Tem sido uma tormenta fazer o PS mobilizar-se em torno de Soares. Primeiro porque existe uma fractura (exposta) e agravada pelo facto da direcção nacional tentar condicionar a liberdade de muitos membros do partido.
Eu apoio indefectivelmente Soares, como aliás tenho vincado, mas respeito quem pense diferente, ou pense indiferente (a começar lá em casa).
Depois o mais grave é que este argumento das presidenciais tem servido para tudo:
- Evitar a análise da situação do governo. Anular as divergências. Não fazer um verdadeiro rescaldo das autárquicas e ainda por cima adiar as salutares eleições dos órgãos locais.
Por outras palavras os dirigentes que ganharam ou perderam não apresentam responsabilidades políticas pelos próximos 6/7 meses. Entretanto aderem mais uns quantos e negoceiam-se as pazes podres.
O PS devia ter realizado a sua discussão interna antes, mas decidiram fazer do apoio presidencial uma questão global. Por exemplo Soares ganharia umas primárias dentro do partido e isso evitava a forma condicionada que alguns militantes sentem no seu voto.
Cá pelo Porto parece que a renovação veio para ficar! Cada vez é mais dificil retroceder um processo de grande debate. Talvez se pulverize em personagens e ideias ( e que mal tem isso?), mas será benéfico.
Entretanto estaremos lá, preparados para encarar o futuro, já que agora vai-se saboreando os momentos de acalmia.
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