voto universal e secreto, ainda não percebeu porque é que todos os outros sistemas foram falhando. Porque o que este sistema tem de maravilhoso é que cada ser humano é igual a todos os outros e perante todos os outros, com direitos e deveres semelhantes, independentemente da sua CONDIÇÂO ou da sua participação. Porque cada ser humano é um só e tem, como todos os outros as suas vontades, os seus desejos, os seus anseios, preocupações e angustias, e este sistema é o unico que até à data provou ser capaz de respeita-las. é esse respeito, por todos e cada um que este sistema permite e que é fundamental, porque nem todas as vontades podem ser expressas directamente aos outros em todas as circunstancias.

Anónimo disse...

E a representação é precisamente a sintese de todas essas vontades, sejam elas afirmativas ou até ausencia de vontade. E é nesse erro que nós nunca podemos cair, no de considerar que pelo facto de nos interessarmos, de termos ideias, de nos empenharmos, de, enfim, participarmos, somos mais do que qualquer um dos que nos rodeia. Porque não somos, somos exactamente a mesma fruta, a mesma caldeirada...

Anónimo disse...

O amigo Fortuna por acaso tá a insinuar ke eu tenho timbre masculino???
O amigo Fortuna ouviu mal , kem disse isso da representatividade foi o A. Moreira.

Anónimo disse...

O amigo Fortuna por acaso tá a insinuar ke eu tenho timbre masculino???
O amigo Fortuna ouviu mal , kem disse isso da representatividade foi o A. Moreira.

Anónimo disse...

Se fossemos mais, podiamos sofrer pelos outros com as medidas e resoluções que tivessemos inventado, e quando os outros perdessem o emprego e tivessem os filhos a passar fome, eramos nós que perdiamos o emprego e teriamos os nossos filhos à fome. Mas não é. Diz que Jesus sim, que sofreu por todos nós, mas de lá para cá não vi mais ninguem.
E é por isso que o nosso sistema já é participativo, na exacta medida em que o tem que ser. A participação é a escolha colectiva que fazemos quando votamos ou quando não votamos e tudo mais que queiramos fazer para além disso.
O que angustia os meus caros amigos, é que o voto de cada um, principalmente de quem se interessa, valha tão pouco, valha só um. Mas não é só um, é UM. Vale inteiro, quando quase nunca foi assim, ao longo da história. Quyase sempre valeu zero ou bem menos do que um, porque os tais participativos sempre tinham um qualquer argumento que lhes dava o poder todo. Fosse ele uma arma ou uma lei.

Anónimo disse...

Quanto a si, cara Cristina, politica não é gestão, é o que tenho para lhe dizer.
Se assim fosse, contratava-se um gestor executivo e ele que fizesse um projecto de administração autarquica que depois seria aprovado em assembleia geral e chegado ao fim ou cumpria ou não cumpria. isso até podia ser aferido por auditorias anuais ou semestrais ou mensais e depois renovava-se o contrato conforme o desempenho. Em inglaterra passa-se nalguns tipos de circulo algo semelhante a isso. Volto a repetir, a politica está no plano da vontade, melhor, das vontades colectivas, e isso é muito maior do que a tal gestão. A contratação é feita nas eleições e a renovação nas seguintes. Pode-se questionar a sua periodicidade, é claro. O que não se pode é pretender que ganhe aquele que achamos melhor, ou mais bonito, ou mais experiente. Porque a vontade colectiva pode simplesmente não ser essa.

Anónimo disse...

Mas Fortuna afinal o ke mudou?

para demitir um Presidente no minimo é preciso uma revolução, tudo com a desculpa ke foi eleito por vontade da maioria , e foi eleito com base em ke planos, como podemos demiti-lo se só o conhecemos da televisão ?

Vai longe o tempo em ke a palavra de um homem era uma biblia
- hoje ninguem confia em politicos, portanto os senhores da politica tem ke se limitar a mandar propostas aos eleitores, emitir garantias e aguardar a escolha -

Essa proposta ou programa, ou o ke lhe keiram chamar, tem ke significar um contrato, que tem clausulas de salvaguarda - cumpre - ou não cumpre e justifica - ou rua estrada da vida, há muita gente disponivel po cargo.

Afinal será ke os nossos politicos tem medo de assinar contratos ke os obriguem a ser competentes???? Afinal esses contratos não representam o estudo e os projectos em ke acreditam?

Por enkanto os contratos tem sido todos de boca à maneira antiga, mas exige-se ke passem a ser escritos e divulgados junto dos eleitores - esse é o regime democratico seguro em ke acredito

Mas alguem pode ser gestor de alguma coisa, assinando um papelixo onde se compromete a respeitar a Cidade e as armas...

Anónimo disse...

a vontade colectiva depende do esclarecimento, se todos forem esclarecidos , todos optam em consciencia, isso esta correcto claro, a maioria.

o que esta em causa é as razões ke justificam o voto dessas maiorias e como se poderão defender essas maiorias caso errem , como podem exigir se votaram numa vontade em algo ke não é palpavel?
Como se defende o Povo caso venha a ser enganado?

ou tou a fazer confusão, isso não interessa para nada , é um regime ke não existe, já sabemos ke continuamos todos a votar numa vontade qualquer que não conhecemos e contas feitas , vou mas é desenrascar uns processos, que ainda vou mas é ser despedida...

AM disse...

Caro Fortuna

Eu falo por mim e só por mim, OK?
Eu tenho consciência que tenho uma grande dificuldade em me fazer entender, por isso, desculpe, mas vou tentar de outra forma:

1 – Acredito nas virtualidades de UM sistema de democracia representativa.
2 – Mais, acredito piamente no voto universal e secreto e que cada ser humano é igual a todos os outros e perante todos os outros, com direitos e deveres semelhantes.
3 – Só não acredito que ESTE sistema de democracia representativa seja o melhor nem, muito menos o ÚNICO.
4 – De facto entendo que ESTE sistema de democracia representativa é MAU, MUITO MAU.
5 – Por isso entendo que pode e deve ser MELHORADO, MUITO MELHORADO.
6 – Para isso é necessário haver abertura de espírito e não partir do princípio que já tudo foi inventado e experimentado.
7 – É próprio do homem assumir que aquilo que temos hoje é o culminar da civilização e, por consequência, que nomeadamente os sistemas de governo não podem ser melhorados.
8 – Arrisco mesmo assumir que, desde os primórdios da humanidade, se terá assumido exactamente isso.
9 – Por isso a sua atitude relativamente à mudança é compreensível, por humana.
10 – Lamento no entanto ter que repetir que, em minha opinião, a mudança é POSSÌVEL e DESEJÁVEL.

Se quiserem podemos, um dia, começar a discussão do:
PORQUÊ ?, PARA QUÊ ? e COMO ?

(Ficava só a faltar o QUANDO?)

Um abraço
AMNM

Anónimo disse...

OKK!! A. Moreira., vamos a ela. Só espero que não venha inspirado pelo Dr. Cunhal (paz à sua alma) nem pelo Dr. Salazar. Se for para partir da declaração universal dos direitos do homem para a frente é sempre bem vindo o debate e a discussão e, porque não, a tomada de posições.

AM disse...

Ok, vamos lá começar por uma fácil:

Porque raio é que temos que votar todos no mesmo dia, só temos um dia para votar e só podemos contar os votos no fim ?

Onde está a lógica?

Porque é que não podemos votar (nas Juntas de freguesia, na internet,nos multibancos, etc.etc) desde Sábado a 4ª feira (por exemplo) com informação constante da evolução dos resultados.

Caso na 4ª feira a participação fosse inferior a 60% (por exemplo) prolongava-se até ao domingo seguinte e, só então, fechava.

E esta que acha?

Tem algo contra os seus princípios da democracia representativa?
Vantagens?
Inconvenientes?

Até logo.
AMNM

Anónimo disse...

Estou com uma certa pressa, mas vá lá...
Nenhum inconveniente de fundo.
Apenas vejo como vantagem a possibilidade de incrementar a participação.
Como desvantagens vejo principalmente a complicação dos sistemas. Eu cá nestas coisas prefiro quanto mais instantaneo melhor. Agora se a tecnologia permitir votar no multibanco, na net, etc. tudo bem.
Não é que eu veja nenhum mal de fundo na dilatação do prazo da urna, simplesmente obrigaria a recursos e predisposição que julgo não justificar o ganho.
Quanto à contagem ou informação constante dos resultados já acho um pouco mais complicado. Teria que se avaliar a efectiva influencia no voto. No limite todos tentariam usar alguns expedientes e isso só reforçaria o caciquismo.

Um abraço

Anónimo disse...

esse é ke é o tal sistema participativo ?

Concordo com o prologamento com vista ao aumento de participação e com a tentiva de representar a vontade de todo o povo.

O uso da net seria talvez o unico meio complementar a usar.

Não concordo coma divulgação dos votos, dado que tal informação poderia ser mal utilizada pelos meios de informação e assim gerar polemicas desnecessarias.

Claro ke os partidos teriam que remater os seus programs ou propostas a todos os eleitores, com o minimo de 2 meses de antecendencia, não é Moreira isso tambem faz parte do tal sistema representativo ou não?

AM disse...

Caro Fortuna

Para encerrar este assunto, por agora, dado que, naturalmente este não é o espaço adequado para esta discussão.

Este era apenas um exemplo de medidas, com efeitos significativos, que poderiam ser adoptadas, caso houvesse a vontade REAL de criar uma verdadeira democracia representativa.
A dilatação de prazos, a informação constante da evolução dos resultados e a possibilidade de uma ampliação do prazo, caso a afluência fosse inferior a um determinado valor, teriam decerto o efeito de motivar uma maior e muito mais consciente participação.

Não tenho qualquer dúvida que, caso este sistema fosse utilizado, os resultados nos referendos, quer do Aborto, quer da Regionalização teriam sido muito diferentes e, provavelmente, o mesmo seria também verdade no que respeita ao “empate” de Guterres.

Não há qualquer razão para o voto ser feito apenas num dia e sem qualquer informação, a democracia não é um concurso nem um desporto!!!
Ninguém se apercebe do absurdo (e revelador) que é afirmar-se que este partido ou este candidato GANHARAM as eleições ????

Quando houver espaço (aqui ou noutro local) podemos então prosseguir a discussão caso haja interesse.

Um abraço
AMNM