quinta-feira, outubro 20, 2005

Desistir é que é Perder


As eleições autárquicas pertencem já ao passado.

Se os partidos ou personalidades que de alguma forma sentem que as suas posições para próximos combates, foram reforçadas com os resultados destas eleições, tentam ainda prolongar os seus efeitos, já aqueles que sentem o contrário, como o Partido Socialista e o Governo, procuram que, rapidamente, elas caiam no esquecimento.

Para isso torna-se fundamental evitar a referência aos problemas, projectos, ambições ou sonhos que alimentaram uma causa, torna-se fundamental fazer desaparecer rapidamente os protagonistas das “derrotas” e, acima de tudo procurar focar as atenções nos próximos desafios, nem que sejam outras derrotas anunciadas e cavalgar os “fait-divers” da actualidade seja ela desportiva ou de outra ordem.

Se, na vitória, o Partido Socialista tem demonstrado ser um meio pouco recomendável, na derrota torna-se insuportável a constatação da falta de nível da generalidade dos seus dirigentes.
A presença da comunicação social, com todas as suas virtudes e defeitos e, mais recentemente, a liberdade proporcionada pela explosão de “blogs” que permitem que os cidadãos (mais ou menos desconhecidos) possam, sem intermediários e, muitas vezes a coberto de um certo “anonimato”, dizer “de sua justiça”, tem claramente contribuído para um melhor conhecimento da realidade interna dos partidos, com especial incidência no Partido Socialista.

Como alguns dos que me lêem sabem, não sou militante nem votante do Partido Socialista, sendo muito crítico do sistema partidário a que, trinta e um anos de liberdade, permitiram que se resumisse a “democracia” e que, por isso, “milito” a abstenção.

No entanto tenho a consciência plena que nos anos vindouros (e nos que virão a seguir) é este o sistema que continuará a garantir a gestão dos assuntos do estado, independentemente da minha vontade e convicções.

Tenho também a consciência que esse sistema apenas permite a alternância entre dois grupos de interesses organizados sob a forma de “partidos políticos”, o Partido Socialista e o Partido Social Democrático.

Tenho ainda a convicção que (apesar de tudo e de todas as evidências) é, quase apenas, no Partido Socialista onde ainda é possível encontrar algumas pessoas sérias, honestas e (o fundamental) idealistas, por isso, neste momento tão difícil para esses “homens bons” (e mulheres, claro), o meu apelo:

NÃO DESISTAM
António Moreira

4 comentários:

Anónimo disse...

e para alegrar um piada interna - nanhnunah nahunhu

AM disse...

????

Anónimo disse...

Veja o mail -

Anónimo disse...

O problema é que todos os defeitos do PS nacional estão concentrados e infinitamente ampliados no PS-Porto.


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