terça-feira, maio 31, 2005
Excelente editorial de Rogério Gomes
O método indolor
Infelizmente não foi possivel responder atempadamente, porque nem sempre dá, e depois a resposta perde oportunidade.
No entanto, não queria agora perder a oportunidade de referir que existe um grande problema com os cronistas do "Público". É que a rotina é tanta que não precisam da realidade para escrever, criam os seus próprios cenários e discorrem sobre eles como se fossem verdade. E até certo ponto é divertido, mas a realidade é outra coisa.
Veja-se agora se o método é indolor?
P.S. Sim, já sei, já sei!
segunda-feira, maio 30, 2005
Matosinhos
1. Na realidade é verdade que Matosinhos simbolizou, em múltiplos aspectos, sociais, económicos, cooperativos, culturais, uma forma própria, de identidade socialista de gestão citadina.
2. Esta é uma herança que devemos reconhecer e saber distinguir o trigo do joio nesse aspecto. Não é o facto de dois insignes autarcas não se poderem candidatar que se arrumará com o trabalho de desenvolvimento e progresso.
3. Mas e já o afirmei noutros contextos, o projecto parece esgotado, o seu líder está desesperado e denota apenas a sua ambição de continuar no poder, juntamente com vários que necessitam desse ser humano para prosseguirem não um trabalho de cidadania política, mas um serviço ao seu ego.
4. Qualquer projecto, tem de possuir um novo rosto, simultaneamente, capaz de prosseguir caminhos de sucesso, mas também varrer com os muitos fumos perigosos de suspeita, amiguismo, compadrio, etc. E esse rosto tarda, apesar de tudo. È hora! Parafraseando outrem.
5. Será verdade que os nossos adversários sociais-democratas e do PP, não parecem ser capazes desse projecto de mudança que Matosinhos necessita, pois então, não percamos tempo, definamos pontos de ruptura e continuidade. Definamos Matosinhos como um dos pólos dinamizadores nas áreas da cultura, do lazer, da nova indústria, da sua centralidade viária, da capacidade de atrair um pólo universitário em concreto, aproveitando a ESAD e o ISSSP, instituições credibilizadas na área das artes e do social.
Lancemos outras metas, para os cidadãos, porque não a gestão comparticipada, como município experimental em Portugal?
- Enfim, caros companheiros, está pelo menos na hora de aproveitar o momento e mudar a agulha, continuando a senda da liberdade, progresso e cidadania
Joaquim Paulo Silva - Socialista e Livre Pensador
Cavaco
Claro que percebemos que foi uma navalhada à má fila do Marcelo, das que ele gosta com a faca que trás na liga. Houve um processo degenerativo da legislação de Cadilhe depois de ele ser afastado e só por perfídia é que o Marcelo o pode apontar como culpado. É claro que o faz para defender o seu candidato presidencial e sobretudo porque... gosta.
Cadilhe
1. É do Porto, e defende, com argumentos que o seu conhecimento nas ciências económicas certifica, a regionalização.
2. Não estimula as demagogias do PSD
3. Diz umas verdades quando tem que ser!
4. Lixou bem o Cavaco, quase tão bem como o Ferro fez ao Alegre.
sexta-feira, maio 27, 2005
Porto e Lisboa
Uma nova energia para a cidade! diz o Assis
Um projecto com princípio, meio e fim! diz Carrilho
Qualquer um de nós sabe, que num caso e no outro, são melhores políticos do que os seus adversários. São mais competentes e mais atentos à contemporaneidade das ideias. Num caso e no outro, demonstram que o PS apresentou candidatos que respeitam as autarquias das duas cidades, pois um e outro, seriam facilmente aceites como ministros do governo, melhores até do que alguns eu lá estão, aliás um e outro, são amiúdes vezes indicados como capazes de liderar o Partido Socialista.
Assim os ataques que lhes fazem (pouco credíveis, eu sei!) encontram sempre o mesmo ponto de fuga: Serão eles capazes do desafio? Terão pefil e força para derrotar os instalados e demagogos?
Bom! basta passar hoje no Marquês do Pombal e percorrer os corredores de madeiras e pedras, entre as estúpidas e mal organizadas obras, que nos conduzem à estreada Feira do livro, para saber que sim - em Lisboa. Basta ver o estacionamento selvagem, a falta de segurança ou o incrível Metro que apresenta miseráveis condições de mobilidade para cidadãos, nomeadamente cidadãs com filhos pequenos. Paragens de autocarros em locais inacreditáveis, ruas maltratadas, passeios em péssimo estado, enfim. Basta passar na 2ª circular e apanhar todo aquele trânsito a qualquer hora do dia e provavelmente não tardará a ser também da noite, para ver que 1 só estádio dos dois que lhes vemos, daria para pagar boas alternativas. Basta a sinalização, a sujidade, a informação, etc., etc para saber que Lisboa tem muito que melhorar.E mais que nem sei, mas bastava meia semana para saber!
No Porto, quem vier ao contrário do que eu fui pode vêr que a zona das Antas - a mesma que o Rui R. atacou é hoje um pólo dinamizador da cidade, um centro comercial de sucesso, um estádio bem desenhado e muita habitação para recuperar os miles de habitantes que vamos perdendo. Vamos ver as boas recuperações do espaço público e deparamo-nos com o túnel de Ceuta - é uma vergonha. Quem for junto ao mar delicia-se como o Parque da cidade que se fez junto às rochas e pela cidade dentro, mas não sabe as razões de um mamarracho abandonado durante 4 anos. Não sabe porquê milhares de trabalhadores ao mesmo tempo num contra-relógio que devemos ser nós a pagar as horas extraordinárias na Boapista. Não sabe porquê tantos muros de betão nas bermas e a tapar casas.
Mas se for pela marginal do Rio e vir a recuperação ribeirinha fica feliz. Vê pescadores, rapaziada de bicicleta, gente a passear, mas vê casas vazias, o comércio em desespero e acima de tudo nenhuma oferta cultural e turística no centro. Não há CMP, nem para resolver um mercadito da Ribeira. Mas abstraindo disso vê um magnífico património construído, mas vê poucas ou nenhumas casas a serem recuperadas. Sabe entretanto que na CMP. longas filas se acotovelam para resolver os problemas de quem quer recuperar.
E vai embora, ou volta de um ou outro lado qualquer convicto que esta gente mente e mete nojo! Que esta gente não interessa à cidade. Que esta gente é o pior de cada um dos lados.
Um senhor do PSD
Ameaças de Jardim:
Líder da Madeira ameaça impugnar medidas
Alberto João Jardim está contra as medidas anunciadas esta quarta-feira pelo primeiro-ministro para combater o défice. O presidente do Governo Regional da Madeira considera “inadmissível” que sejam as regiões autónomas a pagar os erros dos “políticos de Lisboa”. Quanto ao aumento da tributação das sociedades financeiras inscritas na Zona Franca da Madeira, Jardim garante: “vai impugnar tudo o que puder ser impugnado”.
Iniciativas
Amanhã, sábado, em Visita à Foz do Douro - Assis percorrerá a Freguesia da Foz do Douro e contactará com a população e as colectividades.
Onde falhamos e onde não falhamos!
Isto aparentemente não tem nada a ver com o que vou dizer a seguir. Aparentemente.
Levantei-me de manhã e apeteceu-me tomar um café e comer um bolo na pastelaria do lado. Paguei e desandei.
Como não tinha fruta em casa, passei pela feira da Senhora da Hora e comprei fruta. Aproveitei e comprei flores e como me lembrei que as crianças estavam com as meias já meias gastas e pijamas curtitos, também comprei. Paguei e desandei.
À vinda para casa, não é que o carro deixou de travar direito e começou a fazer um barulho estranho. Passei pelo Sr. Chapas que me fez o favor de dar um jeito no carro. Paguei e desandei.
Fui buscar os miúdos à escola, e vim para casa onde engoli qualquer coisa. Na hora em que lavava a loiça, o cano resolveu entupir e tinha uma chatice das antigas se não fosse o meu amigo Sr. Mãos Rápidas. Sim se não fosse ele estava tramada, mas foi simpaticíssimo e resolveu-me o problema. Só tive tempo de pagar e desandar rapidamente.
Desandar para o médico que já me atendeu com um pouco de mau humor porque cheguei um bocadinho tarde. Paguei rapidamente e desandei, antes que ele nunca mais me atendesse numa próxima vez.
Depois disto tudo percebi que já eram horas de voltar a buscar as crianças à escola e levar uma ao “CHIQUI PARQUE” a uma festita de um amigo e outra à explicação. Na ida como me esqueci de comprar o presente parei rapidamente numa papelaria perto e comprei a prenda, jornais e dois maços de cigarros. Paguei e desandei.
A minha outra criança levei-a à explicação de Física, porque anda com más notas neste período escolar. A professora dele privada é fantástica, e foi mesmo sorte encontra-la, pago um bocadinho caro e ela não passa recibo, mas como não percebo nada de Física não tenho outro remédio. Pago e não bufo.
Estou estourada, mas vou ainda aproveitar, enquanto espero pelos miúdos, para passar na Sra. Bigodis para lavar a cabeça e dar um jeito nas unhas que estão uma miséria. Atrasadíssima, pago e desando ainda como cabelo por secar totalmente.
Finalmente, vou para casa fazer o jantar e sentar-me tranquilamente a ver televisão e a ler os jornais e revistas que comprei. Estou estourada e com a carteira vazia. E como estive cheia de pressa todo o dia não pedi nenhuma factura do que comprei.
Fui mesmo Parva, sabem porquê? Porque hoje ouvi no rádio do carro, a caminho de casa, e depois deste dia estourante, que o Governo vai criar um novo concurso, o FISCOMILHÔES.
Este concurso, o FISCOMILHÔES, é mesmo de aproveitar, só temos que pedir em todos os lados onde compramos e desandamos, as facturas de tudo que consumimos. E ao longo de um mês, temos que guardar todas as facturas cuidadosamente e envia-las, até ao dia 15 do mês seguinte, para o concurso FISCOMILHÕES.
Depois é só esperar o prémio que roda todos os meses. Este prémio é fantástico, porque 1 em cada 10.000 pessoas recebe o equivalente em dinheiro às despesas de consumo corrente.
Hoje não tenho nenhuma prova do que fiz ou paguei o dia inteiro, que vergonha. Mas acima de tudo não vou poder concorrer ao concurso do FISCOMILHÕES, que o NOSSO GOVERNO criou.
Amigos, companheiros, camaradas
Não podemos esperar pelo FISCOMILHõES, não podemos ser mais coniventes com cada fuga, temos que pedir recibo em todas as compras efectuadas. É que migalha também é pão! Somos todos chamados a dar o contributo para acabar de vez com a economia paralela senão queremos continuar a ser taxados mais e mais.
Caros Amigos
Mobilidade de Recursos Humanos entre os Sistemas de Ensino Superior, Científico, de Desenvolvimento Tecnológico, de Inovação e Empresarial
“Bolsas de Mobilidade Nacional” – para realizar um período escolar numa outra entidade de ensino superior;
“Estágios” – para realizar um estágio em contexto de trabalho.
Ambas as acções a realizar no decurso do ano lectivo 2005/2006.
Podem apresentar candidaturas as instituições de ensino superior público, universitário e politécnico do Continente e das Regiões Autónomas, desde que desenvolvam actividades de I&DI e entidades públicas, cooperativas e privadas que desenvolvam actividades de I&DI.
As candidaturas deverão ser apresentadas através do Sistema Integrado de Informação do fundo Social Europeu, no seguinte endereço electrónico: http://siifse.igfse.pt/
Poderá consultar o Regulamento em: http://www.poci2010.mcies.pt/documentacao/.
Não há melhor forma de sermos independentes e de vencer que não passe pelo Saber. Temos que nos mexer, mudar e aproveitar TUDO para nos tornarmos mais instruídos. Força e boas candidaturas!
Todos os caminhos vão dar a ESPANHA
Muitos já não se lembram de famílias inteiras se meterem no carro a caminho de Vigo (caso dos que moravam no Porto, que era o meu), para se comprar tudo. Tudo mesmo, desde caramelos famosíssimos e que se agarravam definitivamente aos dentes, até sapatos, vestidos, a bens de segunda necessidade -champôs, lacas, perfumes, cremes...Enfim, vinha-se de mala do carro cheia. Então na altura do Natal comprava-se desde a maior boneca, a tudo o resto que se punha no sapatinho. Mas isto era há muitos anos atrás. E eu relato a experiência que eu tive a oportunidade de ter quando era miúda. Muitos, nessa altura não tinham carro, e Vigo não existia no mapa, eu também sei.
Mas eu não quero reviver estes tempos de novo, porque tudo tem um tempo, e tenho receio que o Corte Inglês de Vigo se REencha de novo de Portugueses, a comprar tudo. De tudo porque o IVA em Espanha é de 16% e o nosso é de 21%. Falo do Corte Inglês mas podia falar de tudo o resto. De tanta coisa que me perdia na lista. Somos um País pequeno, na cauda física da Europa, relativamente estreito e relativamente perto de Espanha, que se soube e sabe ainda muito bem proteger, e que eu espero que todos os caminhos não tenham inevitavelmente que passar por Ela. Porque se assim for, não sei como vamos fazer crescer a nossa Economia!
Raquel Seruca
quinta-feira, maio 26, 2005
Austeridade: o país e o Porto
O que se esperava das medidas de redução do défice, depois de descoberta a amplitude, era que, se tivessem de incidir na diminuição do poder de compra e portanto na retracção económica e do emprego, incidissem também no agravamento da tributação sobre os rendimentos mais elevados, na maior eficácia da cobrança fiscal (combate à fraude), na diminuição da despesa corrente do Estado (despesas com pessoal) e na diminuição da despesa estrutural (prebendas genéricas dos cargos políticos e reestruturação dos ministérios com vista à diminuição do pessoal).
Foi assim que o primeiro-ministro articulou as medidas que apresentou ao Parlamento. Mas ficam interrogações.
Em primeiro lugar, a subida do IVA não poderá levar, por efeitos retractivos sobre o consumo, à diminuição da massa tributável e portanto a um resultado oposto ao esperado em matéria fiscal? Vai depender de o efeito retractivo ser ao não compensado pelo investimento público, sendo a grande diferença em relação a medidas semelhantes tomadas no passado com efeitos desastrosos.
Em segundo lugar, como proclamar medidas incidentes sobre os chamados “direitos adquiridos” da função pública, que alteram as expectativas de carreira, fora dum quadro da negociação social; em particular depois de dois anos consecutivos de baixa de poder de compra para cerca de 700 mil?
Em terceiro lugar, quantas vezes vimos promessas de austeridade em relação ao funcionamento do Estado que, na prática, não passaram de volátil vapor? Vai o parlamento votar contra o fim das escandalosas pensões vitalícias? E contra os subsídios de reintegração dos que retornam à carreira sem terem tido prejuízos de progressão? E contra as contagens a dobrar de tempo de serviço de autarcas? Vai o Parlamento ser reformado como um ministério, passando as despesas para metade? Os ministérios vão ser emagrecidos sobretudo nas suas sedes onde há a maior concentração parasitária? Vão os gestores públicos ver reduzidos os rendimentos, sabendo-se que a argumentação de que são precisos os melhores, e portanto os mais bem pagos, não passa de música histriónica? Vai surgir uma “nova” moral pública que retome a “velha” moral cívica republicana, que despreze a pacóvia ostentação de objectos simbólicos de riqueza (sobretudo quando a sua aquisição provém dos cofres do Estado), e pelo contrário enfatize a pureza do serviço público? É moralismo? E o contrário é o quê?
O país aceitou a mensagem de austeridade de Sócrates, tanto pelo equilíbrio das medidas, como pela expectativa na sua eficácia. Se a segunda não pode ser defraudada, também a primeira, a das medidas incidentes sobre os “poderosos”, não pode ser desviada. O PS tem maioria absoluta, e Sócrates continua a ter o poder total dentro do partido. Ainda por cima com um PSD sem condições para se opor, e um PP parlamentar que, passada a encenação de responsável, mostra o que é. Pelo que não se compreenderia que, por parte do PS, não fosse feito o que tem de ser feito. Maioria absoluta quer dizer responsabilidade absoluta.
Sentido da responsabilidade e austeridade era também preciso na Câmara do Porto. O falhanço de Rio no Porto é igual ao do PSD-PP no país, tem as mesmas características. A cosmética de austeridade não só parou o Porto como aumentou a dívida da Câmara. Porque o propalado rigor de poupança do Dr. Rio não passa de cosmética, e isso vê-se com toda a facilidade agora que iniciou, a partir da Câmara, a campanha eleitoral. O Governo fala de redução drástica das despesas de publicidade, mas na Câmara do Porto sucedem-se as luxuosas revistas e brochuras de propaganda eleitoral distribuídas “gratuitamente” por todos os munícipes (ou seja pagas por todos eles/nós). Nunca houve dinheiro para nada neste Porto que Rio estagnou e degradou, no entanto não falta dinheiro para fazer asneiras nem obras sumptuários que se destinam unicamente a propaganda eleitoral! No primeiro caso, veja-se como Rio arranjou o imbróglio da saída do Túnel de Ceuta, encarecendo a obra e criando a situação de um túnel sem saída, quando no projecto que estava, não só era muito barato como a saída (no Carregal) já estaria feita há muito. No segundo, veja-se quanto custarão as obras de Rio para transformar a Boavista numa (boa)pista de automóveis de corrida antigos, que não podem tremer senão caem-lhes os parafusos! Seis milhões que diz que a Metro lhe dará por conta da linha da Boavista e que portanto nunca dará porque nunca haverá tal disparate. E o levantamento dos carris no Viaduto? Quanto custou? Quanto custará voltar a pô-los quando para a Câmara voltar gente competente e o Plano de Mobilidade for implementado? E a Circunvalação Oeste-Este transformada numa pista? Quanto? E as obras na Rua da Vilarinha, obras necessárias mas não deveriam ser feitas por causa da corrida, mas sim por causa da população? Mais o resto? Quanto custará a brincadeira eleitoral do Dr. Rio, para recordar o passado com os amigos em vez de construir o futuro para todos? Vinte milhões? Mais? Quanto mais em horas extras para acertar o calendário? Cheirando a eleições onde está a austeridade? Quanto gasta a Câmara em publicações, cartazes, e para certos jornais e rádios lhe fazerem os fretes? E quantas dezenas de milhões ficam para a próxima Câmara pagar pela quantidade de pedidos de indemnização que estão nos tribunais, em muitos casos resultados das incompetências e irresponsabilidades do Dr. Rio?
(in O Comércio do Porto 27 de Maio de 2005)
quarta-feira, maio 25, 2005
Matosinhos, que mudança?
A longa novela que se vem vivendo no Partido Socialista, desde as ultimas disputas concelhias internas, passando pelo lamentável episódio da lota e até à designação do futuro candidato à câmara municipal, tem deixado e mantido a população num clima de incerteza que vai além do mero desconhecimento relativamente às figuras de proa da autarquia. Na verdade, um projecto autárquico não se resume aos seus protagonistas principais. Um projecto autárquico, como aliás qualquer outro de natureza politica, deverá contar, para além das pessoas que o protagonizam e que sintetizam e representam um conjunto de vontades colectivas, com um programa ao qual se vinculam. Sendo no entanto certo que a existência de uma liderança que saiba interpretar esse conjunto de vontades e as materialize num programa, transmite a consistência necessária ao projecto para que ele se possa tornar ganhador.
Esta incerteza relativa aos protagonistas socialistas em Matosinhos não se limita portanto à dúvida sobre quem poderá vir a ser o futuro presidente da autarquia. Esta incerteza não permite a formatação natural da continuidade de um projecto que se foi revelando ganhador ao longo dos anos e que colocou Matosinhos na primeira linha em tantas áreas da acção politica. Aliás, a qualidade do projecto socialista que foi posto em prática ao longo destes anos nunca esteve em causa, de tal forma que mesmo a nível interno as alternativas não se geraram com base em verdadeiramente novas orientações e sim em torno dos seus protagonistas.
É natural portanto o clima de desorientação que se vai sentindo entre as pessoas, porque se o projecto socialista vai, com certeza, evoluir na continuidade, não é ainda perceptível que equipas e que conjunto de pessoas o poderão protagonizar, sendo verdade que um conjunto de pessoas sem projecto dificilmente serão uma mais valia para qualquer autarquia, mas igualmente, um projecto sem pessoas qualificadas e capazes de o protagonizar de pouco servirá.
No entanto, o grande drama em Matosinhos não está do lado do Partido Socialista. O drama está do lado da oposição que ao longo destes anos tem sido incapaz de gerar uma alternativa politica consistente ao projecto do PS.
À parte o inegável empenho do deputado Honório Novo, do PCP, tudo mais é um deserto desolador, tanto no que diz respeito a projectos alternativos quanto no que diz respeito à intervenção pública propriamente dita.
Se atentarmos no PSD, o maior partido da oposição concelhia, percebemos o óbvio: a total falta de estratégia politica consequente da falta de projecto político e dos respectivos protagonistas.
Esta deriva de hesitações a que vimos assistindo, com a escolha do seu candidato e da restante equipa, não se prende com qualquer esquema táctico de conquista de poder baseado na oportunidade e no momento. Prende-se com a incapacidade de gerar um projecto por parte de todo um conjunto de pessoas que, perante a ambição do poder, se resignam a uma “navegação à vista”, que é como quem diz, a ver se isto nos cai nas mãos.
Mas que confiança pode o eleitorado depositar em mãos que sempre provaram serem capazes de coisa nenhuma? Que alternativa consistente tem o eleitorado ao projecto politico de Partido Socialista? Antecipo a resposta que se adivinha… nenhuma.
Não admira por isso que a comissão politica concelhia do PSD tenha querido impor primárias para escolha do seu candidato, numa tentativa desesperada de conquistar algum espaço político. É que a questão das primárias tem sido debatida no interior do PSD com alguma seriedade, como tentativa de ir ainda mais longe do que aquilo que foi conseguido pelo Partido Socialista com a eleição universal, directa e secreta do seu líder por mais de 70% dos votos dos militantes. Essa sim, uma enorme vitória do Partido Socialista e do sistema partidário pela credibilidade que conferiu a José Sócrates para se apresentar a eleições como o líder dos socialistas, sem as trapalhadas dos votos delegados e das inerências.
Pelo contrário, aqui em Matosinhos, a iniciativa da concelhia laranja é apenas a tentativa de “cavalgar a onda”, através de um expediente que se julga na moda. Esquecendo-se de que se a questão das primárias ainda não deu maiores passos é porque restam muitas incertezas acerca da sua real valia para o nosso sistema partidário, nomeadamente no que diz respeito às perversões eleitorais que permitiriam.
Agora, como antes, ao longo destes anos, não restam aos matosinhenses outras opções credíveis que não seja a do projecto político do Partido Socialista, assim os futuros candidatos o saibam protagonizar.
Daniel Fortuna do Couto
terça-feira, maio 24, 2005
Eu tenho aqui um número.
O numero que aqui tenho não é dois, nem três, nem quatro e nem cinco. O numero é seis virgula oitenta e três. Repito: seis virgula oitenta e três por cento.
A retoma tem que estar aí:
- O clube dos 6 milhões é campeão!
- No IVA já dá para jogar ao 21!
- Mourinho já é bom português!
- Figo na selecção!
- Jósé Manuel é presidente da Comissão (desde que não faça campanha pelo sim)
- O Tabaco e o tintol aumentam!
- A saúde só gasta 40% do OE.
- Rui Rio defende um tunel no Porto em frente a Museu e faz umas corridas à custa de 400 árvores.
- valentim é pepsodente, quer dizer independente!
- PSL anda por aí!
- A Dona Constança, a tal da Festa e da Festança afinal é um transexual e é de género Masculino: traz um relatório.
uí, uí, como dizia o 'Nando sobre o infante:
"Quem te sagrou criou-te português.
Do mar e nós em ti nos deu sinal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal! "
SAMPAIO usa DOVE!
O Presidente da República considera que o problema do défice é «complicado e difícil». Num comentário às conclusões da comissão encarregue de analisar as contas públicas nacionais, Jorge Sampaio apelou aos portugueses para o trabalho que há a fazer.
( 10:50 / 24 de Maio 05 )
O Presidente da República afirmou, esta terça-feira, que o «problema do défice é complicado e difícil».Comentando o valor de 6,83 por cento de défice apurado pela comissão independente às contas públicas nacionais, à margem da visita que efectua ao Japão, Jorge Sampaio defendeu que «todos os portugueses têm que ter consciência do muito trabalho que há a fazer».«Não podemos ter ilusões como ciclicamente aconteceu e a história de Portugal demonstra claramente, pois Portugal vive novamente uma situação difícil», afirmou."
IRRRRRRRRRRRA!
Poucos conseguiriam vêr tanta inteligência nesta declaração! Então o nosso choroso presidente que exigiu aos partidos a aprovação de um orçamento par o PSL desbaratar lava as mão como Pilatos?
Durante todo o periodo do déficite foi ou não ele o Presidente? Secundou ou não as políticas de Barroso? Instigou ou não Guterres a assumir os resultados eleitorais de umas autárquicas com ameaças veladas? Aceitou uma mudança num governo não sufragado para que Durão fugisse? Contribui para a descridibilização da Europa ao permitir que um líder fraco de um País em queda económica fosse nomeado Presidente da CE pelos conservadores?
E depois disto tudo nem uma lágrimazita? Bolas! Devo ser eu que sozinho acho estes mandatos do ruivo Sampaio uma trampa.
ass. Avelino Oliveira
Ps: não quero com a minha opinião comprometer outros sedentos por isso que fique bem claro que sou mesmo eu, Avelino oliveira, que não gosto do Sampaio nem do Sampaísmo (porque ele existe)
No TAF diz-se que:
Manifestantes e desosnestidade intelectual
União em torno do apertão!
Um aviso aos estudo
Bruxelas prepara processo contra Portugal
( 19:34 / 23 de Maio 05 )
A porta-voz do comissário europeu para os Assuntos Económicos e Monetários afirmou que Bruxelas aguarda, apenas, que Lisboa entregue o Programa de Estabilidade e Crescimento actualizado, o que deverá acontecer até ao final deste mês. (...)
6,8%
segunda-feira, maio 23, 2005
o sítio do não
Ainda não comentamos a enervante mania do Pacheco Pereira em se armar em "enfant terrible" do PSD. Agora deu-lhe o olho para a oportunidade de impulsionar o não à constituição europeia.
Na verdade o blogue tem interesse pela diversidade de opiniões e pela fuga ao sentido único opinativo.
Se por um lado demonstra a destreza do Pacheco Pereira em tratar de forma contemporânea a discussão, por outro lado revela algum oportunismo político.
Curioso é o facto de paulatinamente se desvanecer as douradas opiniões do Professor Marcelo. Na verdade esse ilustre, que devora livros de todo tipo, até culinários, ainda não descobriu a blogosfera.
Deste modo Pacheco constrói uma sólida fama de provedor da net, tentando assumir a sua condição maior de intelectual do debate do espaço “étereo”.
Ficava muitíssimo bem, alguns fortes defensores do SIM impulsionarem o blogue do SIM.
A perda de Paul Ricoer
Mistura de futebol e política
Dizem que falta sal na Distrital
- O ilustre desconhecido Gonçalves Pereira faz o frete a Valentim.
- No PS Ricardo Magalhães desmotivou-se com as hipóteses de Valentim arrasar.
- Na concelhia se calhar - optam por uma mulher - deputada - quem sabe.
- Em Felgueiras estuda-se a candidatura de Fátima Felgueiras como independente - sem comentários.
- Em Matosinhos, só as festas do seu padroeiro que, junto com a sobras da BoaPista e circunvalação afectam os pobres cidadãos.
- Política nada, ou melhor menos que nada, pois quanto mais se adianta, mais a malta se afronta. Daqui a pouco já ninguém quer e ninguém se arranja.
- No Porto uns quantos chateiam-se com o tratamento dispensado a um líder concelhio.
- No resto nada parece mais especial do que os motores que aquecem duma campanha bem animada.
A porta dos fundos
Ode, não sei bem de quê!
Elevados Apolos que correis em casa de xadrez,
Homens, mulheres e crianças que já não saboreavas o sabor da alegria.
Agora chegou a vez de Portugal!
Agora a modorra acabou!
Agora o país desperta em floridos oásis de boaventurança!
Acabaste deficit, senão acabaste, acabemos-te!
Feliz, Feliz o País.
TCHAM, pam, Tcharammmm!
Fiuuuuuuuu - Pum!
(...)
sábado, maio 21, 2005
De novo o Déficit
O presidente da Associação Nacional dos Municípios Portugueses, Fernando Ruas, pediu ontem ao primeiro-ministro, José Sócrates, o fim dos actuais limites ao endividamento dos municípios e a reposição do quadro legal anterior a 2003.
Ora ao que tudo indica nos próximos dias Sócrates irá falar do já tristemente famoso “défice das contas públicas” anunciando medidas drásticas para o combater. Este discurso de Fernando Ruas, que não nos enganemos é comum a muitos presidentes e candidatos a presidentes de câmara de todas as cores politicas, cria a ideia cada vez maior de que existe um fosso que se vai cavando entre os políticos que estão seriamente preocupados em resolver um problema estrutural e aqueles que apenas querem resolver o problema da sua próxima reeleição. É urgente censurar esta forma de estar em politica, que tem o seu auge máximo nos casos de Valentim Loureiro, Alberto João Jardim e Fátima Felgueiras, de políticos que se julgam acima das leis da república e do bom senso que é pedido para desempenhar cargos públicos. De facto a limitação de mandatos poderá atenuar a sensação de impunidade e legitimação pessoal alicerçada no caciquismo e teia de interesses, que apesar de beneficiar alguns prejudica todos.
Mas esta não é a única medida capaz de moralizar a vida politica portuguesa.
É do interesse comum que se trata, e não podemos permitir que as câmaras, ou os institutos públicos sem qualquer fim ou utilidade, as mordomias dadas a altos cargos do estado ou da administração central, a constante resistência a uma reforma fiscal séria que alargue a base de tributação dos impostos, as reformas milionárias de alguns pagas por todos etc., façam com que as medidas de contenção afectem sempre os mesmo – os que pagam impostos, que se debatem com os problemas “Kafkianos” da administração central e local sempre que têem de tratar de algum assunto que envolva o estado.
Os problemas estão identificados, não pode manter-se a ideia constante de que não há capacidade politica para os combater. Penso que o que Sócrates tem para dizer ao país vai determinar a forma como o país vai olhar para ele ao longo do resto do seu mandato.
sexta-feira, maio 20, 2005
Era a isto que Assis se referia!
Emílio Pérez Tourino, que tentará nas eleições de 19 de Junho pôr fim a 16 anos de presidência do democrata-cristão Fraga Iribarne, foi recebido durante uma hora por José Sócrates, em S. Bento.No final da reunião, Emílio Pérez Tourino disse que "a primeira prioridade estratégica de um Governo socialista de mudança na Galiza será ampliar e fortalecer a cooperação com Portugal".
Mais dos Calhambeques!
Estas são as perguntas e respostas para a categoria Futuro do Circuito da Boavista.
O que vai acontecer a todo o material, muros de betão, pneus, redes, bancadas, etc, após a realização do Grande Prémio?
Parte do material é alugado, como as bancadas, as redes, etc, quanto ao restante será armazenado, acreditando a CMP que o Circuito voltará a ser utlizado pelo menos de dois em dois anos.
nota: Aí é?
Vão-se realizar outras provas sem ser de históricos no Circuito da Boavista?
O Circuito terá condições técnicas para aceitar carro de corrida actuais de diversas categorias, existindo uma vontade forte e séria por parte da CMP que tal aconteça.
nota: com o Metro ou sem metro?
In formação do maior evento da Coligação
"No ano passado, o Porto foi uma das cidades anfitriãs do Euro 2004, tendo acolhido um dos acontecimentos desportivos mais importantes não só a nível europeu mas também mundial. No Verão de 2004, a cidade duplicou o número de visitantes e conheceu um programa de animação único, com inúmeras e diversas iniciativas, que decorreram de Maio até Setembro.
O nome do Porto foi inegavelmente projectado e a nossa hospitalidade foi reconhecida por todos. O actual executivo da Câmara Municipal do Porto, consciente da necessidade de continuar a trabalhar na projecção da imagem e do nome da Invicta, decidiu reeditar o mítico Circuito da Boavista." (texto do site da miticas corridas - assinado por Rui R. )
Bancadas
Três dias: €50
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Três dias: €65
6ª feira: €15
Sábado: €30
Domingo: €50
Bilhetes Familiares (apresentados simultaneamente, na entrada, com identificação)
2 bilhetes – Fim-de-semana: €110.
6ªfeira: €25
Sábado: €45
Domingo: €85
3 bilhetes – Fim-de-semana: € 140
6ª feira: €35
Sábado: €60
Domingo: €105
4 bilhetes – Fim-de-semana: € 160
6ª feira: €40
Sábado: €75
Domingo: €120
Paddock + Bancada A – Não há bilhete familiar
Compra antecipada (até 30 de Maio corram, corram) – 15%.
Empresas (vendidos directamente pela Talento) : Mais de 50 bilhetes – 20%
Sócios do ACP – 10%. Sócios do C.P.A.A. e do ACP Clássicos – 15%.
Venda de Bilhetes
Ticket Line - http://www.ticketline.pt/
Call Center Ticketline: 21 00 36 300 (allô fala de Lisboa)
ACP
Todas as delegações FNAC e Agência Abreu ( a partir de data a informar)
Pacotes especiais de hoteis e tours
Agência Oficial
GEOTUR
Tel: 21 842 2700
Fax: 21 847 4261
E-mail: incomin@geotur.com
VIP Village
A Geotur Agencia Oficial do evento organiza pacotes especiais para esta zona (entenda-se por zona aquela cidade lá do Norte).
Tel 21 842 2700 ou fax 21 412 0553 – incoming@.com
Descontos especiais:
Compra antecipada (até 31 de Maio) – 15%.
Empresas (vendidos directamente pela Talento) : Mais de 50 bilhetes – 20%
Sócios do ACP – 10%. Sócios do C.P.A.A. e do ACP Clássicos – 15%. Não acumuláveis. que pena!
NOTA IMPORTANTE
Pit walk e Grid walk
O público possuidor de bilhete para o PADDOCK terá acesso ao “pit walk” (passeios pelas boxes) e ao “grid walk” (passeio pela grelha de partida) programados.
Paddock
Não dá acesso a a qualquer bancada mas não terá acesso a qualquer bancada. (em bom português, vai para ali ou para acolá?)
No entanto, há zona de peão, e é de acesso gratuito. (ah bom!)
Crianças
Bancadas - Não pagam as de colo
Paddock - Não pagam até os 8 anos (inclusive).
Pulseiras (vendem-se modelos do Santana Lopes)
São de colocação obrigatória a entrada do Paddock
Programa Oficial
Estará publicado nos principais jornais ou pelo site www.circuitodaboavista.com
Restauração (todos com licença da Câmara e parecer das entidades oficiais)
Haverão restaurantes e quiosques em todas as zonas, do paddock social e técnico.
Três dias: €110
A sru on-line
http://www.portovivosru.pt/
O seu trabalho incide actualmente neste pequeno quarteirão:
"Porto Vivo, SRU pretende, com este documento, lançar o primeiro processo de reabilitação, do Quarteirão de Carlos Alberto, delimitado por esta Praça e pelas Ruas das Oliveiras, Sá de Noronha e Actor João Guedes, onde existem cerca de três dezenas de prédios, alguns deles, como é o caso do antigo Café Luso, em muito mau estado de conservação e mesmo de ruína. "
Para mais informação consultem o famoso masterplan (pdf)
Conferência Internacional “Cidade Pedonal”
“Cidade Pedonal”, reveste-se de particular interesse para todos os intervenientes na “construção” da cidade, empenhados em dar resposta ao desafio da sustentabilidade.
“Cidade Pedonal” vai debater, numa perspectiva de sustentabilidade, questões relacionadas com os planos de pedonização desenvolvidos em várias centros urbanos, desde os princípios geradores e planeamento, até à implementação e análise dos impactos Ambientais, Económicos e Sociais.
As acções de promoção do modo de comutação a pé em alternativa ao motorizado, serão analizadas enquanto estratégia conducente à recuperação da qualidade vida na cidade, em sintonia com os objectivos da Agenda 21.
Esta Conferência Internacional vai trazer até nós experiências desenvolvidas em cidades da Europa e Estados Unidos e promover um Forum de discussão que contará com a presença de especialistas de reconhecido valor internacional da Alemanha, Dinamarca, Espanha, EUA, França, Itália, Reino Unido, Suiça e Portugal.
Boletim de Inscrição, Programa e Informações em :
www.arppa.org/cidadepedonal
Organização:
ARPPA – Associação Regional de Proteção do Património Cultural e Natural
Contactos:
Dulce Marques de Almeida, Arqtª
22 537 6510
email: cidadepedonal@arppa.org
O relatório Constâncio
A palhaçada do RUI
Chama-se a isto o quê senão desrespeito pelo funcionamento do estado de Direito?
Rui R perdeu a acção e agora fez outra! apresentou novos argumentos? Não, simplesmente ataca agora as pessoas e não o que elas representam, tentando fazer política com o que é da cidade.
Será que não há má fé no enormes montes de terra vegetal e detritos colocada em frente ao Museu Soares dos Reis?
E agora o "Paladino do Norte" vem peir ajuda a Sócrates, nem Calimero se lembraria de melhor.
É mesmo preciso novo rumo. Determinação é uma coisa. Teimosia é outra. Obstinação congénita sem racionalidade é a pior de todas.
quinta-feira, maio 19, 2005
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УЕФА "Спортинг" теряет Пинилью
21-летний нападающий растянул связки левого колена за день до решающего матча Кубка УЕФА, тренируясь на стадионе "Жозе Алваладе", сообщает uefa.com. Степень серьезности повреждения станет известна лишь в четверг, однако уже сейчас ясно, что Пинилья точно не сыграет против московского ЦСКА.
"Футболист не сможет выйти на поле, причем есть вероятность, что он получил очень серьезную травму, - заявил врач "Спортинга" Гомеш Перейра. - Возможно, Пинилье даже потребуется операция, но все прояснится только через два дня".
Mais bananas
Episódios no PSD
Ora aí está uma belissima novela!
Isaltino Morais é o mais desejado pela Comissão Política Distrital de Lisboa do PSD para concorrer à presidência da Câmara de Oeiras
Valentim Loureiro é o mais desejado pela Comissão Política Distrital do Porto do PSD para concorrer à presidência da Câmara de Gondomar.
António villaraigosa
Ora aí está um exemplo para os independentes em Portugal: na disputa entre 2 democratas, ganhou pela primeira vez em 100 anos um hispânico a Câmara de Los Angeles.
Trump quer refazer torres gémeas
O magnata defende um projecto que refaz as torres gémeas, mas os responsáveis desmentem-no. Dizem que a dupla (bem polémica) de Liebskind com Childs é que irá avançar.
Trump sugere-lhes para deitarem fora o projecto.
Considerando que Liebskind fartou-se de ser premiado este ano, e é conhecido que se farta, será que veremos algo parecido feito ao Siza com o seu projecto de pavimentos nos Aliados?
Grafiti
quarta-feira, maio 18, 2005
Assis na blogosfera
O "A baixa do porto" tem feito uma discussão generalizada e atenta da cidade, pelo que hoje tem um papel incontornavel na discussão de temas importantes para o Porto.
A sua diversidade e pluralidade são um factor decisivo e implicam o respeito devido ao blogue a aos seus participantes.
Deste modo apreciar-se-à ouvir os comentários de viva voz dos poucos que ainda não aderiram a esta candidatura. E seguramente sentir-se-à a receptividade dos que no PS depositam as suas quase esgotadas esperanças de dar rumo à cidade.
Por outro lado dar-se-à a hipótese a muitos de se conhecerem melhor.
Finalmente resultará um fim de tarde divertido que a história tratará de classificar, ou não!
ЦСКА сумел выравнять положение
Голы футболистов сборной России позволили ЦСКА стать первым российским клубом, завоевавшим Кубок УЕФА. В среду поздним вечером московские "армейцы" выиграли здесь у португальского "Спортинга" со счетом 3:1.
после первого тайма, ЦСКА сумел выравнять положение на 57-й минуте /Алексей Березуцкий/, а спустя 8 мин второй гол забил Юрий Жирков. Победную точку за 15 мин до финального свистка поставил легионер из Бразилии Вагнер. Любопытно, что все три голевые передачи сделал другой бразильский легионер Даниэл Карвалью. Именно он и был признан "лучшим игроком" матча, получив специальный приз и 10 тысяч евро от одного из спонсоров – датской пивоваренной компании "Карлсберг".
Доступ к полному тексту данного сообщения и к другим материалам, показывающим развитие событий, по подписке
Dia Internacional dos Museus
Hoje é dia internacional dos museus!
Resolvi perguntar-me:
quantas vezes vou a museus,
quantos museus conheço,
que museus visitei com os meus filhos,
e se os museus que uma cidade tem me fazem escolher essa cidade para visitar?
Agradavelmente surpreendida, verifiquei que os museus são instrumentos fundamentais na escolha dos locais das minhas férias, sozinha ou com filhos. E quando me apetece sair ao fim de semana Serralves é sempre uma escolha a ter em conta. E os os miúdos adoram e divertem-se a ir a museus, a ver, a descobrir, a criticar, a gargalhar com algumas das obras expostas, a responder a perguntas de questionários, e a mexer (em alguns deles).
Tarda o passe de entrada nos nossos museus, é urgente que exista porque tenho a certeza que os museus vão passar a ser roteiros turísticos de férias e fins-de-semana de muitas mais famílias portuguesas.
Hoje, que é o dia internacional dos museus espero que muitos alunos passem o dia nos museus. Invadam-nos (!), porque os nossos museus merecem a nossa atenção e nós merecemos conhecer o que de Bom temos no nosso país. E a escolha é variada, desde pintura, ciência, etnografia, traje, oceanário… Há grandes e pequenos museus em todos os locais, e em todos descobrimos sempre alguma coisa que nos fica inevitavelmente na memória. É essa memória cheia de impressões daquilo que vemos e sentimos que nos torna mais felizes. Vamos conhecer aquilo que já faz parte da História de Portugal, mas também conhecer aquilo que é actual, e quem sabe um dia vai pertencer à História
A escolha das pinturas são minhas porque me IMPRESSIONARAM um dia…, bem ou mal… é comigo!
Assis na TV
As importações chinesas!
«União Europeia pronta para ir mais longe»
Durão Barroso alertou a China de que a União Europeia está «pronta a ir mais longe» na questão da importação de têxteis chineses. O ministro do Comércio chinês já veio dizer que as medidas dos EUA e da UE violam as regras da Organização Mundial de Comércio.
( 09:00 / 18 de Maio 05 )
O presidente da Comissão Europeia está «pronto a ir mais além» caso «não haja uma atitude construtiva» por parte da China na questão das importações dos têxteis daqule país para a União Europeia.«Espero que haja medidas com esta determinação do lado chinês, senão tomaremos medidas ainda mais fortes», ameaçou Durão Barroso, em entrevista à rádio francesa Europe 1.
a fotocópia no gestor de conta
Uma minuta do despacho dos ex-ministros Nobre Guedes, Telmo Correia e Nobre Guedes que caucionou o abate de sobreiros para o empreendimento turístico do Grupo Espírito Santo, em Benavente, foi apreendida nas instalações da Escom, durante a busca ali realizada no âmbito das investigações do caso Portucale."
Paredes
A frase política do Ano
para os mais distraidos esta não é uma foto de Salazar antes de cair da cadeira.
terça-feira, maio 17, 2005
TRIBUNA SOCIALISTA - Democracia & Socialismo
CMP
Aparenta a possibilidade de Rui R. até poder retirar-lhe os pelouros, será?
Gondomar
Aos nossos apartidários
- E já falaste com o teu partido?
- Não, falei com o teu!
segunda-feira, maio 16, 2005
APAGAR A MEMÓRIA
«(...) É lamentável que ainda hoje, continuemos a apagar a nossa memória colectiva pela lei do camartelo. Quando aplaudimos os esforços do SRU, devíamos lembrar-nos que ancorar o que restadessa memória faz parte integrante da criatividade sem a qual nunca haverá a tão desjada reabilitação. Poderemos fazer até uma nova cidade, mas não conseguiremos rafazer a nossa cidade escaqueirando o que temos. (...)
Nenhuma obra, das muitas e más que foram sendo feiras, terá a dimensão trágica dos molhes do Douro.
(...)
Entretidos por promessas espúrias e publicidades enganosas de fantasiosas brochuras municipais, transformamo-nos numa sociedade qcrítica. Preferimos que as "obras que "têm que ser feitas avancem rápidop e nos cuasem o menor transtorno. Destruíram a paisagem com os molhes? Lá terá que ser, por causa da exportação do granito. As areias que iam reforçar o Cabedelo estão afinal a ser vendidas em Valbom? Deve ser para fomentar a construção civil... Aterraram a porta dos Carrancas? Deixem lá fazer a saída do túnel ou nunca mais acabam as obras! Vão fazer uma pavorosa marina mediterrânica na Alfàndega, em pleno centro histórico? Não faz mal, vaio atrair turistas ricos! Vão mexer nos Aliados? Não se aflijam, o projecto é do Siza. Esventraram a Boavista? Tinha que ser para a s corridas "míticas" do Rio. Arrancaram as árvores? Ora, há verde que chegue no Parque.
(...) O pior sintoma de depressão e dacadência da cidade é esta letargia, esta insensibilidade, este estado de prostação, perante a banalização do vandalismo.»
Porquê chamar-lhe cultura?
Se a relação com o IPPAR é esta, se não há ligação com a cidade, então há que perguntar se não lhes valerá a pena mudar o nome para pelouro do Turismo.
Silva Garcia candidato
Grande candidato à Póvoa, com curriculo e cujo modo de tratamento que tem sofrido merece toda a expectativa gerada.
Silva Garcia apresentado como candidato.
Todos os sedentos, em particular os arquitectos enviam os votos de uma grande campanha e uma maior vitória!
domingo, maio 15, 2005
episódios na vida de um País
Uns disfarçaram-se de verde (deviam ser ecologistas) e outros trajaram com faixas, pinturas, e mais o que lhes conviesse na mona, de vermelho.
As Tv's registavam uns autocarros a meio da tarde a passarem pelo meio da cidade. Os helicópteros sobrevoavam a vetusta Lisboa à procura de aglomerados e quezilias por onde o povo andasse.
Nos écrans as familias portuguesas, bem portuguesas (como a Megre) dividiam-se nas cores e nas letras da berraria. Houve tempos em que os Megre haveriam de ser Silvas ou Motas, ou assim, mas agora não, tinham sofás de Couro, camisetas Sacooooooor, cabelos aprumadinhos, mães com wonderbrás, tias e primas jeitosas como o caraças. O século XXI no expoente do seu paradigma doméstico. As pronuncias eram irritantemente agudas e acabavam sempre na boca de todos ainvariavelmente esticar a ultima silaba.
Portugal estava feliz, afinal já há muito que não havia campeonato como este!
Os jornalistas sorriam com envergonhada malicia tendênciosa e as esplanadas transbordavam a alegria pura do desporto. Portugal parou. Portugal era alí.
Depois veio uma jogatina. A Duras haveria de vêr gazelas naqueles Apolos, eu pobre de mim, só consegui vêr raquiticos. A espaços vi fiteirices, broncos, cuspidelas, até mesmo um gajo que parecia o Lecter. Mas no fim, ainda consegui vêr uma Galinha, mãe de todos os frangos, a saltar com uma girafa desconchavada. O Povo saltou em esplendoroso uníssono berro . Gostava de ter adivinhado se foi pela girafa ou pela galinha, mas saltaram, enlouquecidamente. Gritavam e abanavam as ripas de pano com dizeres. A multidão entoava as três letras do alfabeto: ésseélebê, ésseélebê,...!
Imaginei então a catrafada de pais de familia que deviam estar a essa hora a surrar a patroa ou a insultar os filhos. Lembrei-me daqueles pobres de espírito que não gostavam disto, ou se gostavam não era daquelas cores. Não sabiam nada da vida, não existiam na vida social, cultural e económica do Portugal moderno.
Depois foi um vêr se te avias! Celebrações, empurrões, gritos, abraços e tudo o mais. Os outros anunciavam uma repetição qualquer para 4ª Feira e abandonavam cabisbaixos as ruas da cidade, encatrafiando-se em escuros caminhos, abandonando as celebrativas esplanadas.
De repente veio um estranho homem. Falava enviezado, com um misto de palavras latinas todas juntas, fez-me logo lembrar aquela personagem que Eco celebrizou no nome da Rosa, falando tudo misturado. No entanto, este homem fazia sentido: "Aún no temos ganados nada por isso hay que expectar por el proximo partido a vêr se pudemos haber campéóne. Él puebo va piano que esto é muito presto dopo nun se quexem de mi. Manca ganar àl Boavista y yó lo sei pro altres no aparerientam sapere. Eles adeptos hão que ter calma.
E lá fora pararam de repente os ésseélebês, de transistor na mão, ou a olharem as montras de aparelhos de televisão todos escutaram ....... "qé qél disse?"...."sei lá! A treta do costume, devia era ter metido o Mantorras mais cedo".... e continuaram.... "Ésseélebê, ésséélebê,......
(não perca o próximo episódio daqui a uma semana, só que agora no Porto, desta vez será sobrevoada a Avenida da Boapista, a a alameda das Antas, os jornalistas entrevistarão o Pobão e nós andaremos por aí, consta até que um tal sedento fará GRRRRRRRRR, e com sorte a sabedoria popular vencerá, os foguetes atiram-se na hora certa!)
sábado, maio 14, 2005
Verniz
PB
sexta-feira, maio 13, 2005
aceitam-se sugestões para cadeiras vazias
As idiotices de um Padre
Ricardo Magalhães em Gondomar?
Pedro Baptista
Vem aí uma cambalhota
Rio quer armar-se em paladino da cidade que desprezou durante todo o mandato e sobretudo vingar-se da Ministra da Cultura.
Ora o actual imbróglio, provocado pela providência cautelar de um grupo no "Administrativo", tem a ver com o concurso do governo anterior, cujos resultados foram emitidos , aliás, para o Norte, com dois meses de atraso em relação ao restante país. É pois com o governo do dr. Rui Rio, havendo uma situação jurídica de total bloqueio enquanto o tribunal não se pronunciar.
Só pode pois haver uma solução política de emergência por parte da actual ministra para resolver uma situação deixada pela anterior e é preciso saber se o governo vai entender ter essas condições como desejamos.
Mais, é espantosa a preocupação do dr. Rio com os grupos de teatro, quando ele próprio cortou todos os subsídios da Câmara à produção teatral portuense que existiam há mais de doze anos e que eram um complemento, para alguns grupos, vital.
Pedro Baptista
A febre eleitoral do dr. Rio
Segundo a Imprensa de ontem, a chamada “requalificação” da zona central portuense, ou seja, do conjunto da Pr. Humberto Delgado, Av. dos Aliados e Pr. da Liberdade, vulgo Praça, começou a ser efectuada no terreno, sem qualquer debate prévio e fazendo orelhas moucas às milhares de vozes que se têm feito ouvir exigindo esclarecimento e diálogo. O mesmo autismo em relação a uma recomendação aprovada pela Assembleia Municipal onde se verbera que a principal avenida da cidade seja transformada sem a participação das pessoas e se considera uma “precipitação” o início dos trabalhos só para fazer jeito ao calendário eleitoral de Rui Rio.
Estamos pois, como em muitos outros casos, mormente no da Avenida da Boavista a ser transformada na Avenida dos Calhembeques, ou no imbróglio do Túnel de Ceuta provocada pela invenção da nova saída, perante a descarada utilização dos dinheiros públicos para a campanha eleitoral do Dr. Rio. Uma campanha feita não a partir da sua sede partidária, mas a partir da Câmara que deveria ser de todos nós e do calendário de obras que, se houvesse uma política séria e honesta, deveria unicamente servir os portuenses.
Aliás o dr. Rio, protagonizando no Porto o discurso da tanga, parando a cidade durante 4 anos, mesmo assim agravando a dívida da Câmara com uma gestão ruinosa disfarçada pela renegociação da dívida a médio prazo e sua projecção para o longo prazo, cortou nas despesas sociais e culturais a torto e a direito mas, para o último ano, o das eleições, descobriu recursos financeiros para este malbaratar eleiçoeiro dos dinheiros públicos.
Percebe-se assim por que manda dizer que não responde para já a Assis, ou seja não faz campanha: pudera, fazendo-a a partir da Câmara e com os dinheiros públicos, para que haveria de gastar do seu?
Eis a razão da pressa do Dr. Rio, das suas “precipitações” constantes, da sua crispação ansiosa, dos conflitos permanentes que arranja com toda a gente e com todas as instituições e dos imbróglios que cria por toda a parte. Não resulta apenas da sua demonstrada incompetência na política, na administração e na gestão municipais; tem um calendário e um objectivo que se chama eleições em Outubro.
Mas além da componente eleiçoeira, a pressa do Dr. Rio tem outra componente: chama-se lógica da ditadura. Tudo fazer nas costas das pessoas, sem as ouvir, sem debater, sem esclarecer e colocá-las perante factos consumados.
É o que se está a passar na Praça. E, pelos vistos, se os cidadãos não reagirem céleres, mesmo muito céleres, teremos em poucas semanas toda a zona central portuense destruída e substituída por um “pastiche” estandartizado, pacote igual ao que, para empobrecimento do país, tem sido aplicado em tudo o que é parvónia, a imitar o “espanhol”: lagedo de granito de ponta a ponta, uma fonte a meio com o joguinho de água da ordem, umas árvores para disfarçar as muitas mais que foram destruídas e, para ser coerente, pistas para automóveis a fornecerem o necessário ar puro!
Já não adianta questionar opções como as da estação de Metro nos Aliados a poucos metro da da Trindade e da de S.Bento. Entende-se que, com a estação, sejam precisas alterações. Até que muitas dessas alterações ou a totalidade possam merecer a concordância de muita gente. Ainda que muita gente que seja contra, passe a ser a favor depois de ser esclarecida e debater o assunto. O que é inadmissível numa democracia ou em qualquer sociedade civilizada do Século XXI é que se destrua a calçada portuguesa, os jardins e a estatuária tradicional, pela calada dos taipais, sem qualquer debate público, como se alguém que não os cidadãos fosse o dono do espaço público. O come e cala.
Nem se venha com o argumento de autoridade de que são projectos dos melhores arquitectos. O que está em causa são as opções estratégicas da encomenda feita aos arquitectos. E sobretudo que ninguém tem o direito de assaltar o espaço público como se fosse seu dono ou dono da verdade ou da beleza. Muito menos se tolera um presidente de Câmara que, vivendo escondido dos cidadãos, age sempre nas suas costas, com a planificação cínica de um calendário eleitoral, atropelando para isso os direitos de todos, sejam instituições ou sejam cidadãos. Acabando afinal por arranjar, como sempre, mais um imbróglio.
Pelo contrário o Porto precisa é de moderação, de quem respeite e ouça as pessoas, sendo capaz de as envolver nos grandes projectos e de as mobilizar para um estado de alma e de acção que permita a todos enfrentarmos, de forma positiva e ambiciosa, os desafios do futuro.
(in "Comércio do Porto" 13 maio de 2005)
quinta-feira, maio 12, 2005
Ontem na bolsa
1º Rasgar as artificiais fronteiras do concelho do Porto e finalmente concretizar a liderança, não só metropolitana, mas sim regional.
2º Largar o papel de tenente-coronel que se impôs ao titular do lugar da Presidência da Câmara do Porto
3º Congregar os esforços de diversos quadrantes para reanimar o momento histórico do Porto
Os diagnósticos estão feitos. Não é preciso purgar o passado, ou se o é, isso representa um infima parte da necessidade de enfrentar o futuro.
O Francisco Assis foi coloquial, sério e audaz ao levantar as fasquias das suas pretensões. Ao contrário do que acha, por exemplo o Tiago Azevedo Fernandes, não se escudou nas (in)capacidades financeiras para justificar as potenciais limitações de objectivos. Disse o que queria e disse-o globalmente, genericamente, mas também com a densidade de pensamento que se exige a um bom presidente de Câmara.
Foi inteligente no desafio político e foi concreto em muitas propostas que disse querer implementar.
E sobrou-lhe ainda o mais importante, demonstrou um visão moderna e mais alargada do que aquela que o partido local tinha vindo a defender, e, com convicção disse querer receber no seu seio todos os que querem o bem da cidade, mesmo os ideologicamente mais distantes. O momento é esse!
Na blogosfera portuense
Contributo
É espantoso saber que para ser “arguido politico” afinal não tem que ser bronco, nem ser de más famílias, ou ainda não ser licenciado premissa essa que desconhecia, que sendo doutor e de boas famílias podia ser constituído arguido, em casos como por exemplo trafico de influencias.
Das duas uma, ou as consequências existem mesmo, ou então a nossa justiça em vez de ter três meses de ferias judiciais tem que se reformar compulsivamente por ser tão imoralmente incompetente.
Se ser autarca já é uma grande mascada tirando claro sê-lo no Porto ou Lisboa ser politico começa a ser um desatino, parece que ninguém mesmo ninguém, está livre de ser acusado ou ser logo arguido, mesmo que depois não exista procedimento, enfim é o pais que temos cada vez mais sem moral.
quarta-feira, maio 11, 2005
Sócrates no Porto
A nossa Raquel vai discursar e tudo.
Bem quem vier por bem!
Umas digo assim outras assado!
Entretanto afunda-se a moral do CDS. Nobre Guedes, Abel Pinheiro e até tu Telmo, estão envolvidos em tráfico de influências nas Lezírias.
Valia a pena ir buscar os discursos do Paulinho Portas da última campanha. Aqueles elogios aos seus ministros, que tinham posto na ordem os impostos no futebol (veja-se a barraca do despacho do secretário de estado), a banca, e até os promotores imobiliários.
É evidente, não só os puseram na ordem como até foram ocupar os lugares deles. A Celeste na caixa geral e agora isto.
Ainda por cima temos que ouvir os comunicados do partido a dizer que tem a certeza que aqueles dirigentes são inocentes das acusações e mais uma vez o segredo de justiça foi violado.
Então por partes:
- Alguém ouviu o PP falar do segredo de justiça com as suas torpes violações no ano transacto?
- Será que não se lembram de clamar pela confiança na justiça e a separação de poderes?
- Poderá um partido oficialmente assegurar a confiança nos negócios particulares dos seus dirigentes?
Quando foi do casos de dirigentes do PS acusados de envolvimento na Pedofilia, em corrupção activa nas câmaras, em sei lá mais o quê, a abordagem era de estado. Agora, dois meses passados já temos o perfil da nova liderança.
Zangam-se as comadres
Peço desculpa pelos vernáculos, mas todos aqueles que algum dia tenham aproveitado, insinuado ou até sonhado no famoso factor C que o Valentim recebia às carradas devem estar, como diz o povo, que nem lhes cabe um feijão no dito.
Estas estórias são de chorar a rir e só avisam que o Apito Dourado ou vai ao ar, ou então, vai ser um vê se te avias de "m...." a cair em muita cabeça - de todos os partidos diga-se.