segunda-feira, outubro 24, 2005

sobre o aborto

A questão do Aborto está a entrar num ponto de uma certa hipocrisia. Afinal a questão social transformou-se numa matéria de calendário político.
Quais são as iniciativas tomadas a montante do Aborto? Como está o processo de informação e educação sexual.
Eu por exemplo acho que a TVI está a fazer muito bem com o programa do sexo. Não que aos melhor informados aquilo sirva de grande coisa, mas nota-se que na versão "light erotic" se pode fazer mais pelas causas do que em debates muito enfadonhos ainda que bem dirgidos pela Fátima Campos Ferreira.
E quem concorda com a resolução em sede legislativa? E se assim for será legitimo pedir a disciplina de voto?

10 comentários:

Teófilo M. disse...

Caro Avelino,

dizer que acha que a TVI está afazer muito bem com o programa a que chama AB... Sexo, em que o mau gosto e a pseudo-informação se misturam num ambiente de boçalidade exasperante, é pelo menos surpreendente!

Misturar tudo isto com a questão da IVG, a que erradamente se chama lei do aborto, ainda pior.

Talvez que uma reflexão sobre a legislação que só permite realizar um novo referendo a partir do 3º trimestre do ano que vem, deixando que mais um ano se passe neste triste cenário de julga-não-julga ou condena-não-condena, seja mais interessante.

Anónimo disse...

Pois caro teófilo, mas eu não disse que gostava daquilo, disse que a versão pseudo-erótica tem um campo pedagógico que demonstra o pouco feito para lá do aborto, nomeadamente nas escolas e na televisão pública.~
Sinceramente acho que há gente a aprender mais com aquilo (que acho uma pornochanchada) do que com a conversa do Machado Vaz (pessoa que tenho muito respeito e de quem sou amigo da familia). Mas o nivel dele não é o do necessário para a apreensão empirica de lidar com a sexualidade ou o sexo.
É que a gente já imagina o que aí vem.
Mas pelo menos aqui no Sede pode haver debate.

Anónimo disse...

... Ao menos a visão onírica, não é? Confesso que ainda não vi o dito programa da tvi, mas tendo em conta o que essa estação privilegia, muito me espantava que o programa fosse sério. Se descambar para a pornochanchada light, ainda dou lá um salto, a satisfazer o voyeur que há em mim...

Quuanto à ivg por decreto ou lei, sem referendo, acho mal. Talvez nunca devesse ter havido referendo sobre esta matéria - a mim parece-me ao contrário, que é daquelas matérias para as quais se pensou o instrumento da consulta popular, mas há opiniões e opiniões. O que importa é que se fez um referendo e deu o resultado que deu. Percebo que não temos de ficar permanentemente presos ao resultado de um referendo,livremente obtido. Mas considero que esse resultado só pode ser afastado por um outro obtido da mesma forma. Tudo que vá contra isto, parece-me ilegítimo, por muito legal que possa ser.

Se a coisa for para a frente, direi: sou socialista, votei no Sócrates. Não porque ele se tenha comprometido a só rever a legalização da IVG com base em nova consulta popular. Votaria nele, por outras razões e de qualquer forma. Mas ele disse isso, comprometeu-se nesse sentido. Ninguém o obrigou a um tal compromisso. Se o não cumprir, enganou-me. Se o não cumprir, retirou-me deliberadamente o direito de me expressar sobre um assunto, do qual já dei a minha posição em anterior consulta popular com o mesmo objecto. Mais do que enganado, sentir-me-ei menorizado e sentirei que os portugueses serão menorizados. E não é desta forma que se serve a democracia.

Anónimo disse...

o povo é suspeito, na maioria dos casos não vai atender à legislação, vai votar contra a palavra - Aborto-

O Governo é o unico em posição de avaliar as consequencias da decisão, deve decidir sem referendo .

Ou o povo agora so decide causas sentimentais?
Ke injustiça, porke é Ke o povo não referenda o Orçamento de Estado?

Anónimo disse...

Se o "povo" vai votar contra a palavra "aborto", então é porque o povo tem uma opinião maioritariamente "anti-aborto" e é assim que as coisas devem continuar. Vivemos em democracia para o bem ou para o mal. Agora o que não se pode é reclamar dos políticos que decidam entre eles de forma diferente daquele que é (é???) o sentimento maioritário da população portuguesa, o tal "povo".

O Orçamento Geral do Estado, bem como toda a política financeira do país constitui claramente uma matéria de gestão. É para isso que se constituem governos. Essa é claramente uma matéria insusceptível de referendo. Mas compreendi a ideia.

Pessoalmente - não no que respeita à IVC, mas em si mesmo - sempre fui contra o instituto do referendo, por se tratar de um instrumento de consulta da vontade popular demasiadamente vulnerável a utilizações demagógicas. Reconheço porém que a sua utilização pode também ser o reflexo de um estado de maturidade política d um povo. Não sei se já atingimos esse estado, mas parece-me que a julgar pelo exemplo do referendo da Regionalização, nessa altura, as pessoas ainda não estavam preparadas para se defenderem de todo o tipo de argumentos demagógicos e falaciosos.

Não sei quanto é que as pessoas mudaram entretanto, mas sei que a Constituição contiinua a prever o referendo como consulta popular e, por isso, entendo que nada do que o povo já se pronunciou por via de referendo deve ser definido em sentido contrário ao da vontade popular asim manifestada, a não ser por via de um outro referendo.

Anónimo disse...

Sim
Percebo o ponto de vista
Mas o povo não vai para alem dakele conceito tragico ke é a palavra Aborto

o IVG tem regras, regras ke não diferem muito das ke existem e legitimam a possibilidade de realizar um aborto - o povo conhece-as?

em certos casos a justiça popular não é justa, não é relevante .

O estado é o unico ke tem ressonacias sociais para decidir sobre a materia - ou então tem ke informar muito bem o povo para ke este possa decidir, tendo em conta as valias e as consekuencias- não se decide saude publica por meros instintos

se o povo fosse chamado a decidir sobre a toxicodependencia - ou sobre arrumadores - com certeza não havia cá programinhas de Porto Feliz - tavam todos a cavar mata, bem vedados no alentejo... num anexo proximo dos homosexuais.

o estado deve decidir sobre estas materias - são problemas reais e não são conceitos ou opniões, o estado deve ser frio e calculista, sem relegião ou etnia

o estado existe para não permitir ke parte da sociedade limite os direitos de outra parte, para legislar de ke forma se vão compatibilizar os direitos e os deveres de Todos os cidadãos

Existem pessoas ke fazem abortos, ke sempre os vão fazer - uns aki outros num pais kalker da europa- vamos continuar a fechar os olhos ou legitimar as formas?

este referendo é pura preguiça politica- medo de perder votos- e o não vai ganhar

AM disse...

"...se o povo fosse chamado a decidir sobre a toxicodependencia - ou sobre arrumadores - com certeza não havia cá programinhas de Porto Feliz - tavam todos a cavar mata, bem vedados no alentejo... num anexo proximo dos homosexuais...."
Que é que se passa com a Inkoerente???
Então de repente ligou a tecla da categoria?????
Sim senhor minha amiga, assim gosto de a ler :-)

(Já anteriormente exprimi nestas "páginas" a minha opinião de que se há assuntos em que considero inadmissível a utilização do referendo, sem dúvida a IVG é um deles.
O "estado" tem a OBRIGAÇÃO de decidir e legislar, tem que assumir as suas responsabilidades)

AMNM

AM disse...

PS

Ainda não vi esse tal programa da TVI, mas, tal como o Carlos, basta-me ser da TVI para nem sequer ter curiosidade.....

AMNM

Anónimo disse...

Por acaso vejo todos os canais na diagonal e já vi uma parte desse programa

Ora então o ke eu vi é isto, não tem nada haver com pornochanchadas isso era o fiel e o infiel, este é outro no mesmo horario

a TVI finalmente compreendeu ke o problema em Portugal é os varios nomes e sentidos ke as coisas tem , então vai buscar os nomes populares ke se dão as coisas e faz uma especie de correpondencia técnica

ficamos todos a falar a mesma linguagem , este formato devia ser alargado a outras areas

devia haver um de arquitectos para trolhas - sarrafo /regua
de politicos po povo - EM/Tachos

e assim sucessivamente nas varias areas

entenderam ?
o programa define os termos

Anónimo disse...

Exemplo :

Saco azul - o saco azul é um termo utilizado para desvios encapotados, resulta da necessidade pessoal do gestor em criar fundos de maneio ke lhe permitam apoiar-se a si mesmo nas campanhas eleitorais

há diversos tipos de saco azul , os mais fundos, os mais cheios, os furados (tambem existem)

kando aparecem - kando algo correu mal

kando desparecem - kando a pj se mete nisso

tem caracter incuravel , podem sofrer mutações, mantendo sempre o objectivo fulcral do virus