segunda-feira, outubro 31, 2005

Hoje cuidado com as bruxas!

saiba mais sobre o Halloween

a vida interna


Voltou a teoria do charuto!
Para quem não sabe este era o apelido que Orlando Barros Gaspar (famoso líder concelhio PS) fazia brindar sobre Nuno Cardoso. Na altura a relação com a desproporcionada altura do dito personagem provocava os risos e alimentava uma disputa política com o ex-presidente deixado na cadeira por Gomes.
Mais tarde, quando Gaspar se viu na contingência de perder poder no aparelho sacou da sua mais mediática golpada: a reconciliação com Cardoso. A partir daí juntou-se a fome com a vontade de comer e Nuno Cardoso queria ser candidato, Gaspar manter os seus "pontas-de-lança" na estrutura portuense.
Sócrates escolheu Assis, e a estratégia estragou-se, primeiro porque Assis não trouxe para junto de si Soares Gaspar (filho de Barros Gaspar), segundo porque apesar do mais velho Gaspar pensar o contrário as coisas correram bem no Porto - a derrota foi um sinal da vitória que se seguirá.
Ora pois! Há que conquistar o poder à força toda, mesmo impulsionando alguns a pedir a cabeça daquele que usaram para se encavalitarem no poder, e rogam a sua desfiliação. Deixou de ser Nuno e passa outra vez a charuto, como se os pecados de Cardoso fossem um ultraje às ambições deles, ou seja irem nas várias listas, nos vários lugares que querem.
Na passada 6ª feira os tais apoiantes de Orlando Gaspar pediram o cartão de Cardoso. Fizeram isso e mais...
O velho PS que perdeu duas eleições seguidas continua lá e só não percebe quem não quer, que só ganharemos quando certas personagens e certos métodos forem derrotados.
Nós, nunca apoiamos Cardoso e sempre estivemos distantes por considerar excessivo o PS Porto depender de um projecto pessoal. Diremos mesmo que Cardoso está a colher as tempestades que semeou, ou a deitar-se na cama que fez! E cuidado, nada que não lhes tivessemos dito frontalmente faz muito tempo.
No entanto, isto também ultrapassa os limites, não tem qualquer piada, nem sob o prisma do politicamente ludico que Gaspar alimenta.
Os antigos apoiantes de Cardoso dizem que agora necessitam expiar os seus pecados, colocando até Nossa Senhora de Fátima no discurso e no percurso ( e se a um herege como eu não afecta, aos mais católicos deve causar aflição), com Jorge Coelho ao barulho....
Tudo com as presidenciais pelo meio. A festa vai avançar, e espero que compreendam que o papel do Sede também é falar um bocadinho destas coisas, é que os partidos não são nem podem ser opacos....
Mas saibam que tenho dito a Orlando Barros Gaspar (por quem tenho consideração pessoal mas também um fortíssimo distanciamento político), muitas vezes:
"Que quem foi guerreiro toda a vida terá, inegavelmente que acabar como um guerreiro, padecendo no campo de batalha" - é o caso dele - ninguém espere que este forma de estar no PS acabe, sem conseguir derrota-la lá, nos votos!

a coerência

extracto da grande entrevista de Domingo no JN (por incrivel que pareça o ponderado negiociador que fala é Rui Rio):
(...)
Se conhecesse a factura pesada que a Câmara pode pagar pela revogação das frentes urbanas no Parque da Cidade, voltaria a tomar essa decisão?
Tinha de revogar. Quanto mais não fosse por uma questão de seriedade. Havia uma unanimidade entre os candidatos contra as construções no Parque da Cidade naquelas circunstâncias.
Onde é que a Câmara vai buscar dinheiro para pagar as indemnizações? As avaliações, feitas por peritos judiciais, apontam para um custo de 23 milhões só pela expropriação de dois terrenos...
Naturalmente que é um custo muito pesado para a Câmara do Porto. Mas não posso eliminar as acções. Estou sujeito ao valor que o tribunal vier a estipular.
Admite negociar uma solução intermédia com as empresas?
Houve já alguns contactos ao longo deste tempo no sentido de encontrarmos uma solução. E espero que haja mais.
Fora dos tribunais?
Sim, sim.
Mas continua a dar a garantia de que não vai haver construções no Parque da Cidade?
É uma garantia que tem de ser entendida de uma forma equilibrada e com bom-senso. Quando digo que não há construções, estou a referir-me à especulação imobiliária. Não estou a imaginar, mas pode haver um qualquer pormenor, um remate… Neste mandato tenho condições para tentar uma solução.





Acha que é altura de lançar o debate que nunca foi feito?
Vou dar uma resposta arriscada: admita que aparecem outros pressupostos que me levem a equacionar outro raciocínio. É evidente que para chegarmos a outra solução, tinha sempre de passar pelo maior debate que alguma vez foi feito no Porto.
(...)

sexta-feira, outubro 28, 2005

Parque da Cidade no Guiness


A nova vereação não perdeu tempo e tem já pronta mais uma candidatura ao “Guiness Book of Records”.

Estrategicamente não apresentado durante a campanha, este projecto, que será implementado na ala nascente do Parque da Cidade, em Aldoar, estava já pronto, há semanas, sendo o seu traço proveniente do atelier de uma dupla de arquitectos de “grife” com créditos já bem firmados aquém e além fronteiras.

Desta vez a aposta será em mais um desporto de elites e, mais uma vez, com os menos jovens na mira, dando assim resposta em termos de equipamento ao envelhecimento acentuado que todos os anos vem assolando a população da nossa cidade (e eu que o diga...) .

Assim será agora o Golfe a modalidade escolhida, mas espectacularmente apresentado de uma forma inovadora que, como é timbre noutras realizações desta administração, será olhada com admiração no país e no estrangeiro, estando já assegurado que irá dar lugar a uma nova categoria de recordes no Guiness.

Assim, longe de se candidatar ao recorde do campo com mais buracos, o novíssimo “green” no Parque da Cidade irá inaugurar a categoria de recordes para o campo com o maior buraco.
Esta estratégia arrojada irá permitir uma concentração, quer dos investimentos necessários à sua execução, quer do esforço dispendido pelos seus utilizadores no decorrer do jogo, foi desenhada com o objectivo de colocar o Porto definitivamente no topo como destino de eleição do turismo sénior, podendo, ainda por cima, vir a ser executado a custo quase zero.

Com efeito, e aproveitando o exemplo do Pavilhão da Água, foi já solicitado por Rui Rio a Summaviele, novo director do IPPAR, a cedência para este efeito do buraco edificado na rua D. Manuel II (frente ao Museu Nacional de Soares dos Reis), actualmente na posse do IPPAR e ainda sem destino certo.

Caso desta vez o IPPAR, salienta-se com nova direcção, demonstre o necessário bom senso e respeito pela cidade, que recentemente tem faltado (para o que já foram também solicitados os bons ofícios de sua excelência reverendíssima, o Bispo do Porto) espera-se que possa, desta forma, ser dado o início a uma nova fase nas relações entre a Câmara do Porto e o Instituto.

Por outro lado, aproveitando a boa vontade do empreiteiro que tem já prometida a adjudicação da obra dos Aliados, o qual irá garantir o transporte a custo zero (se bem que fora das horas de expediente), a CMP apenas terá que despender o valor do gasóleo, bem como o montante necessário a duas (máximo três) sandes de presunto na “badalhoca” e respectivas cervejas, as quais foram já apalavradas com os motoristas dos veículos pesados.

Antes da apresentação do seu manifesto, na Alfândega, o futuro presidente da república, Sr. Prof. Cavaco Silva, teve a oportunidade de admirar o projecto, tecendo os maiores elogios à capacidade de inovação demonstrada pelo edil, referindo que é este tipo de iniciativas que tenciona vir a fomentar no decurso do seu mandato as quais, se bem orientadas, não deixarão de dar um contributo significativo para nos ajudar a ultrapassar a Eslovénia (desabafou ainda que a isso é que “Não se Resigna”)


António Moreira

presidenciais!

A acreditar nas sondagens isto vais ser um combate dificil:

esquema retirado do margens de erro

Ainda bem que recusou!

O motivo da recusa de Rui Sá para não aceitar o Pelouro da Ciência na Câmara do Porto foi:
"pouca relevância em termos de actividade".(fonte-JN)
Serão precisos mais comentários para demonstrar a minha indignação?
Raquel Seruca

animos

Consta que os animos estão serenos nos partidos. Mas, e como estarão as consciências?

Pelos vistos....

Cavaco não é cavaquista. Não é dos PSD. Não é um político experiente. Não é indeferente aos ambientes. Não se sente bem entre os seus apoiantes. Não gosta de vestir laranja, prefere um fundo vermelho. Não é novo. Não é velho. Não é político. Não é culto. Não é professor, é professor de economia. Não vai ser?

quarta-feira, outubro 26, 2005

Não é defesa da honra, mas ...

Não é curial responder a acusações de outros sem sequer saber das razões de cada um dos intervenientes, mas tem sido repetido na baixa do Porto, pelo Pedro Aroso, uma acusação sobre o actual Presidente da Junta de Aldoar, pelo simples facto de ele ser Projectista de Arquitectura.
O SEDE é um blogue de socialistas, com membros que são socialistas do Porto, que conhecem as pessoas e cai mal não dizer nada, sobretudo sendo o autor um participante assiduo aqui.
Ora bem, o problema reside no 73/73, famoso decreto-lei que Helena Roseta prometeu alterar, mas que ainda não conseguiu. O Projectista ou desenhador ou como agora lhes chamam "Técnicos de simulação virtual", sempre contribuiram para a história da nossa arquitectura. Aliás grandes arquitectos começaram por ser desenhadores. O que está mal ée que os recém formados estejam a trabalhar de desenhadores nos escritorios dos arquitectos consagrados, e explorados por todos à custa de um RIA (regulamento da OA) ridiculo e mal elaborado. OS jovens obrigam-se a suportar um estágio gratuito num escritório que os receba, quando o mercado está numa das suas piores crises.
Contra isto é facil acusar os desenhadores.
Na verdade, acusar o Vitor Arcos do que quer que seja, está bem, desde que fundamentado, agora pela profissão????? Acho mal acusar seja quem for pelo seu trabalho.
Isso condicionava, por exemplo outras atitudes de outros presidentes, ou candidatos a tal, que são de outros partidos que usam títulos que não tem?
Ou justificava um ridiculo ataque político ao Presidente do sitio onde eu moro porque é engenheiro agronomo e em Paranhos já não há (ou são residuais) os terrenos agricolas?
O Rui Rio usou o argumento contra o Francisco Assis lembrando que ele era filosofo e ficou-lhe mal.
Já agora lembro que o malogrado Fernando Távora costuma afirmar nas suas aulas que, "os maiores arquitectos de sempre não tinham o curso" e interrogava: "e vocês perguntam-me, então o que é que estão aqui a fazer?".
A resposta era sempre diferente, mas residia na sua teoria que reza mais ou menos assim: se uma coisa se justifica então é porque o seu contrário também pode ter sentido! As duas faces da moeda"

O Boato


Para que conste
Para além da minha posição de princípio, não irei votar em qualquer dos candidatos às presidenciais porque:

Nenhum dos candidatos me motiva (como Pintassilgo em 1986).
Não me parece que seja hoje necessário tornar a votar em Soares para evitar a eleição (neste caso) do nauseante Cavaco. (quer dizer, se o Louçã ou o Garcia Pereira, fossem à segunda volta….)

Agora o que já deu para ver é (caso alguém tivesse dúvidas) qual o nível em que os apoiantes de Cavaco vão apostar nesta campanha….

Primeiro foram os terrenos na OTA , agora o apoio a Paulo Portas, não me admiro pois que, daqui até às eleições, ainda venham a aparecer notícias em jornais brasileiros (ou espanhóis) com o mesmo nível que as encomendadas durante a campanha para as legislativas.

A menos que, ao menos, neste caso sirva a idade para impor algum respeito...

António Moreira

Ontem na tomada de posse

Ontem o discurso de Rui Rio retratou o que se espera destes 4 anos (pouca coisa!). Nem sequer emocionou. Tiveram menos do que da ultima vez e foi longa a fila de funcionários no cerimonial de beija-mão.
Os diversos personagens fizeram então uma assembleia, os antigos vereadores (ou vereadores substitutos como eu) despediram-se e ficaram as memórias deste periodo. Fixei a conversa do Paulo Cutileiro a quem desejo os maiores sucessos na seu retorno à advocacia - sabendo ainda das queixas que tem do nosso blogue, imerecidas até, pois nunca o castigamos demais. O resto foi o costume, embora se visse por lá duas partes do PS, uma com uns anos de mandatos que se despediu da assembleia, das juntas e das candidaturas. Outra, de personagens mais novas, como o Pedro Couto, Teresa Andersen, Palmira Macedo, Assis e especialmente o Pedro Bacelar.
O Pedro candidatou-se a Presidente da Assembleia e perdeu. Perdeu nos penalties, pois trouxe toda a esquerda com ele - 27:27. Assim sendo demonstra-se já que desta vez, com Assis a cumprir a promessa de cá continuar, mais a equipa que ali está não se repitirão as tropelias que pouco dignificaram a Assembleia e o PS.
O PSD fez-me lembrar o PS do 3º mandato do Gomes. Rio já fala para o País, insinuando-se para o lugar de Marques mendes, e já se nota demasiada habituação nos outros. Há gente que já lá anda faz tanto tempo. Na Foz aquele Presidente deve ter sete mandatos de assembleia. Nevogilde nunca conheceu outro. Até os jovens são os mesmos.
Vamos vêr como serão as coisas! Que façam um bom mandato e sirvam a cidade e quem os elegeu.

terça-feira, outubro 25, 2005

O comunista mais PSD de Portugal

Soares

Tem sido uma tormenta fazer o PS mobilizar-se em torno de Soares. Primeiro porque existe uma fractura (exposta) e agravada pelo facto da direcção nacional tentar condicionar a liberdade de muitos membros do partido.
Eu apoio indefectivelmente Soares, como aliás tenho vincado, mas respeito quem pense diferente, ou pense indiferente (a começar lá em casa).
Depois o mais grave é que este argumento das presidenciais tem servido para tudo:
- Evitar a análise da situação do governo. Anular as divergências. Não fazer um verdadeiro rescaldo das autárquicas e ainda por cima adiar as salutares eleições dos órgãos locais.
Por outras palavras os dirigentes que ganharam ou perderam não apresentam responsabilidades políticas pelos próximos 6/7 meses. Entretanto aderem mais uns quantos e negoceiam-se as pazes podres.
O PS devia ter realizado a sua discussão interna antes, mas decidiram fazer do apoio presidencial uma questão global. Por exemplo Soares ganharia umas primárias dentro do partido e isso evitava a forma condicionada que alguns militantes sentem no seu voto.
Cá pelo Porto parece que a renovação veio para ficar! Cada vez é mais dificil retroceder um processo de grande debate. Talvez se pulverize em personagens e ideias ( e que mal tem isso?), mas será benéfico.
Entretanto estaremos lá, preparados para encarar o futuro, já que agora vai-se saboreando os momentos de acalmia.

segunda-feira, outubro 24, 2005

Curso de biologia molecular na Faculdade de Medicina

Talvez seja porque adoro o que faço, talvez porque adoro discutir ciência, talvez porque sou super curiosa, talvez porque não me canso de saber mais e mais de biologia, talvez porque aprender coisas novas seja uma experiência extraordinária.
Talvez porque o IPATIMUP é um grupo de gente fantástica onde se discute em liberdade, com rigor, com alegria, com determinação, sem barreiras, sem impaciência, sem "acriticismo", sem pressão, cada curso é um momento único de felicidade.
Quanto ao teor do curso daqui a pouquíssimo tempo o seu conteúdo pode ser encontrado no site do IPATIMUP.

sobre o aborto

A questão do Aborto está a entrar num ponto de uma certa hipocrisia. Afinal a questão social transformou-se numa matéria de calendário político.
Quais são as iniciativas tomadas a montante do Aborto? Como está o processo de informação e educação sexual.
Eu por exemplo acho que a TVI está a fazer muito bem com o programa do sexo. Não que aos melhor informados aquilo sirva de grande coisa, mas nota-se que na versão "light erotic" se pode fazer mais pelas causas do que em debates muito enfadonhos ainda que bem dirgidos pela Fátima Campos Ferreira.
E quem concorda com a resolução em sede legislativa? E se assim for será legitimo pedir a disciplina de voto?

As presidenciais

Vai animada a conversa entre o abrupto e o Super-Mário.
No entanto, apesar dos esforços de JPP, Cavaco Silva parece mais velhote que o enérgico Soares. Se a semana foi começando bem, acabou de rastos, com o insulto à assembleia da república, a troca de cadeiras que fez com Sampaio quando se afirmou Presidente e ainda por cima o apoio do Eanes. Diz este que Cavaco pode unir os portugueses!
Estas presidenciais prometem!

domingo, outubro 23, 2005

Gripe Das Aves

São várias as medidas de prevenção que a Europa está a tomar para diminuir a possibilidade de contagio do vírus responsável pela gripe das aves. Até agora não se verificou nenhum caso de transmissão humano -humano por alteração do vírus. Os casos de transmissão do vírus ao homem foram por contaminação do homem com secreções de aves, onde uma das portas de entrada de contágio podem ser os olhos. Dentro das aves domésticas, os patos podem estar doentes sem sinais evidentes de doença. Que tal evita-los?
Resolvi tentar responder a algumas das perguntas que me fazem a propósito deste assunto

Só existe uma espécie de vírus e são todos igualmente perigosos?
Não, existem vários subtipos de vírus, mas apenas os subtipos H5 e H7 é que são causadores de doença. Inicialmente estes subtipos de vírus causavam uma doença ligeira nas aves mas após mutação dentro da espécie alguns destes vírus passaram a causar uma doença grave na espécie.

Porque se fala tanto em aves migratórias?
Por são este tipo de aves que são portadora s das formas “atenuadas” de vírus que depois de mutadas passam a causar as formas graves. São pois as aves portadoras de formas não letais que depois de mutadas em outros stocks de aves causam a doença letal. No entanto recentemente verificou-se que estas aves são também portadoras das formas graves de virus o H5N1.

Quais são os riscos para o Homem?
A transmissão ave-homem. A transmissão ave-homem causa uma doença grave com enorme taxa de mortalidade (cerca de 50% dos infectados) por pneumonia viral e falência de múltiplos orgãos. Verificaram-se casos de morte no homem pelo vìrus no Camboja, Indonésia, Tailândia, Vietname e Hong-Kong.
A transmissão homem-homem. Mas até agora esta forma de transmissão não foi comprovada porque todos os casos suspeitos de homem-homem verificou-se que os vários elementos doentes partilhavam o mesmo ambiente contaminante- o contacto com aves.

Mas pode passar a existir a transmissão homem-homem? Como?
A transmissão homem-homem pode ocorrer por dois mecanismos. Primeiro, por troca de material genétco entre o vírus H5N1 das aves e do vírus inflenza humano-mecanismo que causaria uma transmissão rápida ao homem. Segundo, por mutação do vírus adquirindo a capacidade de infectar ave-homem-homem. Este mecanismo seria uma forma mais lenta de transmissão ao homem.

A doença pode-se transmitir pela ingestão de alimentos?
Não há nenhuma evidência de transmissão através da ingestão de alimentos. O vírus é termolábil. Nem a carne nem os ovos bem cozinhados são considerados fontes de possível contágio.

Tomada de Posse Na Câmara do Porto

Na próxima terça feira vai-se iniciar um novo ciclo de governação na cidade do Porto. Sim, eu acho que vai ser um novo ciclo porque a Camâra do Porto vai ter que contar também com uma Nova Oposição. A equipa que foi eleita para governar a Camâra do Porto vai ter uma oposição pela frente que é uma verdadeira EQUIPA de gente capaz, unida, bem preparada, inteligente e trabalhadora. Tem mulheres e homens que tinham e têm vontade, e programa, para fazer do Porto uma cidade moderna e mais social. Boa sorte ao Francisco Assis, ao Manuel Pizarro, à Palmira Macedo, ao Miguel Perez, e à Ana Maria Pereira. Foram muitos mesmo muitos que depositamos a esperança em vós, contamos agora convosco para ajudar o Porto a mudar. Porque mais do que medir as diferenças entre partidos o Porto precisa agora de pessoas tão capazes como vocês. Façam uma BOA oposição, agerrida, atenta, forte, construtiva, unida pelo Porto.
Um abraço, Raquel Seruca

sábado, outubro 22, 2005

Site excelente de divulgação de ciência

É com imenso prazer que publicito no SEDE um site de ciência coordenado pelo Jorge Massada. O Jorge Massada tem um CV invejável como jornalista. O Jorge Massada é um reconhecido jornalita de ciência e é autor de dois livros sobre o percurso de vida de diversos cientistas portugueses. Agora, é responsável por um site de divulgação de ciência, onde "hot-news" que são publicadas em revistas de ciência de difícil leitura são traduzidas para uma linguagem acessível a todos. Além disto, o Jorge Massada preocupa-se no seu site- Cienciahoje- a publicitar as actividades ligadas à ciência a decorrer em Portugal.
Quem estiver interessado em acompanhar o que se descobre, se debate, ........., quase diariamente, o site do Jorge vale a pena ser visitado.
Parabéns ao Jorge Massada pelo seu excelente site.
Raquel Seruca
VISITEM: www.cienciahoje.pt

sexta-feira, outubro 21, 2005

Uma visita pela história

Aníbal (247 a. C. - 183 a. C.)
General cartaginês. Filho de Amílcar Barca, conta a tradição que com a idade de nove anos jura ódio eterno aos Romanos. Entre 238 e 229 acompanha o pai nas suas campanhas militares na Hispânia. Quando da morte de Amílcar viaja para Cartago, mas rapidamente regressa à Hispânia, onde combate às ordens do seu irmão Asdrúbal. Este é assassinado e o exército cartaginês escolhe para chefe Aníbal, que tem então vinte e seis anos. A partir de então, Aníbal entrega-se à tarefa já proposta por seu pai e que também se converte no objectivo da sua vida: a destruição do poderio romano. Esmaga as tribos aguerridas da Península Ibérica e, assim, não deixa qualquer ameaça nas suas costas. No decurso da segunda guerra púnica sitia Sagunto, cidade aliada aos Romanos, e incendeia-a (219). Em Cartagena forma um exército de 100000 homens, com que atravessa os Pirenéus, o Ródano e os Alpes. Não se atemoriza perante os obstáculos que colocam no seu caminho tanto a natureza como os seus inimigos. Segundo a tradição, leva consigo ao longo de todo o trajecto os seus elefantes. Quando chega a terras italianas, o seu exército está reduzido a 26000 homens, pelo que o fortalece com guerreiros gauleses.
A partir deste momento, a vida de Aníbal está referenciada com uma série de êxitos bélicos extraordinários. Nas margens do rio Tesino vence o cônsul Cipião e nas margens do Trébia o cônsul Semprónio (218). Franqueia os Apeninos em pleno Inverno e cruza as zonas pantanosas da Etrúria, onde perde um olho. Apanha o cônsul Flamíneo nos desfiladeiros próximos do lago Trasímeno, onde o derrota (217). Finalmente, em Canas reduz a nada os exércitos dos cônsules Terêncio Varrão e Paulo Emílio (216).
Não se atreve a assediar Roma com um exército pouco numeroso, apodera-se de Cápua, onde passa o Inverno. E em Cápua acontece o inesperado: Aníbal, instalado nesta cidade com toda a comodidade, interrompe a sua campanha no momento em que Roma está quase indefesa, ao alcance da sua espada. A expressão «as delícias de Cápua» passa a ser uma frase feita que refere a atitude de quem, com a vitória próxima, se entrega à moleza e a perde. Aníbal começa a retroceder: perde Cápua, toda a Campânia e Tarento. No ano de 207 tenta unir-se ao seu irmão Asdrúbal, que vem em seu socorro da Hispânia com novas forças. Mas o cônsul Nero, após vencer Asdrúbal na Batalha de Metauro (207), manda atirar a cabeça deste para o acampamento de Aníbal. «Reconheço com este gesto o destino de Cartago», disse Aníbal, segundo a tradição. De seguida retira-se para o extremo meridional da Itália, onde resiste vários anos. Chora de raiva, abandona as terras onde combate durante dezasseis anos. No ano 202 é vencido na batalha de Zama, com que termina a segunda guerra púnica.
Nomeado primeiro magistrado de Cartago, reforma a administração, reprime os abusos e instala os seus veteranos como colonos dedicados à exploração dos olivais. Inicia negociações secretas para combater Roma, mas, perseguido no seu próprio país por uma facção pró-romana, exila-se. Passa o resto da sua vida a fugir até que os Romanos exigem a Prúsias, rei de Bitínia, onde na ocasião está Aníbal, a sua cabeça. Então Aníbal envenena-se e assim se entrega à morte. Tem então sessenta e quatro anos.

quinta-feira, outubro 20, 2005

Nas entrelinhas!

Houve um tempo que deu esperança!
Foi uma reunião de esforços e vontades. Por acaso, nalguns casos foi feita com personagens de qualidades inquestionáveis e de forma irrepreensível.
Nem sempre o comando foi o mais estável, aliás foi mais a carroça a puxar os bois, do que o inverso, na sua lógica de usual labor de trabalho animal doméstico.
Hoje, ou ontem, ou daqui a uma semana começa outro ciclo, não sei se melhor ou pior, mas aparentemente igual. E o problema não é de geração ou idades, é muito mais fundo. O problema é muito mais grave, mais difícil de resolver e mais intricado de desensarilhar. Quanto mais nos envolvemos mais ficamos envolvidos e menos temos certezas do certo e do errado.
Porque todos tem as suas razões, as suas boas razões, ainda que às vezes salpicadas com os condimentos da perversão, ou com o sal da dependência. O interior dos partidos é um jogo passional, de insinuações e traições, mas acima de tudo de relações pessoais. È tratado como uma família, onde mesmo que se veja o mal, diaboliza-se quem fizer de delator – a bem de um bem maior, que afinal de contas passa a não existir bem nenhum.
Quem aparentar coragem de dizer umas verdades, fora do circulo pecaminoso, carimba-se com aquela tinta que se estampa nas carnes bovinas, escrita assim: PERIGOSO como o raio que o parta.
E tudo segue concordando, porque ser de um partido é um caminho, às vezes com umas oportunidades que surgem da conveniência mas pouco do pensamento ou da coragem.
São como aquelas partes da vida em que algumas pessoas se cruzam e convenientemente encontram no outro o parceiro que precisavam casualmente para o que tinham em mente. E fazem parelha e desfazem outra uniões, e vão fazer mais umas a seguir.
Os partidos por dentro vivem das amizades mas o seu alimento são as inimizades. E inimizade é só discordar, como se discordar fosse fonte do ódio, do espio radical das nossas convivências.
Depois há os cordeiros cujos intestinos e as outras internas partes são de um lobo, e disfarçadamente sustentam com migalhas os que trabalham e votam neles para eles se manterem no fausto da sua vida de sucesso. E prometem-lhes pequenas ajudas, a eles e aos deles, como nicos misericordiosos que se diluem no caviar das suas perversas jogadas políticas. Como receitas de diagnósticos duvidosos. Como medicamentos que não servem de cura, mas são “placebos” que fazem rir aqueles que os dão.
E dizem todos que são socialistas.
Mas há o lado bom, o lado em que na consciência de muitos se sabe que os filhos dos seus filhos tem que se orgulhar do seu passado, mas cada vintém oferecido compra um bocadinho da sua livre escolha, e acaba com o seu sonho de ajudar a construir uma coisa melhor. E há tantos assim, mesmo os que se deixaram levar neste e naquele momento no canto de sereias que afinal não existiam. E secretamente desejam o fim deste estado, deste estado de coisas. Destas coisas que lhes dá uma vontade enorme por exemplo de apoiar o Alegre só porque os estão a obrigar a gramar com o outro velho. E nem lhe deixam dizer nada. E nem podem discordar. Porque nem reuniões fazem. Porque cortam-lhe a voz. E se reclamam lembram-lhe os favores.
E esperam responder no dia certo, como responderam quando foi do Gomes, na solidão da urna. Porque até gostam dos filhos dos outros, mas gostam mais dos nossos. Os filhos de todos. Os filhos da puta que os chateiam. E se afinal, esses estupores, esses oportunistas tiverem razão? E se forem eles o futuro? E se eles não se derrearem? Seguramente vão ganhar a guerra, pode não ser hoje, mas será num dia qualquer. O problema é se se tornam iguais a eles, e ficam assim, até que venham outros, mais filhos da putas ainda que lhes farão lembrar os seus tempos de juventude.

Onde ?


No seguimento do “post” anterior, para que alguns se recordem que as verdadeiras lutas travam-se todos os dias e não apenas de quatro em quatro anos….

Avenida dos Aliados
Túnel de Ceuta
Avenida da Boavista
Centro Materno Infantil
Palácio do Freixo
Hospital de São João
Parque da Cidade
Mercado do Bolhão
Parque Oriental

Agradece-se a quem ajudar a completar a lista ( e esta é, apenas, de "lugares", pelo que a pobreza, o desemprego ou a exclusão social, não aparecem....)

António Moreira

Desistir é que é Perder


As eleições autárquicas pertencem já ao passado.

Se os partidos ou personalidades que de alguma forma sentem que as suas posições para próximos combates, foram reforçadas com os resultados destas eleições, tentam ainda prolongar os seus efeitos, já aqueles que sentem o contrário, como o Partido Socialista e o Governo, procuram que, rapidamente, elas caiam no esquecimento.

Para isso torna-se fundamental evitar a referência aos problemas, projectos, ambições ou sonhos que alimentaram uma causa, torna-se fundamental fazer desaparecer rapidamente os protagonistas das “derrotas” e, acima de tudo procurar focar as atenções nos próximos desafios, nem que sejam outras derrotas anunciadas e cavalgar os “fait-divers” da actualidade seja ela desportiva ou de outra ordem.

Se, na vitória, o Partido Socialista tem demonstrado ser um meio pouco recomendável, na derrota torna-se insuportável a constatação da falta de nível da generalidade dos seus dirigentes.
A presença da comunicação social, com todas as suas virtudes e defeitos e, mais recentemente, a liberdade proporcionada pela explosão de “blogs” que permitem que os cidadãos (mais ou menos desconhecidos) possam, sem intermediários e, muitas vezes a coberto de um certo “anonimato”, dizer “de sua justiça”, tem claramente contribuído para um melhor conhecimento da realidade interna dos partidos, com especial incidência no Partido Socialista.

Como alguns dos que me lêem sabem, não sou militante nem votante do Partido Socialista, sendo muito crítico do sistema partidário a que, trinta e um anos de liberdade, permitiram que se resumisse a “democracia” e que, por isso, “milito” a abstenção.

No entanto tenho a consciência plena que nos anos vindouros (e nos que virão a seguir) é este o sistema que continuará a garantir a gestão dos assuntos do estado, independentemente da minha vontade e convicções.

Tenho também a consciência que esse sistema apenas permite a alternância entre dois grupos de interesses organizados sob a forma de “partidos políticos”, o Partido Socialista e o Partido Social Democrático.

Tenho ainda a convicção que (apesar de tudo e de todas as evidências) é, quase apenas, no Partido Socialista onde ainda é possível encontrar algumas pessoas sérias, honestas e (o fundamental) idealistas, por isso, neste momento tão difícil para esses “homens bons” (e mulheres, claro), o meu apelo:

NÃO DESISTAM
António Moreira

PORTO CIDADE REGIÃO - Estratégias e Acções para a Competitividade

Durante a campanha para as autárquicas fui testemunha da preocupação de tornarmos o Porto numa cidade mais competitiva e moderna. Embora o tempo da disputa pela Câmara do Porto tenha findado mantenho a minha/nossa preocupação pelo Porto Cidade. Por isso quem sabe vale a pena, sendo mesmo obrigatório debater o Porto de novo. Participe pois no fórum de reflexão e debate sobre a cidade e a região em que se insere: o PORTO CIDADE REGIÃO".
Vai-se realizar no dia 27 de Outubro entre as 9.00-18.00h no Auditório da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Este fórum é aberto a todos os interessados e gratuito, no entanto é necessário fazer uma inscrição prévia, que poderá ser realizada através dos telefones 22 607 35 88 (Drª Adriana Portugal) e 22 607 35 89 (Drª Helena Oliveira) ou pelos e-mails agirao@reit.up.pt e holiveir@iric.up.pt.

Programa
Hora: 9h30 - 11h
Tema: "Competitividade das cidades e regiões"
Intervenientes convidados: Mário Silva e Carlos Magno
Hora: 11h30 - 13h
Tema: "Inovação, competitividade e promoção de clusters intensivos em tecnologia"
Intervenientes convidados: Emídio Gomes e Camilo Lourenço

Hora: 14h30 - 16h
Tema: "Qualificação e competitividade"
Intervenientes convidados: Aurora Teixeira e José Vítor Malheiros
Hora: 16h30 - 18h
Tema: "Infra-estruturas, redes e competitividade"
Intervenientes convidados: Paulo Pinho e David Pontes

quarta-feira, outubro 19, 2005

Escolher uma foto é reviver. Concorre!

Concurso de fotografia cientifica

O concurso é patrocinado pela Associação Viver a Ciência e visa escolher as melhores imagens captadas durante o processo de investigação científica. As imagens seleccionadas pelo júri, incluindo as premiadas, serão expostas no Centro Cultural de Belém durante o mês de Fevereiro 2006. Para obter o regulamento do concurso e a ficha de inscrição, consulte (www.laboratoriodeimagens.com).

Os prémios são apetitosos:
1º 3000 euros
2º 1500 euros
3º 1000 euros
Votação do público 1000 euros

Toca a concorrer!
Por ti, porque escolher uma boa foto que lembra momentos felizes dá sempre enorme prazer mas também
por nós, que queremos partilhar contigo esses momentos.
E já agora o prémio não é nada de deitar fora.

Raquel Seruca

Eles aí estão, os invencíveis!

É verdade, agora que passou o acto eleitoral e como militante me empenhei am Matosinhos de forma limpida e sem retracções, deparo, com a estratégia já antevista, de cavalgar a derrota do Dr.Assis, para os os nossos velhos líderes quererem voltar quais salvadores da pátria, refiro-me, a Narciso Miranda, Orlando Gaspar, entre outros, como se nos últimos 30 anos, não tivessem transformado o PS Porto, num sítio esquisito, onde, pasme-se a política parece arredada e só a ambição, o poder pelo poder, a ruína de outros, é tema de corredor, qual "basfond".

Foi por isto amigos, camaradas, que continuamos a perder eleições, a população do Porto desconfia deste PS, incapaz de ouvir, de promover novos valores sem intenções ocultas de os arrumar, sem uma visão global da política, sem estratégia. Mais sem perceber que os eleitores já não vão nessas cantigas. Aliás são os mesmos que inventaram a autarca modelo Fátima Felgueiras.O que está acontecer no PS Porto é muito baixo, mas previsivel. O morto ainda não arrefeceu e perdoem-me já "lhe mijam em cima".Afinal o que querem? Que alternativa vão construir estes senhores após tantos anos de poder?E será que não perceberam as verdadeiras razões de algumas derrotas?

Assim não vamos lá. Por este andar terá de se refundar o PS Porto, ou pedir ao Engenheiro Socrates que o esqueça e funde uma sucursal.
Para isto não darei nem um tostão. Para sermos a chacota de Portugal nem pensar. E afinal já fomos a vanguarda do país...Assim se afunda uma nação (O PORTO!)

Joaquim Paulo Silva- Militante do PS e Livre Pensador

terça-feira, outubro 18, 2005

DIAP

Não sou conhecedor dos assuntos de fôro juridico, mas confesso que me deixou satisfeito que o processo que incidia sobre Nuno Cardoso, enquanto representante da gestão socialista na CM do Porto, tenha sido arquivado.
Pena é que não seja dado o mesmo enfâse que foram dadas às buscas da PJ no âmbito desse processo, nem à tarde em que foi pestar declarações.
Ninguém está livre destes julgamentos sumários na Praça pública e isso deve fazer-nos reflectir. Confundir divergências pessoais com diferenças de opinião.
Rui Rio não soube, ficava-lhe bem revêr as afirmações e afinal assumir o que está à vista de todos - o caso foi empolado por motivos políticos.
Mas também não sejemos ingénuos, se serviu ao PSD para anular um candidato PS popular, também serviu ao PS para impedir um candidato que estivesse fora dos trâmites desejados pelo PS nacional.
Nuno Cardoso pode ir agora pelo caminho mais facil - dizer que foi vitima - e tentar conttinuar no sitio onde aqui à uns tempos parou. Mas não convencerá. Pelo menos a mim, mas acredito que a muitos mais e inclusive aos seus mais próximos. Como ~sempregosta de dizer o meu Pai, a linha recta é que é uma excepção da linha curva.

Uma perda

Soube pela ultima página do JN que faleceu Luís Pádua Ramos, arquitecto e conhecido pela parceria que desenvolveu com o arqtº Carlos Loureiro.

o OE está aí

segunda-feira, outubro 17, 2005

a semana que aí vem!

A semana começou quando ainda não tinha começado – com aquela mísera jogatana no Dragão, seguiu-se com a indignação de Sampaio sobre o Tribunal constitucional – confesso que para os portugueses ninguém se interessa muito se o ano legislativo é no fim ou no meio, o que se sabe é que há subsidio de férias e de Natal, quando há.
Mas a coisa começa hoje, lá virá o Teixeira dos Santos, com um DVD na mão – sim porque a tecnologia já não justifica os volumosos dossiers do Orçamento - entregar à Assembleia, que é como quem diz entregar com os jornalistas a ver.
Depois esperam-se mais coisas – O Soares apresentando um manifesto na comissão política do PS. Cavaco vai avançar com a candidatura, ou melhor, primeiro avançará Cavaco e por isso Soares rfará um “fait-divers” qualquer. Alegre vai à caça ou assim. Louça diz uma batacoada irónica e Jerónimo critica os outros.

Entretanto por todo o País vamos assistir às reuniões dos partidos a escaldar os escalpes sobre os resultados das autárquicas.

Vai ser uma semana e ….

Felizmente vem aí o natal, e mesmo com o pouco dinheiro sempre vamos pensando nas peúgas novas e nas trusses que nos fazem falta.

domingo, outubro 16, 2005

O retorno de Gaspar

A forma como se prepara o retorno de Gaspar ao poder concelhio demonstra a falência da plenitude democrática que os partidos deviam ter.
Gaspar escolheu Cardoso para líder, liderou-lhe o processo de eleição e tomou-lhe sempre o pulso, dando a rédea mais curta que tinha.
Agora, a propósito de uns quaisquer lugares na Assembleia Municipal, jura-lhe vingança. Deseja a sua expulsão do cargo que lhe ofereceu.
Quem se move por causas não pode ficar indiferente, Cardoso nunca foi boa solução para um partido que não precisa de uma liderança populista mas sim reformista.
Gaspar, ou Gaspares, apesar de homens de irreprensivel trato e simpatia pessoal, transportam o pior da participação partidária – o caciquismo, quase caudilhista (à sua escala).
E sendo assim há que trilhar outros caminhos. Temos que oferecer novas oportunidades.

Sobre as eleições internas

O PS prepara-se para adiar as eleições internas para bem tarde. Ou seja, os mandatos de federações que acabavam em Março prolongaram-se devido a autárquicas, os concelhios acabavam em Maio e vão ficar até para depois de presidenciais.
E toda a gente acha bem. Houve eleições, disputas e agora tem que se dar tempo ao tempo para se cozinharem os caciques. Isto porque tem medo que surgissem listas afectas ao Alegre.
Eu até nem sou apoiante do Alegre, nem lhe acho piada nas manobras, nem lhe reconheço razão moral para ser o candidato PS, mas fico constrangido e gosto pouco de ver a minha liberdade coagida.

o descalabro!

Nuno Ribeiro (porque Gomes é apelido de um bi-bota tão portista como este nuno quando era pequenino, que até lhe imitou o nome) fez como César Brito, e desta vez o arbitro não foi o Valente, nem sequer houve assalto nos foras de jogo.
Obrigado ao meu clube por quatorze anos de saborosos resultados. No entanto, alguém podia explicar ao estranjeiro o que é um trinco e para que serve!
É tão triste vêr aquele clube, que tantos como eu nem sequer gostam de dizer o nome, ganhar e ainda por cima com merecimento.

Pedras Rubras

Lembram-se, era apara estar pronto para o Euro2004



nota: não tenho nada contra chamarem-lhe Sá Carneiro, mas curiosamente este grande político está sempre perseguido pela memória dos lugares, aos quais não se sobrepõe. Quem não conhece a Praça Velasquez? E quantos chamariam o nome correcto a Pedras Rubras?

blogues

Sobre os blogues. O JN, que por acaso nem sequer dá particular importância à blogosfera, vem hoje, através do seu provedor apresentar uns dados interessantes.

Células estaminais, onde estão para que servem!

É bom sentir que para além da comunidade cientifica, existe uma preocupação já geral para perceber as vantagens na utilização das células estaminais. E pensar a sério neste assunto vale a pena, para perceber as vantagens mas também as suas limitações! Mas a primeira pergunta que sempre me surge, é perceber se todos falamos do mesmo e se todos temos a mesma visão do assunto. Provavelmente não. E o Sede serve para debater vários assuntos, logo é um espaço como outro qualquer para também fazer este debate.

Primeiro que tipo de células estaminais existem?
Temos células estaminains embrionárias, totipotencias que se podem transformar em vários tipos de tecidos E temos células estaminais somáticas ou seja células estaminais que se encontram em determinadas locais (ninhos de células estaminais) dos diversos tecidos e que têm um potencial ilimitado de se dividirem mas que só se conseguem transformar no tecido igual/semelhante ao da sua origem.
Exemplos:
As células estaminais de origem embrionárias podem-se transformar em tecido de fígado, rim, coração, intestino, pele, podem transformar-se em tecidos que são compostos por células muito diferentes na sua origem.
As células estaminais de origem somática só se conseguem, até agora, transformar em tecidos de origem idêntica. Tal é o caso das células nervosas do nariz que se podem usar para transplante da medula espinhal, porque são ambas de origem nervosa.
Qual é a vantagem das células estaminais de origem embrionária?
É a sua totipencialidade, a capacidade que têm em transformar-se em qualquer tecido. Então porque não se usam sistematicamente? Porque a sua origem é embrionária ou seja implica recorrer a um embrião! Embrião que pode ter uma origem excedentária após fertilização in vitro (medicamente ajudada) ou que pode ser “feito” em laboratório através de uma técnica tipo técnica de “clonagem”.
Quanto as considerações éticas do assunto, essas não me interessam discutir!

Em que casos se pode ou mesmo já se recorrem às células estaminais para tratamento?
Em casos de termos uma doença em que há lesão dos tecidos: a diabetes ( pâncreas), o enfarte miocárdico (coração), doenças degenerativas do cérebro, e mesmo nas paralisias relacionadas com acidentes da “coluna vertebral”. Também, para já, não me interessa discutir a problemática do uso das células estaminais para transplante no tratamento de leucemias.

São muitos os problemas técnicos que girarão à volta do uso das células estaminais:
Como se recolhem, como se mantêm, como se armazenam, como se congelam, em que liquido de congelação (porque quando congelamos células directamente sem um liquido de suporte , elas rebentam, porque se formam cristais que rompe as membranas e elas ficam inviáveis), como se descongelam, como se transplantam e que eficácia têm para os diversos tratamentos?
Sim, muitas questões que só se conseguem responder se não tivermos preconceitos e se tivermos oportunidade de trabalhar neste campo da investigação. Vale a pena discutir células estaminais mas também vale a pena estudar mais e mais sobre elas.
Com regras e com conhecimento!
Raquel Seruca

sábado, outubro 15, 2005

Tratamento biológico no cancro do pulmão- notícia do JN

Basta uma imagem mal escolhida para ilustrar uma mensagem a transmitir, e a mensagem da notícia é alterada.
Ontem saiu no Jornal de Noticias a “Novo tratamento para o cancro do pulmão" - http://jn.sapo.pt/2005/10/14/em_foco/novo_tratamento_para_cancro_pulmao.html
(à esquerda está a imagem escolhida pelo JN)
O erlotinib!
Em rigor, não se trata de uma nova descoberta!
Mas é um título que vende, isso sim!
A verdadeira noticia é que pela primeira vez, doentes Portugueses com cancro do pulmão são medicados com este fármaco, o erlotinib!
O que é o erlotinib?
O erlotinib é um agente farmacológico que inibe o EGFR.
E o que é o EGFR?
O EGFR (epidermal growth factor receptor) é uma proteína que se localiza na membrana das celulas e importante na cicatrização, por exemplo.
E que tem a ver o EGFR com cancro do pulmão?
Em alguns casos do cancro do pulmão, o EGFR está alterado na sua estrutura nas células tumorais em relação ao EGFR das células normais do pulmão, sendo esta uma forma de reconhecer as células do tumor das normais.
Em que casos de cancro de pulmão é que o EGFR está alterado?
Verificou-se que a maioria dos casos de cancro do pulmão que tem o EGFR alterado na sua estrutura (porque tem mutações no gene que a produz) ocorre em doentes que nunca fumaram.
E que acontece a estes doentes com cancro do pulmão que tem um EGFR alterado e são tratados com erlotinib?
Têm melhor sobrevida em comparação com doentes com cancro do pulmão po exemplo associado ao consumo de tabaco e que não é causado por alteração do EGFR.
Por isso só podemos usar o erlotinib em doentes de cancro do pulmão com EGFR alterado e na maioria dos casos, esses doentes nunca fumaram! Porque os doentes que que fumam tem cancro do pulmão causado por alteração de outras proteinas ( muitas delas desconhecidas ainda) e o tratamento com Erlotinib não é eficaz.

Portanto meus amigos, para não ter cancro do pulmão a melhor medida continua a ser a prevenção, ou seja, nada de fumar!
E a escolha de um cinzeiro com um cigarro aceso para ilustrar a notícia do Erlotinib no tratamento do cancro do pulmão não podia ser cientificamente mais errada no JN!
Raquel Seruca

sexta-feira, outubro 14, 2005

Ainda mais Copy+Paste

Eu sei que alguns (2) não gostam, mas, mesmo esses, tinham descoberto isto ?

No "Menina não entra":

"Um tipo porreiro




Quando Jorge Coelho tomou conta do aparelho, o PS era um partido com grande implantação urbana.

Uma década depois...."

(Ler mais)

António Moreira

SEDE

ESte blog é o SEDE, não é? os socialistas em debate? É que, peço desculpa aos que são completamente alheios às nossas andanças internas, mas tenho de falar mesmo de nós. A falha não deve ser grande, uma vez que a curiosidade perversa sobre a vida interna deste albergue estranho que é o PS-Porto não me parece que esteja circunscrita a alguns de nós.

Tinha pensado em contribuir para o SEDE com um post. Tinha até pensado em fazer algumas considerações em torno dessa necessidade dos sonhos, de um país que nos permita sonhar, a que o Avelino se referiu. Queria retorquir-lhe com alguma reflexão sobre a pesada e incontornável realidade e eis que essa mesma realidade me caiu em cima, enquanto associado desse distinta e às vezes sombria agremiação partidária que é o ps, com toda a sua rude espessura.

Parece que no dia 12, isto é, 3 dias após o acto eleitoral de domingo, vinte colegas da Comissão Política Concelhia do PS-Porto, resolveram subscrever um requerimento a pedir uma sessão extraordinária daquele órgão, com vista à apreciação dos resultados eleitorais. Isto é eufemístico, é claro, o que se pretende é apreciar a derrota e, realisticamente, cinicamente, apurar de que forma é que essa derrota de todos - ou não foi uma derrota de todos? - se pode transformar numa vitória interna de alguns. Ajustes de contas, portanto.

No dia 13, o jornal Público noticia que vinte membros da CPC do Porto vão pedir essa reunião e um dos subscritores adianta até já as conclusões: trata-se de uma pretendida reunião com fins expiatórios, na qual se identificará o bode para o sacrifício, abatendo-o e, dessa forma, com essa libação, poder-se-á então seguir em frente, com uma nova ordem estabelecida. O "bode" está até já encontrado, tem nome e, com base numa eficaz técnica de montagem do acontecimento, está já construído o discurso legitimador desse sacrifício.

No mesmo dia 13, quatro dias após o acto eleitoral em causa, reuniu-se pela primeira vez após a derrota, o Executivo da estrutura concelhia, tendo como ponto de agenda precisamente reflectir sobre os resultados eleitorais, com vista à convocação de uma comissão política concelhia (para os desconhecedores: órgão de carácter mais deliberativo e, por isso mesmo, de composição mais alargada - com o mesmo propósito). Isto é, o órgão executivo pretendeu cumprir cabalmente a sua função e exercer a competência estatutária recomendada face ao resultado eleitoral. Todavia, foi confrontado com o dito requerimento dos tais vinte voluntariosos membros da Concelhia.

Ora, tudo isto permite-nos vaticinar o pior. Lutas fraticidas, em nomes dos interesses e dos protagonismos, sem uma única ideia ou projecto diferente em causa. Como é habitual. Mas peço ainda assim a vossa paciência para algumas cogitações em torno de tais manobras.

É corrente nas assembleias gerais, seja de que associações for, a competência estatutariamente dada a parte dos seus membros (1/4, 1/3 ...) para desencadearem o agendamento de reuniões extraordinárias. Trata-se de uma competência cautelar e que visa, de um modo geral, suprir a eventual inércia da Mesa ou de quem tem por competência estatutária original a convocação dessas reuniões. Não é normal que se desencadeie esse mecanismo excepcional a toda a pressa e com toda a urgência, como se se pretendesse que a reunião a marcar resulte mais de uma exigência "das bases" do que da iniciativa espontânea de quem tem de a convocar. Ora, a sofreguidão revelada nesta urgência tem apenas e só objectivos políticos específicos, absolutamente estranhos à agenda da reunião que se pretende ver convocada.

Mais estranho ainda - ou, pelo contrário, mais esclarecedor ainda desses propósitos ínvios - é o facto de, antes mesmo do requerimento colectivo ter chegado aos jornais antes de ter chegado ao seu destinatário, acompanhado das considerações, que há-de ser o quadro de fundo das intervenções que se pretendem ver produzidas na reunião que se exige - o que a mais de ser uma deselegância e uma descortesia, é uma atitude eticamente censurável.

Bom, esta lamentável externalização de questões internas ou do foro interno de um Partido dá, pelo menos, azo a que este vosso amigo possa aqui também abrir o resto da janela para que se faça o resto da luz que falta sobre tal assunto.

O que se pretende é um ajuste de contas.

Não importa que o Dr. Assis tivesse muita dificuldade em "passar" no eleitorado portuense, apesar do seu inequívoco empenhamento, o qual não me merece a mínima censura, bem pelo contrário.

Não importa que o candidato socialista à Câmara não fosse o originalmente preferido pelos socialistas, quer na Concelhia, quer nas Secções, tendo-lhes sido, ainda que com elegância, imposto - mas sempre a fazer adivinhar uma menor mobilização ou, pelo menos, uma mobilização menos espontânea.

Não importa que a situação económica e financeira do país, com sacrifícios para toda a gente, levasse as pessoas a votarem, em alguma medida também, em protesto contra o Governo, por muito que os entendidos neguem este facto elementar.

Não importa que as pessoas mais simples da nossa cidade - as tais que vivem nos bairros sociais - dêm mais valor a uma porta nova em casa, às paredes pintadas e a umas persianas iguais às da vizinha que aqueles senhores simpáticos da Câmara cá vieram pôr do que ao MédiaParque ou ao Centro Empresarial de Ramalde ou à afirmação da cidade no noroeste peninsular.

Não importa que o eleitorado não tenha dono, apesar de muitos de nós, em todos os partidos, estarem convencidos de que são donos de parcelas ou fatias do eleitorado.

E não importa que ele não seja leal e dê facadas, como alguns eleitores que votam normalmente na CDU o fizeram desta vez, votando noutras propostas. Porque essa é a essência da democracia e sem a mudança do sentido de voto dos eleitores não há alternância no poder.

Não importa que alguns socialistas com responsabilidades, ainda em tempo de campanha eleitoral, tenham vindo admitir, em declarações públicas, que o PS ia perder no Porto, adiantando já os nomes dos culpados, que agora, de novo, se reiteram.

Não importa nada disso. O que importa é aproveitar o momento, no mais impúdico oportunismo político de que me lembro de ter assistido nos últimos tempos.

Quero dizer que acho muito bem que se disputam as lideranças internas. Que se assumam diferenças e se combata por elas. Que cada um se movimente para a concretização dos seus desígnios e aspirações. Mas o que me parece é que estas coisas não podem ser feitas como se valesse tudo. Ou então vale. Até pagar a prótese ortopédica daquele militante, porque ele "vale" (?) cem votos - este exemplo é uma ficção, qualquer semelhança com a realidade é uma mera coincidência - ou levar a jantar aquelas trezentas almas "que estão connosco" (falo em abstracto, não me refiro a ninguém em concreto), mas que nunca estiveram nas acções de campanha, ninguém as viu! Para que servem tantos militantes, se ficam em casa, quando o Partido disputa eleições tão importantes como estas últimas e apenas aparecem para os jantares e para os passeios? Terão ao menos votado PS?

Tudo isto me envergonha! Está aparentemente de volta um velho PS, com práticas arregimentadoras, que empobrece a prática política, acentua a perda de credibilidade e que até pode sustentar-se nos améns internos de umas centenas de seguidores.

Mas que não recolhe a admiração da Cidade e essa é que decide quem a governa. Não recolhe a aprovação dos portuenses e esses é que são determinantes para as eleições a doer. Merece a repulsa pelos métodos usados, até pode ganhar, mas não passará onde verdadeiramente seria importante que passasse. E de si mesmo ficará apenas a marca de quem não quer outra coisa que não seja a perpetuação da capacidade de influência e o poder ilusório, como se uma e outra coisa fossem, afinal, valores em si mesmos.

no comments...

O partido por dentro

Mesmo sabendo que muitos leitores do Sede podem olhar para este tema com desinteresse, o facto de muitos socialistas de cartão lerem este blogue justifica uma nota informativa sobre a vida interna do PS no Porto:
Orlando Soares Gaspar acusa, no público, Cardoso de responsabilidades na derrota eleitoral do PS no Porto.
Narciso garante, no JN, que avançará novamente como candidato à Federação distrital do PS pela 4ª ou 5ª vez consecutiva.
Renato Sampaio anuncia-se como um projecto de José Socrates à Federação Distrital, ontem no público.
Nuno Cardoso diz hoje ao JN ponderar NÃO avançar à Concelhia.
José Luis Catarino pondera avançar ao PS - Porto, JN hoje.
Orlando Soares Gaspar (o Soares significa que é o filho de Orlando Gaspar - histórico lider concelhio) vai avançar, como toda a gente sabe, com o apoio da maioria dos secretários coordenadores do PS (vencidos e derrotados) à concelhia, num percurso que se avizinha de vitória antecipada. Manuel Pizarro (número 2 de Assis) apoia Soares Gaspar. Renato Sampaio apoia Soares Gaspar. Narciso apoia Soares Gaspar.

quinta-feira, outubro 13, 2005

Uma questão de espaço

Sabia que:

Todos os que votaram Rui Rio cabem em dois destes.


capacidade 30 e tal mil lugares (banal na europa)

Todos os que votaram Assis cabem inteirinhos aqui e sobra espaço:

Capacidade:
50948 lugares (36º maior da Europa).

É que o pinto da Costa pensou na medida necessária para ganhar em função de 2001, e afinal diminuiu a abstenção.
Lula no Porto já não arrasta a paixão que a esquerda mundial lhe despertou no ano passado. O discurso passa por economia e inevitabilidades.
Aceito que a chegada ao poder possa mudar a imagem radicalmente, mas o discurso? Ainda por cima com José Socrates ao lado!

"...Lula da Silva disse ainda que para chegar a este ponto a economia brasileira teve de ultrapassar vários «paradoxos» para «crescer sem inflação, aumentando as exportações sem asfixiar o seu mercado interno».«O Brasil já teve muita pirotecnia, muitos mágicos. A economia não tem mágica, tem responsabilidade», concluiu o presidente brasileiro..."

chissa!

É desta que emagreço, se nem a picanha resiste.


O Túnel de volta

Afinal o que eu receava não veio a acontecer.

De acordo com as notícias e findo o prazo, estabelecido pelo IPPAR, para que a CMP repusesse a normalidade área de protecção do Museu Nacional de Soares dos Reis, o IPPAR irá então, como é sua obrigação, finalmente tomar posse administrativa da obra.

Não me interessa tornar a discutir este assunto, nomeadamente depois de ter já deixado bem claro o que penso dos que continuam, apesar de todas as evidências, a tentar encontrar desculpas ou justificações para o comportamento ignóbil de Rui Rio, nem que, para isso tenham que denegrir o carácter do Arq. João Rodeia que, no que se refere a este assunto, teve um comportamento a todos os títulos exemplar e a meu ver até louvável.
Lamento que, mesmo após a reeleição de Rui Rio e a substituição de João Rodeia, à frente do IPPAR, o deplorável coro continue.

Para mim, o que é importante agora é verificar qual vai ser o comportamento, neste particular, da Ministra da Cultura, direi mais, o comportamento do Governo de Portugal.

O caso Túnel de Ceuta foi paradigmático para a compreensão do carácter de Rui Rio e, por arrastamento, do carácter da generalidade dos seus apoiantes.

A forma como este assunto venha a ser gerido, pelo Governo, até à sua conclusão, permitirá também tirar ilações importantes quanto ao carácter dos seus responsáveis.

Irei, naturalmente, continuar atento.

António Moreira

O Copy+Paste do dia...


É com o maior prazer que escolho hoje um texto de Alexandre Burmester (com uma deliciosa imagem), publicado n"A Baixa do Porto".
Haverá assim a oportunidade para alguns dos nossos habituais comentadores (anónimos e não só) descarregarem alguma coisita na nossa caixa de comentários ;-)

"Estou em estágio, ..."
"... para o próximo mandato"
Tenho andado afastado do blog, quer por motivos de trabalho, mas principalmente porque ainda não digeri os resultados das eleições autárquicas.
Depois das vitórias estrondosas dos populistas e do aval passado ao Rui Rio aqui no Porto, sinto-me pouco “Democrático”.
Afinal temos o que merecemos, como temos a revista “Maria” e a “Quinta das Celebridades” e tantas outras coisas, que só após gerações e anos de educação, poderão fazer susbstituir este gosto rasca popular, por eleitores melhor informados.
Temo que o nosso presidentinho, após aquele discurso cheio de “categoria” na noite da vitória, venha a assumir mais, e à sua escala, o acréscimo de arrogância e prepotência a que estamos habituados."
Uma delícia
António Moreira

Portugal não sonha!

Sobra desta contenda eleitoral que o Porto cidade ganhou sobre o Porto região. O discurso de liderança do noroeste peninsular está gasto. A capital do norte já se diz que mora mais no distrito de Braga. A demografia inclinada para baixo é vista como uma inevitabilidade.
Que fazer? Os principais partidos demonstram-se fracos! Quem é o líder distrital do PSD? Será o número 2 de Gaia, figura pouco visível neste xadrez político. E que dizer de Assis que espera a decisão de Lisboa para entregar dinasticamente o distrito?
Se as autarquias já não representam a minha luta, se os partidos já não tem coragem para arrastar a sociedade, se a opinião do futebol perdeu importância – então que caminho haverá? A economia abrandou todos os ímpetos, se calhar por isso os regimes musculados sempre estiveram carregados de uma classe média baixa, muito baixinha, que era fácil de controlar.
A resignação abate-se perigosamente, é necessário um movimento social sólido. A geração de Abril já não tem soluções. Já não fazem melhor do que Soares, que se limita a aparecer.
Onde está o Porto de cultura que se avisava antes de 2001, ou a super pujante Lisboa que surgiria com a Expo 98? Estão lideradas por homens de ambições contidas, representantes do pragmatismo.
Na verdade tanto quisemos pertencer à Europa que lhes temos imitado os actos, no caso vendendo o melhor que sempre tivemos – os sonhos. Agora os lideres políticos não precisam da ambição, simplesmente devem acreditar na teimosia, no acerto e na razão das suas atitudes. Dizem-me que são grandes homens, com grandes projectos, de grande respeito. Mas não me fazem sonhar…
Portugal não sonha, nem o Porto sustenta as fantasias, fosse que fosse, à custa das tripas que teria de comer. Como fez aguentando o descampado geral das obras da década de 90. Ou então as engenharias engedradas para pagar a Expo. Ou a diferença de nível de vida de Lisboa para o resto do País.
Como se o TGV e a OTA fossem agora o mais importante, como se Leixões não estivesse a morrer e a capital do trabalho já não fosse também a capital do desemprego.
Como se o centro da cidade do Porto não tivesse 1/3 de edifícios devolutos, como se a Maia não tivesse crescido desordenadamente e Valongo pior (milhares de apartamentos devolutos nas gavetas dos créditos mal-parados dos bancos). Gondomar igual, Matosinhos no limbo. Como se o vale do Ave não se afunda lentamente em agonia. Como se o interior se salvará só com as auto-estradas que se estãoa acabar. Como se os resorts de luxo do Algarve sejam a sua saída para um futuro sólido. Como se o Alentejo tivesse água.
O que precisamos agora é de sonhos! Sede de sonhos!

quarta-feira, outubro 12, 2005

O voto de protesto

Pese embora a rápida demarcação do Sócrates em relação ao resultado das últimas autárquicas, a verdade é que todos sabemos - e ele também - que grande parte dos maus resultados obtidos pelo PS têm a ver com o Governo, representando por isso um voto de protesto razoavelmente generalizado ao País todo para se poder retirar esta ilacção.

Tratando-se de um voto de protesto - ao menos em parte -, ele é simultaneamente injusto e precipitado.

Injusto, porque é bem possível que o país esteja efectivamente numa situação lastimável, do ponto de vista das finanças públicas e que por detrás das piores medidas do Governo, exista um patético esforço para salvar o que é possível do velho Estado Social ou de Providência.

Como socialista, insisto que os Governantes PS devem persistir nesse esforço, resistindo ao neoliberalismo feroz, com a desprotecção dos mais fracos que lhe é inerente - e há tantos mais fracos no nosso País! - que aparece sempre escondido por detrás dos melhores e mais sofísticos discursos do Estado mínimo, tão em uso nos nossos dias.

A favor desta apreciação - do carácter injusto do protesto contra as difíceis medidas que têm sido aplicadas pelo Governo e que envolvem, ainda que talvez a título meramente simbólico, a eliminação ou a restrição drástica de muitos privilégios que os portugueses nem sequer conheciam - está o anunciado exemplo da Alemanha.

Aí a coligação CDU, que acabou por ser vencedora de uma eleição federal complicada, ainda que a reboque de um derrotado SPD, numa edição interessantíssima de um Bloco Central alemão, tentará suprimir direitos sociais, reduzir as despesas públicas de carácter assistencialista, contrabalançando uma prevísivel quebra de receita pública que se fará à custa da diminuição da tributação das empresas. A ideia é, pois, de mercado, no sentido de que, menores impostos implicam menores custos para as empresas e, por essa via, a reanimação da actividade empresarial no país. É uma ideia neoliberal clara, que se traduz no recuo do Estado para fazer funcionar o mercado.

É talvez possível chegar lá por esta via, mas quanto está o Estado alemão disposto a abdicar de receita fiscal para que essa poupança para os privados funcione realmente como um incentivo? E, entretanto, como sobrevivem ou de que sobrevivem os atingidos pela supressão ou redução de apoios sociais públicos?

Por isso, digo, protesto talvez injusto. Porque se a orientação do Governo tiver de facto como propósito seguir outra via que não passe pelo desmantelamento do Estado Social, então esse é o caminho que se esperaria de um Governo do PS. Independentemente da verificação - que é sempre a posteriori - dos resultados obtidos.

Mas disse também que é um protesto precipitado. Com efeito, é um protesto sobre um período de governação de seis meses num horizonte normal de quatro anos. Quer-me parecer que nenhum Governo ou nenhuma autarquia sobreviveria a um juízo eleitoral seis meses após o início da sua actividade. Salvo se governasse a pensar nesse juízo eleitoral mais do que nos interesses e imperativos do País. O que todos concordamos que é errado, populista e demagógico, mas aparentemente, dá resultados imediatos e no imedidato, oculta o custo verdadeiro do adiamento das soluções. Ora, este Governo não foi por esse fácil caminho e, dessa forma, claramente se pôs a jeito.

Precipitado ainda por outra razão. Eu não sou daqueles que pensa que com a anunciada vitória presidencial do Prof Cavaco, o país vai mergulhar de novo em eleições legislativas antecipadas. Não deve e não pode. Ou então, esses que pensam que o Prof é capaz de uma tal irresponsabilidade, melhor farão em não votar nele.

O que significa que (espero) - mais do que creio - que o Governo, legitimado com uma maioria absoluta, conclua o seu mandato. E isso quer dizer que talvez no termo do seu mandato, por entre recuperação financeira, crescimento económico e algumas e indispensáveis medidas eleitoralistas - o Governo pode ser competente, mas é como todos, nestas coisas das suas próprias eleições, não será parvo - pode acontecer que os mesmos eleitores que agora o castigam, venham a votar no PS e a manter ou a reforçar até a sua maioria absoluta.

Injusto e precipitado, pois. Mais ainda porque se punem terceiros - os candidatos socialistas às eleições autárquicas - por erros (?) que não são seus e que decerto eles preferiam que não tivesem ocorrido nesta altura.

É por isso também que me apetece dizer, antes de apontar implacavelmente o dedo aos ditos candidatos, que eles estiveram nestas eleições em clara posição de desvantagem relativa comparativamente aos seus adversários. Nem por outra razão, os distintos Marques Mendes e Jerónimo de Sousa andaram a calcorrear esse país fora. Não me consta que tivessem concorrido a alguma Junta de Freguesia, Assembleia Municipal ou Presidência de Câmara.


Copy+Paste de hoje ....




Sabe-se lá porquê, hoje apeteceu-me fazer o Copy+Paste habitual, copiando este bocadinho do Provotar:
"Em minha opinião, os partidos "roubaram" o poder de decisão aos Cidadãos, criando, ao longo dos últimos 31 anos, as condições para que as únicas alternativas de participação dos Cidadãos na tomada de decisões sejam:
A – Votam no partido com o qual se identifiquem ideologicamente, cujo programa lhes pareça mais acertado, cujos dirigentes lhe pareçam mais competentes, ou mais sérios, ou mais bem vestidos, ou , ou, … bem, resumindo, no partido que lhe apeteça.
Vão tratar das suas vidinhas, que já tem quem decida por eles durante os próximos quatro anos.
Entretanto, para se entreterem, sempre podem ver as notícias, indignarem-se e escrever neste ou noutros "Blogs".
Passados quatro anos, sempre podem corrigir a pontaria e votar no mesmo partido, esperando que o partido se "reforme internamente", ou, pode optar por castigá-los, votando no outro (sim, porque, entretanto, já se esqueceu do que disse do outro à quatro (ou menos) anos).
Poderá ainda decidir, desta vez, tomar uma atitude radical, tipo "agora é que eles vão ver" e vai votar num partido dos "outros", podendo então escolher, conforme o lado para onde lhe "fuja a chinela" entre um da direita e dois da esquerda.
Tirando isso, pode votar nos muito pequeninos ou em branco, que é igual, ou então…acha melhor mandá-los todos…… e não pôr lá os pés (que é o que eu faço há mais de 20 anos).
B – Inscreverem-se como militantes de um partido, tendo o cuidado de não se deixar levar pelos programas ou ideologias, mas sim escolhendo um dos que tem regularmente acesso ao poder.
Seguidamente escolher qual das facções internas lhe parece que desfruta de melhores condições para chegar ao poder no interior do partido em que se tenha inscrito.
Então, partindo do princípio que escolheu a facção acertada, deverá utilizar as ferramentas à sua disposição (intriga, bajulação, calúnia, troca de favores, etc.) de forma a, com tempo e sem precipitações, ascender ao círculo restrito dos que tem direito a emitir opiniões e tentar influenciar as decisões.
Após atingido esse objectivo, não pode esquecer que as ferramentas que utilizou (intriga, bajulação, calúnia, troca de favores, etc.) estão à disposição também dos seu correligionários, de facção e de partido, que foram ultrapassados por si e sentem, com toda a justiça, que devem utilizar todos os meios para recuperar a posição a que tem direito.
Por isso, deve evitar a todo o custo ser apanhado com uma ideia original, reservando toda e qualquer opinião, apenas para aquelas alturas em que não possa, de todo, safar-se com uma qualquer generalidade, tendo o máximo cuidado de enquadrar a opinião que tenha que revelar no que lhe pareça a tendência mais consensual e segura.
Continuo a entender que os Cidadãos podem, e devem, reclamar o Direito a Decidir que lhes foi, passo a passo, "roubado" pelos partidos.
Entendo que os actuais meios de comunicação (ler Internet) permitirão potenciar as formas de intervenção que tenderão a "devolver o poder" aos Cidadãos, não se limitando a ser a versão "high tech" de um qualquer "muro das lamentações".
António Moreira

Povo que lavas no Rio!

Depois dos resultados de domingo, e da agitação nos dias que se vão seguindo, apenas me parece oportuno este velho poema de Grabato Dias.

Heróis não há mais
Nem depois nem antes
Há é marechais
Vendendo purgantes
Tenentes tementes
Bons comerciantes
De pasta de dentes

Heróis não há tanto
Como se apregoa
Há é este espanto
De voar à toa
E quem ajoelha
É boa pessoa
De orelha a orelha

Heróis? Bom… talvez
Haja aí algum…
…Até certa vez
Me mostraram um.
Preguntei, atão?
Respondeu: umh umh.
Fez-me uma impressão!

Herói? Se calhar
Seria pequeno
Inda a começar…
…Uma colher de eno
…meio copo de água
…um sono sereno
Vou deitar a mágoa.

Não me insultem

Depois de analisar os resultados eleitorais, ficamos com a ideia, sempre é certo que podíamos fazer mais e fazer algo melhor, até aqui nada de novo, o problema é ficarmos sempre e só com as ideias, e não com a acção, porque o que se passou neste domingo é o reflexo da politica do que ela tem mais de medíocre, e que por isso faz do PS, um partido cada vez mais de gente que de estratégia mas sobretudo de coragem não tem nenhuma.

Claro que sou do PS o tempo necessário para já saber que o partido é isto e que esperar dele muito mais é pedir muito.

Senão vejamos:

Porque é que não ganhamos o Porto? Porque é que Gaia, Maia Gondomar municípios de importância estratégica da área metropolitana, não tiveram uma estratégia vencedora?

Será porque os senhores que lideram essas concelhias gostam de brincar as eleições? Sim porque todos eles antes do jogo não tinham sequer uma pequena esperança de ganhar, a vergonha maior para mim como socialista e como cidadão, é ficar com a sensação que um partido politico pouca ou nada faz para ganhar porque não apresenta o melhor que tem para ganhar, mas sim o melhor que tem para perder, enfim sinto-me envergonhado.

Entretanto depois dos resultados ficamos com a ideia que tudo foi feito e toda gente está de consciência tranquila um fartote, quando o que se impunha pois chega de hipocrisia, os responsáveis deviam pedir a sua demissão pelos actos em que eles próprios e mais ninguém é responsável, eu não sou!

O Assis é o melhor tribuno e o quadro mais brilhante que eventualmente o Porto tem concordo, mas seria o pior presidente de camara se fosse eleito no domingo, bem mas ainda há gente que acha que ele já esta pronto para outros combates que se avizinham, meu deus á que ter vergonha.

Aqueles que por força estatutária se sentiram com legitimidade para ser candidatos deviam de reconhecer sem pudores ou complexos que no partido podem ainda fazer muito mas mais disparates, é de por um ponto final nesta mancha que foram estas eleições.

Esta na hora de também pedir ás figuras ditas importantes do nosso partido que só são importantes por que o partido lhe deu de alguma maneira, notoriedade e que por isso não devem negar serem chamados a jogo, seria tão bonito as estruturas terem adoptado a táctica de convidar aqueles que por ventura estavam bem colocados para vencerem, e não aqueles que achavam que venciam mas que no fundo só a sorte é que podia surtir efeito, se o Assis ganhasse era um fenómeno inopinado tal como foi o rio quando ganhou ao gomes

Por fim porque voltarei ao tema, a situação exige que quando temos um governo fragilizado pela conjectura, impõe-se que o partido seja forte mas por defeito o PS tem por hábito e a historia não me desmente o partido desmorona-se, já é um hábito.

Chegou por fim a hora do dejavú se aqueles que o partido lançou para o esquecimento por terem outrora posto o Porto no mapa e a região na mó de cima e posto o partido no Porto como o maior impulsionador de vitorias, está na hora de retomarmos com mais força do que nunca aqueles,que deram a vida a este partido, mas sem descartar ninguém todos tem lugar neste partido plural mas só no sitio certo….

Jaime resende

Novo membro no SEDE

Hoje, como prometido, juntou-se a nós o Carlos Ribeiro. Julgamos que a maioria o conhece, pois ele tem vindo a preponderar na Assembleia Municipal do Porto pelo PS, sendo não só por isso, um belissimo quadro do partido e um homem da cidade do Porto.
Temos a certeza que a qualidade da sua participação será uma grande valia para este espaço de debate.
Por outro lado a entrada deste novo membro pretende também corresponder à adesão que felizmente este blogue tem tido, incrementada pela segura qualidade que o nosso Carlos trará.

QUANDO vão explicar QUE TEMPO CUSTA DINHEIRO?

Foi quase noticia de abertura do telejornal que o senhor Primeiro Ministro tinha viajado de falcon até Aveiro para assistir a um jogo de futebol.
Escandaloso! Mas neste caso não é o conteúdo da noticia, é a sua existência!
Será que estamos tão mal em Portugal, que este facto possa ser considerado noticia?
Não é que me apeteça pensar muito no assunto em si, a meu ver sem qualquer importância e totalmente justificado, mas apetece-me reflectir como foi justificado, que argumentos por parte do gabinete do PrimeiroMinistro foram usados para desvalorizar o facto.
Aí é que a coisa correu mal! Meus caros, porque é que o gabinete do senhor Primeiro Ministro não se limitou a justificar desta forma?
Sim, a viagem custou 2000 Euros, foi a forma mais rápida de ir até Aveiro e por isso mais barata, PORQUE TEMPO CUSTA MUITO DINHEIRO, e o senhor Primeiro Ministro não foi em lazer foi em representação do Estado Português, foi a forma do governo POUPAR DINHEIRO.
Se esta noticia do falcon tivesse sido bem explicada pelo nosso Governo e utilizada como uma deixa para explicar ao “pessoal” que um dos grandes males do nosso País é não contabilizar o TEMPO que se ganha e se perde como valor económico, tinham feito um “figurão”. Eu pago para que o nosso Primeiro Ministro ande de falcon até Aveiro em 45 minutos descansadamente. Eu pago para que o nosso Primeiro Ministro ande de falcon até Aveiro em 45 minutos descansadamente, e volte rapidamente para pensar e discutir bem e tranquilamente o orçamento de estado, em vez de vir irritado depois de ter passado 3 horas no carro, 1 delas parado no transito. Enfim, eu pago para que o nosso primeiro ministro GANHE TEMPO ao andar de falcon em deslocações de estado nem que seja a Aveiro, PORQUE TEMPO CUSTA MUITO DINHEIRO! Deixem por favor de usar argumentos cheios de pequenas culpas como a que foi dada: o falcon tinha mesmo que ir a Aveiro para não cair na próxima viagem, e o senhor Primeiro Ministro só apanhou boleia. Poupem-nos a argumentos simpáticos, expliquem as coisas como elas são, vão ver que o Povo percebe e agradece. Tinha sido uma oportunidade de ouro, esta do falcon até Aveiro com o nosso Primeiro Ministro, para provar que mau jornalismo pode ser usado para convencer cada um de nós que ao ganhar ou perder tempo está a poupar ou a gastar dinheiro.

Já que querem coscuvilhar

O PS entrou na sua rota de habitual guerrilha interna. Agora medem-se as quantidades de votos que cada parte tem para umas guerras se esperam desprovidas de qualquer sentido político.
Ontem Assis no Público diz que deixa a Federação Distrital (coisa que não sabemos se resulta da sua vontade, ou da conjugação de impossibilidades de se manter).
È evidente que quem aceitou Barbosa Ribeiro em Gaia, Catarino na Maia, um desconhecido Martins em Gondomar, Maria José como 15ª escolha em Valongo, um pouco conhecido quadro do PS contra um ex-governador no Marco e por aí fora não pode esperar que lhe façam um rescaldo positivo do mandato.
Nas suas palavras vê-se o arrastar de Sócrates no discurso, como se esta imolação no distrito, fossem as tripas que temos que comer pela carne enviada a Lisboa. Não é! E não foi!
Além disso ontem no público, Assis, inúmera os potenciais sucessores ao seu lugar distrital: Bexiga (advogado e líder do PS Gondomar) Seabra (advogado e líder em Matosinhos), Guilherme (actual Presidente da Câmara de Matosinhos), Pizarro (médico, deputado, número 2 de Assis, número 2 de Cardoso) e Renato Sampaio (deputado e dos mais destacados e trabalhadores, homem próximo do Secretário-geral – foi o coordenador da campanha de Sócrates no distrito – mas também conhecido no PS pelo parentesco a Orlando Gaspar). Esqueceu Narciso, ainda por cima sendo este o que mais apoios tem (de longe).
Renato aceitou dizer qualquer coisa e disse mais ou menos o seguinte: “Não é um projecto pessoal meu, só se for um projecto também do Secretário-geral!”
Ou seja, o Porto já não é o que era, e por estas bandas já mandam desde lá de baixo. Não está correcto e não ficou bem.

Bom, só realizei esta pequena explicação porque fui desafiado para tal. Na verdade muito mais se poderia dizer, mas seria falar sobre coisas desinteressantes e se calhar pouco credíveis. Estes momentos são realmente o pior dos partidos, mas também os mais decisivos. Fazem-se coisas que não percebemos no imediato, com justificações que estamos mesmo a ver que não são mais que balelas - é o caso da demissão de Francisco Ramos no PSD.

Por todas estas coisas apresenta-se difícil construir projectos ou processos sólidos nos partidos, difícil não é no entanto, impossível.

o tempo que eu também gosto

Que saudades eu tinha da água. Esse abafo do tempo, retidos entre a humidade das paredes e sentindo a chuva nas solas dos sapatos. Arrastando essa películas para dentro de casas e sítios. O Porto mais escuro entretanto e parece que veio a chuva lava-lo!
Quem é do Porto gosta desta chuva, dos episódicos aguaceiros que molham tudo e do tempo quente chato que nos ajuda a secar.
É o Outono total que avisa o Inverno que vem. Pelos vistos assustam-nos com pandemias, querem matar o Peru do Natal? Digo-vos que se arranjarem alguma doença para o bacalhau volto a emigrar, desta vez tenho que levar a família toda, mas vou!
É que já aguentei um ano sem me cair a água na mona, e agora que os ceús abençoaram as ruas, já não aguento que me mudem os hábitos, muito menos as vontades, por isso toca a andar, deixem chover.

terça-feira, outubro 11, 2005

O Copy+Paste do dia

Porque se eu soubesse escrever como o Pedro Olavo Simões, não precisava de fazer copy+paste...

"Boçais e boçalinhos

É com razão que muitos comentadores, entre eles todos os actores políticos que analisam resultados, acentuam o carácter especial de que se revestem as eleições para o poder local.
Não o farão, eventualmente, pelas razões que me levariam a concordar.
Os comentadores profissionais porque os empregos dependem de alguma contenção, os dirigentes partidários porque lhes importa mais dourar algumas pílulas que têm de engolir.
Há quem possa dizer que as autárquicas valem por elas mesmas, por serem o paradigma da democracia em exercício.
Eu valorizo-as pelo que revelam.
Porque mostram Portugal sem grandes máscaras, o país tal como ele é.
Hoje, Portugal revelou-se um país tacanho, parolo.
Um país onde a indigência mental é aceitável, onde todos sabem quem é o José Castelo Branco ou o Zezé Camarinha, onde poucos saberão responder à pergunta imbecil de quem era o presidente da República antes do 25 de Abril.
Somos, como hoje conversava com o meu irmão, uma sociedade que valoriza a incoerência e menospreza a inteligência.
É a sociedade dos 15 minutos de fama, dos machos latinos que se sujeitam a ser alindados por um "esquadrão gay" (acho que se chama assim), quando na vida comum talvez sejam os reis da homofobia, até porque tal lhes fica bem enquanto emborcam cerveja e comem caracóis com os amigalhaços."
Continuar a ler na "Fonte das Virtudes"
António Moreira